Aquele
que possui o dom de exortação é motivado por Deus a suprir a necessidade que
uma pessoa ou grupo tenha de encarar realisticamente sua própria situação.
Procura
levantar a moral do outro, leva o indivíduo a reagir positivamente, com
atitudes e ações apropriadas apoiadas no poder de Deus, em vez de depender de
suas próprias e insuficientes forças.
No
grego “[...]
exortar [...]”, Rm.12.8 é paraklesis, chamar um aliado ao lado da
gente, estar ao lado daquele que necessita de encorajamento, fortalecimento,
conforto, ânimo, incentivo.
“[...]
José, a quem os apóstolos chamavam de Barnabé [...] (era conhecido como) filho
da consolação”, At.4.36, o qual tinha habilidade para consolar as pessoas.
Paulo e Barnabé se uniram para
“fortalecer o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecerem firmes na fé e
mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no Reino de
Deus”, At.14.22.
Houve um “[...] tumulto (em Éfeso
por causa da idolatria à Diana), Paulo [...] encorajou [...] os discípulos
[...]”, At.20.1 a continuarem firmes na fé em Cristo Jesus.
A orientação de Timóteo é que “não
(se deve) repreender um homem mais velho; pelo contrário, exorte-o como você
faria com o seu pai. Trate os mais jovens como irmãos, as mulheres mais velhas,
como mães, e as mais jovens, como irmãs, com toda a pureza”, 1Tm.5.1, 2.
Ainda que você não tenha o dom
espiritual de exortação, é preciso que cada um “[...] anime uns aos outros
todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, a fim de que nenhum de vocês
seja endurecido pelo engano do pecado”, Hb.13.13.
É
um engano pensar que “exortar” significa pregar aos gritos, com gestos largos,
apontar o dedo, repreender.
O
Paráclito, o Espírito Santo.
O Espírito Santo é chamado de
Paráclito, o “[...] Consolador [...]”, Jo.14.16.
A missão do “[...] Consolador, o
Espírito Santo, que o Pai enviou em nome (de) Jesus [...] (é) ensinar a nós todas
as coisas e fará com que nos lembremos de tudo o que Jesus nos disse”,
Jo.14.26.
Outra missão do “[...] Consolador, que Jesus enviou
[...] da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará
testemunho de Jesus”, Jo.15.26.
Paráclito
é traduzido para auxiliador – BLH, ajudador – NA, conselheiro – NIV.
A
função do Espírito Santo é encher o homem com aquele espírito de poder e de
coragem que o capacita a lidar triunfalmente com a vida.
Características
encontradas no possuidor do dom de exortação.
1
– Dirige palavras de ânimo e encorajamento, consolo e conforto, aos que se
sentem ajudados emocional e espiritualmente motivados à ação.
Paulo
fala que devemos nos “[...] consolar uns aos outros e (nos) edificar mutuamente
[...]”, 1Ts.5.11;
2
– Tem a capacidade de ver que a tribulação pode produzir níveis mais avançados
na maturidade cristã.
É
por este motivo que “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, Rm.8.28.
O
médico Lucas fala que devemos “fortalecer o ânimo dos discípulos, exortando-os
a permanecerem firmes na fé e mostrando que, através de muitas tribulações, nos
importa entrar no Reino de Deus”, At.14.22;
3
– É uma pessoa que estimula, “[...] anima uns aos outros no amor e na prática
de boas obras”, Hb.10.24;
4
– É procurado para conversas do tipo desabafo;
5
– É uma pessoa otimista: “Fica calmo que tudo vai dar certo”;
6
– Está sempre disponível, muitas vezes com sacrifício de seus interesses
pessoais;
7
– Aprecia as pessoas desejosas de seguir um plano de ação para alcançar um alvo;
Paulo
fala que todos devem “[...] se aplicar à leitura pública das Escrituras, à
exortação, ao ensino”, 21Tm.4.13 levando aos leitores a pensarem seriamente na
aplicação prática da Palavra de Deus em suas vidas.
Exercendo
o dom espiritual de exortação.
“[...]
O que exorta faça-o com dedicação [...]”, Rm.12.8.
A
dedicação é contagiar os outros a fazerem o mesmo.
Quem
exorta no sentido bíblico aproxima-se do necessitado para ajudá-lo.
Há
hora certa para repreender e há hora certa para exortar.
Cada
crente que não tenha recebido o dom de exortação tem a responsabilidade cristã
de incentivar os outros.
Paulo
fala que “não (deve) sair da nossa boca nenhuma palavra torpe (suja), e sim
unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim,
transmita graça aos que ouvem”, Ef.4.29.
Todos
precisam aprender como Isaías de que foi “o SENHOR Deus (que nos) deu língua de
eruditos (sabedoria), para que eu saiba dizer boas palavra ao cansado [...]”,
Is.50.4.
A
função ou responsabilidade de exortar é de todos nós, portanto, “[...] exortai-vos
mutuamente cada dia [...] a fim de que nenhum de nós seja endurecido pelo
engando do pecado”, Hb.3.13.
Perto
de algum de nós há alguém que se “sente abatido dentro (da sua) alma [...]”,
Sl.42.6, então, “consolai [...] uns aos outros e edificai-vos reciprocamente
[...]”, 1Ts.5.11.
Por
isso, “[...] o que exorta faça-o com dedicação [...]”,
Rm.12.8 “[...] estimulando (cada um) ao amor e às boas obras”, Hb.10.24.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é você no Corpo de Cristo –
Mis. Lida E. Knight – LPC.
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