A ORIGEM DA REFORMA
Martinho Lutero nasceu em Eisleben,
Alemanha e veio a ser homem de grande fé em Deus.
Lutero começou a estudar Direito,
mas logo decidiu ser monge porque queria dedicar-se inteiramente a Deus. Numa cerimônia
especial, ele prometeu obedecer aos seus superiores da igreja.
Lutero foi ensinado a temer a Deus.
Esforçava-se por fazer com que Deus o amasse. Orava muito e castigava seu
corpo. Mesmo sendo sacerdote, não achava paz.
Lutero foi tão brilhante nos
estudos, que foi enviado à universidade de Wittenberg para estudar e ensinar a
Bíblia. Logo recebeu o título de doutor em Teologia, prometendo ensinar,
fielmente, a Palavra de Deus.
Como professor, Lutero precisava estudar
cuidadosamente a Bíblia. Assim, ficou sabendo que Deus enviou seu Filho, Jesus
Cristo, para expiação dos pecados dos homens, mediante sua morte na cruz. Deus
faz mais do que ordenar ao homem que seja bom; perdoa-o e o declara justo. Por
fim, Lutero achou paz ao confiar no amor de Deus.
Em Roma, o papa Leão X desejava
terminar a construção da basílica de São Pedro. A fim de conseguir dinheiro, um
monge de nome Tetzel vendia indulgências ao povo. Quem as comprava supunha
livrar-se do castigo do purgatório, um suposto lugar de punição depois da
morte.
O Reformador se opôs às indulgências
porque elas levavam o povo a confiar em outras coisas em lugar de confiar no
amor de Deus. Escreveu, então, 95 declarações contra estas indulgências. A
31 de outubro de 1.517, fixou-as na porta da Igreja de Wittenberg para que
fossem discutidas pelos professores.
As 95 teses foram impressas e logo
se disseminaram por toda a Europa. Em toda parte o povo queria lê-las.
Muitos estavam de acordo com Lutero e o seguiram. O tempo era propício para os
planos de Deus. Lutero era o homem que deveria reformar a igreja.
João
Eck, um distinto professor, acusou Lutero de não ensinar a verdade sobre Deus.
Depois de uma discussão com Eck, Lutero mostrou ao povo que várias doutrinas e
práticas da igreja eram contrárias ao amor de Deus.
O
papa acusou Lutero de heresia. Quando Lutero se negou a mudar de ideia, foi
excomungado, expulso da igreja. Lutero queimou o decreto de excomunhão.
Declarou que o papa se opunha à Palavra de Deus. Pediu ao povo que escutasse a
Deus e não ao papa. Lutero sabia que ainda era membro da igreja porque havia
depositado sua fé em Cristo.
Uma
vez que o papa havia condenado a Lutero, o imperador Carlos V ordenou que ele
fosse à cidade de Worms para ser julgado. Melanchthon, fiel amigo e ajudante de
Lutero, acompanhou-o nesta viagem.
“Não posso revogar o que tenho ensinado, a
menos que me provem, por meios da Bíblia, que estou errado”, disse Lutero
perante o imperador e os príncipes. E concluiu: “Tendo dito; que Deus me
ajude”. Diante disso, o imperador lhe deu 30 dias para se retirar do império.
Terminando esse prazo, qualquer pessoa poderia matá-lo. Mas Lutero foi
sequestrado e levado ao castelo de Wartburgo.
Frederico, o sábio, amigo de Lutero,
enviou soldados para assim procederem e desta maneira protegê-lo. Ninguém sabia
onde Lutero estava. Nesse tempo, no castelo, Lutero traduziu o Novo Testamento
para a língua alemã. Assim o povo pôde lê-lo em seu próprio idioma. (1.522).
Depois
Lutero voltou para Wittenberg para acalmar seus seguidores que queriam, em
lugar de uma reforma, fazer uma revolução destruidora.
Escreveu um catecismo para ajudar as
crianças a conhecer o amor de Deus. Em seus sermões apresentou a Cristo como o
Salvador e doador da vida eterna.
Em
1.530, Melanchthon fixou por escrito os ensinamentos de Lutero e de seus
seguidores, para mostrar em que se assemelhavam e em que diferiam dos do papa.
Os
príncipes fiéis a Lutero entregou esta obra ao imperador, e como os seguidores
de Lutero não podiam estar de acordo estar de acordo com os seguidores do papa,
a igreja se dividiu. (1.530)”.
A igreja atual precisa continuar se
reformando.
Editora Sinal – Vida e ensinamento de
Martinho Lutero
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