quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O MESSIAS ANUNCIADO, Is.7-12.

O MESSIAS ANUNCIADO, Is.7-12.

Introd.:           Em 735 a.C. “[...] começou a reinar Acaz, filho de Jotão, (tanto Jotão quanto Uzias, avó de Acaz, fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, mas o) rei de Judá (Acaz) [...] não fez o que era reto perante o SENHOR, seu Deus, como Davi [...] porque andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como sacrifício, segundo as abominações dos gentios [...] também sacrificou e queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore frondosa”, 2Rs.16.1-4.
            Na época do reinado de Acaz, “[...] subiu Rezim, rei da Síria, com Peca [...] rei de Israel, a Jerusalém para pelejarem contra ela [...] Acaz (em vez de confiar no SENHOR) enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria [...] (para buscar socorro) e livrá-lo do poder do rei da Síria e do poder do rei de Israel, que se levantaram contra ele [...] Acaz tomou a prata e o ouro que se acharam na Casa do SENHOR e nos tesouros da casa do rei e mandou de presente ao rei da Assíria”, 2Rs.16.5,7,8.
            O templo foi sendo destruído aos poucos e o SENHOR era ignorado.
            Como o rei de Judá, assim estava toda a nação, mergulhada em profunda idolatria.
            O temor daquele povo não estava em Deus, por isso “falou [...] o SENHOR, dizendo: Em vista de este povo ter desprezado as águas de Siloé (poço em Jerusalém) [...] que (de paz que cura) [...] e se estar derretendo de medo diante de Rezim e do filho de Remalias (pai do rei Peca), eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; águas que encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras (para destruir). Penetrarão em Judá, inundando-o, e, passando por ele, chegarão até ao pescoço; as alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra [...]”, Is.8.5-8.
            Essa sentença era pelo motivo de o rei Acaz e o povo buscarem ajuda e “[...] consultarem os necromantes e os adivinhos, que chilreiam (cochicham) e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”, Is.8.19.
            Além desse pecado, Judá confiava em aliados internacionais.
            Como resultado, Deus pesaria a mão contra o seu povo.
I – O nascimento de Emanuel.
            O capítulo 7 de Isaías ocorre no contexto em que “deu-se aviso à casa de Davi: A Síria está aliada com Efraim (Peca). Então, ficou agitado (medo) o coração de Acaz e o coração do seu povo, como se agitam as árvores do bosque com o vento”, Is.7.2.
            Foi então que “disse o SENHOR a Isaías: Agora, sai tu com teu filho, que se chama Um-Resto-Volverá (remanescente), ao encontro de Acaz [...] e dize-lhe: Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração (mas ele ficou temeroso) por causa destes dois tocos de tições fumegantes [...] Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias (Peca)”, Is.7.3,4.
            Naquele tempo Acaz não acreditou que Deus podia livrá-lo.
            Quando Acaz se deparou com “[...] a Síria resolvendo fazer-lhe mal [...] subindo contra Judá, e amedrontando-o [...]”, Is.7.5,6; ele ficou desesperado, assim como nós.
            Mas podemos ter a certeza que ainda “assim diz o SENHOR Deus (para todos nós): Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá”, Is.7.7 quando Deus determina que o mal não nos alcance.
            Na vida de Acaz, a mensagem era para ele confiar, mas ele rejeitou, então, Deus lhe falou que “[...] a capital da Síria seria Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de sessenta e cinco anos Efraim (reino do norte) seria destruído (722 a.C. Assíria) e deixaria de ser povo”, Is.7.8 levando-os para outras nações.
            “Entretanto (Acaz, rei de Judá) [...] não creu [...] certamente, não permaneceu (nem o Reino do Norte – 722 a.C. e muito menos o Reino do Sul em 586 a.C., pois todos foram levados cativos)”, Is.7.9.
            “[...] O SENHOR continuou [...] falando com Acaz [...] (eu e você, dando-nos oportunidade para voltar a confiar em Yahweh)”, Is.7.10.
            O “[...] SENHOR, nosso Deus (insiste para Acaz – eu e você) pedir um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas. Acaz (eu e você), porém [...]não [...] pedimos [...]”, Is.7.11,12 e não importamos com aquilo que a Palavra de Deus fala conosco.
            Deus responde por meio do “[...] profeta: Ouvi, agora, ó casa de Davi (eu e você): acaso, não [...] basta fatigardes (cansar, abusar da paciência dos) [...] homens, mas ainda fatigais (abusa da paciência de) [...] Deus?”, Is.7.13.
            A decisão de Acaz – eu e você, têm grandes consequências.
            Mesmo que Acaz não tivesse pedido um sinal, Deus o daria.
            “Portanto, (esse) sinal (seria) [...] a virgem concebendo e dando à luz um filho e lhe chamando Emanuel (Deus conosco)”, Is.7.14 que pode mudar o nosso coração de idólatra que Acaz praticava, para um coração adorador do Deus verdadeiro.
            A oportunidade oferecida ao rei Acaz é a mesma que nos é oferecida.
            Caso eu e você deixarmos de acreditar em Jesus como nosso único Senhor e Salvador, não seremos libertos, assim como aconteceu com o rei Acaz que sofreu nas mãos dos assírios.
            Ao invés de pedir ajuda ao Senhor, “Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria [...] (pedindo) livramento do poder do rei da Síria e do poder do rei de Israel, que se levantara contra ele”, 2Rs.16.7.
            “Veio a ele Tiglate-Pileser, rei da Assíria; porém o pôs em aperto, em vez de fortalecê-lo”, 2Cr.28.20 como resultado da sua não confiança em Deus.
            A nossa confiança tem que estar no Senhor, acima de tudo e de todos e não importa o que possa acontecer com a nossa vida física.
            Pessoas, dinheiro, cadeados e fechaduras, cursos e concursos. Nada pode nos dar segurança sem Deus.
II – Rápido-Despojo-Presa-Segura.
            Nos capítulos 7-12 de Isaías tem como tema principal crianças usadas por Deus como sinais.
            “Disse o SENHOR a Isaías: Agora, sai tu com teu filho, que se chama Um-Resto-Volverá (remanescente que se volta para Deus arrependido), ao encontro de Acaz [...]”, Is.7.3 a fim de avisá-lo que ele precisa voltar-se para Deus arrependido e totalmente entregue aos cuidados e a total proteção.
            O outro “[...] sinal (profecia que) o Senhor dá (é sobre) [...] a virgem (que) conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel (Jesus, Deus conosco)”, Is.7.14.
            Deus manda avisar ao rei Acaz, eu e você, que o único que pode estar constantemente presente ao nosso lado é o “Deus conosco”, por isso, Acaz devia se desvencilhar do acordo com o rei Tiglate-Pileser, rei da Assíria.
            Ao filho que nasce do profeta Isaías “[...] disse o SENHOR: Põe-lhe o nome de Rápido-Despojo-Presa-Segura (Damasco-Síria e Samaria-Israel seriam destruídas pelo rei da Assíria)”, Is.8.3 para mostrar ao rei Acaz que não se deve confiar em homens.
            O nascimento desse menino marcaria o momento em que aconteceria o exílio assírio de Israel – (722 a.C. Assíria).
            Por causa desse temor que o rei de Judá tinha dos Sírios e Samaria, Isaías é enviado a falar-lhe que ele devia “ao SENHOR dos Exércitos [...] o (seu) [...] temor [...] (e) o (seu) [...] espanto”, Is.8.13 ao invés de “[...] temer [...] (ao) homem (pois) o Senhor é o seu auxílio [...]”, Hb.13.6.
            Mas, o rei Acaz e todo o “[...] povo (de Judá resolveu) [...] desprezar as águas de Siloé (poço em Jerusalém de paz que cura) [...] e se [...] derreteram de medo diante de Rezim (rei da Síria) e do filho de Remalias (Peca, rei de Israel)”, Is.8.6.   
            Por causa desse medo, “eis que o Senhor fez vir sobre eles (povo de Judá) as águas do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; águas que encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras”, Is.8.7 para destruir tudo pela frente.
            Isaías fala que todos nós devemos “esperar no SENHOR [...]”, Is.8.17 para nos socorrer.
            A idolatria não é somente confiar em outras coisas que não o SENHOR, mas também temer outros poderes, coisas e pessoas mais do que a Deus.
            Isaías profetiza sobre a vinda do [...]  
III – Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e Príncipe da Paz.
            A situação de Judá era cada vez mais terrível ao temer a Síria, Samaria e se afundando na idolatria.
            Isaías instrui “[...] os filhos (Judá) que o SENHOR lhe deu, para sinais e para maravilhas (que causem espanto) em Israel da parte do SENHOR dos Exércitos [...]”, Is.8.18.
            “Quando (o povo) [...] disser: Consultai os necromantes e os adivinhos [...] acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”, Is.8.19.
            Para aqueles que vivem em uma nação imersa em ocultismo, a solução é se voltar “à lei e ao testemunho (ensinamentos de Deus)! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva (porque o que os médiuns dizem não tem valor)”, Is.8.20.
            Caso não obedecerem ao Senhor, “passarão pela terra duramente oprimidos e famintos; e será que, quando tiverem fome, enfurecendo-se, amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cima”, Is.8.21.
            A situação desse povo na época do rei Acaz era de trevas a tal ponto de “olharem para a terra, e eis aí angústia, escuridão e sombras de ansiedade, e serão lançados para densas trevas”, Is.8.22.
            O motivo dessa escuridão era porque Judá confiou no rei da Assíria para libertá-lo e esse mesmo rei é quem o subjulga tempos depois.
            É nesse contexto que Deus apresenta a promessa de libertação “[...] para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios (região fronteira com a Síria, duramente atacada pelos assírios)”, Is.9.1.
            Esse “[...] povo que (que sofreu o primeiro ataque, que) andava em trevas (foram os primeiros a) ver grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”, Is.9.2 dando-lhes alegria.
            O texto fala que foi o próprio Deus que “[...] multiplicou esse povo, a alegria lhe aumentou; alegrou-se eles diante de Deus, como se alegram (felicidade) na (época da) ceifa e como exultam quando repartem os despojos”, Is.9.3.
            A causa para tanta alegria foi que o “[...] SENHOR quebrou o jugo (liberdade daquilo) que pesava sobre eles (cativeiro), a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor (Assíria) [...]”, Is.9.4.
            Ficaram alegres porque acabou a guerra quando “[...] toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo”, Is.9.5.
            Estavam exultantes pelo motivo de “[...] um menino [...] nascer (Jesus), um filho se lhes dá; o governo estava sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, Is.9.6.
            A criação desse reino proporcionou não somente ao povo de Israel, mas a todos quantos creem em Cristo, a fim “[...] que se aumente o seu governo (de Jesus), e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto”, Is.9.7.
            Foi a partir desse controle eterno de Deus que foi anunciado [...]
IV – O Rebento do Tronco de Jessé.
            Isaías avisa que “a Assíria vem [...] aloja-se [...] (entre o povo de Judá, então) fogem [...] os moradores [...] para salvar-se”, Is.10.28,29,31.
            O aviso de Deus é que Ele mesmo está no comando de toda situação, por isso, nenhuma cidade resiste à violência do ataque.
            Ao mesmo tempo do ataque Assírio, o próprio Deus apresenta uma mensagem de esperança para o povo ao dizer-lhes: “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR (para libertar), como as águas cobrem o mar”, Is.11.9.
            Essa libertação seria feita pelo “[...] SENHOR dos Exércitos [...]”, Is.10.33 que pode vencer qualquer poder inimigo, principalmente os assírios.
            Partiu do próprio Deus ainda, “cortar com o ferro a [...] floresta [...]”, Is.10.34.
            Aqui Deus é retratado como o agricultor e os países são como as árvores na floresta.
            Após a poda da Assíria, antes do ataque, o que acontecerá com Israel?
            Do meio da destruição “[...] sairá um rebento (broto), e das suas raízes, um renovo [...] do tronco de Jessé [...]”, Is.11.1.
            Isaías profetiza sobre o nascimento de um segundo Davi. Não nascido de uma família corrompida, mas da mesma fonte de Davi.
            Na vida desse novo Rei, “repousa sobre ele o Espírito do SENHOR (Altíssimo), o Espírito de sabedoria (aponta para Cristo e as ações corretas) e de entendimento (conduz à vida), o Espírito de conselho (fugir do mal) e de fortaleza (que pode guardar) [...]”, Is.11.2.
            Esse novo Rei tem a capacidade de “deleitar-se (alegria) no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade (imparcial) a favor dos mansos da terra [...]”, Is.11.3,4.
            O resultado do reinado de um Rei perfeito:
            Animais mais próximos e antagônicos na cadeia alimentar, tais como: “O lobo (feroz, selvagem) habitará com o cordeiro (manso), e o leopardo (carnívoro, destrói) se deitará junto ao cabrito (suave); o bezerro, o leão (carnívoro, ataca) novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa (feroz) pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi (perde a ferocidade). A criança de peito brincará sobre a toca da áspide (cobra venenosa), e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco (serpente nas tocas)”, Is.11.6-8.
            Esse texto nos mostra como muitos homens agem como animais irracionais.
            No reinado de Cristo “não se fará mal nem dano algum em todo o seu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar”, Is.11.9.
            A [...]
Conclusão de Deus é que:
            Todos os homens precisam ser “[...] governado [...] (por aquele que chama:) Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”, Is.9.6.
            Isto se deve porque no último dia haverá “[...] um trono branco e aquele (Jesus) que nele se assenta de cuja presença foge a terra e o céu [...]”, Ap.20.11.
Aplicação:       Em que você tem depositado a sua confiança?
            “Não tema os que matam o corpo e não pode matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”, Mt.10.28.
            Deus não desampara o seu povo.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Expressão – CCC – Rev. João Paulo Thomaz de Aquino.

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