REFORMA
Desde
o Antigo Testamento, 1450 a.C., até os dias atuais, sempre houve o combate
acirrado contra as falsas doutrinas pregadas por supostos enviados por Deus.
Moisés
alertou o povo judeu de que “quando profeta ou sonhador se levantar no meio de
ti e te anunciar um sinal ou prodígio” (Dt 13.1). A resposta não pode ser
outra, a não ser a de “não ouvir as palavras desse profeta ou sonhador;
porquanto o SENHOR [...] Deus [...] prova, para saber se amais o SENHOR [...]
Deus, de todo o [...] coração e de toda a [...] alma” (Dt 13.3).
De
igual modo, o profeta Elias, século VI a.C., enfrentou “[...] os quatrocentos e
cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo [...] no
monte Carmelo [...]” (1Rs 18.19) com um único propósito: provar para o povo
israelita que somente “[...] O SENHOR é Deus!” (1Rs 18.39).
Outro
que não deixou a voz dos mentirosos persistir foi o copeiro do rei Artaxerxes,
Neemias, século V a.C. Este não se deixou persuadir com as ameaças de Tobias e
Sambalate. Um falso profeta, “[...] Semaías [...] (tentou levar Neemias) à Casa
de Deus, ao meio do templo (o que lhe era proibido) [...] (com a desculpa de
que) viriam matar Neemias [...] (mas ele) de maneira nenhuma entrou. Então,
percebeu que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra
Neemias, porque Tobias e Sambalate o subornaram” (Ne 6.10-12). Outros houve no
Antigo Testamento que foram defensores da boa doutrina: Isaías, Jeremias,
Ezequiel, Oséias, Miquéias e Zacarias. Que todos eles sejam imitados.
Na
história do Novo Testamento não pode ser diferente. Logo no início do
ministério de Jesus, um conselho é dado a seus discípulos de que precisavam
“acautelar-se dos falsos profetas, que se [...] apresentavam disfarçados em
ovelhas, mas por dentro (eram) [...] lobos roubadores” (Mt 7.15).
O
desejo de Jesus é conduzir cada discípulo ao aprendizado de se resguardar, e
evitar ser “[...] levado ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha
dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.14). O desejo dos
falsos profetas era tentar tirar do coração humano aquela certeza de vida
eterna assegurada por Cristo Jesus.
Depois
de Jesus, um dos maiores vultos da Igreja Primitiva, Paulo, escritor, discípulo
e apóstolo, fez de tudo para imitar a Jesus. Ele teve a mesma responsabilidade
de defender a fé cristã com a verdade implantada em seu coração.
A
palavra de Paulo sempre foi de incentivo à igreja e repulsa aos falsos
apóstolos e profetas de sua época. Ele deixou avisado aos crentes de todas as
épocas de que “[...] entre (o povo de Deus) [...] penetrarão lobos vorazes, que
não pouparão o rebanho” (At 20.29).
O
apóstolo Pedro fala que “[...] no meio do povo surgiram falsos profetas, assim
também haverá entre (o povo de Deus) [...] falsos mestres, os quais introduzirão,
dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano
Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2Pe
2.1).
Nunca
houve um cessar da invasão das falsas doutrinas. Na época do poder dos romanos,
Cláudio, Nero, Vespasiano. Em 305 d.C. Maximiano assume o império, no final de
seu mandato houve a grande perseguição. Em 311 d.C., tolerância pelo imperador
Galério. Em 313 d.C. “ficou estabelecida a completa liberdade religiosa e
igualdade de direito a todas as religiões” – História da igreja Cristã, pag.
48), mas não diminuiu as investidas dos heréticos.
Preocupou
a igreja a ação perigosa dos gnósticos e de Márcion, os quais diziam que “tudo
o que fosse matéria e o corpo são maus, portanto, o espírito deve escapar deste
corpo e deste mundo material e que o Deus do N.T. e o Pai de Jesus Cristo não é
o mesmo Jeová do A.T. e que o A.T. é palavra de deus, mas não do Deus supremo”.
Estavam totalmente equivocados.
No
séc. XVI, Martinho Lutero, monge, orava, estudava a Bíblia e castigava o seu
corpo. Soube através da Bíblia que Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para
expiar os pecados dos homens. Achou paz ao confiar no amor de Deus.
Em
Roma, o papa Leão X desejava terminar a construção da basílica de São Pedro.
Vendia indulgências ao povo. Lutero se opôs, escreveu e afixou em 31.10.1517 as
95 teses contra as indulgências. Foi o estopim para a Reforma Protestante.
João
Calvino, em 1564, estudou os ensinos de Lutero. Experimentou grande renovação
em sua vida espiritual. Fez de Genebra, socialmente próspera, mas de baixo
nível moral, uma cidade modelo de vida cristã.
Não
pense que essa luta teve fim. Terá fim somente quando Cristo resgatar a sua
igreja.
Você
é responsável por continuar essa Reforma Protestante e defender os ensinos
bíblicos.
Rev. Salvador P. Santana
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