O MESSIAS ANUNCIADO, Is.7-12.
Introd.: Em 735
a.C. “[...] começou a reinar Acaz, filho de Jotão, (tanto Jotão quanto Uzias,
avó de Acaz, fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, mas o) rei de Judá
(Acaz) [...] não fez o que era reto perante o SENHOR, seu Deus, como Davi [...]
porque andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como
sacrifício, segundo as abominações dos gentios [...] também sacrificou e
queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore
frondosa”, 2Rs.16.1-4.
Na época do reinado de Acaz, “[...] subiu
Rezim, rei da Síria, com Peca [...] rei de Israel, a Jerusalém para pelejarem
contra ela [...] Acaz (em vez de confiar no SENHOR) enviou mensageiros a
Tiglate-Pileser, rei da Assíria [...] (para buscar socorro) e livrá-lo do poder
do rei da Síria e do poder do rei de Israel, que se levantaram contra ele [...]
Acaz tomou a prata e o ouro que se acharam na Casa do SENHOR e nos tesouros da
casa do rei e mandou de presente ao rei da Assíria”, 2Rs.16.5,7,8.
O templo foi sendo destruído aos
poucos e o SENHOR era ignorado.
Como o rei de Judá, assim estava
toda a nação, mergulhada em profunda idolatria.
O temor daquele povo não estava em
Deus, por isso “falou [...] o SENHOR, dizendo: Em vista de este povo ter
desprezado as águas de Siloé (poço em Jerusalém) [...] que (de paz que cura)
[...] e se estar derretendo de medo diante de Rezim e do filho de Remalias (pai
do rei Peca), eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Eufrates, fortes
e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; águas que
encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras (para
destruir). Penetrarão em Judá, inundando-o, e, passando por ele, chegarão até
ao pescoço; as alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra
[...]”, Is.8.5-8.
Essa sentença era pelo motivo de o
rei Acaz e o povo buscarem ajuda e “[...] consultarem os
necromantes e os adivinhos, que chilreiam (cochicham) e murmuram, acaso, não
consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”, Is.8.19.
Além desse pecado, Judá confiava em
aliados internacionais.
Como resultado, Deus pesaria a mão
contra o seu povo.
I – O nascimento de Emanuel.
O capítulo 7 de Isaías ocorre no
contexto em que “deu-se aviso à casa de Davi: A Síria está aliada com Efraim
(Peca). Então, ficou agitado (medo) o coração de Acaz e o coração do seu povo,
como se agitam as árvores do bosque com o vento”, Is.7.2.
Foi então
que “disse
o SENHOR a Isaías: Agora, sai tu com teu filho, que se chama Um-Resto-Volverá (remanescente),
ao encontro de Acaz [...] e dize-lhe: Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem
se desanime o teu coração (mas ele ficou temeroso) por causa destes dois tocos
de tições fumegantes [...] Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias (Peca)”, Is.7.3,4.
Naquele
tempo Acaz não acreditou que Deus podia livrá-lo.
Quando Acaz
se deparou com “[...] a Síria resolvendo fazer-lhe mal
[...] subindo contra Judá, e amedrontando-o [...]”, Is.7.5,6; ele ficou desesperado, assim como nós.
Mas podemos
ter a certeza que ainda “assim diz o SENHOR Deus (para todos nós): Isto
não subsistirá, nem tampouco acontecerá”, Is.7.7 quando Deus determina que o mal não nos alcance.
Na vida de
Acaz, a mensagem era para ele confiar, mas ele rejeitou, então, Deus lhe falou
que “[...]
a capital da Síria seria Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de
sessenta e cinco anos Efraim (reino do norte) seria destruído (722 a.C.
Assíria) e deixaria de ser povo”,
Is.7.8 levando-os para outras nações.
“Entretanto (Acaz,
rei de Judá) [...] não creu [...] certamente, não permaneceu (nem o Reino do
Norte – 722 a.C. e muito menos o Reino do Sul em 586 a.C., pois todos foram
levados cativos)”, Is.7.9.
“[...] O SENHOR continuou
[...] falando com Acaz [...] (eu e você, dando-nos oportunidade para voltar a
confiar em Yahweh)”, Is.7.10.
O “[...] SENHOR, nosso Deus (insiste
para Acaz – eu e você) pedir um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou
em cima, nas alturas. Acaz (eu e você), porém [...]não [...] pedimos [...]”, Is.7.11,12 e não importamos com aquilo que a Palavra de
Deus fala conosco.
Deus responde por meio do “[...] profeta: Ouvi, agora, ó casa de Davi (eu e você): acaso, não
[...] basta fatigardes (cansar, abusar da paciência dos) [...] homens, mas
ainda fatigais (abusa da paciência de) [...] Deus?”, Is.7.13.
A decisão de Acaz – eu e você, têm
grandes consequências.
Mesmo que Acaz não tivesse pedido um
sinal, Deus o daria.
“Portanto, (esse) sinal (seria)
[...] a virgem concebendo e dando à luz um filho e lhe chamando Emanuel (Deus
conosco)”, Is.7.14 que pode mudar o nosso
coração de idólatra que Acaz praticava, para um coração adorador do Deus
verdadeiro.
A oportunidade oferecida ao rei Acaz
é a mesma que nos é oferecida.
Caso eu e você deixarmos de
acreditar em Jesus como nosso único Senhor e Salvador, não seremos libertos,
assim como aconteceu com o rei Acaz que sofreu nas mãos dos assírios.
Ao invés de pedir ajuda ao Senhor, “Acaz enviou mensageiros
a Tiglate-Pileser, rei da Assíria [...] (pedindo) livramento do poder do rei da
Síria e do poder do rei de Israel, que se levantara contra ele”, 2Rs.16.7.
“Veio a ele Tiglate-Pileser, rei da
Assíria; porém o pôs em aperto, em vez de fortalecê-lo”, 2Cr.28.20 como resultado da sua não confiança em Deus.
A nossa confiança tem que estar no
Senhor, acima de tudo e de todos e não importa o que possa acontecer com a
nossa vida física.
Pessoas, dinheiro, cadeados e
fechaduras, cursos e concursos. Nada pode nos dar segurança sem Deus.
II – Rápido-Despojo-Presa-Segura.
Nos
capítulos 7-12 de Isaías tem como tema principal crianças usadas por Deus como
sinais.
“Disse o SENHOR a Isaías: Agora,
sai tu com teu filho, que se chama Um-Resto-Volverá (remanescente que se volta
para Deus arrependido), ao encontro de Acaz [...]”, Is.7.3 a fim de avisá-lo que ele precisa voltar-se para Deus
arrependido e totalmente entregue aos cuidados e a total proteção.
O outro “[...] sinal (profecia
que) o Senhor dá (é sobre) [...] a virgem (que) conceberá e dará à luz um filho
e lhe chamará Emanuel (Jesus, Deus conosco)”,
Is.7.14.
Deus manda
avisar ao rei Acaz, eu e você, que o único que pode estar constantemente
presente ao nosso lado é o “Deus conosco”, por isso, Acaz devia se desvencilhar
do acordo com o rei Tiglate-Pileser, rei da Assíria.
Ao filho
que nasce do profeta Isaías “[...] disse o SENHOR:
Põe-lhe o nome de Rápido-Despojo-Presa-Segura (Damasco-Síria e Samaria-Israel
seriam destruídas pelo rei da Assíria)”, Is.8.3
para mostrar ao rei Acaz que não se deve confiar em homens.
O
nascimento desse menino marcaria o momento em que aconteceria o exílio assírio
de Israel – (722 a.C. Assíria).
Por causa
desse temor que o rei de Judá tinha dos Sírios e Samaria, Isaías é enviado a
falar-lhe que ele devia “ao SENHOR dos Exércitos [...] o (seu) [...] temor
[...] (e) o (seu) [...] espanto”, Is.8.13 ao
invés de “[...]
temer [...] (ao) homem (pois) o Senhor é o seu auxílio [...]”, Hb.13.6.
Mas, o rei
Acaz e todo o “[...]
povo (de Judá resolveu) [...] desprezar as águas de Siloé (poço em Jerusalém de paz que cura) [...] e se [...]
derreteram de medo diante de Rezim (rei da Síria)
e do filho de Remalias (Peca, rei de Israel)”,
Is.8.6.
Por causa
desse medo, “eis
que o Senhor fez vir sobre eles (povo de Judá) as águas do Eufrates, fortes e
impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; águas que encherão
o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras”, Is.8.7 para destruir tudo pela frente.
Isaías fala
que todos nós devemos “esperar no SENHOR [...]”,
Is.8.17 para nos socorrer.
A
idolatria não é somente confiar em outras coisas que não o SENHOR, mas também
temer outros poderes, coisas e pessoas mais do que a Deus.
Isaías profetiza
sobre a vinda do [...]
III – Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai da
eternidade e Príncipe da Paz.
A situação
de Judá era cada vez mais terrível ao temer a Síria, Samaria e se afundando na
idolatria.
Isaías instrui “[...] os filhos (Judá) que o SENHOR lhe deu, para sinais e para maravilhas (que
causem espanto) em Israel da parte do SENHOR dos Exércitos [...]”, Is.8.18.
“Quando (o povo)
[...] disser: Consultai os necromantes e os adivinhos [...] acaso, não
consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”, Is.8.19.
Para aqueles
que vivem em uma nação imersa em ocultismo, a solução é se voltar “à lei e ao
testemunho (ensinamentos de Deus)! Se eles não falarem desta maneira, jamais
verão a alva (porque o que os médiuns dizem não tem valor)”, Is.8.20.
Caso não
obedecerem ao Senhor, “passarão pela
terra duramente oprimidos e famintos; e será que, quando tiverem fome,
enfurecendo-se, amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cima”, Is.8.21.
A situação desse povo na época do
rei Acaz era de trevas a tal ponto de “olharem para a
terra, e eis aí angústia, escuridão e sombras de ansiedade, e serão lançados
para densas trevas”, Is.8.22.
O motivo dessa escuridão era porque
Judá confiou no rei da Assíria para libertá-lo e esse mesmo rei é quem o
subjulga tempos depois.
É nesse contexto que Deus apresenta
a promessa de libertação “[...] para a terra que estava aflita não continuará a
obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom
e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além
do Jordão, Galileia dos gentios (região fronteira com a Síria, duramente
atacada pelos assírios)”, Is.9.1.
Esse “[...] povo que (que sofreu o primeiro ataque,
que) andava em trevas (foram os primeiros a) ver grande luz, e aos que viviam
na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”, Is.9.2 dando-lhes alegria.
O texto fala que foi o próprio Deus
que “[...]
multiplicou esse povo, a alegria lhe aumentou; alegrou-se eles diante de Deus,
como se alegram (felicidade) na (época da) ceifa e como exultam quando repartem
os despojos”, Is.9.3.
A causa para tanta alegria foi que o
“[...] SENHOR quebrou
o jugo (liberdade daquilo) que pesava sobre eles (cativeiro), a vara que lhes
feria os ombros e o cetro do seu opressor (Assíria) [...]”, Is.9.4.
Ficaram alegres porque acabou a
guerra quando “[...]
toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida
em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo”, Is.9.5.
Estavam
exultantes pelo motivo de “[...] um menino [...] nascer (Jesus), um filho se lhes dá; o governo estava
sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte,
Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, Is.9.6.
A
criação desse reino proporcionou não somente ao povo de Israel, mas a todos
quantos creem em Cristo, a fim “[...] que se aumente o seu governo (de Jesus), e venha paz
sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o
firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do
SENHOR dos Exércitos fará isto”, Is.9.7.
Foi
a partir desse controle eterno de Deus que foi anunciado [...]
IV – O Rebento do Tronco de Jessé.
Isaías avisa que “a
Assíria vem [...] aloja-se [...] (entre o povo de Judá, então) fogem [...] os
moradores [...] para salvar-se”,
Is.10.28,29,31.
O aviso de
Deus é que Ele mesmo está no comando de toda situação, por isso, nenhuma cidade
resiste à violência do ataque.
Ao mesmo
tempo do ataque Assírio, o próprio Deus apresenta uma mensagem de esperança
para o povo ao dizer-lhes: “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a
terra se encherá do conhecimento do SENHOR (para libertar), como as águas cobrem
o mar”, Is.11.9.
Essa
libertação seria feita pelo “[...] SENHOR dos Exércitos [...]”,
Is.10.33 que pode vencer qualquer poder inimigo, principalmente os assírios.
Partiu do
próprio Deus ainda, “cortar
com o ferro a [...] floresta [...]”, Is.10.34.
Aqui Deus
é retratado como o agricultor e os países são como as árvores na floresta.
Após a
poda da Assíria, antes do ataque, o que acontecerá com Israel?
Do meio da
destruição “[...]
sairá um rebento (broto), e das suas raízes, um renovo [...] do tronco de Jessé
[...]”, Is.11.1.
Isaías
profetiza sobre o nascimento de um segundo Davi. Não nascido de uma família
corrompida, mas da mesma fonte de Davi.
Na vida
desse novo Rei, “repousa
sobre ele o Espírito do SENHOR (Altíssimo), o Espírito de sabedoria (aponta
para Cristo e as ações corretas) e de entendimento (conduz à vida), o Espírito
de conselho (fugir do mal) e de fortaleza (que pode guardar) [...]”, Is.11.2.
Esse novo
Rei tem a capacidade de “deleitar-se (alegria) no temor do SENHOR; não julgará segundo a
vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas
julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade (imparcial) a favor dos
mansos da terra [...]”, Is.11.3,4.
O
resultado do reinado de um Rei perfeito:
Animais
mais próximos e antagônicos na cadeia alimentar, tais como: “O lobo (feroz, selvagem) habitará
com o cordeiro (manso), e o leopardo (carnívoro, destrói) se deitará junto ao
cabrito (suave); o bezerro, o leão (carnívoro, ataca) novo e o animal cevado
andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa (feroz) pastarão
juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi
(perde a ferocidade). A criança de peito brincará sobre a toca da áspide (cobra
venenosa), e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco (serpente nas
tocas)”, Is.11.6-8.
Esse texto
nos mostra como muitos homens agem como animais irracionais.
No reinado de Cristo “não se fará mal nem dano algum em
todo o seu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR,
como as águas cobrem o mar”, Is.11.9.
A [...]
Conclusão de Deus é que:
Todos os homens precisam ser “[...] governado [...] (por
aquele que chama:) Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz”, Is.9.6.
Isto
se deve porque no último dia haverá “[...] um trono branco e aquele
(Jesus) que nele se assenta de cuja presença foge a terra e o céu [...]”, Ap.20.11.
Aplicação: Em que você tem depositado a sua
confiança?
“Não tema os que matam o corpo e
não pode matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno
tanto a alma como o corpo”, Mt.10.28.
Deus não
desampara o seu povo.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – CCC – Rev. João Paulo
Thomaz de Aquino.
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