sexta-feira, 14 de agosto de 2015

MUDE O FOCO

MUDE O FOCO
            Em quem confiar? Em todos os tempos sempre foi impossível confiar no homem, ainda mais hoje quando os meios de comunicação estão mais velozes e sem censura. É vergonhoso e assustador quando há manchetes nos jornais sobre prisão de pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de fraudes em licitações, de manobras para fugir da responsabilidade do pagamento do IPVA, de policiais com o tráfico de drogas, de participação de grupos de extermínio, de remessas ilegais de dólares, de cartéis, do leite adulterado e de indícios de desvio de verbas públicas do mensalão e da propina na Petrobras. Confiar em quem, se, pelo que indicam os noticiários, todos os segmentos do Brasil e do mundo estão corrompidos?
            Ao olhar para as promessas dos governantes, dos líderes religiosos, das ONGs instaladas, dos livros que apresentam os cinco ou dez passos para melhorar de vida ou sair de qualquer enrosco; você pode e deve duvidar.
            Não se deixe enganar, pois “há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos” (Sl 36.1). Fazendo uma boa análise você saberá que é “[...] de dentro, do coração dos homens, é que procede [...]” (Mc 7.21) “[...] a voz da transgressão [...]” (Sl 36.1).
            Transgredir nada mais é do que você quebrar uma ordem, um dever ou uma lei com o intuito tão somente de prejudicar o próximo. E o que é pior na vida desse ímpio é que ele “[...] não (tem) [...] temor de Deus diante de seus olhos” (Sl 36.1).
            Em momento algum na vida do ímpio se percebe no seu modo de agir ou falar o desejo de temer a Deus. Ao falar sobre temor não se fala de ter medo de Deus, pelo contrário, temer é respeitá-Lo por aquilo que Ele é e faz em favor do homem.
            Esse homem mau só consegue enxergar diante de si a maldade. Sendo assim, é verdade que não dá para se acreditar no homem, porque a maioria quando está “no seu leito, maquina a perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal” (Sl 36.4).
            Esse negócio de não confiar no homem é tão verdadeiro que o profeta Jeremias escreveu “dizendo (que) assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jr 17.5).
            Talvez seja por esse motivo o ditado: “O melhor amigo do homem é o cachorro”. Será verdade esse modo de falar? Com todas as letras, não! Mas é verdade que o próprio homem chama o mal para si quando ele deixa de confiar em Deus e passa a confiar num seu igual para resolver os seus problemas. Pior ainda, quando ele “[...] faz da carne mortal o seu braço [...]” (Jr 17.5) como que dizendo: “A vitória será alcançada quando o meu amigo ou parente me ajudar”.
            Tire essa falsa ideia da mente de que pode confiar no homem, no cachorro ou, que um e outro pode lhe ajudar em suas fraquezas. É preciso começar a dizer como o salmista: “O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei” (Sl 28.7).
            Deu para sentir a confiança desse salmista? Caiu a ficha de quem escreveu este Salmo? Exatamente, o rei Davi, aquele que “[...] feriu os seus dez milhares” (1Sm 18.7) de soldados inimigos. Davi reconhecia ser nada diante do Todo-Poderoso SENHOR e o reconhecia como dono de todas as coisas.
            Lógico, a sua confiança não podia estar em outro, somente naquEle que é considerado como “[...] a [...] força (para os seus braços) e o [...] escudo (proteção contra qualquer investida) [...]”, e o mais importante de tudo isso, “[...] o coração do rei Davi confiava [...]”, sabe por quê? Porque “[...] no SENHOR (Davi) foi socorrido [...]”, e como resposta a essa dádiva recebida, o pequeno e ruivo guerreiro “[...] exultou (alegrou) o seu coração, e com o seu cântico louvou o nome do SENHOR” (Sl 28.7).
            Você pode considerar qualquer pessoa como o seu melhor amigo, e, no momento em que você mais precisar e tentar depositar a sua confiança nele, ele pode falhar. Mas preste atenção! Mude o foco; “confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado” (Sl 55.22).
Rev. Salvador P. Santana 

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