sábado, 17 de novembro de 2018

Mt.23.13-33 - AI.


AI

Mt.23.13-33



Introd.:           A interjeição ai é uma palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.

            Pode ser um grito de dor, lamento, queixume, manifestação de sofrimento, desespero e, por vezes, alegria.

Nar.:    Os sete ais de Jesus expressam a indignação de Jesus contra todos os hipócritas que estão dentro da igreja.

Propos.:           Alguns escritores sagrados expressaram seus sentimentos.

            Jó disse: “Se for perverso, ai de mim! E, se for justo, não ouso levantar a cabeça, pois estou cheio de ignomínia e olho para a minha miséria”, Jó 10.15.

            O profeta “[...] Isaías disse: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios [...]”, Is.6.5.

            Jeremias falou sobre “[...] uma angústia [...] porque a sua alma desfalecia por causa dos assassinos [...] ai de mim agora! [...] (e) ai de mim, por causa da minha ruína! É mui grave a minha ferida [...]”, Jr.4.31; 10.19.

Trans.: O primeiro ai fala sobre [...]

1 – Fechar o reino.

            Os sete “ais (como lamento de Jesus é dirigido a cada um) de nós [...]”, Mt.23.13, 14, 15, 23, 25, 27, 29.

            Não tem escapatória; “[...] escribas (copiam e interpretam a lei) e fariseus (seguem rigorosamente a lei) [...]”, Mt.23.13; Jesus fala sobre eu e você.

            Por sete vezes Jesus se queixa de que somos “[...] hipócritas (artista de teatro, dissimulador-ocultar, fingir, impostor que deseja aplausos) [...]”, Mt.23.13.

            A razão da indignação/grito de dor de Jesus é “[...] porque fechamos o reino dos céus diante dos homens [...]”, Mt.23.13 devido a nossa pretensão de ser os melhores do reino/igreja.

            O mais intrigante é que “[...] nós não entramos (no reino/igreja por causa dos pecados cometidos), nem deixamos entrar os que estão entrando!”, Mt.23.13 – mau testemunho.

            Outro grande problema em nossas vidas é “[...] porque devoramos (esbanjar, desperdiçar) as casas das viúvas (filhos voltando para casa dos pais, netos criados pelos avós/pensão/empréstimo consignado) [...]”, Mt.23.14.

            [...] E, para o justificar (o roubo, engano, trapaça, a falta de respeito ao mais velho), fazemos longas orações [...]”, Mt.23.14 para comover corações, tentar abrandar a ira de Deus.

            [...] Por isso (que praticamos contra os indefesos, Jesus está atento), sofreremos (atenção! Verbo no futuro) juízo muito mais severo!]”, Mt.23.14.

            Podemos fechar o reino “[...] porque rodeamos o mar e a terra (fanatismo) para fazer um prosélito (de outra religião) [...]”, Mt.23.15 como que insistindo para fazer parte da nossa igreja.

            A sentença é que, “[...] e, uma vez feito (o aliciamento indevido), o tornamos filho do inferno (por causa da nossa má atitude) duas vezes mais do que nós!”, Mt.23.15.

            Deseja continuar fechando o reino?

            Busque a sua transformação espiritual antes da sentença no dia final.

            O ai de Jesus é contra [...]

2 – O juramento enganoso.

            O “ai (grito de dor de Jesus é contra cada um) de nós [...] (porque somos) guias cegos [...]”, Mt.23.16, sem direção, rumo, esperança, sem entendimento bíblico a respeito das nossas obrigações e a nossa salvação.

            Precisamos saber que muito do “[...] que dizemos [...]”, Mt.23.16 pode não ser verdade aos olhos de Deus.

            [...] Quem jurar (fazer promessas, pode cair em descrédito) [...]”, Mt.23.16.

            [...] Jurar (prometer) pelo santuário (templo-espaço físico-reformas, pode ser prejudicial a cada um de nós, mas), isso é nada [...]”, Mt.23.16 podemos pensar; não tem valor espiritual.

            Outro desejo é “[...] se alguém jurar pelo ouro (dízimos, ofertas) do santuário, fica obrigado pelo que jurou!”, Mt.23.16.

            Fique sabendo que o queixume de Jesus, o seu “ai [...]”, Mt.23.16 continua contra nós.

            É por este motivo que Jesus nos chama de “insensatos (tolo, ímpio, incrédulo) e cegos! [...]”, Mt.23.17 por não medir com precisão as nossas palavras faladas na presença de Deus.

            A pergunta retórica é: “[...] Pois qual é maior (?) [...]”, Mt.23.17.

            Jesus deseja a resposta correta de que “[...] o ouro (o meu coração) ou o santuário (templo do Espírito Santo) o que santifica o ouro [...]”, Mt.23.17 deve ter o mesmo valor espiritual.

            E (insistindo em) dizer: Quem jurar pelo altar (entrega da mensagem), isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta (a minha vida) que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou”, Mt.23.18.

            Ora, Jesus fala que somos “cegos (para não enxergar os valores espirituais)! Pois qual é maior: a oferta (a minha vida) ou o altar (a mensagem bíblica pregada) que santifica a oferta?”, Mt.23.19

            Portanto, (para Jesus) quem jurar pelo altar (a Bíblia Sagrada) jura por ele e por tudo o que sobre ele está (o próprio Deus)”, Mt.23.20.

            Veja que “quem jurar pelo santuário (templo) jura por ele e por aquele que nele habita (o próprio Jesus e que pode comandar a nossa alma)”, Mt.23.21.

            E (o mais importante) quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado (Jesus Cristo)”, Mt.23.22.

            Que não seja enganoso o seu juramento.

            O ai de Jesus aponta para a [...]

3 – A negligência daquilo que é mais importante.

            Jesus continua cobrando de mim e você “[...] porque damos o dízimo [...]”, Mt.23.23 e muitas vezes nos julgamos os mais santos, perfeitos, íntegros, servos fiéis de Deus.

            [...] Escribas e fariseus [...] davam o dízimo da hortelã, do endro e do cominho (usados para condimentos e medicina; pesando-os milimetricamente para não roubar da casa do Senhor) [...]”, Mt.23.23.

            A acusação de Jesus é que muitos “[...] tem negligenciado os preceitos (ordens) mais importantes da Lei [...]”, Mt.23.23 a fim de tentar ludibriar.

            [...] A justiça (falta, pois roubavam as viúvas, escravidão, comerciante desonesto) [...]”, Mt.23.23.

            [...] A misericórdia (bondade não alcança os que precisam; morte de Jesus – 1 semana) [...]”, Mt.23.23.

            [...] E a fé [...]”, Mt.23.23 fora destruída em seus corações, pois não acreditaram em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

            Por isso Jesus fala que eles e nós “[...] devemos, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas (dízimos)!”, Mt.23.23.

            A vida moral de muitos é como essa hipérbole de “guiar cegos, que coamos o mosquito (imundo) e engolimos o camelo (imundo)!”, Mt.23.24 em nossas decisões espirituais e pessoais.

            Jesus fala contra a [...]

4 – Retidão externa.

            A retidão externa é “[...] porque limpamos o exterior do copo e do prato [...]”, Mt.23.25, aparência, elegância, disponibilidade para fazer algo para se mostrar.

            [...] Mas (a queixa de Jesus é que) estes (eu e você), por dentro, estamos cheios de rapina (roubo, saque) e intemperança (falta de domínio próprio)!”, Mt.23.25.

            Fariseu (cumpridor da lei) cego (não enxerga a sua própria maldade) [...]”, Mt.23.26; reclama Jesus.

            Precisamos tomar a atitude de “[...] limpar primeiro o interior do copo (coração), para que também o seu exterior (obras) fique limpo (diante de Deus e dos homens)!”, Mt.23.26.

            Jesus ordena limpara “[...] porque somos semelhantes aos sepulcros (beira da estrada) caiados [...]”, Mt.23.27.

            Veja “[...] que, por fora, se mostram belos (não serem pisados), mas interiormente estão cheios de ossos de mortos (sem vida) e de toda imundícia (impureza moral)!”, Mt.23.27

            Jesus fala que “assim também nós (somos) exteriormente [...]”, Mt.23.28 tal como os hipócritas.

            Na verdade “[...] parecemos justos (observa as leis divinas) aos homens [...]”, Mt.23.28.

            O “[...] mas (de Jesus mostra que), por dentro, estamos cheios de hipocrisia (falsidades) e de iniquidade (não reconhece o direito do próximo)”, Mt.23.28.

            Seja reto diante de Deus.

            O lamento de Jesus aponta [...]

Conclusão:      A cumplicidade.                                

            A conivência é “[...] porque escribas e fariseus edificam os sepulcros dos profetas [...]”, Mt.23.29 que foram mortos no V.T. pelos seus antepassados, tentando livrar-se das condenações eternas.

            [...] Escribas e fariseus [...] adornavam os túmulos dos justos”, Mt.23.29 com a intenção de não serem culpados.

            Veja o que escribas e fariseus “[...] diziam [...] e [...]”, Mt.23.30 que nós multas vezes fazemos o mesmo.

            [...] Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais [...]”, Mt.23.30 eu viveria diferente.

            Aqueles homens “[...] disseram [...] (que) não teriam sido seus cúmplices (matança) no sangue dos profetas!”, Mt.23.30; não seria tão mal, perverso, ingrato, ou seja, seria melhor do que eles.

            Assim [...]”, Mt.23.31 Jesus aponta para a nossa própria calamidade, o desmascarar do nosso teatro.

            Jesus fala “[...] contra nós mesmos [...]”, Mt.23.31 que nos apresentamos como falsos servos de Deus.

            A verdade é que nós mesmos “[...] testificamos (testemunhamos) que somos filhos dos que mataram os profetas”, Mt.23.31; temos a mesma índole, o mesmo caráter, a mesma falsidade, a mesma maldade.

            É por isso que “enchemos nós (mesmos), pois, a medida de nossos pais (psic – repetição do passado esquecido. Bíblia – exemplo)”, Mt.23.32.

            Faça uma análise a partir da conclusão de Jesus.

            Procure saber se você é como “serpentes (engana, ataca à traição para ferir ou matar), raça (ninhada e continua junto) de víboras! [...]”, Mt.23.33.

            Em oração, pergunte a Deus: “[...] Como escaparei da condenação do inferno?”, Mt.23.33.



            Rev. Salvador P. Santana

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