quarta-feira, 8 de agosto de 2018

PAI.


PAI

                O número de divórcios tem aumentado de forma assustadora em todo o Brasil. Poucos são os divorciados que fazem a opção de viverem sozinhos para sempre. Muitos contraem novos casamentos, daí, novos divórcios sucedidos, coisa entre 10 a 15 anos está sendo a duração desses casamentos.

                A culpa?! Bem, achar o culpado é muito difícil, mas várias desculpas são apresentadas e nenhum dos pombinhos assume a responsabilidade.

                Dizem que o divórcio é por incompatibilidade de gênio sendo que, o seu temperamento é impossível de aguentar. Falam da intromissão dos sogros, do genro, do animal de estimação que apareceu de última hora, ciúmes, vergonha, adultério.

                Ih! A lista não para! São vários os motivos para se chegar ao divórcio, o qual cresceu cerca de 161,4% nestes últimos quatro anos e a tendência é aumentar assustadoramente.

                Os dois, antes, prometidos, com juras de amor, de certo não irão sofrer após o divórcio, pois quem mais sofre são os filhos deixados de escanteio, com os avós ou entre os dois ou quatro ou brigando depois de novos relacionamentos.

                O salmista apresenta um texto intrigante que fala a respeito de família. A sua fala é que “ficam órfãos os seus filhos, e viúva, a sua esposa” (Sl 109.9).

                Em outras palavras; o pai não está em casa. Provavelmente ele passou mais uma vez no botequim para sentar-se à mesa com seus amigos, beliscar alguns petiscos, pagar uma rodada de bebida alcóolica, jogar conversa fora com os seus “melhores amigos” e, é possível que não tenha condições de chegar em casa por causa do bambear das pernas e pior, não levar nem a mistura para o jantar.

                “Os seus filhos [...] ficam órfãos [...]” (Sl 109.9) devido a ausência do pai que chega tarde da noite e às pressas, pela manhã, sai atrasado para o seu trabalho devido a ressaca o atormentar; nem teve tempo de despedir do filho.

                “Ficando órfãos os seus filhos [...]” (Sl 109.9), devido a ausência do pai, pode ser que esse filho busque uma figura paterna em outro que não seja o pai biológico. Pode acontecer desse filho se aborrecer e renegar o pai por falta de companhia, amizade, proteção, amor.

                Esse pai não perde nada. Quem perde é o filho. Perde a confiança, o respeito, amizades devido ao bullying, perde a concentração na aula, perde as notas que precisa obter nas matérias.

                Pai, não deixe “[...] seus filhos ficarem órfãos [...] e (nem) viúva, a sua esposa” (Sl 109.9). Procure-os antes que seja tarde demais!

                Deus, abençoe a família do pai que deixou “[...] órfãos os seus filhos, e viúva, a sua esposa” (Sl 109.9).

Rev. Salvador P. Santana

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