DESABAFAR
A
tristeza tem invadido muitos corações. De certo modo, desde os tempos bíblicos,
o número de tristonhos tem se multiplicado, e isso se dá por dois motivos: a
população mundial está em torno de 7,7 bilhões, sendo assim, os relacionamentos
se tornam mais intensos, mais provocativos e perniciosos, e a velocidade da
comunicação de um saber a respeito da vida do outro através das redes sociais
conduz todos os internautas a descobrir, com apenas um clique, se o seu
vizinho, parente, homens de bem ou do mal, estão angustiados ou não. A partir
desse imbróglio, as partes se dividem, brigam, separam, saem nos tapas, e cada
um deve, precisa, necessita desabafar.
Homens
e mulheres nos tempos bíblicos enfrentaram muitas dificuldades a ponto de
muitos não saberem qual caminho seguir. Havia brigas, ciúmes, discórdias, luta
armada, desrespeito, enfrentamento entre pais e filhos, cônjuges, e
principalmente confronto entre o homem e o próprio Deus.
É
bem verdade que muitos homens preferem desabafar para homens. Entre esses,
pode-se (des) confiar em parentes, amigos, e principalmente nos inimigos.
Muitos textos bíblicos estão repletos desses exemplos, a fim de que, pelo
depoimento apresentado, conforme o resultado, cada servo de Deus aprenda a se
desvencilhar das enrascadas que podem estar à sua frente.
Um
texto bíblico declara que “[...] Asa caiu doente dos pés; a sua doença era em
extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou
nos médicos” (2Cr 16.12). É possível que fosse o médico da realeza. Ele não foi
bem-sucedido.
Outra
causa não bem-sucedida foi a de que “[...] Abrão anuiu ao conselho de Sarai”
(Gn 16.2). Tiveram problemas duradouros e cheios de intrigas familiares a ponto
de haver “[...] humilhação, e [...] fuga da [...] presença” (Gn 16.6) de seus
parentes mais próximos e uma terrível intriga entre nações.
Em
outro caso é falado que entre pessoas que não eram amigas, mas inimigas, “o
conselho foi agradável [...] a todos [...]” (Gn 41.37); daí tiveram condições
de prosperar e nascer uma amizade devido à posição política e social.
Certo
é que, em todos esses casos de desabafo ou numa conversa particular, sempre
aconteceram embates, discussões, intrigas, brigas intermináveis, e algumas
separações para não mais voltar ao relacionamento. Alguns aprenderam com os
erros, outros, no entanto, sofreram.
É
possível que seja por causa desses problemas enfrentados que o salmista
declara: “Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no
coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?” (Sl 13.2).
Há
somente uma solução para toda a alma que a “[...] aflição lhe sobrevêm [...]
(olhar, falar, desabafar para) Deus [...] o Deus grande, poderoso e temível,
que guarda [...] e (tem) misericórdia [...]” (Ne 9.32) daquele “[...] filho
(que) despreza o pai, a filha (que) se levanta contra a mãe, a nora, contra a
sogra; (pois em muitos desabafos para o homem, são encontrados) os inimigos
[...] (dentro) da sua própria casa” (Mq 7.6).
Há
momentos na vida em que é preciso agir como o profeta Jeremias, quando
anunciava a invasão do rei Nabucodonosor e o povo de Israel não acreditou. A
única solução foi dizer para os crédulos e incrédulos: “Bom é aguardar a
salvação do SENHOR, e isso, em silêncio” (Lm 3.26). O desabafo do profeta
Jeremias àquele povo não surtiu efeito. Muitos pereceram, e outros tantos
“[...] foram levados cativos para a Babilônia” (Jr 40.1).
O
rei Davi, diante dos problemas enfrentados “[...] confiava em Deus” (Sl 55.23).
Para desabafar a quem o conhecia perfeitamente, o rapaz “[...] ruivo, de belos
olhos e boa aparência [...] derramou perante Deus a sua queixa, à [...]
presença (de) Deus expôs a sua tribulação” (1Sm 16.12; Sl 142.2). Ele
reconheceu que “o SENHOR é a sua força e o seu escudo; nele o seu coração
confia, nele foi socorrido; por isso, o seu coração exulta [...]” (Sl 28.7)
porque sabia a quem desabafar.
Leia
a Bíblia; Deus falará com você! Ore entregando as suas queixas!
Rev. Salvador P. Santana
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