ILHA DA FANTASIA
Ao pensar na Ilha da Fantasia vem à
mente aquela ideia de uma ilha paradisíaca e deserta onde nenhum pé tenha pisado
suas praias. A ideia é que nessa ilha da fantasia as plantações estão intactas,
os pássaros têm livre acesso às frutas da época, e “[...] nenhum deles está em
esquecimento diante de Deus” (Lc 12.6). Essa ilha pode ser tal como o jardim
que “do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista
e boas para alimento [...]” (Gn 2.9).
Uma outra ilha da fantasia não é tão
paradisíaca como as muitas criadas por Deus, pois somente Ele pode “[...]
formar os montes, e criar o vento, e declarar ao homem qual é o seu pensamento;
e faz da manhã trevas e pisa os altos da terra; SENHOR, Deus dos Exércitos, é o
seu nome” (Am 4.13).
Assim como Deus em Cristo Jesus
“[...] que criou todas as coisas” (Ef 3.9), Ele também é o criador dessa ilha
da fantasia. A ilha da fantasia pode causar muita destruição, mas se formos precavidos,
ordeiros e orientados, será “[...] fonte de vida, para que se evitem os laços
da morte” (Pv 13.14).
Mas, como essa ilha é cheia de
podridão, ela precisa ser muito trabalhada, não porque é deserta, mas porque
existe muita sujeira, mau cheiro. Enfim, essa ilha está totalmente infectada
por todos os tipos de vírus e bactérias nocivos à vida. Essa ilha da fantasia
nada mais é do que a mente humana.
Paulo soube o que é lutar contra as
fantasias dessa ilha, “porque nem mesmo (ele) compreendia o seu próprio modo de
agir, pois não fazia o que preferia, e sim o que detestava” (Rm 7.15).
Então, tudo quanto se deseja lançar
no coração, precisa passar pela triagem da mente, e é somente “[...] os seus
olhos (que) são a lâmpada do seu corpo; se os seus olhos forem bons, todo o seu
corpo será luminoso; mas, se forem maus, o seu corpo ficará em trevas”, (Lc
11.34).
Quando essa mensagem é captada pelo
coração, o homem agirá de acordo com o que a sua natureza pede. “[...] Se (o
seu coração se) inclina para a carne (ele) cogita das coisas da carne; mas os
que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito” (Rm 8.5). É aí que
nasce as fantasias da ilha que cada um têm dentro do seu coração.
As fantasias são perigosas. Não tem
escapatória, tanto aquele que é bom ou “[...] mau [...] a (sua) boca falará do
que está cheio o (seu) coração” (Mt 12.34), isso porque “o homem bom do bom
tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca
fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).
Perceba que em cada coração, na
mente da ilha da fantasia, “todas as coisas são puras para os puros; todavia,
para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a
consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15), e outra; “porque (ninguém)
[...] faz o bem que prefere, mas o mal que não quer, esse faz” (Rm 7.19). Veja
se não é verdade esse fato dentro do seu coração?
A partir do momento em que a ilha da
fantasia começa a divagar, fantasiar a procura de prazeres, sejam eles do
passado ou do presente, pode ter a certeza, nada de bom deve fluir porque
“[...] a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma
vez consumado, gera a morte” (Tg 1.15).
A mente ou a Ilha da Fantasia,
geralmente, pende para o lado ruim, para desviar-se do caminho reto, para o
lado do pecado, mas quanto a essa perversão, a instrução bíblica é que, “se
procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis
que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre
dominá-lo” (Gn 4.7).
Abolir de vez a ilha da fantasia?
Impossível. Fique sabendo que “todas as coisas [...] são lícitas, mas nem todas
convêm. Todas as coisas [...] são lícitas, mas [...] não se deixa dominar por
nenhuma delas” (1Co 6.12).
Nem toda mente deve ser suja, profana,
medíocre. Faça uma aliança com “[...] Deus, e leve cativo todo pensamento à
obediência de Cristo” (2Co 10.5). Essa obediência é o bastante para que a ilha
da fantasia seja controlada, administrada por Deus.
Rev. Salvador P.
Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário