sábado, 18 de agosto de 2018

1Jo.2.3-11 - IDENTIFICANDO O VERDADEIRO CRISTÃO.


IDENTIFICANDO O VERDADEIRO CRISTÃO, 1Jo.2.3-11.



Objetivo:         Identificar as características do verdadeiro cristão.

            Precisamos trazer à memória que todo cristão é um imitador de Cristo.

Nar.:    O texto bíblico apresenta como deve ser conhecido o cristão dentro da igreja e no meio da sociedade.

            A pirataria é atualmente um dos crimes mais praticados no Brasil.

            Ela se refere à cópia, venda ou distribuição de material sem o pagamento dos direitos autorais, de marca e ainda de propriedade intelectual e de indústria.

            A pirataria é um crime de rouba e falsificação.

            Cerca de 42% da população utiliza algum tipo de produto pirateado. E os produtos mais pirateados são os CDs, DVDs, óculos, relógios, software, roupas, calçados, brinquedos e remédios.

            P.F. – a pirataria está relacionada ao crime organizado, como assaltantes, traficantes de armas, narcotraficantes e ligada até ao terrorismo, movimentando mais de meio trilhão de dólares por não.

            No Brasil, a pirataria é um crime que causa grande prejuízos a quem produz corretamente, impede mais de 2 milhões de empregos formais e deixa de arrecadar mais de 10 bilhões de reais aos cofres públicos.

            O falso cristão é também uma ameaça ao bem-estar espiritual da igreja. E o Diabo é o responsável em produzir e infiltrar na igreja a pirataria espiritual.

            Paulo fala que existem “[...] falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras”, 2Co.11.13-15.  

            O apóstolo João apresenta três testes para identificarmos o verdadeiro cristão:

1 – O teste da obediência.

            O texto inicia dizendo: “Ora, sabemos que o temos conhecido [...]”, 1Jo.2.3.

            Ele usa a palavra “[...] conhecimento [...]”, 1Jo.2.3 para descrever a comunhão do verdadeiro crente com Deus.

            [...] Conhecer (a) Deus [...] se (dá a partir do momento em que) guardamos os seus mandamentos”, 1Jo.2.3.

            [...] Conhecer (a) Deus [...]”, 1Jo.2.3 é ter “[...] a vida eterna [...] que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”, Jo.17.3.

            [...] Conhecer (a) Deus [...]”, 1Jo.2.3 é “[...] permanecer na sua palavra [...] (para) conhecer a verdade, e a verdade (o) [...] libertará”, Jo.8.31, 32.

            [...] Conhecer (a) Deus [...]”, 1Jo.2.3 só é possível através da revelação espiritual concedida por Cristo, porque “tudo [...] foi entregue (a) Jesus por seu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”, Mt.11.27.

            João usa um teste para saber se alguém conhece a Deus e se é discípulo verdadeiro.

            O servo de Deus:

            A – “[...] Guarda os [...] mandamentos”, 1Jo.2.3 de Jesus.

            O verdadeiro crente pratica a Palavra de Deus;

            B – “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”, 1Jo.2.4.

            Todo falso crente será desmascarado pela Palavra de Deus, ou seja, por sua incoerência entre o falar e o obedecer aos mandamentos de Deus;

            C – “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele”, 1Jo.2.5.

            O crente verdadeiro cresce e amadurece espiritualmente por meio do amor.

            Na época de Jesus, muitos o seguiam impressionados com a sua mensagem ou apenas interessados em seus benefícios materiais.

            Jesus fez um discurso e, “à vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”, Jo.6.66.

            Ainda hoje é preciso ouvir a “[...] pergunta (de) Jesus [...] (à cada um de nós): Porventura, querem também vocês [...] retirar-se?”, Jo.6.67.

            Quem é de fato um discípulo ou um verdadeiro seguir de Jesus Cristo?

            A – Um discípulo verdadeiro é alguém que Deus levou a Jesus.

            [...] Jesus sabe, desde o princípio, quais (são) [...] os que não creem [...] ninguém poderá vir a Jesus, se, pelo Pai, não lhe for concedido”, Jo.6.64, 65.

            Cada cristão é alguém que Deus deu a Jesus quando Ele “manifestou o [...] nome (do) Pai aos homens que (o Pai) lhe deu do mundo. Eram (de Deus e o próprio Pai os) [...] confiou (por isso) [...] eles têm guardado a [...] palavra”, Jo.17.6 de Deus.

            B – Um discípulo verdadeiro não abandona a Jesus e anda com Ele.

            [...] Muitos dos [...] discípulos (de) Jesus o abandonam e já não anda com ele (mas, a respeito de nós) [...] para quem iremos? Jesus tem as palavras da vida eterna”, Jo.6.66, 68.

            Quem é de Jesus não o troca por outro;

            C – Um discípulo verdadeiro fundamenta a sua fé na Palavra de Deus.

            [...] Pedro (declara para o) [...] Senhor [...] (que somente Ele é que) tem as palavras da vida eterna [...] (por isso) temos crido e conhecido que Jesus é o Santo de Deus”, Jo.6.68, 69.

            O discípulo verdadeiro “[...] recebe a palavra [...] que é de Deus, acolhe não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus [...]”, 1Ts.2.13.

Aplicações práticas: Você conhece um falso cristão?          

2 – O teste ético ou comportamental.

            João é muito claro ao afirmar sobre “aquele que diz que permanece nele (Jesus), esse deve também andar assim como ele andou”, 1Jo.2.6.

            Devemos nos comportar seguindo o exemplo de Jesus, “[...] aperfeiçoando o amor [...] pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo”, 1Jo.4.17.

            Se faz necessário “[...] andarmos na luz, como ele está na luz [...~]”, 1Jo.1.7.

            É preciso que eu e você busque “[...] se purificar [...] assim como ele é puro”, 1Jo.3.3.

            Devemos ser humildes e servirmos uns aos outros “porque Jesus nos deu o exemplo, para que, como Jesus nos fez, façamos nós também”, Jo.13.15.

            É urgente “[...] perdoar uns aos outros, como também Deus, em Cristo, nos perdoou”, Ef.4.32.

            A ética (tudo que faz ou deixa de fazer) cristã é o comportamento humano determinado pelo comportamento de jesus Cristo.

            Em qualquer área da nossa vida, devemos fazer o que Jesus faria, “porquanto para isto mesmo fomos chamados, pois que também Cristo sofreu em nosso lugar, deixando-nos exemplo para seguirmos os seus passos”, 1Pe.2.21.

            O segredo para seguir o exemplo de Jesus é permanecer nele ou viver pela fé.

            Paulo declara que “[...] morremos para a lei, a fim de vivermos para Deus. Estamos crucificado com Cristo [...] logo, já não somos nós quem vive, mas Cristo vive em nós; e esse viver que, agora, temos na carne, vivemos pela fé no Filho de Deus, que nos amou e a si mesmo se entregou por nós”, Gl.2.19, 20.

            Quando Jesus viver a vida por meio de nós, conseguimos agir e andar como Ele.

Aplicações práticas: Quando for tomar uma decisão, pergunte: o que Jesus faria se estivesse em meu lugar?

3 – O teste do amor.

            A declaração de João aos “amados (aos que creem, é que) [...] não nos escreve mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivemos. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvimos”, 1Jo.2.7.

            O mandamento do amor é tanto antigo como novo.

            Como entender isto? A língua grega usava o termo novo com dois sentidos: novo no sentido de idade ou tempo e novo no sentido de qualidade ou modelo. Ex.: você pode comprar um carro (0Km), mas o seu modelo é antigo.

            É por isso que, “todavia, (João continua) nos escrevendo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele (Jesus) e em nós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha”, 1Jo.2.8.

            O mandamento do amor desde a lei do A.T. é que, devemos “amar, pois, o SENHOR, nosso Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de toda a nossa força”, Dt.6.5.

            É preciso ainda, além de “amar [...] o SENHOR, nosso Deus [...] (também devemos) todos os dias guardar os seus preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os seus mandamentos”, Dt.11.1.

            É por este motivo que desde o A.T. o servo de Deus “não (pode) se vingar, nem guardar ira contra os filhos do seu povo; mas amar o seu próximo como a si mesmo [...]”, Lv.19.18.

            A ordem de “[...] amar uns aos outros (é como) novo mandamento (que) Jesus nos dá [...] assim como ele nos amou, que também nos amemos uns aos outros”, Jo.13.34.

            Essa ordem é repetida doze vezes no Novo Testamento.

            O evangelho continua dizendo que assim “como o Pai [...] amou (Jesus), também Jesus nos ama; (logo, devemos) permanecer no seu amor”, Jo.15.9

            E “o [...] mandamento (de) Jesus é este: que nos amemos uns aos outros, assim como Ele nos amou”, Jo.15.12 sem restrição, sem cobrança.

            E Jesus “nos manda isto: que nos ameis uns aos outros”, Jo.15.17.

            Paulo, falando aos Romanos disse que “a ninguém fiquemos devendo coisa alguma, exceto o amor com que nos amemos uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei”, Rm.13.8.

            Aos Tessalonicenses é falado que, “no tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que Paulo [...] escreva, porquanto eles mesmos estavam por Deus instruídos que deviam amar uns aos outros”, 1Ts.4.9.

            Pedro fala que devemos “[...] amar, de coração, uns aos outros ardentemente”, 1Pe.1.22.

            O apóstolo do amor declara que “[...] a mensagem que ouvimos desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros”, 1Jo.3.11 “[...] segundo o mandamento que nos ordenou”, 1Jo.3.23.

            Somos orientados a “[...] amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.

            Por este motivo, “[...] se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros”, 1Jo.4.11.

            Como “ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado”, 1Jo.4.12.

            O “[...] pedido (de João a cada um de nós é) [...] que nos amemos uns aos outros”, 2Jo.1.5.

            O mandamento do amor é novo ou inédito de cinco maneiras:

            A – É novo em sua proeminência (sobressai, superior).

            O amor é colocado como o mandamento excelente.

            O amor é a raiz de todo ato de bondade e generosidade.

            Segundo “[...] Jesus (todo cristão deve) amar o Senhor [...] Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amar o nosso próximo como a nós mesmos”, Mt.22.37-39

            Os dons espirituais e os maiores sacrifícios nada significam sem o amor.

            Por este motivo Paulo declara: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo (prato) que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.”, 1Co.13.1-3, 8.

            Logo, “a ninguém fiquemos devendo coisa alguma, exceto o amor com que nos amemos uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei”, Rm.13.8.

            E, “[...] o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia”, 1Tm.1.5.

            O mandamento do amor [...]

            B – É novo em seu referencial.

            Jesus Cristo é o nosso referencial de amor, pois este é o “novo mandamento (que Jesus) nos dá: que nos amemos uns aos outros; assim como Ele nos amou, que também nos amemos uns aos outros”, Jo.13.34.

            Por isso, em outro lugar, João fala que “ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”, Jo.15.13.

            Paulo declara que devemos “[...] andar em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós [...]”, Ef.5.2.

            E João, outra vez fala que “nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”, 1Jo.3.16.

            Sendo assim, “[...] já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”, Gl.2.20.

            O mandamento do amor [...]

            C – É novo em sua demonstração.

            O amor não é um sentimento, mas uma atitude.

            O amor deve ser expresso não por palavras, mas por ações concretas, então, “[...] aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”, 1Jo.3.17.

            O amor é um princípio ativo a ponto de “recordar, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da nossa fé, da abnegação (dedicação) do nosso amor e da firmeza da nossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Ts.1.3.

            Demonstrando amor, “[...] Deus não é injusto para ficar esquecido do nosso trabalho e do amor que evidenciamos para com o seu nome, pois servimos e ainda servimos aos santos (em boas obras)”, Hb.6.10.

            Eis a razão de que “o amor jamais acaba [...] (logo) permanecerá a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”, 1Co.13.8, 13.

            Esta é a razão da nossa “[...] fé [...] atuar pelo amor”, Gl.5.6.

            O mandamento do amor [...] 

            D – É novo em sua esfera de ação.

            Somente “aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço”, 1Jo.2.10.

            Mas, “aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas”, 1Jo.2.9.

            E, “aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos”, 1Jo.2.11.

            Três consequências trágicas na vida de um cristão quando ele não ama o seu irmão:

            A – Ele põe em dúvida a sua conversão;

            B – Ele se torna uma pedra de tropeço;

            C – Ele não progride espiritualmente.

            O mandamento do amor [...]

            E – É novo em sua capacitação.

            Não conseguimos amar a Deus e ao nosso próximo sem a capacitação do Espírito Santo, por isso, “[...] o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade”, Gl.5.22.

            Então, precisamos de que “[...] o Senhor conduza o nosso coração ao amor de Deus e à constância de Cristo”, 2Ts.3.5.

            O Deus que nos ordena amar é o mesmo que derrama o seu amor no nosso coração, capacitando-nos à obediência.

            Paulo fala que “[...] a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado (dado)”, Rm.5.5.

            O Espírito Santo torna o mandamento do amor uma experiência real na nossa vida.

Aplicações práticas:    A obediência, o comportamento e o amor devem ser vistos na vida de um cristão;

            O mandamento do amor não é novo em termos de tempo, mas de qualidade.



            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.

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