FALHA
NA COMUNICAÇÃO
Conversa entre
marido e mulher. Ele perguntou: – Você vai tomar banho? Ela respondeu com uma
pergunta: – Será que eu posso almoçar primeiro? Ele retrucou: – Só quero saber
se você vai tomar banho. Responde ela: – Sim, eu vou tomar banho.
Conversa entre
dois amigos. – O número do telefone de fulano de tal mudou? A outra respondeu:
– Não, ela mandou cortar.
Os dois diálogos
acima apresentam falha na comunicação. Fica difícil definir se a falha está no
emissor ou no receptor. Para detectar é preciso você prestar atenção em suas
próprias falhas.
Para que não
ocorra falha na comunicação é preciso definir algumas regras: Não deve haver
apenas proximidade física, isso não é o suficiente, é preciso ter disposição
para ouvir o que o outro tem a dizer, sem esse interesse, haverá falha na
comunicação; não é necessário ouvir apenas, é dever de cada um prestar atenção
com os olhos, ou seja, olhar nos olhos do emissor/receptor. Dessa forma você
mostrará que está interessado na comunicação.
A falha na
comunicação fala sobre o agravamento de muitos relacionamentos, principalmente
entre marido e mulher. O que ocorre muitas vezes em um relacionamento entre
marido e mulher é que o receptor deduz o que o emissor irá falar e de pronto se
põe a responder.
A esse respeito
Salomão fala que “responder antes de ouvir é estultícia (insensatez, falta de
juízo) e vergonha” (Pv 18.13). É exatamente isso o que tem ocorrido entre
casais, pais e filhos, patrões e empregados, amigos e supostos inimigos.
O receptor não
ouve e de pronto dá a resposta sem sabedoria. Geralmente a resposta é para
ofender, machucar, avisar que sabe mais ou denegrir a imagem do emissor. Agindo
dessa forma só haverá brigas, pancadarias, inimizades e podendo chegar ao ponto
de separação judicial. Tudo por não ter ouvido bem e respondido mal.
Por ser tolo ou
sem juízo, respondendo antes de ouvir, passa vergonha. Sim, porque depois não
quer dar o braço a torcer, não reconhece o seu grave erro diante do seu opositor,
não aceita o outro pedir perdão, então, começa a dar desculpas dizendo que foi
mal entendido, de que o emissor não sabe falar, que é um caipira, enfim, ele
continua ainda na sua tolice, sempre pensando que o outro é o errado.
Para que não haja
falha na comunicação é preciso que tanto o emissor quanto o receptor fiquem
atentos para tratar o outro com amor, respeito e educação.
Uma sugestão ao
receptor é que ele pergunte novamente ao emissor a pergunta para que tenha certeza
de que está ouvindo corretamente.
É possível que o
emissor não entenda a pergunta do receptor, e ao invés de repetir a mesma
pergunta feita, ele lhe faça outra pergunta sem deixar a possibilidade do
receptor entender.
Pode acontecer neste
caso do emissor fazer outra pergunta acusativa ou ofensiva: – Você está surdo?
–
Estou falando grego? – Não entende o que falo?
Mantenha a calma!
Respire fundo. Conte um pouco mais para responder educadamente ao seu oponente.
Não fique chateado
caso o seu interlocutor esteja chamando você de surdo. Você sabe melhor que
todo mundo que você não é e mesmo se fosse surdo; que mal tem a verdade ser
dita? Não custa nada você repetir o que de fato você deseja como resposta da
pessoa que está à sua frente. O único gasto é com a sua saliva. Experimente!
A comunicação sem
falhas é o ponto chave para boas amizades entre marido e esposa, pais e filhos,
patrões e empregados, professores e alunos, amigos e inimigos.
Caso não haja uma
boa comunicação você será “[...] estulto (tolo por ter) respondido antes de
ouvir [...] e (o pior, passará) vergonha” (Pv 18.13) diante de todos.
“Se, porém, algum
[...] necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada
lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg 1.5) para que você aprenda a se
comunicar melhor e sem falhas para com o seu próximo.
Rev. Salvador P. Santana
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