O
MÉTODO DE JESUS
No Novo Testamento é fácil perceber
que o Filho de Deus se tornou o mestre de ensino em todas as áreas. Há de se
notar que ele ensinou todos os cristãos de sua época e as demais gerações
vindouras de como se livrar de uma tensão, a maneira correta de não interferir
em assuntos que não sejam da sua alçada, na escolha de Seus discípulos, no modo
e paciência de suas pregações, de como interpretar a lei, e o mais importante
entre todos os seus ensinos, o de amar o próximo.
Os judeus de sua época que esperavam
um Messias político não entenderam o método de Jesus. Para sanar essa falta de
compreensão, devido eles “[...] errarem, não conhecendo as Escrituras nem o
poder de Deus” (Mt 22.29), foi preciso Jesus mostrar o seu método dado a Ele pelo
Pai celeste de que não era a de “[...] revogar a Lei ou os Profetas [...] Ele
veio para cumprir” (Mt 22.29).
A maior dificuldade entre os servos
de Deus ainda continua sendo a “[...] falta (de) conhecimento. (Eis o motivo do
povo até hoje) [...] estar sendo destruído [...]” (Os 4.6). “[...] Falta o
conhecimento [...]” (Os 4.6) do método de ensino de Jesus a respeito de como “[...]
amar o seu próximo como a si mesmo [...]” (Mc 12.31).
Lendo os evangelhos você irá se
surpreender com a atitude de Jesus fazendo uma comparação do V.T. com o N. T. a
fim de mostrar que o amor sempre esteve presente no coração de Deus. Ele fala
da interpretação errônea dos intérpretes judeus de que você deve “[...] amar o seu
próximo e odiar o seu inimigo” (Mt 5.43). No texto Jesus chama atenção dos seus
interlocutores de que eles “ouviram que foi dito [...]” (Mt 5.43) a respeito do
acréscimo dos judeus de que devem odiar. Jesus quer dizer que o amor deve sempre
estar presente.
Essa atitude de “[...] amar o [...]
próximo e odiar o [...] inimigo” (Mt 5.43) é simplista e que ao mesmo tempo
encontra o pagamento com a mesma moeda: eu amo você me ama, eu odeio você me
odeia. A lei agia exatamente dessa forma: “Se alguém causar defeito em seu
próximo, como ele fez, assim lhe será feito: [...] olho por olho, dente por
dente [...]” (Lv 24.19, 20). Jesus, porém, insiste no exemplo do amor.
O pagamento com a mesma moeda não
exige renúncia, entrega, sofrimento, esforço, dedicação “porque, se amardes os
que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E,
se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios
também o mesmo?” (Mt 5.46, 47).
Jesus deseja mostrar com esses textos
que o amor deve ser desenvolvido, sair de um coração arrependido e ter disposição
para ajudar “[...] sem esperar nenhuma paga; será grande o seu galardão, e sereis
filhos do Altíssimo [...]” (Lc 6.35).
A metodologia de Cristo é para ser
imitada. Conforme Paulo, todos devem “ser seus imitadores, como também [...] de
Cristo” (1Co 11.1). Para Paulo chegar a esse ponto de imitar a Cristo, foi
preciso que o Mestre por excelência desse exemplo, pois “ninguém tem maior amor
do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15.13).
O exemplo maior que o ser humano
pode encontrar na Bíblia a respeito do amor ao próximo é descoberto somente na
Pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus que derramou o seu sangue “[...] quando
(o homem) ainda era fraco, Jesus morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5.6).
A partir do momento em que o servo
se torna submisso, conhece e experimenta o amor de Deus em sua vida, por
obrigação ou por amor ao Filho de Deus, o seu desejo será o de imitar o que
Cristo fez, porque é assim que se “[...] conhece o amor: que Cristo deu a sua
vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16).
A metodologia não é fácil, mas com
esforço, dedicação, insistência, o servo tem condições de ser disciplinado e
aprender. Essa tarefa será bem mais fácil a partir do momento em que você
aceitar que “[...] o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28).
O método de Jesus é eficaz e pode
contaminar outras pessoas que estiverem ao seu lado, tal como aconteceu com
José do Egito que perdoou seus irmãos, com Estevão que não imputou culpa aos
seus algozes, e com Paulo que sofreu nas mãos de seus patrícios, e que aconselhou:
“abençoai os que vos perseguem [...]” (Rm 12.14).
Aprenda o método de Jesus, e “nisto
conhecerão todos que sois [...] discípulos (de) Jesus: se tiverdes amor uns aos
outros” (Jo 13.35).
Rev. Salvador P. Santana
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