quarta-feira, 28 de junho de 2017

1Co.15.12-19 - A GLÓRIA DA RESSURREIÇÃO.

A GLÓRIA DA RESSURREIÇÃO, 1Co.15.12-19.

 

Introd.:           A ressurreição de Cristo é a coroação do seu ministério terreno.

            Ela é repleta de significado para o ministério de Cristo e, consequentemente, para a vida da igreja, que é o seu corpo.

            Sem a ressurreição, a obra de Cristo seria nula, a igreja não existiria, não haveria salvação, estaríamos todos perdidos para sempre.

            Mas, (podemos ter a certeza e fé que) de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias (primeiro na ressurreição da vida) dos que dormem”, 1Co.15.20.          

            Essa é a fé da igreja; é a nossa certeza.

            A ressurreição de Jesus é um [...]      

1 – Fato incontestável.

            A primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos sacerdotes Judeus.

            Aqueles que deveriam dar exemplo e levar o povo ao arrependimento, ocultaram a verdade mediante suborno.

            A estratégia usada foi a de enviar “[...] alguns da guarda [...] à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera”, Mt.28.11 sobre “[...] os discípulos de Jesus (de que) [...] roubaram (o corpo de Jesus) enquanto (os guardas) dormiam”, Mt.28.13.

            A mentira não partiu apenas de um sacerdote, “eles se reuniram em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados”, Mt.28.12.

            A mentira precisa ser sustentada a fim de que, “caso [...] chegue ao conhecimento do governador (autoridades), nós o persuadiremos e [...] (os) poremos em segurança”, Mt.28.14.

            Esse texto retrata muito bem o mau exemplo da situação entre o Pres. Michel Temer e o Dep. Afastado Rodrigo Rocha Loures.

            Assim como aqueles guardas nos dias de Jesus, os de hoje também “[...] recebem o dinheiro, fazendo como estava instruído. Esta versão (do roubo do corpo de Jesus) divulgou-se entre os judeus [...]”, Mt.28.15.

            Mas, nem os judeus e muito menos os sacerdotes, não puderam ser eficazes contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.

            Alguns elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de Cristo.    

            A – O túmulo vazio.

            O túmulo vazio se dá quando “[...] houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela”, Mt.28.2 para mostrar que Jesus havia ressuscitado.

            Esse “[...] anjo (tinha) o aspecto (forma, aparência) era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve”, Mt.28.3.

            Aconteceu de “[...] os guardas tremerem espavoridos (cheio de medo) e ficaram como se estivessem mortos”, Mt.28.4 pelo grande acontecimento da ressurreição.

            As barreiras materiais não foram empecilho para Jesus ressurreto adentrar “ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.19.

            Em outra ocasião, Jesus deu provas de sua ressurreição “passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.26.     

            A retirada da pedra foi feita para que, “[...] Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu”, Mt.27.56 pudessem testemunhar que a sepultura estava vazia quando “no findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro”, Mt.28.1.          

            A finalidade da presença dessas mulheres, a princípio, era apenas o de “[...] levar os aromas que haviam preparado. E (a grande surpresa foi) encontrar a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus”, Lc.24.1-3.        

            O túmulo vazio foi anunciado pelas mulheres a “[...] Simão Pedro e (a) João, a quem Jesus amava, e disseram-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram [...] (os) discípulos entraram [...] ao sepulcro, e viu, e creu. Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar Jesus dentre os mortos”, Jo.20.2, 8, 9.

            O túmulo vazio pode ser explicado de três formas:

            1 – Os discípulos de Jesus levaram o corpo. Os sacerdotes e anciãos ordenaram e “recomendaram (os) soldados que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos”, Mt.28.13.

            Os discípulos de Jesus ficaram desanimados e desesperados com a morte de Jesus e não esperavam ressurreição alguma.

            [...] Cleopas (e o seu companheiro de viagem, indo para Emaús, estavam) preocupados e [...] (sobre) as ocorrências (dos) [...] últimos dias [...] (de que) os principais sacerdotes e as [...] autoridades [...] entregaram Jesus para ser condenado à morte e o crucificaram”, Lc.24.17, 18, 20.

            Mesmo que os discípulos quisessem raptar o corpo do Mestre isso seria impossível pelo motivo de Pilatos ter “ordenado [...] que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia (cada guarda trabalhou pelo menos 6 horas nos três dias), para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro. Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta (16 soldados); ide e guardai o sepulcro [...]”, Mt.27.64, 65;

            2 – Os inimigos de Jesus, os anciãos e sacerdotes levaram o corpo;

            Porque os inimigos de Jesus roubariam o corpo? Para dar uma pista errada aos crédulos? Se o rapto tivesse ocorrido; quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou outra evidência irrefutável, para silenciar definitivamente a pregação apostólica e pôr um fim à igreja de Cristo. No entanto, eles silenciaram; tentaram pela força fazer os seguidores de Jesus calarem, pois não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo vazio;

            3 – “Jesus (realmente) não está (no túmulo) [...] ressuscitou, como tinha dito. (Até nossos dias podemos) [...] ver onde ele jazia”, Mt.28.6.

            Por este motivo, “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”, 1Co.15.19.

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            B – As aparições de Jesus.

            O Senhor ressurreto, “[...] depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus”, At.1.3 a várias pessoas, em cerca de 13 ocasiões diferentes, dando provas evidentes da sua ressurreição.

            Paulo declara que “[...] que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. (Ressurreto Ele) apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez [...] depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por Paulo, como por um nascido fora de tempo”, 1Co.15.3-8.   

            A glória da ressurreição proporcionou [...]

            C – A transformações dos discípulos.

            Apesar da autoconfiança ingênua dos discípulos, “disse Pedro (a) Jesus [...] que ainda (que) Jesus viesse a ser um tropeço para todos, nunca o seria para Pedro. Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo”, Mt.26.33-35.     

            [...] Os discípulos (diante da prisão de Jesus) todos, deixaram (Jesus), fugindo”, Mt.26.56.          

            Após a crucificação de Jesus, os discípulos ficam atemorizados, e “ao cair da tarde daquele dia (da ressurreição), o primeiro da semana, (os discípulos estavam com) as portas da casa trancadas onde estavam [...] com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.19, 26.         

            Após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negara a Cristo 3 vezes -, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades judaicas.

            Os judeus “[...] viram a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados (simples e sem instrução) e incultos (pouca instrução), admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus [...] (foram) ordenados que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos (a ressurreição)”, At.4.13, 18-20.          

            Por este motivo Paulo declara que “era corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos [...] (mas) alguns (continuavam) afirmando [...] dentre eles que não havia ressurreição de mortos [...]”, 1Co.15.12.

            Mas, como Cristo ressuscitou, “então, Pedro e os demais apóstolos afirmavam [...] (que) importava obedecer a Deus do que aos homens”, At.5.29.         

            Essa transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre eles, pois “[...] eis que Cristo está conosco todos os dias até à consumação do século”, Mt.28.20.    

            Os apóstolos jamais extraíram essa coragem de uma mentira inventava por eles, essa ousadia é fruto dado por “[...] Deus (que) não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”, 2Tm.1.7.        

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            D – A pregação apostólica.

            A certeza e o significado da ressurreição estavam nítidos na mente e no coração dos discípulos.

            Paulo faz uma suposição de que, “e, se Cristo não ressuscitou, (seria então) [...] vã a nossa fé, e ainda permanecemos nos nossos pecados”, 1Co.15.17.

            Sem a ressurreição, o pior seria para todos “[...] os que dormiram (morreram) em Cristo pereceram (não recebendo a salvação)”, 1Co.15.18.

            Mas, a mensagem apostólica apontava a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio da ressurreição de Cristo.

            [...] Se (por acaso) Cristo não (houvesse) ressuscitado [...] (seria) vã a [...] pregação (dos apóstolos), e vã, a nossa fé [...]”, 1Co.15.14.

            O pior é que, se os apóstolos fossem “[...] tidos por falsas testemunhas de Deus (sobre a ressurreição, daí, eles) [...] teriam asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam”, 1Co.15.15.

            A pregação apostólica tem como base as palavras e os atos salvadores de Deus na história.

            Após a ressurreição de Jesus foi escolhido Matias que havia “começado (acompanhar Jesus) no batismo de João, até ao dia em que dentre (os apóstolos) foi (Jesus) levado às alturas [...] (ele) se tornou testemunha com (os apóstolos) da [...] ressurreição (de) Jesus”, At.1.22.

            Todos os apóstolos pregavam que “[...] o Autor da vida (Jesus era) [...] quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que eles (eram) [...] testemunhas”, At.3.15.         

            Paulo reafirma que era “[...] corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos [...] (mas havia) alguns dentre eles afirmavam que não havia ressurreição de mortos [...]”, 1Co.15.12, ou seja, tiravam toda esperança dos crentes da época de acreditarem que Jesus pode salvar.

            Ora, sendo assim, “[...] se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou (para muitos naquele tempo e em nossos dias)”, 1Co.15.13.

            A fim de combater essa descrença, Paulo declara que “[...] se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou”, 1Co.15.16.

            A ressurreição é a tônica de toa mensagem apostólica quando eles diziam que, “se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”, Rm.10.9.  

            Ainda que muitos não acreditem na ressurreição de Cristo – 25% dos ingleses que se consideram cristãs não acreditam – as Escrituras confirmam “[...] que Deus [...] ressuscitou Jesus dentre os mortos para que jamais voltemos à corrupção [...]”, At.13.34.   

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            E – A conversão de muitos sacerdotes.

            Os sacerdotes judeus, para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da realidade da sua ressurreição, mesmo que tudo parecesse ser o oposto; a crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo.

            O Deus que age mediante a verdade operou em suas mentes e corações por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo a ponto de “crescer a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”, At.6.7.        

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            F – A conversão de Saulo.

            Saulo teve a sua vida transformada quando se encontrou com Jesus ressurreto, ao “seguir ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?”, At.9.3, 4.

            [...] Saulo [...] (antes) perseguia [...] Jesus (agora) lhe (seria) mostrado quanto lhe importa sofrer pelo [...] (nome de) Jesus”, At.9.4, 16.  

            Paulo, por amor a Cristo, através do “[...] Espírito Santo [...] (enfrentou) cadeias e tribulações”, At.20.23.          

            Paulo chegou ao máximo de “[...] estar pronto não só para ser preso, mas até para morrer [...] pelo nome do Senhor Jesus”, At.21.13.    

            Quando Paulo estava preso em Roma, ele deixou claro que “[...] estava sendo já oferecido por libação (derramamento de óleo, azeite como ato culto a Deus), e o tempo da sua partida era chegado”, 2Tm.4.6.   

            Vinte anos depois do seu encontro com o Senhor vivo, Paulo incluiu-se entre aqueles “[...] viram Jesus [...] como por um nascido fora de tempo”, 1Co.15.8.        

            A glória da ressurreição fala sobre [...]

            G – A observância do domingo.

            No Novo Testamento não encontramos nenhuma ordem ou ensinamento para a igreja se reunir no domingo.

            Por que, então, a igreja substituiu o sábado pelo domingo?

            A resposta está nas páginas do Novo Testamento e na história dos séculos posteriores.

            A ressurreição de Jesus Cristo se deu “[...] muito cedo, no primeiro dia da semana [...]”, Mc.16.2.

            Nesse mesmo “[...] primeiro dia da semana Jesus ressuscitado [...] apareceu primeiro a Maria Madalena [...]”, Mc.16.9.

            No domingo ou “[...] o primeiro dia da semana [...] veio Jesus, pôs-se no meio (dos seus) discípulos [...]”, Jo.20.19.

            Logo depois, “passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.26.    

            O sábado está relacionado ao evento histórico de que “[...] o SENHOR [...] Deus tirou (o seu) servo (da) terra do Egito [...] tirou dali com mão poderosa e braço estendido [...]”, Dt.5.15.

            O sábado assume um caráter de gratidão a Deus por sua libertação e preservação.

            [...] Guardar o sábado (significa) celebrar por aliança perpétua nas suas gerações [...]”, Ex.31.16.

            No Novo Testamento, a associação do dia de descanso e da ressurreição de Cristo foi mais do que natural.

            Em Cristo encontramos a verdadeira e total liberdade a partir do momento em que “[...] conhecemos a verdade [...] a verdade nos libertará. Se, pois, o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres”, Jo.8.32, 36.

            A igreja do Novo Testamento era composta de judeus que deviam “[...] certamente, guardar os [...] sábados; pois era sinal entre Deus e (o seu povo) [...] para que soubessem que Deus é o SENHOR, que (os) [...] santifica”, Ex.31.13.

            Jamais esse povo mudaria para o domingo, a menos que tivessem um motivo bastante consistente e, convictos da aprovação divina.

            O único motivo plausível dessa mudança é a certeza de que Cristo ressuscitou “no primeiro dia da semana [...]”, At.20.7.   

            Passou a ser costume na igreja, “quanto à coleta para os santos, fazer [...] no primeiro dia da semana [...]”, 1Co.16.1, 2.

            João, narrando a visão que teve do Senhor, declara que ele “achou-se em espírito, no dia do Senhor [...]”, Ap.1.10.   

            Outro documento que atesta a antiguidade da guarda do domingo por parte da igreja cristã é a Didaquê (120 d.C. ensinamentos atribuídos aos doze). Está escrito no “capítulo XIV - Santificação do domingo [...] reuni-vos no dia do Senhor para a fração do pão e agradecei [...]”.

            Outro documento, escrito por Justino (100-167 d.C.), por volta do ano 150 – temos a mais completa descrição do culto na igreja primitiva – “No dia do que se chama do sol (domingo), celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí leem, enquanto o tempo o permite, as memórias dos apóstolos (evangelhos) ou os escritos dos profetas”.

            Justino explica o motivo pelo qual a igreja se reunia para cultuar a Deus no domingo – “Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”.

            A observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente de que a igreja sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.

            A glória da ressurreição fala sobre a [...]

2 – Manifestação do poder de Deus.

            O Novo Testamento declara que a ressurreição de Cristo foi pelo poder do Trino Deus.

            Essas afirmações ora se referem apenas a Deus – denotando, assim, o trabalho da Trindade – Ora se referem às pessoas distintamente.

            A ênfase é para evidenciar a unidade da Trindade, no mesmo propósito glorioso e salvador.

            Alguns textos falam sobre essa obra de modo discriminado:

            1 – Pelo poder do Pai – “[...] Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai [...] (foi) Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos”, Rm.6.4; Gl.1.1.

            2 – Pelo poder do Espírito Santo – “[...] Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados [...] para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito [...] o Espírito (é o) [...] que ressuscitou a Jesus dentre os mortos [...]”, 1Pe.3.18; Rm.8.11.

            O mesmo “[...] Espírito Santo (que gerou Jesus em) Maria, sua mãe (da qual) nasceu Jesus Cristo [...]”, Mt.1.18, a pessoa divino-humana de Cristo, acompanhou e o fortaleceu em todo o seu ministério, agiu decisivamente em sua ressurreição, que assiná-la a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e Satanás quando “[...] Jesus (foi) levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”, Mt.4.1, o qual tem poder para “[...] expulsar demônios pelo Espírito de Deus [...] (quando) é chegado o reino de Deus sobre (os homens) [...]”, Mt.12.28.    

            3 – Pelo poder do Filho – “Jesus (fala que) [...] destruiria [...] santuário, e em três dias o reconstruiria. Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”, Jo.2.19, 21.

            [...] Jesus deu a sua vida para a reassumir (ressurreto)”, Jo.10.17.    

            O verbo divino dispunha de todo o poder para ressuscitar o Cristo encarnado, o que realmente fez.

            A Trindade é responsável pela ressurreição de Jesus Cristo.

            O Pai, o Filho e o Espírito Santo manifestam o seu poder na ressurreição de Cristo.

            O Novo Testamento, com mais frequência, atribui a ressurreição ao poder de Deus, sem mencionar a pessoa.

            Paulo fala que “[...] Deus ressuscitou (a Jesus), rompendo os grilhões da morte [...] (por isso) com a nossa boca, (devemos) confessar Jesus como Senhor e, em nosso coração, crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos, (então) seremos salvos”, At.2.24; Rm.10.9.     

            A glória da ressurreição fala que ela é [...]

3 – Singular e gloriosa.

            A Bíblia apresenta alguns exemplos de pessoas que foram vivificadas.

            [...] O filho da mulher (de Sarepta) [...] morreu [...] o SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu”, 1Rs.17.17, 22.  

            Morreu Eliseu, e o sepultaram [...] alguns enterravam um homem, eis que viram um bando; então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés”, 2Rs.13.20, 21.

            O filho da sunamita - Issacar “[...] morreu (Eliseu atendeu ao clamor dessa mulher, então, o menino) [...] abriu os olhos”, 2Rs.4.20, 35.   

            A filha de Jairo “[...] chefe (da sinagoga) [...] faleceu [...] Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou”, Mt.9.18, 25.

            [...] Saía o enterro do filho único de uma viúva (de Naim-Galileia) [...] sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe”, Lc.7.12, 15. 

            [...] Lázaro [...] morreu [...] (mas Jesus fez) sair aquele que estivera morto [...]”, Jo.11.13, 44.       

            [...] Dorcas adoeceu e veio a morrer [...] mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se”, At.9.37, 40.      

            [...] Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto. Então, conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados”, At.20.9, 12.    

            Todos eles envelheceram e morreram.

            A ressurreição de Jesus foi definitiva, constituindo um modelo conclusivo da nossa futura ressurreição.

            [...] Havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre (o homem quando Cristo voltar para resgatar a sua igreja) [...]”, Rm.6.9.

            Alguns aspectos na ressurreição são misteriosos para nós.

            A – O corpo de Jesus era real.

            O corpo de Jesus Cristo, após a ressurreição, não era anormal no que se refere ao aspecto de um copo humano – daí não haver nenhum espanto ou comentário a esse respeito.

            Todavia o corpo de Jesus não era fácil nem prontamente reconhecido por todos.

            O evangelho de Lucas fala que os discípulos de Emaús “[...] conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. (No entanto) os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer”, Lc.24.15, 16.

            Só depois, “[...] quando estavam à mesa, tomando Jesus o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles”, Lc.24.30, 31.

            Em Jerusalém, com os discípulos, “[...] Jesus apareceu no meio deles [...] Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. (Foi então que Jesus mostrou) [...] as suas mãos e os seus pés, que (era) ele mesmo; (pedindo que o) apalpasse e verificasse, porque um espírito não tem carne nem ossos, como viram que ele tinha”, Lc.24.36, 37, 39.          

            Maria Madalena não reconheceu Jesus quando foi ao túmulo, à entrada, “perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei”, Jo.20.15.     

            Pedro, Tomé, Natanael, Tiago e João “[...] na praia; não reconheceram que era Jesus[...]”, Jo.21.4.     

            O corpo de Jesus apresentava as marcas da crucificação, as cicatrizes podiam ser tocadas quando Jesus disse para “verem as suas mãos e os seus pés, que (era) [...] ele mesmo; (podia ser) apalpado e verificado, porque um espírito não tem carne nem ossos, como viram que Jesus tinha”, Lc.24.39.

            O seu corpo era visível pois, “[...] Jesus apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado”, Mc.16.14.  

            Em outro momento Jesus “[...] lhes mostrou as mãos e o lado [...] (então) os discípulos ao verem o Senhor se alegraram”, Jo.20.20.

            Era tão real o corpo de “Jesus [...] (que a sua voz era audível a ponto de) falar (a seus discípulos) [...]”, Mt.28.18.        

            Mesmo sem precisar, “[...] apresentaram (a) Jesus um pedaço de peixe assado [e um favo de mel]. E ele comeu na presença deles”, Lc.24.42, 43.    

            Outro mistério para cada um de nós é que [...]

            B – O corpo de Jesus era transcendente – cruzar uma fronteira – trans -  cruzar – scandare - subir.

            Apesar da realidade e tangibilidade do corpo de Cristo, a Bíblia descreve o fato de Ele poder aparecer e desaparecer aos olhos de seus discípulos, conforme sua determinação.

            Ao lado dos discípulos de Emaús, após Jesus “[...] lhes abrirem os olhos, e o reconheceram [...] Jesus desapareceu da presença deles”, Lc.24.31.          

            Em Jerusalém, quando os discípulos estavam dentro de casa, “[...] Jesus apareceu no meio deles [...]”, Lc.24.36.

            No “[...] primeiro da semana (dia da ressurreição), trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio [...] passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.19, 26.

            E com esse mesmo corpo, “[...] Jesus [...] foi assunto ao céu virá do modo como o viram subir”, At.1.11.        

            A morte foi vencida quando “[...] Cristo ressuscitou dentre os mortos [...] (sendo assim) a morte já não tem domínio sobre (o homem que serve a Cristo)”, Rm.6.9.

            Precisamos saber e ter a certeza de que “[...] Jesus [...] não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”, 2Tm.1.10.           

            Por este motivo o evangelista João declara que “[...] Jesus vive; esteve morto, mas eis que está vivo pelos séculos dos séculos e tem as chaves da morte e do inferno”, Ap.1.18.   

            “O corpo ressurreto de Cristo, portanto, tal como existe agora no céu, ainda que retenha a identidade com seu corpo enquanto estava na terra, é glorioso, incorruptível, imortal e espiritual. Continua ocupando determinada porção de espaço e retém todas as propriedades essenciais como corpo” – Charles Hodge).

Conclusão:      A ressurreição de Cristo assinala a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e Satanás.

            Sabemos que “[...] por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição (de um homem que morreu e ressuscitou) dos mortos”, Rm.5.12; 1Co.15.21 para salvar o homem pecador e dar-lhe a vida eterna.

            [...] Jesus (venceu por nós, a fim de nos dar a) [...] vida (eterna) [...]”, Jo.10.10.

            Por isso “[...] o pecado não terá domínio sobre (o servo de Deus a partir do momento em que ele) conhece a verdade [...] a verdade (o) [...] libertará”, Rm.6.14; Jo.8.32.

            Satanás e “[...] todo (seu) principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro (está sob o poder de Jesus, portanto, Cristo está) acima (de toda obra maligna devido a) [...] sua morte, (que) destruiu aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”, Ef.1.21; Hb.2.14.

            Com o “[...] aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho (crê será salvo)”, 2Tm.1.10.

Aplicação:       A certeza da ressurreição de Cristo está alicerçada em seu coração?

            A Bíblia fala que, “se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação”, Rm.10.9, 10.

            Então, “[...] se já morremos (para o pecado) com Cristo, cremos que também com ele viveremos (eternamente)”, Rm.6.8.     

 

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.

 

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