domingo, 6 de outubro de 2019

QUASE FOI PARA O BELELÉU.


QUASE FOI PARA O BELELÉU
            Essa expressão é bem desconhecida nestes últimos dias. Na verdade, ela caiu em desuso. É tão desconhecida que nem mesmo a pessoa de mais idade faz menção dessa frase. Quando pronunciada, o espectador, que se dá pouco à leitura, que não sabe vasculhar o dicionário, ignora e odeia por completo a literatura brasileira, fica a ver navios sem saber o que significa beleléu.
            Os antigos, quando faziam alguma visita aos moribundos, depois de sua recuperação, diziam: - “Quase você foi para o beleléu!”
            É bem verdade que os visitadores não explicavam o significado teológico, apenas davam a entender que o convalescente quase “morreu, desapareceu, sumiu, malogrou, fracassou, quase foi para o brejo” – Dic. Aurélio.
            O pobre indigente, ou não, naquelas épocas, passava a vida inteira, até o dia do beleléu, sem saber para onde ia a sua alma pós-morte. Falar sobre o futuro dos mortos era assunto para o sacerdote, aquele que tinha a primazia de estudar as Escrituras, nunca para um pai de família.
            Era proibido falar sobre céu e inferno, mais especificamente sobre este último que causava medo, horror, e por sinal, era desconhecido dos leigos.
            Essas verdades começaram a clarear na mente dos incautos a partir do século XVI, e isso, na Alemanha. No Brasil, começaram a aflorar essas ideias a partir do século XIX, logo após a Proclamação da República, quando houve a separação entre igreja e estado, mas veio a ser concluído a partir dos anos de 1950.
            Todos hão de concordar que a morte física faz parte do ciclo natural da vida. Ninguém escapa, porque “[...] por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).
            Sendo assim, é dever de todos os homens buscar o conhecimento das verdades bíblicas para torná-las explícitas a todos que desejam saber sobre o seu futuro certo, a respeito da salvação, que Deus já predeterminou na eternidade.
            Deus, falando através do profeta Daniel, declara: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Dn 12.2). De acordo com esse texto, cai por terra toda e qualquer ideia de purgatório, limbus, sono da alma, aniquilamento e segunda oportunidade para aceitar a Cristo.
            Fique sabendo que “[...] aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). É por isso que Jesus afirma que todos devem “[...] conhecer a verdade, e a verdade o libertará” (Jo 8.32). Sem esse conhecimento não há como saber sobre o futuro certo da sua própria vida. Não haverá possibilidade de saber qual será o paradeiro pós-morte “[...] tanto nos que são salvos como nos que se perdem” (2Co 2.15).
            Nestes dias turbulentos, de chacinas, enfrentamento por coisas banais, quase ir para o beleléu está muito mais perto do que nunca, em especial entre os jovens de 19 a 25 anos, devido à imprudência no trânsito, ao uso do álcool, drogas, prostituição.
            O ir para o beleléu não há de deixar ninguém escapar, desde o feto até os adultos. Para ser promovido ao beleléu, não importa a sua classe social, raça, religião; não tem escapatória, todos devem estar precavidos para que a morte, ou o tal beleléu não o pegue de surpresa.
            Biblicamente falando, só existe um meio para se precaver, para que o beleléu não seja um inconveniente para você, “pois (você) sabe que [...] (será) levado à morte e à casa destinada a todo vivente” (Jó 30.23).
            Querendo ou não, tentando fugir, sem chances, “porque a morte sobe pelas suas janelas e entra em seus palácios; extermina das ruas as crianças e os jovens, das praças” (Jr 9.21).
            O que resta ao ser humano é andar preparado para esse dia que pode chegar a qualquer momento não pegue você sem estar acondicionado ao momento. O único meio é “[...] crê no Filho (para que) tenha a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).
            Fique sabendo que os únicos que podem se tornar filhos de Deus são “[...] todos quantos [...] receberam Jesus, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).
            Para esses que creem no único Filho de Deus, Jesus Cristo, podem ter a certeza: no dia do beleléu “[...] não existirá medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1Jo 4.18). 
            Fique de sobreaviso! A qualquer momento você pode ir para o beleléu e além da crença que você deve ter em Jesus, por obrigação, você deve buscar a santificação, e isso por três motivos: 1 – “[...] esta é a vontade de Deus: a vossa santificação [...]” (1Ts 4.3); 2 – “[...] Deus [...] (o) chamou [...] para a santificação” (1Ts 4.7); e 3 – “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
            Faça uma autoanálise e veja que Deus tem livrado você de quase ir para o beleléu sem a observância de suas obrigações. Ele ainda não o fez por causa de suas muitas misericórdias.
    Rev. Salvador P. Santana   

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