quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O MELHOR AMIGO

O MELHOR AMIGO
            É comum no círculo de amizade encontrar algumas pessoas que bajulam demais. Colocam o apresentado no mais alto pedestal, só falta colocá-lo no colo. São capazes até de obter boas informações sobre você para propagar. São pessoas que buscam elogiar quando estão por perto, mas quando estão longe, escancaram a boca para dizer impropérios, falam mal e fazem de tudo para denegrir a imagem do ‘tal amigo’. Todo cuidado é pouco com esses palradores (faladores)!
            Não é de se admirar que isso tenha acontecido justamente com o homem mais justo, mais santo, mais perfeito que esteve sobre a face na terra. Sim, aconteceu com Jesus “[...] Cristo, o Filho de Deus” (Mt 26.63).
            Ao ler os evangelhos você vai notar que a classe dominante daquela época, formada pelos fariseus, seguia rigorosamente a lei de Moisés. Os saduceus faziam parte desse grupo. Até mesmo os sacerdotes e as pessoas mais ricas buscavam como seus ensinamentos, basear-se no Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia). Havia ainda os escribas que eram os intérpretes da lei de Moisés.
            Estes foram os que mais perseguiram e lutaram com unhas e dentes contra o ministério de Jesus Cristo. Bem, se eram mestres da lei, por obrigação tinham que aceitar Jesus como sendo o Filho de Deus.
            Fora desse círculo houve outro. Não se pode dizer que era pior e nem melhor que esses mestres da lei, mesmo porque, conforme a profecia do salmista, ele era “[...] amigo íntimo, em quem (Jesus) confiava, que comia do Seu pão, (mas) levantou contra (Jesus) o calcanhar” (Sl 41.9).
            Esse “[...] amigo íntimo [...] (se chama) [...] Judas, filho de Simão Iscariotes” (Jo 13.26). Esse homem é identificado pelo adjetivo de “[...] traidor [...]” (Jo 18.2) por nove vezes nos evangelhos.
            Não foi da noite para o dia que ele se tornou um traidor, pelo contrário, ele “[...] era ladrão [...] (responsável por carregar) a bolsa (de dinheiro) tirava o que nela se lançava” (Jo 12.6). Talvez uma pequena quantia hoje, outra amanhã, aumentando a retirada até pensar que ninguém o apanharia em flagrante, mas como “[...] não [...] (existe) nada [...] encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido” (Mt 10.26), um dia foi descoberta  a trama e não teve como negar que era de fato um traidor.
            É duro, mas pensar que Jesus certa vez “[...] não o chamou (de) servo, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas o chamou (de) amigo, porque tudo quanto (Jesus) ouviu do [...] Pai [...] deu a conhecer” (Jo.15.15) a esse que o traiu, Judas Iscariotes. Jesus foi sincero com essa palavra, Judas nunca foi.
            Caro leitor fique esperto! Não caia em outra armadilha! É possível que aqueles que o tem lisonjeado hajam da mesma forma que Judas Iscariotes fez com o Mestre Jesus. Pode ser que cheguem para você e sussurrem: Você é meu “[...] amigo íntimo (você pode) [...] confiar (nessa amizade; quero) [...] comer do seu pão (fazer um churrasco para, logo depois) [...] levantar contra (você) o calcanhar” (Sl 41.9).
            Ou seja, no momento em que você menos espera, ele lhe dá as costas. Foi exatamente isso o que fizeram com “[...] o [...] Filho amado (Jesus Cristo), em quem [...] (o Pai se) compraz (satisfaz)” (Mt 3.17).
            Não é por causa desse acontecimento que você vai excluir todas as pessoas da sua lista de amizades, mesmo porque “o homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24) Portanto, você deve escolher muito bem o seu amigo, neste caso, Jesus Cristo é o melhor. Faça essa opção!           
Rev. Salvador P. Santana

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