sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Ef.2.11-22 - OS SACRAMENTOS – NECESSIDADE E PROMESSA.


OS SACRAMENTOSNECESSIDADE E PROMESSA, Ef.2.11-22.



Introd.:           Os sacramentos são uma necessidade essencial ao crente, conforme uma prescrição dos preceitos divinos.

            Negligenciá-los implicaria pobreza e fraqueza espiritual.

            Os sacramentos nos tramitem duas realidades centrais: a garantia do cumprimento das promessas pactuais e nosso pertencimento à família da aliança.

            Nos comunicam verdades essenciais do evangelho de Cristo, as boas-novas de salvação.

            São expressões vívidas da graça de salvação de Deus em Cristo.   

            Os sacramentos nos ensinam que Deus é quem entra em uma aliança graciosa com o pecador, suprindo o cumprimento dos termos do contrato pactual redentivo.

            Os sacramentos cumprem o propósito de confirmar e aumentar a nossa fé.

            Os sacramentos devem ser compreendidos como uma confissão de fé e expressão de nossa obediência ao Deus da aliança.   

            É exposição concreta das verdades centrais da fé cristã: a morte, a ressurreição de Cristo, a aplicação dos benefícios redentores da morte sacrificial de Cristo a participação do crente na família da aliança.

1 – A necessidade dos sacramentos.

            Paulo instrui a igreja dizendo que “portanto, (devemos) lembrar de que, outrora, nós, gentios na carne (sem Deus), chamados incircuncisão (sem salvação) por aqueles que se intitulam circuncisos (salvos), na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estávamos sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças (acordo, pacto, contrato – Deus abençoa, o povo obedece) da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”, Ef.2.11, 12.

            Sacramentos – ordenanças instituídas pelo Senhor. Objetivo – fortalecer a fé, confirmar as verdades eternas, e diante dos homens, reconhecimento público da nossa fé em Cristo.

            Por este motivo Paulo fala que “mas, agora, em Cristo Jesus, nós, que antes estávamos longe, fomos aproximados pelo sangue de Cristo”, Ef.2.13 para ser de Deus e dar testemunho.

            Os sacramentos são necessários somente à igreja. Devem ser administrados apenas àqueles que são membros do pacto da graça, “[...] para confirmar as promessas feitas aos nossos pais”, Rm.15.8.

            O motivo é “porque ele (Jesus Cristo) é a nossa paz, o qual de ambos (judeus e gentios) fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade”, Ef.2.14 nos tornou filhos de Deus.

            Os sinais são necessários como sinais que apontam os benefícios da mediação de Cristo àqueles que estão no pacto.

            O batismo significa o pertencimento à família da aliança, por este motivo, “[...] cada um [...] (deve) ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados [...]”, At.2.38.

            A Ceia significa a salvação em Cristo Jesus aos crentes, porque “[...] o cálice da bênção [...] é a comunhão do sangue de Cristo [...] o pão que [...] é a comunhão do corpo de Cristo [...]”, 1Co.10.16.

            Veja que o próprio Jesus “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois (judeu e gentio) criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz”, Ef.2.15.

            Os sacramentos são necessários porque servem ao propósito de aumentar nossa fé e, consequentemente as demais graças recebidas pelos crentes.

            Precisamos entender que “fomos, pois, sepultados com ele (Jesus) na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”, Rm.6.4 para dar testemunho.

            Perceba que o crente quando obedece ao que Jesus ordenou, ele vive “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, esforçando diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, Ef.4.2, 3.

            É obediente todo aquele que “[...] em um só Espírito [...] foi batizado em um corpo (igreja) [...]”, 1Co.12.13.              

            É por este motivo que todos os crentes em Cristo, judeus e gentios, se “[...] reconciliou ambos em um só corpo (igreja) com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade (que havia entre judeus e gentios)”, Ef.2.16.

            Os sacramentos se fazem necessários como elementos distintivos para aqueles que pertencem a Cristo e também servem de confissão de fé e testemunho da salvação em Cristo Jesus.

            É o que fala o apóstolo Paulo aos Efésios “[...] de que, outrora [...] (erámos) gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles (judeus) que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas”, Ef.2.11; hoje professamos a mesma fé.

            Naquele tempo, estávamos sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”, Ef.2.12, mas hoje podemos dar testemunho de que somos de Deus.

            O batismo é a marca da membresia da igreja, a Ceia do Senhor é a marca do membro comungante da igreja, isto é, da membresia da igreja que envolve a profissão de fé voluntária e pessoal em Cristo Jesus, e a obediência a ele – Johannes Geerhardus – Os puritanos.

            Os sacramentos são santos “[...] sinais (do pacto da graça) [...] como selo da justiça da fé [...]”, Rm.4.11.

            O batismo foi instituído por Deus para “[...] fazer discípulos [...] batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, Mt.28.19.

            A Santa Ceia foi “[...] entregue (a) nós [...]”, 1Co.11.23 para representar Cristo e seus benefícios, e confirmar o nosso interesse nele.

            Os sacramentos nos diferenciam de “[...] algum estrangeiro (não pertence a igreja) se [...] quiser celebrar a Páscoa (Ceia) do SENHOR, seja-lhe circuncidado (batizado e) [...] não podemos ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”, Ex.12.48; 1Co.10.21.                  

            É por este motivo que “[...] já não somos estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e somos da família de Deus”, Ef.2.19.

            Após o “[...] batismo [...] observamos extasiado (atônito) os sinais e grandes milagres praticados”, At.8.13 pelo Senhor, servimo-lo com dedicação e se confirma em nós a salvação.

            A confirmação da salvação não é por causa do batismo ou da participação da Santa Ceia, “[...] mas (porque) Deus [...] dá o crescimento”, 1Co.3.7, “porque pela graça somos salvos, mediante a fé [...]”, Ef.2.8.                       

            Os sacramentos são meios que comunicam o amor gracioso de Deus àqueles que fazem parte do povo do Senhor, devemos considerar os sacramentos meios necessários, pois assim foram constituídos pelo Pai, para a comunicação das bênçãos da graça de Deus aos seus filhos.

2 – A promessa e os sacramentos.

            “O sacramento nunca existe sem uma promessa” – João Calvino.

            Paulo fala que por este motivo, “[...] por ele (Jesus), ambos (judeus e gentios) temos acesso ao Pai em um Espírito”, Ef.2.18.

            Os gentios não foram admitidos à aliança à toa, Deus já havia feito a promessa de “[...] provocar a zelos (os judeus) com aquele que não é povo (gentios); com louca nação os despertou à ira”, Dt.32.21.

            É por este motivo de Paulo dizer aos romanos que “[...] Moisés já dizia: Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é nação, com gente insensata eu vos provocarei à ira”, Rm.10.19.

            É preciso lembrar que partiu do próprio Deus “[...] vir, evangelizar paz a nós (gentios) outros que estávamos longe e paz também aos que estavam perto (judeus)”, Ef.2.17.

            Este texto nos faz lembrar que Deus fez a promessa a “[...] Abraão [...] (de que seria) pai de numerosas nações [...]”, Gn.17.5.               

            O sacramento é como “[...] o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé [...]”, Rm.4.11, o qual se sela um testamento ou promessa de Deus em nosso favor.                 

            Perceba que é somente “[...] por ele (Jesus), ambos (gentios e judeus) temos acesso ao Pai em um Espírito”, Ef.2.18, sem o qual não podemos ser selados ou confirmados como parte da família de Deus.

            Os sacramentos também cumprem a promessa do Senhor de nos sustentar e fortalecer a nossa fé.

            Vemos essa verdade quando Paulo fala que somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (doutrina), sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”, Ef.2.20 que pode fortalecer e fortificar a nossa fé.

            A promessa contida nos sacramentos se apresenta como uma promessa de salvação porque “no qual (Jesus) todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor”, Ef.2.21.

            E, ainda neste mundo, “no qual (Jesus) também nós juntamente estamos sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”, Ef.2.22.

Conclusão:      Os sacramentos são uma necessidade real na vida cristã, pois têm o objetivo de fortalecer nossa fé e confirmar as promessas do Senhor Deus da aliança, além disso, se apresentam como uma confissão de fé pública.

            Os sacramentos foram instituídos pelo Senhor como penhor e garantia dos benefícios redentivos de Cristo, de fazer parte da família de Deus, portanto, salvos em Jesus Cristo.

            Os sacramentos também promovem um fortalecimento de nossa fé, quando consideramos as promessas de Deus e o modo gracioso como ele tem nos sustentado.

Aplicação:       Podemos ser crentes em Cristo abrindo mão dos sacramentos?

Palavra e sacramento: Como uma igreja genuína é identificada.

            O mundo contém igrejas de estilo próprio com credenciais duvidosas ou falsas – igrejas unitaristas e a igreja mórmon, ambas negam a Trindade.

            Com a Reforma protestante os reformadores tiveram de determinar as marcas da verdadeira igreja.

            1 – A pregação fiel da Palavra de Deus. Ensina pela Escritura os pontos essenciais do Evangelho cristão;

            2 – O uso correto dos sacramentos. O batismo e a Ceia do Senhor são explanados na proclamação do evangelho para confirmar e fortalecer a fé em Cristo.

            Lutero especificou as chaves da disciplina, um ministro autorizado, culto público e sofrimento sob a cruz – Teologia Concisa, J. I. Packer, ECC.





     Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.

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