O MELHOR
AMIGO
É comum no círculo de amizade encontrar algumas pessoas que bajulam demais.
Colocam o apresentado no mais alto pedestal, só falta colocá-lo no colo. São
capazes até de obter boas informações sobre você para propagar. São pessoas que
buscam elogiar quando estão por perto, mas quando estão longe, escancaram a
boca para dizer impropérios, falam mal e fazem de tudo para denegrir a imagem
do ‘tal amigo’. Todo cuidado é pouco com esses palradores (faladores)!
Não é de se admirar que isso tenha acontecido
justamente com o homem mais justo, mais santo, mais perfeito que esteve sobre a
face na terra. Sim, aconteceu com Jesus “[...] Cristo, o Filho de Deus” (Mt
26.63).
Ao ler os evangelhos você vai notar que a classe dominante daquela época,
formada pelos fariseus, seguia rigorosamente a lei de Moisés. Os saduceus
faziam parte desse grupo. Até mesmo os sacerdotes e as pessoas mais ricas
buscavam como seus ensinamentos, basear-se no Pentateuco (cinco primeiros
livros da Bíblia). Havia ainda os escribas que eram os intérpretes da lei de
Moisés.
Estes foram os que mais perseguiram e lutaram com unhas e dentes contra o
ministério de Jesus Cristo. Bem, se eram mestres da lei, por obrigação tinham
que aceitar Jesus como sendo o Filho de Deus.
Fora desse círculo houve outro. Não se pode
dizer que era pior e nem melhor que esses mestres da lei, mesmo porque,
conforme a profecia do salmista, ele era “[...] amigo íntimo, em quem (Jesus)
confiava, que comia do Seu pão, (mas) levantou contra (Jesus) o calcanhar” (Sl
41.9).
Esse “[...] amigo íntimo [...] (se chama) [...]
Judas, filho de Simão Iscariotes” (Jo 13.26). Esse homem é identificado pelo
adjetivo de “[...] traidor [...]” (Jo 18.2) por nove vezes nos evangelhos.
Não foi da noite para o dia que ele se tornou um traidor, pelo contrário, ele
“[...] era ladrão [...] (responsável por carregar) a bolsa (de dinheiro) tirava
o que nela se lançava” (Jo 12.6). Talvez uma pequena quantia hoje, outra amanhã,
aumentando a retirada até pensar que ninguém o apanharia em flagrante, mas como
“[...] não [...] (existe) nada [...] encoberto, que não venha a ser revelado;
nem oculto, que não venha a ser conhecido” (Mt 10.26), um dia foi
descoberta a trama e não teve como negar que era de fato um traidor.
É duro, mas pensar que Jesus certa vez “[...]
não o chamou (de) servo, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas o
chamou (de) amigo, porque tudo quanto (Jesus) ouviu do [...] Pai [...] deu a conhecer”
(Jo.15.15) a esse que o traiu, Judas Iscariotes. Jesus foi sincero com essa
palavra, Judas nunca foi.
Caro leitor fique esperto! Não caia em outra armadilha! É possível que aqueles
que o tem lisonjeado hajam da mesma forma que Judas Iscariotes fez com o Mestre
Jesus. Pode ser que cheguem para você e sussurrem: Você é meu “[...] amigo
íntimo (você pode) [...] confiar (nessa amizade; quero) [...] comer do seu pão
(fazer um churrasco para, logo depois) [...] levantar contra (você) o calcanhar”
(Sl 41.9).
Ou seja, no momento em que você menos espera, ele lhe dá as costas. Foi
exatamente isso o que fizeram com “[...] o [...] Filho amado (Jesus Cristo), em
quem [...] (o Pai se) compraz (satisfaz)” (Mt 3.17).
Não é por causa desse acontecimento que você vai excluir todas as pessoas da
sua lista de amizades, mesmo porque “o homem que tem muitos amigos sai
perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24) Portanto, você
deve escolher muito bem o seu amigo, neste caso, Jesus Cristo é o melhor. Faça
essa opção!
Rev.
Salvador P. Santana
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