sábado, 10 de novembro de 2018

O MAL NO CORAÇÃO.


O MAL NO CORAÇÃO

            O rei Salomão, escrevendo para instruir os seus súditos e, em especial a cada um deste século, declara que o homem “não (deve) ser sábio aos seus próprios olhos; (precisa) temer ao SENHOR e apartar-se do mal” (Pv 3.7).

            Nestes últimos tempos “[...] se (tem) multiplicado a iniquidade, o amor se esfriando de quase todos” (Mt 24.12), e, por causa dessa falta de amor, “[...] procedem guerras e contendas [...] (que tem saído) dos prazeres que militam na [...] carne [...]” (Tg 4.1) de todos os homens.

            Vê-se em todos os rincões deste mundo, mortes, perseguições, brutalidades, desavenças e brigas entre vizinhos, amigos e parentes. Percebe-se que muitos não têm sabedoria para enfrentar as divergências. A situação é tão severa que “um irmão entrega à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão” (Mt 10.21).

            Com essa péssima imagem estampada em todo o mundo, pode-se dizer que o homem está totalmente perdido, ferido e desesperado, e pior, os grandes, os poderosos, os políticos que mais se destacam não “[...] sabem aconselhar ao que não tem sabedoria e revelar plenitude de verdadeiro conhecimento!” (Jó 26.3) e não tem solução imediata para o caso.

            É preciso reforçar que “todos (os homens) se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14.3), logo, fugir do mal é tarefa difícil, mas não impossível para todos, sem exceção, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23).


            Mas, por mais miserável que seja o homem, há esperança para mudança, transformação e ele pode começar de novo retornando ao caminho que conduz ao bem e não ao mal.

            O texto que Salomão escreveu fala que todo homem, desejando, pode querer “não ser sábio aos seus próprios olhos [...]” (Pv 3.7). “Não ser sábio aos seus próprios olhos [...]” (Pv 3.7) é desejar aprender a viver sob a orientação e vontade divina; é buscar reconhecer que “há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte” (Pv 16.25).

            “Não ser sábio aos seus próprios olhos [...]” (Pv 3.7) é se desvencilhar dos “olhos altivos, (da) língua mentirosa, (das) mãos que derramam sangue inocente, (do) coração que trama projetos iníquos, (e dos) pés que se apressam a correr para o mal, (e principalmente da) testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.17-19).

            Outro aspecto importante para vencer a maldade no coração é “[...] temer ao SENHOR e apartar-se do mal” (Pv 3.7). Perceba que “o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam [...]” (Sl 111.10). Temer nada mais é do que sentir medo daquele que tem poder, respeito, é reverenciar, obedecer e adorar principalmente o próprio Deus. Veja que, logo após “[...] temer ao SENHOR [...] (o homem será fortalecido para) apartar-se do mal” (Pv 3.7) e “não se deixar vencer do mal, mas vencer o mal com o bem” (Rm 12.21).


            Parece haver uma calmaria aparente em todo o mundo, mas vez ou outra “[...] o SENHOR vê que a maldade do homem se [...] multiplica [...] e que é continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5).

            Pode ser que seja apenas passageiro, mas vê-se que quando um em determinado local pratica alguma ação de crueldade, perversidade, surgem outros que imitam a mesma maldade, a mesma angústia, briga, discórdia, parecendo um dominó em fileira em que fora derrubada a primeira peça para desencadear outras destruições.


            Ei! Faça de tudo para “[...] apartar-se do mal (pois deve ser) [...] o entendimento” (Jó 28.28), ou, a capacidade para entender que “[...] o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 2.17).

            Seja rápido e sábio; “aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la” (1Pe 3.11), mesmo porque, “[...] se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça” (Rm 12.20).

            “[...] Deus (torna o coração e) [...] o espírito (do homem mau) quebrantado; (que ele tenha um) coração compungido (quebrado) e contrito (esmagado, arrependido) [...]” (Sl 51.17).

Rev. Salvador P. Santana

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