Introd.: A
ressurreição de Cristo é a coroação do seu ministério terreno.
Ela
é repleta de significado para o ministério de Cristo e, consequentemente, para
a vida da igreja, que é o seu corpo.
Sem
a ressurreição, a obra de Cristo seria nula, a igreja não existiria, não
haveria salvação, estaríamos todos perdidos para sempre.
“Mas,
(podemos ter a certeza e fé que) de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos,
sendo ele as primícias (primeiro na ressurreição da vida) dos que dormem”, 1Co.15.20.
Essa
é a fé da igreja; é a nossa certeza.
A
ressurreição de Jesus é um [...]
1 – Fato incontestável.
A
primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos sacerdotes
Judeus.
Aqueles
que deveriam dar exemplo e levar o povo ao arrependimento, ocultaram a verdade
mediante suborno.
A
estratégia usada foi a de enviar “[...] alguns da guarda [...]
à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera”, Mt.28.11 sobre “[...]
os discípulos de Jesus (de que) [...] roubaram (o corpo de Jesus) enquanto (os
guardas) dormiam”,
Mt.28.13.
A
mentira não partiu apenas de um sacerdote, “eles se reuniram em
conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados”, Mt.28.12.
A
mentira precisa ser sustentada a fim de que, “caso [...] chegue
ao conhecimento do governador (autoridades), nós o persuadiremos e [...] (os)
poremos em segurança”, Mt.28.14.
Esse
texto retrata muito bem o mau exemplo da situação entre o Pres. Michel Temer e
o Dep. Afastado Rodrigo Rocha Loures.
Assim
como aqueles guardas nos dias de Jesus, os de hoje também “[...]
recebem o dinheiro, fazendo como estava instruído. Esta versão (do roubo do
corpo de Jesus) divulgou-se entre os judeus [...]”, Mt.28.15.
Mas,
nem os judeus e muito menos os sacerdotes, não puderam ser eficazes contra a
realidade do Senhor Jesus ressurreto.
Alguns
elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de
Cristo.
A –
O túmulo vazio.
O túmulo
vazio se dá quando “[...] houve um grande terremoto; porque um
anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre
ela”, Mt.28.2
para mostrar que Jesus havia ressuscitado.
Esse
“[...] anjo (tinha) o aspecto (forma, aparência) era como um
relâmpago, e a sua veste, alva como a neve”, Mt.28.3.
Aconteceu
de “[...] os guardas tremerem espavoridos (cheio de medo) e ficaram
como se estivessem mortos”, Mt.28.4 pelo grande acontecimento da ressurreição.
As barreiras materiais não foram
empecilho para Jesus ressurreto adentrar “ao cair da tarde daquele
dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os
discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz
seja convosco!”,
Jo.20.19.
Em
outra ocasião, Jesus deu provas de sua ressurreição “passados
oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles.
Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja
convosco!”,
Jo.20.26.
A
retirada da pedra foi feita para que, “[...] Maria Madalena,
Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu”, Mt.27.56 pudessem
testemunhar que a sepultura estava vazia quando “no findar do
sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria
foram ver o sepulcro”, Mt.28.1.
A
finalidade da presença dessas mulheres, a princípio, era apenas o de “[...]
levar os aromas que haviam preparado. E (a grande surpresa foi) encontrar a
pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor
Jesus”, Lc.24.1-3.
O túmulo vazio foi anunciado pelas
mulheres a “[...]
Simão Pedro e (a) João, a quem Jesus amava, e disseram-lhes: Tiraram do
sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram [...] (os) discípulos entraram
[...] ao sepulcro, e viu, e creu. Pois ainda não tinham compreendido a
Escritura, que era necessário ressuscitar Jesus dentre os mortos”, Jo.20.2, 8, 9.
O túmulo vazio pode ser explicado de
três formas:
1 – Os discípulos de Jesus levaram o corpo. Os sacerdotes
e anciãos ordenaram e “recomendaram
(os) soldados que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram
enquanto dormíamos”, Mt.28.13.
Os discípulos de Jesus ficaram
desanimados e desesperados com a morte de Jesus e não esperavam ressurreição
alguma.
“[...] Cleopas (e o seu companheiro de viagem, indo
para Emaús, estavam) preocupados e [...] (sobre) as ocorrências (dos) [...] últimos
dias [...] (de que) os principais sacerdotes e as [...] autoridades [...] entregaram
Jesus para ser condenado à morte e o crucificaram”, Lc.24.17, 18, 20.
Mesmo que os discípulos quisessem
raptar o corpo do Mestre isso seria impossível pelo motivo de Pilatos ter “ordenado [...] que o
sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia (cada guarda trabalhou
pelo menos 6 horas nos três dias), para não suceder que, vindo os discípulos, o
roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste
pior que o primeiro. Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta (16 soldados);
ide e guardai o sepulcro [...]”, Mt.27.64,
65;
2 – Os inimigos de Jesus, os anciãos
e sacerdotes levaram o corpo;
Porque os inimigos de Jesus roubariam o corpo? Para dar
uma pista errada aos crédulos? Se o rapto tivesse ocorrido; quando os
discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a
público apresentando o corpo morto de Cristo ou outra evidência irrefutável,
para silenciar definitivamente a pregação apostólica e pôr um fim à igreja de
Cristo. No entanto, eles silenciaram; tentaram pela força fazer os seguidores
de Jesus calarem, pois não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo
vazio;
3 – “Jesus (realmente) não está (no túmulo) [...] ressuscitou,
como tinha dito. (Até nossos dias podemos) [...] ver onde ele jazia”, Mt.28.6.
Por
este motivo, “se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a
esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”, 1Co.15.19.
A glória da ressurreição fala sobre
[...]
B – As aparições de Jesus.
O
Senhor ressurreto, “[...] depois de ter padecido, se apresentou
vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e
falando das coisas concernentes ao reino de Deus”, At.1.3 a várias pessoas, em cerca de 13
ocasiões diferentes, dando provas evidentes da sua ressurreição.
Paulo
declara que “[...] que Cristo morreu pelos nossos pecados,
segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras. (Ressurreto Ele) apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois,
foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez [...] depois, foi visto
por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi
visto também por Paulo, como por um nascido fora de tempo”, 1Co.15.3-8.
A
glória da ressurreição proporcionou [...]
C –
A transformações dos discípulos.
Apesar
da autoconfiança ingênua dos discípulos, “disse Pedro (a) Jesus
[...] que ainda (que) Jesus viesse a ser um tropeço para todos, nunca o seria para
Pedro. Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que
o galo cante, tu me negarás três vezes. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja
necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos
disseram o mesmo”,
Mt.26.33-35.
“[...]
Os discípulos (diante da prisão de Jesus) todos, deixaram (Jesus), fugindo”, Mt.26.56.
Após
a crucificação de Jesus, os discípulos ficam atemorizados, e “ao
cair da tarde daquele dia (da ressurreição), o primeiro da semana, (os
discípulos estavam com) as portas da casa trancadas onde estavam [...] com medo
dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! Passados
oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles.
Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja
convosco!”,
Jo.20.19, 26.
Após
a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negara a Cristo 3
vezes -, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades
judaicas.
Os
judeus “[...] viram a intrepidez de Pedro e João, sabendo
que eram homens iletrados (simples e sem instrução) e incultos (pouca
instrução), admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus [...]
(foram) ordenados que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de
Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus
ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de
falar das coisas que vimos e ouvimos (a ressurreição)”, At.4.13, 18-20.
Por
este motivo Paulo declara que “era corrente pregar-se que Cristo ressuscitou
dentre os mortos [...] (mas) alguns (continuavam) afirmando [...] dentre eles que
não havia ressurreição de mortos [...]”, 1Co.15.12.
Mas,
como Cristo ressuscitou, “então, Pedro e os demais apóstolos afirmavam
[...] (que) importava obedecer a Deus do que aos homens”, At.5.29.
Essa
transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do
Cristo vivo entre eles, pois “[...] eis que Cristo está conosco todos os
dias até à consumação do século”, Mt.28.20.
Os
apóstolos jamais extraíram essa coragem de uma mentira inventava por eles, essa
ousadia é fruto dado por “[...] Deus (que) não nos tem dado espírito de
covardia, mas de poder, de amor e de moderação”, 2Tm.1.7.
A
glória da ressurreição fala sobre [...]
D –
A pregação apostólica.
A
certeza e o significado da ressurreição estavam nítidos na mente e no coração
dos discípulos.
Paulo
faz uma suposição de que, “e, se Cristo não ressuscitou, (seria então)
[...] vã a nossa fé, e ainda permanecemos nos nossos pecados”, 1Co.15.17.
Sem a ressurreição, o pior seria
para todos “[...] os que dormiram (morreram) em Cristo pereceram
(não recebendo a salvação)”, 1Co.15.18.
Mas,
a mensagem apostólica apontava a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por
meio da ressurreição de Cristo.
“[...]
Se (por acaso) Cristo não (houvesse) ressuscitado [...] (seria) vã a [...]
pregação (dos apóstolos), e vã, a nossa fé [...]”, 1Co.15.14.
O
pior é que, se os apóstolos fossem “[...] tidos por falsas
testemunhas de Deus (sobre a ressurreição, daí, eles) [...] teriam asseverado contra
Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que
os mortos não ressuscitam”, 1Co.15.15.
A
pregação apostólica tem como base as palavras e os atos salvadores de Deus na
história.
Após
a ressurreição de Jesus foi escolhido Matias que havia “começado
(acompanhar Jesus) no batismo de João, até ao dia em que dentre (os apóstolos) foi
(Jesus) levado às alturas [...] (ele) se tornou testemunha com (os apóstolos) da
[...] ressurreição (de) Jesus”, At.1.22.
Todos
os apóstolos pregavam que “[...] o Autor da vida (Jesus era) [...] quem
Deus ressuscitou dentre os mortos, do que eles (eram) [...] testemunhas”, At.3.15.
Paulo
reafirma que era “[...] corrente pregar-se que Cristo ressuscitou
dentre os mortos [...] (mas havia) alguns dentre eles afirmavam que não havia ressurreição
de mortos [...]”,
1Co.15.12, ou seja, tiravam toda esperança dos crentes da época de acreditarem
que Jesus pode salvar.
Ora,
sendo assim, “[...] se não há ressurreição de mortos, então,
Cristo não ressuscitou (para muitos naquele tempo e em nossos dias)”, 1Co.15.13.
A
fim de combater essa descrença, Paulo declara que “[...]
se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou”, 1Co.15.16.
A
ressurreição é a tônica de toa mensagem apostólica quando eles diziam que, “se,
com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”, Rm.10.9.
Ainda
que muitos não acreditem na ressurreição de Cristo – 25% dos ingleses que se
consideram cristãs não acreditam – as Escrituras confirmam “[...]
que Deus [...] ressuscitou Jesus dentre os mortos para que jamais voltemos à
corrupção [...]”,
At.13.34.
A
glória da ressurreição fala sobre [...]
E –
A conversão de muitos sacerdotes.
Os
sacerdotes judeus, para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam
estar certos da realidade da sua ressurreição, mesmo que tudo parecesse ser o
oposto; a crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos
principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo.
O
Deus que age mediante a verdade operou em suas mentes e corações por meio da
realidade da ressurreição histórica de Cristo a ponto de “crescer
a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos;
também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”, At.6.7.
A
glória da ressurreição fala sobre [...]
F –
A conversão de Saulo.
Saulo
teve a sua vida transformada quando se encontrou com Jesus ressurreto, ao “seguir
ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu
brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo,
Saulo, por que me persegues?”, At.9.3, 4.
“[...]
Saulo [...] (antes) perseguia [...] Jesus (agora) lhe (seria) mostrado quanto
lhe importa sofrer pelo [...] (nome de) Jesus”, At.9.4, 16.
Paulo,
por amor a Cristo, através do “[...] Espírito Santo [...] (enfrentou) cadeias
e tribulações”,
At.20.23.
Paulo
chegou ao máximo de “[...] estar pronto não só para ser preso, mas
até para morrer [...] pelo nome do Senhor Jesus”, At.21.13.
Quando
Paulo estava preso em Roma, ele deixou claro que “[...]
estava sendo já oferecido por libação (derramamento de óleo, azeite como ato
culto a Deus), e o tempo da sua partida era chegado”, 2Tm.4.6.
Vinte
anos depois do seu encontro com o Senhor vivo, Paulo incluiu-se entre aqueles “[...]
viram Jesus [...] como por um nascido fora de tempo”, 1Co.15.8.
A
glória da ressurreição fala sobre [...]
G –
A observância do domingo.
No
Novo Testamento não encontramos nenhuma ordem ou ensinamento para a igreja se
reunir no domingo.
Por
que, então, a igreja substituiu o sábado pelo domingo?
A
resposta está nas páginas do Novo Testamento e na história dos séculos
posteriores.
A ressurreição de Jesus Cristo se
deu “[...] muito cedo, no primeiro dia da semana [...]”, Mc.16.2.
Nesse
mesmo “[...] primeiro dia da semana Jesus ressuscitado [...]
apareceu primeiro a Maria Madalena [...]”, Mc.16.9.
No
domingo ou “[...] o primeiro dia da semana [...] veio Jesus,
pôs-se no meio (dos seus) discípulos [...]”, Jo.20.19.
Logo
depois, “passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos
os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus,
pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”, Jo.20.26.
O sábado
está relacionado ao evento histórico de que “[...] o SENHOR
[...] Deus tirou (o seu) servo (da) terra do Egito [...] tirou dali com mão
poderosa e braço estendido [...]”, Dt.5.15.
O
sábado assume um caráter de gratidão a Deus por sua libertação e preservação.
“[...]
Guardar o sábado (significa) celebrar por aliança perpétua nas suas gerações
[...]”,
Ex.31.16.
No
Novo Testamento, a associação do dia de descanso e da ressurreição de Cristo
foi mais do que natural.
Em
Cristo encontramos a verdadeira e total liberdade a partir do momento em que “[...]
conhecemos a verdade [...] a verdade nos libertará. Se, pois, o Filho nos
libertar, verdadeiramente seremos livres”, Jo.8.32, 36.
A igreja do Novo Testamento era
composta de judeus que deviam “[...] certamente, guardar os [...] sábados;
pois era sinal entre Deus e (o seu povo) [...] para que soubessem que Deus é o
SENHOR, que (os) [...] santifica”, Ex.31.13.
Jamais
esse povo mudaria para o domingo, a menos que tivessem um motivo bastante
consistente e, convictos da aprovação divina.
O
único motivo plausível dessa mudança é a certeza de que Cristo ressuscitou “no
primeiro dia da semana [...]”, At.20.7.
Passou
a ser costume na igreja, “quanto à coleta para os santos, fazer [...] no
primeiro dia da semana [...]”, 1Co.16.1, 2.
João,
narrando a visão que teve do Senhor, declara que ele “achou-se
em espírito, no dia do Senhor [...]”, Ap.1.10.
Outro
documento que atesta a antiguidade da guarda do domingo por parte da igreja
cristã é a Didaquê (120 d.C. ensinamentos atribuídos aos doze). Está escrito no
“capítulo XIV - Santificação do domingo [...] reuni-vos no dia do Senhor para a
fração do pão e agradecei [...]”.
Outro
documento, escrito por Justino (100-167 d.C.), por volta do ano 150 – temos a
mais completa descrição do culto na igreja primitiva – “No dia do que se chama
do sol (domingo), celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou
nos campos, e aí leem, enquanto o tempo o permite, as memórias dos apóstolos
(evangelhos) ou os escritos dos profetas”.
Justino
explica o motivo pelo qual a igreja se reunia para cultuar a Deus no domingo –
“Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que
Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que
Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”.
A
observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente de que a igreja
sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.
A glória da ressurreição fala sobre a
[...]
2 – Manifestação do poder de Deus.
O
Novo Testamento declara que a ressurreição de Cristo foi pelo poder do Trino
Deus.
Essas
afirmações ora se referem apenas a Deus – denotando, assim, o trabalho da
Trindade – Ora se referem às pessoas distintamente.
A
ênfase é para evidenciar a unidade da Trindade, no mesmo propósito glorioso e
salvador.
Alguns
textos falam sobre essa obra de modo discriminado:
1 –
Pelo poder do Pai – “[...] Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos pela glória do Pai [...] (foi) Deus Pai, que o ressuscitou dentre os
mortos”,
Rm.6.4; Gl.1.1.
2 –
Pelo poder do Espírito Santo – “[...] Cristo morreu, uma
única vez, pelos pecados [...] para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne,
mas vivificado no espírito [...] o Espírito (é o) [...] que ressuscitou a Jesus
dentre os mortos [...]”, 1Pe.3.18; Rm.8.11.
O
mesmo “[...] Espírito Santo (que gerou Jesus em) Maria, sua
mãe (da qual) nasceu Jesus Cristo [...]”, Mt.1.18, a pessoa divino-humana de Cristo,
acompanhou e o fortaleceu em todo o seu ministério, agiu decisivamente em sua
ressurreição, que assiná-la a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e Satanás
quando “[...] Jesus (foi) levado pelo Espírito ao deserto,
para ser tentado pelo diabo”, Mt.4.1, o qual tem poder para “[...] expulsar demônios
pelo Espírito de Deus [...] (quando) é chegado o reino de Deus sobre (os
homens) [...]”,
Mt.12.28.
3 –
Pelo poder do Filho – “Jesus (fala que) [...] destruiria [...]
santuário, e em três dias o reconstruiria. Ele, porém, se referia ao santuário
do seu corpo”, Jo.2.19,
21.
“[...]
Jesus deu a sua vida para a reassumir (ressurreto)”, Jo.10.17.
O
verbo divino dispunha de todo o poder para ressuscitar o Cristo encarnado, o
que realmente fez.
A
Trindade é responsável pela ressurreição de Jesus Cristo.
O
Pai, o Filho e o Espírito Santo manifestam o seu poder na ressurreição de
Cristo.
O
Novo Testamento, com mais frequência, atribui a ressurreição ao poder de Deus,
sem mencionar a pessoa.
Paulo
fala que “[...] Deus ressuscitou (a Jesus), rompendo os
grilhões da morte [...] (por isso) com a nossa boca, (devemos) confessar Jesus
como Senhor e, em nosso coração, crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos, (então)
seremos salvos”,
At.2.24; Rm.10.9.
A
glória da ressurreição fala que ela é [...]
3 – Singular e gloriosa.
A
Bíblia apresenta alguns exemplos de pessoas que foram vivificadas.
“[...]
O filho da mulher (de Sarepta) [...] morreu [...] o SENHOR atendeu à voz de
Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu”, 1Rs.17.17, 22.
“Morreu Eliseu, e o sepultaram
[...] alguns enterravam um homem, eis que viram um bando; então, lançaram o
homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu,
reviveu o homem e se levantou sobre os pés”, 2Rs.13.20, 21.
O
filho da sunamita - Issacar “[...] morreu (Eliseu atendeu ao clamor dessa
mulher, então, o menino) [...] abriu os olhos”, 2Rs.4.20, 35.
A
filha de Jairo “[...] chefe (da sinagoga) [...] faleceu [...] Jesus,
tomou a menina pela mão, e ela se levantou”, Mt.9.18, 25.
“[...]
Saía o enterro do filho único de uma viúva (de Naim-Galileia) [...] sentou-se o
que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe”, Lc.7.12, 15.
“[...]
Lázaro [...] morreu [...] (mas Jesus fez) sair aquele que estivera morto [...]”, Jo.11.13, 44.
“[...]
Dorcas adoeceu e veio a morrer [...] mas Pedro, tendo feito sair a todos,
pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita,
levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se”, At.9.37, 40.
“[...]
Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o
prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo
e foi levantado morto. Então, conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente
confortados”,
At.20.9, 12.
Todos
eles envelheceram e morreram.
A
ressurreição de Jesus foi definitiva, constituindo um modelo conclusivo da
nossa futura ressurreição.
“[...]
Havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem
domínio sobre (o homem quando Cristo voltar para resgatar a sua igreja) [...]”, Rm.6.9.
Alguns
aspectos na ressurreição são misteriosos para nós.
A –
O corpo de Jesus era real.
O
corpo de Jesus Cristo, após a ressurreição, não era anormal no que se refere ao
aspecto de um copo humano – daí não haver nenhum espanto ou comentário a esse
respeito.
Todavia
o corpo de Jesus não era fácil nem prontamente reconhecido por todos.
O
evangelho de Lucas fala que os discípulos de Emaús “[...]
conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. (No entanto)
os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer”, Lc.24.15, 16.
Só
depois, “[...] quando estavam à mesa, tomando Jesus o pão,
abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o
reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles”, Lc.24.30, 31.
Em
Jerusalém, com os discípulos, “[...] Jesus apareceu no meio deles [...]
Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito.
(Foi então que Jesus mostrou) [...] as suas mãos e os seus pés, que (era) ele
mesmo; (pedindo que o) apalpasse e verificasse, porque um espírito não tem
carne nem ossos, como viram que ele tinha”, Lc.24.36, 37, 39.
Maria
Madalena não reconheceu Jesus quando foi ao túmulo, à entrada, “perguntou-lhe
Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o
jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o
levarei”,
Jo.20.15.
Pedro,
Tomé, Natanael, Tiago e João “[...] na praia; não reconheceram que era
Jesus[...]”,
Jo.21.4.
O
corpo de Jesus apresentava as marcas da crucificação, as cicatrizes podiam ser
tocadas quando Jesus disse para “verem as suas mãos e os seus
pés, que (era) [...] ele mesmo; (podia ser) apalpado e verificado, porque um
espírito não tem carne nem ossos, como viram que Jesus tinha”, Lc.24.39.
O
seu corpo era visível pois, “[...] Jesus apareceu aos onze, quando estavam
à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram
crédito aos que o tinham visto já ressuscitado”, Mc.16.14.
Em outro
momento Jesus “[...] lhes mostrou as mãos e o lado [...] (então) os
discípulos ao verem o Senhor se alegraram”, Jo.20.20.
Era
tão real o corpo de “Jesus [...] (que a sua voz era audível a
ponto de) falar (a seus discípulos) [...]”, Mt.28.18.
Mesmo
sem precisar, “[...] apresentaram (a) Jesus um pedaço de peixe
assado [e um favo de mel]. E ele comeu na presença deles”, Lc.24.42, 43.
Outro
mistério para cada um de nós é que [...]
B –
O corpo de Jesus era transcendente – cruzar uma fronteira – trans - cruzar – scandare - subir.
Apesar
da realidade e tangibilidade do corpo de Cristo, a Bíblia descreve o fato de
Ele poder aparecer e desaparecer aos olhos de seus discípulos, conforme sua
determinação.
Ao
lado dos discípulos de Emaús, após Jesus “[...] lhes abrirem os
olhos, e o reconheceram [...] Jesus desapareceu da presença deles”, Lc.24.31.
Em
Jerusalém, quando os discípulos estavam dentro de casa, “[...]
Jesus apareceu no meio deles [...]”, Lc.24.36.
No “[...]
primeiro da semana (dia da ressurreição), trancadas as portas da casa onde
estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio [...] passados
oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles.
Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja
convosco!”,
Jo.20.19, 26.
E
com esse mesmo corpo, “[...] Jesus [...] foi assunto ao céu virá do
modo como o viram subir”, At.1.11.
A
morte foi vencida quando “[...] Cristo ressuscitou dentre os mortos
[...] (sendo assim) a morte já não tem domínio sobre (o homem que serve a
Cristo)”,
Rm.6.9.
Precisamos
saber e ter a certeza de que “[...] Jesus [...] não só destruiu a morte,
como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”, 2Tm.1.10.
Por
este motivo o evangelista João declara que “[...] Jesus vive; esteve
morto, mas eis que está vivo pelos séculos dos séculos e tem as chaves da morte
e do inferno”,
Ap.1.18.
“O
corpo ressurreto de Cristo, portanto, tal como existe agora no céu, ainda que
retenha a identidade com seu corpo enquanto estava na terra, é glorioso, incorruptível,
imortal e espiritual. Continua ocupando determinada porção de espaço e retém
todas as propriedades essenciais como corpo” – Charles Hodge).
Conclusão: A
ressurreição de Cristo assinala a vitória de Deus sobre o pecado, a morte e
Satanás.
Sabemos
que “[...] por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
Visto
que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição (de um
homem que morreu e ressuscitou) dos mortos”, Rm.5.12; 1Co.15.21 para salvar o homem pecador e
dar-lhe a vida eterna.
“[...]
Jesus (venceu por nós, a fim de nos dar a) [...] vida (eterna) [...]”, Jo.10.10.
Por
isso “[...] o pecado não terá domínio sobre (o servo de Deus
a partir do momento em que ele) conhece a verdade [...] a verdade (o) [...]
libertará”,
Rm.6.14; Jo.8.32.
Satanás
e “[...] todo (seu) principado, e potestade, e poder, e domínio, e
de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no
vindouro (está sob o poder de Jesus, portanto, Cristo está) acima (de toda obra
maligna devido a) [...] sua morte, (que) destruiu aquele que tem o poder da
morte, a saber, o diabo”, Ef.1.21; Hb.2.14.
Com
o “[...] aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só
destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o
evangelho (crê será salvo)”, 2Tm.1.10.
Aplicação: A
certeza da ressurreição de Cristo está alicerçada em seu coração?
A
Bíblia fala que, “se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e,
em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque
com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação”,
Rm.10.9, 10.
Então,
“[...] se já morremos (para o pecado) com Cristo, cremos que
também com ele viveremos (eternamente)”, Rm.6.8.
Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo –
Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC –
Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.
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