AI
Mt.23.13-33
Introd.: A
interjeição ai é uma palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados
de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo
comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
linguísticas mais elaboradas.
Pode
ser um grito de dor, lamento, queixume, manifestação de sofrimento, desespero
e, por vezes, alegria.
Nar.: Os
sete ais de Jesus expressam a indignação de Jesus contra todos os hipócritas
que estão dentro da igreja.
Propos.: Alguns escritores sagrados
expressaram seus sentimentos.
Jó
disse: “Se for perverso, ai de mim! E,
se for justo, não ouso levantar a cabeça, pois estou cheio de ignomínia e olho
para a minha miséria”, Jó 10.15.
O
profeta “[...] Isaías disse: ai de mim!
Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de
impuros lábios [...]”, Is.6.5.
Jeremias
falou sobre “[...] uma angústia [...] porque
a sua alma desfalecia por causa dos assassinos [...] ai de mim agora! [...] (e)
ai de mim, por causa da minha ruína! É mui grave a minha ferida [...]”,
Jr.4.31; 10.19.
Trans.: O primeiro ai fala sobre [...]
1 – Fechar o reino.
Os sete “ais (como lamento de Jesus é dirigido a cada
um) de nós [...]”, Mt.23.13, 14, 15, 23, 25, 27, 29.
Não tem
escapatória; “[...] escribas (copiam e
interpretam a lei) e fariseus (seguem rigorosamente a lei) [...]”,
Mt.23.13; Jesus fala sobre eu e você.
Por sete
vezes Jesus se queixa de que somos “[...]
hipócritas (artista de teatro, dissimulador-ocultar,
fingir, impostor que deseja aplausos) [...]”, Mt.23.13.
A razão
da indignação/grito de dor de Jesus é “[...]
porque fechamos o reino dos céus diante dos homens [...]”, Mt.23.13
devido a nossa pretensão de ser os melhores do reino/igreja.
O mais
intrigante é que “[...] nós não entramos
(no reino/igreja por causa dos pecados cometidos), nem deixamos entrar os que
estão entrando!”, Mt.23.13 – mau testemunho.
Outro
grande problema em nossas vidas é “[...]
porque devoramos (esbanjar, desperdiçar) as casas das viúvas (filhos voltando
para casa dos pais, netos criados pelos avós/pensão/empréstimo consignado)
[...]”, Mt.23.14.
“[...] E, para o justificar (o roubo, engano,
trapaça, a falta de respeito ao mais velho), fazemos longas orações [...]”,
Mt.23.14 para comover corações, tentar abrandar a ira de Deus.
“[...] Por isso (que praticamos contra os indefesos,
Jesus está atento), sofreremos (atenção! Verbo no futuro) juízo muito mais
severo!]”, Mt.23.14.
Podemos
fechar o reino “[...] porque rodeamos o
mar e a terra (fanatismo) para fazer um prosélito (de outra religião) [...]”,
Mt.23.15 como que insistindo para fazer parte da nossa igreja.
A
sentença é que, “[...] e, uma vez feito
(o aliciamento indevido), o tornamos filho do inferno (por causa da nossa má
atitude) duas vezes mais do que nós!”, Mt.23.15.
Deseja
continuar fechando o reino?
Busque a
sua transformação espiritual antes da sentença no dia final.
O ai de
Jesus é contra [...]
2 – O juramento enganoso.
O “ai (grito de dor de Jesus é contra cada um) de
nós [...] (porque somos) guias cegos [...]”, Mt.23.16, sem direção,
rumo, esperança, sem entendimento bíblico a respeito das nossas obrigações e a
nossa salvação.
Precisamos
saber que muito do “[...] que dizemos
[...]”, Mt.23.16 pode não ser verdade aos olhos de Deus.
“[...] Quem jurar (fazer promessas, pode cair
em descrédito) [...]”, Mt.23.16.
“[...] Jurar (prometer) pelo santuário (templo-espaço
físico-reformas, pode ser prejudicial a cada um de nós, mas), isso é nada [...]”,
Mt.23.16 podemos pensar; não tem valor espiritual.
Outro
desejo é “[...] se alguém jurar pelo
ouro (dízimos, ofertas) do santuário, fica obrigado pelo que jurou!”,
Mt.23.16.
Fique
sabendo que o queixume de Jesus, o seu “ai
[...]”, Mt.23.16 continua contra nós.
É por
este motivo que Jesus nos chama de “insensatos
(tolo, ímpio, incrédulo) e cegos! [...]”, Mt.23.17 por não medir com
precisão as nossas palavras faladas na presença de Deus.
A
pergunta retórica é: “[...] Pois qual é
maior (?) [...]”, Mt.23.17.
Jesus
deseja a resposta correta de que “[...]
o ouro (o meu coração) ou o santuário (templo do Espírito Santo) o que
santifica o ouro [...]”, Mt.23.17 deve ter o mesmo valor espiritual.
“E (insistindo em) dizer: Quem jurar pelo
altar (entrega da mensagem), isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta (a
minha vida) que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou”,
Mt.23.18.
Ora,
Jesus fala que somos “cegos (para não
enxergar os valores espirituais)! Pois qual é maior: a oferta (a minha vida) ou
o altar (a mensagem bíblica pregada) que santifica a oferta?”, Mt.23.19
“Portanto, (para Jesus) quem jurar pelo altar (a
Bíblia Sagrada) jura por ele e por tudo o que sobre ele está (o próprio Deus)”,
Mt.23.20.
Veja que “quem jurar pelo santuário (templo) jura por
ele e por aquele que nele habita (o próprio Jesus e que pode comandar a nossa
alma)”, Mt.23.21.
“E (o mais importante) quem jurar pelo céu
jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado (Jesus Cristo)”,
Mt.23.22.
Que não
seja enganoso o seu juramento.
O ai de
Jesus aponta para a [...]
3 – A negligência daquilo que é mais importante.
Jesus
continua cobrando de mim e você “[...]
porque damos o dízimo [...]”, Mt.23.23 e muitas vezes nos julgamos os
mais santos, perfeitos, íntegros, servos fiéis de Deus.
“[...] Escribas e fariseus [...] davam o
dízimo da hortelã, do endro e do cominho (usados para condimentos e medicina;
pesando-os milimetricamente para não roubar da casa do Senhor) [...]”,
Mt.23.23.
A
acusação de Jesus é que muitos “[...]
tem negligenciado os preceitos (ordens) mais importantes da Lei [...]”,
Mt.23.23 a fim de tentar ludibriar.
“[...] A justiça (falta, pois roubavam as
viúvas, escravidão, comerciante desonesto) [...]”, Mt.23.23.
“[...] A misericórdia (bondade não alcança os
que precisam; morte de Jesus – 1 semana) [...]”, Mt.23.23.
“[...] E a fé [...]”, Mt.23.23 fora
destruída em seus corações, pois não acreditaram em Jesus Cristo como Senhor e
Salvador.
Por isso
Jesus fala que eles e nós “[...] devemos,
porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas (dízimos)!”, Mt.23.23.
A vida
moral de muitos é como essa hipérbole de “guiar
cegos, que coamos o mosquito (imundo) e engolimos o camelo (imundo)!”,
Mt.23.24 em nossas decisões espirituais e pessoais.
Jesus
fala contra a [...]
4 – Retidão externa.
A retidão
externa é “[...] porque limpamos o
exterior do copo e do prato [...]”, Mt.23.25, aparência, elegância,
disponibilidade para fazer algo para se mostrar.
“[...] Mas (a queixa de Jesus é que) estes (eu
e você), por dentro, estamos cheios de rapina (roubo, saque) e intemperança (falta
de domínio próprio)!”, Mt.23.25.
“Fariseu (cumpridor da lei) cego (não enxerga
a sua própria maldade) [...]”, Mt.23.26; reclama Jesus.
Precisamos
tomar a atitude de “[...] limpar
primeiro o interior do copo (coração), para que também o seu exterior (obras) fique
limpo (diante de Deus e dos homens)!”, Mt.23.26.
Jesus
ordena limpara “[...] porque somos
semelhantes aos sepulcros (beira da estrada) caiados [...]”, Mt.23.27.
Veja “[...] que, por fora, se mostram belos (não
serem pisados), mas interiormente estão cheios de ossos de mortos (sem vida) e
de toda imundícia (impureza moral)!”, Mt.23.27
Jesus
fala que “assim também nós (somos) exteriormente
[...]”, Mt.23.28 tal como os hipócritas.
Na
verdade “[...] parecemos justos (observa
as leis divinas) aos homens [...]”, Mt.23.28.
O “[...] mas (de Jesus mostra que), por dentro,
estamos cheios de hipocrisia (falsidades) e de iniquidade (não reconhece o
direito do próximo)”, Mt.23.28.
Seja reto
diante de Deus.
O lamento
de Jesus aponta [...]
Conclusão: A
cumplicidade.
A
conivência é “[...] porque escribas e
fariseus edificam os sepulcros dos profetas [...]”, Mt.23.29 que foram
mortos no V.T. pelos seus antepassados, tentando livrar-se das condenações
eternas.
“[...] Escribas e fariseus [...] adornavam os
túmulos dos justos”, Mt.23.29 com a intenção de não serem culpados.
Veja o
que escribas e fariseus “[...] diziam
[...] e [...]”, Mt.23.30 que nós multas vezes fazemos o mesmo.
“[...] Se tivéssemos vivido nos dias de nossos
pais [...]”, Mt.23.30 eu viveria diferente.
Aqueles
homens “[...] disseram [...] (que) não
teriam sido seus cúmplices (matança) no sangue dos profetas!”, Mt.23.30;
não seria tão mal, perverso, ingrato, ou seja, seria melhor do que eles.
“Assim [...]”, Mt.23.31 Jesus aponta
para a nossa própria calamidade, o desmascarar do nosso teatro.
Jesus
fala “[...] contra nós mesmos [...]”,
Mt.23.31 que nos apresentamos como falsos servos de Deus.
A verdade
é que nós mesmos “[...] testificamos
(testemunhamos) que somos filhos dos que mataram os profetas”, Mt.23.31;
temos a mesma índole, o mesmo caráter, a mesma falsidade, a mesma maldade.
É por
isso que “enchemos nós (mesmos), pois,
a medida de nossos pais (psic – repetição do passado esquecido. Bíblia –
exemplo)”, Mt.23.32.
Faça uma
análise a partir da conclusão de Jesus.
Procure
saber se você é como “serpentes
(engana, ataca à traição para ferir ou matar), raça (ninhada e continua junto) de
víboras! [...]”, Mt.23.33.
Em oração,
pergunte a Deus: “[...] Como escaparei da
condenação do inferno?”, Mt.23.33.
Rev.
Salvador P. Santana
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