sábado, 23 de novembro de 2019

O MÉTODO DE JESUS.

O MÉTODO DE JESUS
            No Novo Testamento é fácil perceber que o Filho de Deus se tornou o mestre de ensino em todas as áreas. Há de se notar que ele ensinou todos os cristãos de sua época e as demais gerações vindouras de como se livrar de uma tensão, a maneira correta de não interferir em assuntos que não sejam da sua alçada, na escolha de Seus discípulos, no modo e paciência de suas pregações, de como interpretar a lei, e o mais importante entre todos os seus ensinos, o de amar o próximo.
            Os judeus de sua época que esperavam um Messias político não entenderam o método de Jesus. Para sanar essa falta de compreensão, devido eles “[...] errarem, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29), foi preciso Jesus mostrar o seu método dado a Ele pelo Pai celeste de que não era a de “[...] revogar a Lei ou os Profetas [...] Ele veio para cumprir” (Mt 22.29).
            A maior dificuldade entre os servos de Deus ainda continua sendo a “[...] falta (de) conhecimento. (Eis o motivo do povo até hoje) [...] estar sendo destruído [...]” (Os 4.6). “[...] Falta o conhecimento [...]” (Os 4.6) do método de ensino de Jesus a respeito de como “[...] amar o seu próximo como a si mesmo [...]” (Mc 12.31).
            Lendo os evangelhos você irá se surpreender com a atitude de Jesus fazendo uma comparação do V.T. com o N. T. a fim de mostrar que o amor sempre esteve presente no coração de Deus. Ele fala da interpretação errônea dos intérpretes judeus de que você deve “[...] amar o seu próximo e odiar o seu inimigo” (Mt 5.43). No texto Jesus chama atenção dos seus interlocutores de que eles “ouviram que foi dito [...]” (Mt 5.43) a respeito do acréscimo dos judeus de que devem odiar. Jesus quer dizer que o amor deve sempre estar presente.
            Essa atitude de “[...] amar o [...] próximo e odiar o [...] inimigo” (Mt 5.43) é simplista e que ao mesmo tempo encontra o pagamento com a mesma moeda: eu amo você me ama, eu odeio você me odeia. A lei agia exatamente dessa forma: “Se alguém causar defeito em seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: [...] olho por olho, dente por dente [...]” (Lv 24.19, 20). Jesus, porém, insiste no exemplo do amor.
            O pagamento com a mesma moeda não exige renúncia, entrega, sofrimento, esforço, dedicação “porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?” (Mt 5.46, 47).
            Jesus deseja mostrar com esses textos que o amor deve ser desenvolvido, sair de um coração arrependido e ter disposição para ajudar “[...] sem esperar nenhuma paga; será grande o seu galardão, e sereis filhos do Altíssimo [...]” (Lc 6.35).
            A metodologia de Cristo é para ser imitada. Conforme Paulo, todos devem “ser seus imitadores, como também [...] de Cristo” (1Co 11.1). Para Paulo chegar a esse ponto de imitar a Cristo, foi preciso que o Mestre por excelência desse exemplo, pois “ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15.13).
            O exemplo maior que o ser humano pode encontrar na Bíblia a respeito do amor ao próximo é descoberto somente na Pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus que derramou o seu sangue “[...] quando (o homem) ainda era fraco, Jesus morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5.6).
            A partir do momento em que o servo se torna submisso, conhece e experimenta o amor de Deus em sua vida, por obrigação ou por amor ao Filho de Deus, o seu desejo será o de imitar o que Cristo fez, porque é assim que se “[...] conhece o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16).
            A metodologia não é fácil, mas com esforço, dedicação, insistência, o servo tem condições de ser disciplinado e aprender. Essa tarefa será bem mais fácil a partir do momento em que você aceitar que “[...] o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28).
            O método de Jesus é eficaz e pode contaminar outras pessoas que estiverem ao seu lado, tal como aconteceu com José do Egito que perdoou seus irmãos, com Estevão que não imputou culpa aos seus algozes, e com Paulo que sofreu nas mãos de seus patrícios, e que aconselhou: “abençoai os que vos perseguem [...]” (Rm 12.14).
            Aprenda o método de Jesus, e “nisto conhecerão todos que sois [...] discípulos (de) Jesus: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).
Rev. Salvador P. Santana  

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