O MAL NO CORAÇÃO
O rei Salomão, escrevendo para instruir os seus súditos e, em especial a cada
um deste século, declara que o homem “não (deve) ser sábio aos seus próprios
olhos; (precisa) temer ao SENHOR e apartar-se do mal” (Pv 3.7).
Nestes últimos tempos “[...] se (tem) multiplicado a iniquidade, o amor se
esfriando de quase todos” (Mt 24.12), e, por causa dessa falta de amor, “[...]
procedem guerras e contendas [...] (que tem saído) dos prazeres que militam na
[...] carne [...]” (Tg 4.1) de todos os homens.
Vê-se em todos os rincões deste mundo, mortes, perseguições, brutalidades,
desavenças e brigas entre vizinhos, amigos e parentes. Percebe-se que muitos
não têm sabedoria para enfrentar as divergências. A situação é tão severa que
“um irmão entrega à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se
levantarão contra os progenitores e os matarão” (Mt 10.21).
Com essa péssima imagem estampada em todo o mundo, pode-se dizer que o homem
está totalmente perdido, ferido e desesperado, e pior, os grandes, os
poderosos, os políticos que mais se destacam não “[...] sabem aconselhar ao que
não tem sabedoria e revelar plenitude de verdadeiro conhecimento!” (Jó 26.3) e não
tem solução imediata para o caso.
É preciso reforçar que “todos (os homens) se extraviaram e juntamente se
corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14.3), logo,
fugir do mal é tarefa difícil, mas não impossível para todos, sem exceção,
“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23).
Mas, por mais miserável que seja o homem, há esperança para mudança,
transformação e ele pode começar de novo retornando ao caminho que conduz ao
bem e não ao mal.
O texto que Salomão escreveu fala que todo homem, desejando, pode querer “não
ser sábio aos seus próprios olhos [...]” (Pv 3.7). “Não ser sábio aos seus
próprios olhos [...]” (Pv 3.7) é desejar aprender a viver sob a orientação e
vontade divina; é buscar reconhecer que “há caminho que parece direito ao
homem, mas afinal são caminhos de morte” (Pv 16.25).
“Não ser sábio aos seus próprios olhos [...]” (Pv 3.7) é se desvencilhar dos
“olhos altivos, (da) língua mentirosa, (das) mãos que derramam sangue inocente,
(do) coração que trama projetos iníquos, (e dos) pés que se apressam a correr
para o mal, (e principalmente da) testemunha falsa que profere mentiras e o que
semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.17-19).
Outro aspecto importante para vencer a maldade no coração é “[...] temer ao
SENHOR e apartar-se do mal” (Pv 3.7). Perceba que “o temor do SENHOR é o
princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam [...]” (Sl
111.10). Temer nada mais é do que sentir medo daquele que tem poder, respeito, é
reverenciar, obedecer e adorar principalmente o próprio Deus. Veja que, logo
após “[...] temer ao SENHOR [...] (o homem será fortalecido para) apartar-se do
mal” (Pv 3.7) e “não se deixar vencer do mal, mas vencer o mal com o bem” (Rm
12.21).
Parece haver uma calmaria aparente em todo o mundo, mas vez ou outra “[...] o
SENHOR vê que a maldade do homem se [...] multiplica [...] e que é
continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5).
Pode ser que seja apenas passageiro, mas vê-se que quando um em determinado
local pratica alguma ação de crueldade, perversidade, surgem outros que imitam
a mesma maldade, a mesma angústia, briga, discórdia, parecendo um dominó em
fileira em que fora derrubada a primeira peça para desencadear outras
destruições.
Ei! Faça de tudo para “[...] apartar-se do mal (pois deve ser) [...] o
entendimento” (Jó 28.28), ou, a capacidade para entender que “[...] o mundo
passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus
permanece eternamente” (1Jo 2.17).
Seja rápido e sábio; “aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e
empenhe-se por alcançá-la” (1Pe 3.11), mesmo porque, “[...] se o teu inimigo
tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo
isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça” (Rm 12.20).
“[...] Deus (torna o coração e) [...] o espírito (do homem mau) quebrantado;
(que ele tenha um) coração compungido (quebrado) e contrito (esmagado,
arrependido) [...]” (Sl 51.17).
Rev. Salvador P. Santana
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