terça-feira, 28 de agosto de 2018

Cl.4.2-4 - O DEUS QUE ABRE PORTAS.


O DEUS QUE ABRE PORTAS, Cl.4.2-4.



Objetivo:         Deus tem a solução para todos os problemas.

Nar.:    Há momentos na vida em que nos sentimos impotentes, paralisados e sem perspectiva de solução.

            É a sensação de que estamos num buraco fundo, numa rua sem saída.

            Davi expressa este sentimento usando a figura de como Deus o “tirou de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou os (seus) pés sobre uma rocha e lhe firmou os passos”, Sl.40.2.

            Trata-se de uma situação angustiante e incômoda.

            Nesses momentos precisamos de ajuda.

            Não autoajuda, ou ajuda de outras pessoas, mas ajuda do alto, socorro de Deus.

            Precisamos saber que “somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a nossa salvação. Só ele é a nossa rocha, e a nossa salvação, e o nosso alto refúgio; não seremos muito abalados”, Sl.62.1, 2.

            No texto básico, Paulo pede que os irmãos “supliquem, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer”, Cl.4.3, 4.

            Este conceito de abrir portas está presente em toda a Bíblia, reforçando a ideia de que temos um Deus que nos oferece soluções, principalmente, nos momentos mais difíceis da vida.

            O Deus da Bíblia é o Deus que abre portas.

            Ele cria acessos, fraqueia oportunidade e abre portas de emergência.

            Alguns exemplos bíblicos:

1 – Deus abre a porta dos céus.

            Jacó fugiu de casa com medo de Esaú, seu irmão, que o havia jurado de morte.

            Sob a proteção de Rebeca, sua mãe, ele partiu para uma aventura em Harã.

            Sem recursos, dormiu a primeira noite ao relento, tendo como travesseiro uma pedra.

            Ali Deus se revelou a ele, dizendo “[...] que [...] estava (com Jacó) [...] e o guardaria por onde quer que fosse, e o faria voltar a [...] terra (de Canaã), porque [...] não (o) desampararia, até cumprir Deus aquilo que [...] (lhe havia) referido”, Gn.28.15.

            O fato mais significativo foi o seu “[...] sonho [...] posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela”, Gn.28.12.

            Despertado Jacó do seu sono [...] (reconheceu que) o SENHOR estava naquele lugar [...] temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus”, Gn.28.16, 17.

            Esta porta nos céus é um tipo de Jesus.

            Ele é a porta que Deus abriu para que entrássemos à sua presença.

            Por isso que Jesus disse a Natanael: “[...] vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, Jo.1.51.

            Não é à toa que “[...] Jesus é a porta. Se alguém entrar por Ele, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”, Jo.10.9.

            Jesus se coloca como o único meio de entrada para o reino de Deus.

            Três lições neste versículo:

            1 – “Jesus é a porta (para a salvação, então) [...] será salvo [...]”, Jo.10.9;

            2 – “Jesus é a porta (para a liberdade) [...] entrará, e sairá [...]”, Jo.10.9;

            3 – “Jesus é a porta (para a satisfação da alma) [...] e achará pastagem”, Jo.10.9.

            Como Deus are a porta dos céus?

            Na sua soberania, Deus planejou e executou o plano da salvação.

            Jesus veio à terra para que pudéssemos ir para o céu.

2 – Deus abre a porta dos corações.

            Cada pessoa tem uma porta espiritual de entrada.

            A Palavra de Deus quando pregada, é dirigida e captada pela mente, trabalha com as emoções e afeta a vontade ou volição – capacidade para tomar suas próprias decisões. 

            Deus é quem abre as portas dos corações dos incrédulos para que eles recebam a salvação.

            Aconteceu com “[...] Lídia [...] de Tiatira [...] temente a Deus [...] escutava (a pregação) [...] o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia”, At.16.14.

            A expressão “[...] o Senhor lhe abriu (dianoigo) o coração [...]”, At.16.14 significa que Deus abriu a alma para despertar o desejo de aprender, que Deus arrebentou as fechaduras da incredulidade e as tranças da morte espiritual, trazendo vida.

            Deus certa vez falou para Ciro: “Eu irei adiante de ti (para conduzir), endireitarei os caminhos tortuosos (que devia de Deus), quebrarei as portas de bronze (que impede de conhecer a Deus) e despedaçarei as trancas de ferro”, Is.45.2 para a entrada do evangelho.

            O Senhor é Deus que arrebenta as portas dos corações invadindo-os com a graça e paz do evangelho para serem, “[...] por Deus concedido o arrependimento para vida”, At.11.18.

            É o próprio “[...] Deus, que disse [...] (que) das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”, 2Co.4.6.

            À igreja e aos crentes lhes é dado o privilégio de abrir ou permanecer fechada a porta de suas vidas para um relacionamento mais íntimo com Jesus.

            Muitos têm resistido a uma vida de santificação. É por isso que Jesus disse à igreja de Laodiceia: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”, Ap.3.20.

            Como Deus abre a porta dos corações?

            Deus abre a porta do coração dos incrédulos no momento da conversão, por meio da ação soberana do Espírito Santo.

            É Deus quem produz a regeneração e o novo nascimento.

            É o próprio Deus que nos “dá coração novo e põe dentro de nós espírito novo; tira de nós o coração de pedra e nos dá coração de carne. Põe dentro de nós o seu Espírito e faz que andemos nos seus estatutos, guardando os seus juízos e os observando”, Ez.36.26, 27.

            É decisão de Deus que “o vento sopra onde quer, ouvimos a sua voz, mas não sabemos donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”, Jo.3.8.

            Esse abrir da porta do coração se dá “quando [...] se manifesta a benignidade de Deus [...] e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salva mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”, Tt.3.4-7.

            Todo crente verdadeiro se preocupa com sua comunhão com Deus.

Aplicações práticas:    A porta do coração dos incrédulos é aberta de forma irresistível por Deus, pela ação soberana do Espírito Santo;

            Jesus bate à porta do coração dos crentes desejando mais comunhão e intimidade.

3 – Deus abre a porta das prisões.

            Sempre que o povo de Deus foi perseguido, com prisões e encarceramentos, o Senhor providenciou libertação e abriu grades.

            O livro de Atos registra alguns exemplos.

            Os saduceus, movidos pela inveja, “prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública. Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, os conduziram para fora [...] (os guardas) acharam o cárcere fechado com toda a segurança e as sentinelas nos seus postos junto às portas; mas, abrindo-as, a ninguém encontraram dentro”, At.5.18, 19, 23.

            Após a soltura, Deus ordenou que os apóstolos se “[...] apresentassem no templo [...] (e que deviam continuar) dizendo ao povo todas as palavras desta Vida”, At.5.20.

            As atrocidades continuaram a ponto do “[...] rei Herodes mandar prender alguns da igreja para os maltratar [...] fez passar a fio de espada a Tiago, irmão de João”, At.12.1, 2.

            Prisão e morte foi ““[...] agradável aos judeus (mandando) [...] prender também a Pedro [...]”, At.12.3.

            Quando “Pedro [...] estava guardado no cárcere [...] havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele”, At.12.5.

            Para Deus abrir as portas da prisão, “[...] sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a prisão; e, tocando ele o lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! Então, as cadeias caíram-lhe das mãos”, At.12.7.

            Deus providenciou para que Pedro “[...] passasse a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, o qual se lhes abriu automaticamente; e, saindo, enveredaram por uma rua, e logo adiante o anjo se apartou dele”, At.12.10.

            Em Filipos, Paulo e Silas foram presos por pregarem o evangelho, Deus agindo, fez “[...] sobrevir tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos”, At.16.26.

            Como Deus abre a porta das prisões? No exercício de sua soberania, em defesa e cuidado daqueles que Ele ama e estão fazendo a sua vontade.

            Deus abre a porta das prisões quando “[...] há oração incessante a Deus por parte da igreja a favor [...]”, At.12.5 do encarcerado.

Aplicações práticas:    O Diabo sempre tentará segurar o avanço da igreja, principalmente usando de perseguição e prisão dos servos de Deus.

4 – Deus abre a porta para a pregação.

            Deus abre oportunidades para a pregação do evangelho.

            Paulo pede para que a igreja “suplique [...] para que Deus [...] abra porta à palavra, a fim de (que seus servos) falem do mistério de Cristo [...]”, Cl.4.3.

            É preciso orar “para que (os servos de Deus) [...] manifestem (visível Jesus), como deve fazer”, Cl.4.4.

            Devemos reconhecer que é “[...] Deus (que) faz (todas as) [...] coisas [...] abrindo aos gentios a porta da fé”, At.14.27.

            Pela providência de Deus, “[...] em Éfeso [...] uma porta grande e oportuna para o trabalho se [...] abriu; e havia muitos adversários”, 1Co.16.8, 9.

            [...] Quando Paulo chegou a Trôade para pregar o evangelho de Cristo [...] uma porta se lhe abriu no Senhor, não teve, contudo, tranquilidade no seu espírito, porque não encontrou o seu irmão Tito; por isso, despediu-se deles, partiu para a Macedônia (norte da Grécia)”, 2Co.2.12, 13 a fim de pregar o evangelho.

            Precisamos saber que muitas vezes o próprio “[...] Espírito Santo [...] impede (em alguns lugares) de pregar a palavra [...]”, At.16.6.

            Aconteceu com Paulo quando “[...] tentava ir para Bitínia (norte da Ásia), mas o Espírito de Jesus não o permitiu”, At.16.7.

            Este fato aconteceu quando “[...] sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia (norte da Grécia) e ajuda-nos”, At.16.9 para ouvir o evangelho da salvação.

            Paulo “[...] partiu, imediatamente [...] para aquele destino, concluindo que Deus (o) [...] havia chamado para lhes anunciar o evangelho”, At.16.10.

            É o próprio “[...] Espírito Santo (que, depois da igreja) servir [...] ao Senhor e jejuar [...] (foi) separado [...] Barnabé e Saulo para a obra a que os tinha chamado”, At.13.2 e desta forma acontece com todos os pastores, evangelistas, missionários.

            É o próprio Deus, “[...] o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá (a porta para a pregação do evangelho e quando Ele decide) [...] pôr diante de (qualquer homem) [...] uma porta aberta (da salvação) [...] ninguém pode fechar [...]”, Ap.3.7, 8.

            Por este motivo o texto base fala que devemos “perseverar na oração, vigiando com ações de graças”, Cl.4.2.

Aplicações práticas:    Ore para que Deus abra as portas para a pregação do evangelho;

            Ore para que Deus capacite o pregador;

            A oração é importante para a evangelização e plantação de igrejas.





            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Filipenses e Colossenses – Cristo: Nossa alegria e suficiência – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.


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