FILHO CHORA
Gn.27.30-40
Introd.: Todo homem chora.
Mas haverá um tempo em que “[...] nunca mais se ouvirá [...] nem voz de choro nem de clamor”, Is.65.19.
Para muitos “[...] o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”, Sl.30.5.
Nar.: Esaú chorou. Por um lado, por sua culpa e, por outro lado, culpa do seu irmão Jacó e da sua mãe Rebeca.
Propos.: Chorar pode nos levar a fazer uma reflexão, uma resiliência, uma autoavaliação do nosso modo de agir diante dos homens e de Deus.
Trans.: Filho chora [...]
1 – Procurando ser abençoado.
Perceba que Jacó não sabia a hora que Esaú chegaria, mas por um triz, “mal acabara [...]”, Gn.27.30, os dois podiam ter se encontrado; um com o roubo, o outro com desejo de bênçãos, mas também com anseio de estrangular, bater no seu irmão.
O “mal acabara [...]”, Gn.27.30 dá a ideia de que um entrou pela porta da frente, o outro saiu pela porta dos fundos evitando um encontro fatídico, sangrento.
“[...] Isaque acabara de abençoar a Jacó [...]”, Gn.27.30; era o maior desejo de Esaú quando chegou à tenda do seu pai.
“[...] Abençoar (era a tarefa do pai) Jacó [...]”, Gn.27.30, portanto, cabe aos pais abençoarem a seus filhos.
O gerúndio “[...] tendo Jacó saído [...]”, Gn.27.30 dá a ideia de que este não desejou se encontrar com Esaú, seu irmão – brigas entre famílias, discórdias entre irmãos por coisas mínimas – maquiagem, roupa, lugar de sentar-se à mesa, dentro do carro.
“[...] Jacó [...] saiu da presença de Isaque, seu pai [...]”, Gn.27.30 após receber o que tanto procurava, a bênção.
“[...] Jacó [...] saiu da presença de Isaque, seu pai, (quando) chegou Esaú [...]”, Gn.27.30 sem este saber que acabara de ser mais uma vez enganado.
Ao “[...] chega Esaú, seu irmão, da sua caçada”, Gn.27.30, do seu trabalho, seus estudos, a surpresa pode ser desagradável para você.
A ansiedade para ser abençoado levou Esaú a se apressar, “e fez também ele uma comida saborosa [...]”, Gn.27.31.
“[...] Fez ele também uma comida saborosa [...]”, Gn.27.31 confirmando que Jacó já havia usurpado, tomado, roubado a sua bênção.
“[...] Trazendo a seu pai (a) comida [...]”, Gn.27.31, era o desejo desesperado de Esaú para ser logo abençoado, embora Deus já havia dito que Esaú serviria a Jacó.
Quando Esaú “[...] lhe disse: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoes”, Gn.27.31, o aguaceiro do choro começou angustiar o coração desse filho a procura de bênçãos, no entanto, essa procura foi tarde demais.
Filho chora [...]
2 – Por ter sido enganado.
Quando “Isaque (fez a) pergunta (a Esaú) [...]”, Gn.27.32 é possível que este filho já preanunciou o que estava para vir sobre a sua vida física e espiritual.
“[...] Seu pai perguntou: Quem és tu? [...]”, Gn.27.32, ele demonstra espanto, desconhecimento, surpresa com a condição apresentada a respeito do engano que sofrera.
“[...] Sou Esaú, teu filho [...]”, Gn.27.32, causa uma dúvida no coração do pai a respeito de quem fez a arte, de quem é o culpado, de quem está falando a verdade, qual é o verdadeiro e o falso.
“[...] O teu primogênito, respondeu Esaú”, Gn.27.32, foi o momento de Isaque fazer uma reflexão a respeito da sua falsa confiança naquele que roubou a bênção.
A conjunção conclusiva “então [...]”, Gn.27.33 mostra o quanto é inútil confiar em homens, ainda que faça parte da nossa família.
O “[...] estremecer (de) Isaque de violenta comoção [...]”, Gn.27.33 foi tarde demais por confiar muito em homens.
É daí que “[...] Isaque [...] disse (acordando do sonho de confiar em alguém): Quem é, pois, aquele que apanhou a caça e ma trouxe? [...]”, Gn.27.33.
“[...] Isaque (reconhece que) ele comeu de tudo [...]”, Gn.27.33 das mãos de um enganador.
Mas, o compromisso de “[...] Isaque (era com Esaú, e) antes que viesse (o filho que recebera a promessa de ser abençoado) Jacó [...] abençoou [...]”, Gn.27.33 o filho traiçoeiro, enganador.
E, o pior para Esaú é que “[...] Jacó será abençoado”, Gn.27.33.
Filho chora [...]
3 – Com amargura de alma.
A alma fica amargurada é quando você descobre que o parente, o melhor amigo o traiu.
“Como ouviu Esaú tais palavras de seu pai [...]”, Gn.27.34, de que o seu irmão foi o causador dele não ser abençoado, a sua alma entristece.
Veja que “[...] Esaú [...] bradou (gritou) com profundo amargor [...]”, Gn.27.34 dentro do seu coração por ter sido enganado, roubado, usado.
Assim como eu e você, podemos “[...] dizer (a nosso Pai Celeste): Abençoa-me também a mim, meu pai!”, Gn.27.34.
“[...] Esaú (implora para ser) abençoado [...]”, Gn.27.34 com a bênção que não mais lhe pertencia.
O choro, a angústia da alma são devido a “resposta (do seu) [...] pai [...]”, Gn.27.35.
Acontece com todos nós quando alguém “responde [...]”, Gn.27.35 o que menos esperamos.
A “resposta (do) [...] pai [...]”, Gn.27.35 pode muito bem machucar o seu coração, portanto, meça as suas palavras, seja breve, educado, gentil com quem você fala.
Doí na alma de Esaú porque “[...] veio seu irmão astuciosamente e tomou a tua benção”, Gn.27.35.
Você espera de todas as pessoas, menos do “[...] seu irmão (agir) astuciosamente [...]”, Gn.27.35 contra você, mas lembre-se, aconteceu com Jesus de “até o seu amigo íntimo, em quem ele confiava, que comia do seu pão, levantou contra ele o seu calcanhar”, Sl.41.9.
Com amargura da alma “disse Esaú [...]”, Gn.27.36 palavras que pode se arrepender depois.
O “dizer (de) Esaú [...]”, Gn.27.36 pode ser o meu e o seu quando queremos dizer algumas verdades, mas depois ficamos com o coração pesado, chateado.
“[...] Não é com razão que se chama ele Jacó (usurpador, enganador, ladrão, trapaceiro, fingido, mentiroso, drogado, bêbado, adúltero)? [...]”, Gn.27.36.
Com amargura de alma Esaú se lembrou, “[...] pois já duas vezes Jacó me enganou [...]”, Gn.27.36.
A alma amargurada sempre se lembrará de que ele “[...] tirou o direito de primogenitura [...]”, Gn.27.36, me enganou, roubou os meus bens, não esteve ao meu lado.
A amargura de alma continua trazendo ao seu coração que “[...] agora Jacó usurpa a bênção que era minha [...]”, Gn.27.36 – quanto mais você fala sobre o assunto de derrota, mais você fica amargurado, zangado, sofrendo.
Pensa diferente, aja de modo contrário à vingança, não seja como os demais e “[...] disse ainda (a você e a todos quantos estão ao seu redor): Não reservaste, pois, bênção nenhum para mim?”, Gn.27.36.
Queira ser “[...] abençoado [...]”, Gn.27.36, hoje e sempre.
Filho chora [...]
Conclusão: Por ter que ficar sujeito.
Fique sabendo que tudo quanto acontece em nossas vidas têm um propósito de Deus.
“Então, (na) resposta (de) Isaque a Esaú [...]”, Gn.27.37, o texto bíblico mostra o propósito eterno de Deus sobre a vida do seu povo.
“[...] Eis que o constituí em teu senhor [...]”, Gn.27.37 é um tipo de Cristo que dominará sobre tudo e todos, principalmente sobre a vida daquele que crê.
Perceba que “[...] todos os seus irmãos lhe dei por servos [...]”, Gn.27.37 no sentido de depender espiritualmente de você para entender a Bíblia e serem abençoados através da oração.
Todos sabem que o próprio Deus é quem “[...] apercebe (a todos os homens) de trigo (alimentos posto à mesa) e de mosto (líquido para matar a nossa sede) [...]”, Gn.27.37.
Assim como “[...] Isaque (pergunta) a Esaú [...] (Deus também se dirige a cada um de nós perguntando) que me será dado fazer (por você) agora, meu filho?”, Gn.27.37.
Não adianta, todos nós ficamos sujeitos à algum homem neste mundo e sempre haverá um maior que outro.
A insistência de “Esaú dizendo a seu pai [...]”, Gn.27.38 a respeito da bênção é porque nenhum de nós deseja ficar debaixo do poder de outro homem.
Queremos, assim como “[...] Esaú [...] (por) acaso tem uma única bênção, meu pai? [...]”, Gn.27.38 para não depender, não mendigar o pão.
Antes de você, “[...] Esaú [...] levantar a voz, chorando [...]”, Gn.27.38 por perdas que Deus já determinou, levanta a cabeça e tenta viver melhor a vida.
Peça para Deus: “[...] Abençoa-me [...]”, Gn.27.38 em todas as áreas física, material, espiritual e financeira.
A conjunção conclusiva “então [...]”, Gn.27.39, do texto bíblico, pode mostrar qual será o nosso futuro.
A “[...] resposta (de) Isaque, seu pai (a) Esaú [...]”, Gn.27.39 pode servir para algum de nós; “pois nunca deixará de haver pobres na terra [...]”, Dt.15.11.
Pode ser que “[...] longe dos lugares férteis da terra será a nossa habitação, e sem orvalho que cai do alto”, Gn.27.39 – Esaú foi para as terras desérticas.
“Viverás da tua espada [...]”, Gn.27.40 quando você briga mais que soluciona problemas dentro do lar.
“[...] E servirás a seu irmão [...]”, Gn.27.40 no sentido de ser-lhe submisso nas tarefas diárias, dependente para os estudos, comprar, se divertir.
Mas, pode acontecer um dia de “[...] quando, porém, te libertares, sacudirás o seu jugo da sua cerviz”, Gn.27.40 para servir a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida.
São por esses motivos que o homem chora.
Rev. Salvador P. Santana
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