IDENTIFICANDO O VERDADEIRO CRISTÃO, 1Jo.2.3-11.
Objetivo: Identificar as características do
verdadeiro cristão.
Precisamos
trazer à memória que todo cristão é um imitador de Cristo.
Nar.: O texto bíblico apresenta como deve ser
conhecido o cristão dentro da igreja e no meio da sociedade.
A
pirataria é atualmente um dos crimes mais praticados no Brasil.
Ela
se refere à cópia, venda ou distribuição de material sem o pagamento dos
direitos autorais, de marca e ainda de propriedade intelectual e de indústria.
A
pirataria é um crime de rouba e falsificação.
Cerca
de 42% da população utiliza algum tipo de produto pirateado. E os produtos mais
pirateados são os CDs, DVDs, óculos, relógios, software, roupas, calçados,
brinquedos e remédios.
P.F.
– a pirataria está relacionada ao crime organizado, como assaltantes,
traficantes de armas, narcotraficantes e ligada até ao terrorismo, movimentando
mais de meio trilhão de dólares por não.
No
Brasil, a pirataria é um crime que causa grande prejuízos a quem produz
corretamente, impede mais de 2 milhões de empregos formais e deixa de arrecadar
mais de 10 bilhões de reais aos cofres públicos.
O
falso cristão é também uma ameaça ao bem-estar espiritual da igreja. E o Diabo
é o responsável em produzir e infiltrar na igreja a pirataria espiritual.
Paulo
fala que existem “[...] falsos
apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E
não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de
justiça; e o fim deles será conforme as suas obras”, 2Co.11.13-15.
O
apóstolo João apresenta três testes para identificarmos o verdadeiro cristão:
1 – O teste da obediência.
O
texto inicia dizendo: “Ora, sabemos que
o temos conhecido [...]”, 1Jo.2.3.
Ele
usa a palavra “[...] conhecimento [...]”,
1Jo.2.3 para descrever a comunhão do verdadeiro crente com Deus.
“[...] Conhecer (a) Deus [...] se (dá a partir
do momento em que) guardamos os seus mandamentos”, 1Jo.2.3.
“[...] Conhecer (a) Deus [...]”,
1Jo.2.3 é ter “[...] a vida eterna [...]
que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste”, Jo.17.3.
“[...] Conhecer (a) Deus [...]”,
1Jo.2.3 é “[...] permanecer na sua palavra
[...] (para) conhecer a verdade, e a verdade (o) [...] libertará”,
Jo.8.31, 32.
“[...] Conhecer (a) Deus [...]”,
1Jo.2.3 só é possível através da revelação espiritual concedida por Cristo,
porque “tudo [...] foi entregue (a)
Jesus por seu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o
Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”, Mt.11.27.
João
usa um teste para saber se alguém conhece a Deus e se é discípulo verdadeiro.
O
servo de Deus:
A
– “[...] Guarda os [...] mandamentos”,
1Jo.2.3 de Jesus.
O
verdadeiro crente pratica a Palavra de Deus;
B
– “Aquele que diz: Eu o conheço e
não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”,
1Jo.2.4.
Todo
falso crente será desmascarado pela Palavra de Deus, ou seja, por sua
incoerência entre o falar e o obedecer aos mandamentos de Deus;
C
– “Aquele, entretanto, que guarda a
sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus.
Nisto sabemos que estamos nele”, 1Jo.2.5.
O
crente verdadeiro cresce e amadurece espiritualmente por meio do amor.
Na
época de Jesus, muitos o seguiam impressionados com a sua mensagem ou apenas
interessados em seus benefícios materiais.
Jesus
fez um discurso e, “à vista disso,
muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”,
Jo.6.66.
Ainda
hoje é preciso ouvir a “[...] pergunta
(de) Jesus [...] (à cada um de nós): Porventura, querem também vocês [...]
retirar-se?”, Jo.6.67.
Quem
é de fato um discípulo ou um verdadeiro seguir de Jesus Cristo?
A
– Um discípulo verdadeiro é alguém que Deus levou a Jesus.
“[...] Jesus sabe, desde o princípio, quais (são)
[...] os que não creem [...] ninguém poderá vir a Jesus, se, pelo Pai, não lhe
for concedido”, Jo.6.64, 65.
Cada
cristão é alguém que Deus deu a Jesus quando Ele “manifestou o [...] nome (do) Pai aos homens que (o Pai) lhe deu do
mundo. Eram (de Deus e o próprio Pai os) [...] confiou (por isso) [...] eles
têm guardado a [...] palavra”, Jo.17.6 de Deus.
B
– Um discípulo verdadeiro não abandona a Jesus e anda com Ele.
“[...] Muitos dos [...] discípulos (de) Jesus o
abandonam e já não anda com ele (mas, a respeito de nós) [...] para quem
iremos? Jesus tem as palavras da vida eterna”, Jo.6.66, 68.
Quem
é de Jesus não o troca por outro;
C
– Um discípulo verdadeiro fundamenta a sua fé na Palavra de Deus.
“[...] Pedro (declara para o) [...] Senhor
[...] (que somente Ele é que) tem as palavras da vida eterna [...] (por isso) temos
crido e conhecido que Jesus é o Santo de Deus”, Jo.6.68, 69.
O
discípulo verdadeiro “[...] recebe a
palavra [...] que é de Deus, acolhe não como palavra de homens, e sim como, em
verdade é, a palavra de Deus [...]”, 1Ts.2.13.
Aplicações práticas: Você
conhece um falso cristão?
2 – O teste ético ou
comportamental.
João
é muito claro ao afirmar sobre “aquele
que diz que permanece nele (Jesus), esse deve também andar assim como ele andou”,
1Jo.2.6.
Devemos
nos comportar seguindo o exemplo de Jesus, “[...]
aperfeiçoando o amor [...] pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo”,
1Jo.4.17.
Se
faz necessário “[...] andarmos na luz,
como ele está na luz [...~]”, 1Jo.1.7.
É
preciso que eu e você busque “[...] se
purificar [...] assim como ele é puro”, 1Jo.3.3.
Devemos
ser humildes e servirmos uns aos outros “porque
Jesus nos deu o exemplo, para que, como Jesus nos fez, façamos nós também”,
Jo.13.15.
É
urgente “[...] perdoar uns aos outros,
como também Deus, em Cristo, nos perdoou”, Ef.4.32.
A
ética (tudo que faz ou deixa de fazer) cristã é o comportamento humano
determinado pelo comportamento de jesus Cristo.
Em
qualquer área da nossa vida, devemos fazer o que Jesus faria, “porquanto para isto mesmo fomos chamados,
pois que também Cristo sofreu em nosso lugar, deixando-nos exemplo para seguirmos
os seus passos”, 1Pe.2.21.
O
segredo para seguir o exemplo de Jesus é permanecer nele ou viver pela fé.
Paulo
declara que “[...] morremos para a lei,
a fim de vivermos para Deus. Estamos crucificado com Cristo [...] logo, já não
somos nós quem vive, mas Cristo vive em nós; e esse viver que, agora, temos na
carne, vivemos pela fé no Filho de Deus, que nos amou e a si mesmo se entregou
por nós”, Gl.2.19, 20.
Quando
Jesus viver a vida por meio de nós, conseguimos agir e andar como Ele.
Aplicações práticas:
Quando for tomar uma decisão, pergunte: o que Jesus faria se estivesse em meu
lugar?
3 – O teste do amor.
A
declaração de João aos “amados (aos que
creem, é que) [...] não nos escreve mandamento novo, senão mandamento antigo, o
qual, desde o princípio, tivemos. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvimos”,
1Jo.2.7.
O
mandamento do amor é tanto antigo como novo.
Como
entender isto? A língua grega usava o termo novo com dois sentidos: novo no
sentido de idade ou tempo e novo no sentido de qualidade ou modelo. Ex.: você
pode comprar um carro (0Km), mas o seu modelo é antigo.
É
por isso que, “todavia, (João continua)
nos escrevendo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele (Jesus) e em nós,
porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha”,
1Jo.2.8.
O
mandamento do amor desde a lei do A.T. é que, devemos “amar, pois, o SENHOR, nosso Deus, de todo o nosso coração, de
toda a nossa alma e de toda a nossa força”, Dt.6.5.
É
preciso ainda, além de “amar [...] o
SENHOR, nosso Deus [...] (também devemos) todos os dias guardar os seus
preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os seus mandamentos”,
Dt.11.1.
É
por este motivo que desde o A.T. o servo de Deus “não (pode) se vingar, nem guardar ira contra os filhos do seu
povo; mas amar o seu próximo como a si mesmo [...]”, Lv.19.18.
A
ordem de “[...] amar uns aos outros (é
como) novo mandamento (que) Jesus nos dá [...] assim como ele nos amou, que
também nos amemos uns aos outros”, Jo.13.34.
Essa
ordem é repetida doze vezes no Novo Testamento.
O
evangelho continua dizendo que assim “como
o Pai [...] amou (Jesus), também Jesus nos ama; (logo, devemos) permanecer no seu
amor”, Jo.15.9
E
“o [...] mandamento (de) Jesus é este:
que nos amemos uns aos outros, assim como Ele nos amou”, Jo.15.12 sem
restrição, sem cobrança.
E
Jesus “nos manda isto: que nos ameis
uns aos outros”, Jo.15.17.
Paulo,
falando aos Romanos disse que “a
ninguém fiquemos devendo coisa alguma, exceto o amor com que nos amemos uns aos
outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei”, Rm.13.8.
Aos
Tessalonicenses é falado que, “no
tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que Paulo [...] escreva,
porquanto eles mesmos estavam por Deus instruídos que deviam amar uns aos
outros”, 1Ts.4.9.
Pedro
fala que devemos “[...] amar, de
coração, uns aos outros ardentemente”, 1Pe.1.22.
O
apóstolo do amor declara que “[...] a
mensagem que ouvimos desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros”,
1Jo.3.11 “[...] segundo o mandamento
que nos ordenou”, 1Jo.3.23.
Somos
orientados a “[...] amar uns aos
outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus
e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
Por
este motivo, “[...] se Deus de tal
maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros”, 1Jo.4.11.
Como
“ninguém jamais viu a Deus; se amarmos
uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado”,
1Jo.4.12.
O
“[...] pedido (de João a cada um de nós
é) [...] que nos amemos uns aos outros”, 2Jo.1.5.
O
mandamento do amor é novo ou inédito de cinco maneiras:
A
– É novo em sua proeminência (sobressai, superior).
O
amor é colocado como o mandamento excelente.
O
amor é a raiz de todo ato de bondade e generosidade.
Segundo
“[...] Jesus (todo cristão deve) amar o
Senhor [...] Deus, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a
este, é: Amar o nosso próximo como a nós mesmos”, Mt.22.37-39
Os
dons espirituais e os maiores sacrifícios nada significam sem o amor.
Por
este motivo Paulo declara: “Ainda que
eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o
bronze que soa ou como o címbalo (prato) que retine. Ainda que eu tenha o dom
de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha
tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E
ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue
o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me
aproveitará.”, 1Co.13.1-3, 8.
Logo,
“a ninguém fiquemos devendo coisa
alguma, exceto o amor com que nos amemos uns aos outros; pois quem ama o
próximo tem cumprido a lei”, Rm.13.8.
E,
“[...] o intuito da presente
admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e
de fé sem hipocrisia”, 1Tm.1.5.
O
mandamento do amor [...]
B
– É novo em seu referencial.
Jesus
Cristo é o nosso referencial de amor, pois este é o “novo mandamento (que Jesus) nos dá: que nos amemos uns aos
outros; assim como Ele nos amou, que também nos amemos uns aos outros”,
Jo.13.34.
Por
isso, em outro lugar, João fala que “ninguém
tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus
amigos”, Jo.15.13.
Paulo
declara que devemos “[...] andar em
amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós [...]”,
Ef.5.2.
E
João, outra vez fala que “nisto
conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida
pelos irmãos”, 1Jo.3.16.
Sendo
assim, “[...] já não sou eu quem vive,
mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé
no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”,
Gl.2.20.
O
mandamento do amor [...]
C
– É novo em sua demonstração.
O
amor não é um sentimento, mas uma atitude.
O
amor deve ser expresso não por palavras, mas por ações concretas, então, “[...] aquele que possuir recursos deste
mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como
pode permanecer nele o amor de Deus?”, 1Jo.3.17.
O
amor é um princípio ativo a ponto de “recordar,
diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da nossa fé, da abnegação (dedicação)
do nosso amor e da firmeza da nossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”,
1Ts.1.3.
Demonstrando
amor, “[...] Deus não é injusto para
ficar esquecido do nosso trabalho e do amor que evidenciamos para com o seu
nome, pois servimos e ainda servimos aos santos (em boas obras)”,
Hb.6.10.
Eis
a razão de que “o amor jamais acaba
[...] (logo) permanecerá a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior
destes é o amor”, 1Co.13.8, 13.
Esta
é a razão da nossa “[...] fé [...] atuar
pelo amor”, Gl.5.6.
O
mandamento do amor [...]
D
– É novo em sua esfera de ação.
Somente
“aquele que ama a seu irmão permanece
na luz, e nele não há nenhum tropeço”, 1Jo.2.10.
Mas,
“aquele que diz estar na luz e odeia a
seu irmão, até agora, está nas trevas”, 1Jo.2.9.
E,
“aquele, porém, que odeia a seu irmão
está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas
lhe cegaram os olhos”, 1Jo.2.11.
Três
consequências trágicas na vida de um cristão quando ele não ama o seu irmão:
A
– Ele põe em dúvida a sua conversão;
B
– Ele se torna uma pedra de tropeço;
C
– Ele não progride espiritualmente.
O
mandamento do amor [...]
E
– É novo em sua capacitação.
Não
conseguimos amar a Deus e ao nosso próximo sem a capacitação do Espírito Santo,
por isso, “[...] o fruto do Espírito é:
amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade”,
Gl.5.22.
Então,
precisamos de que “[...] o Senhor
conduza o nosso coração ao amor de Deus e à constância de Cristo”,
2Ts.3.5.
O
Deus que nos ordena amar é o mesmo que derrama o seu amor no nosso coração,
capacitando-nos à obediência.
Paulo
fala que “[...] a esperança não
confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito
Santo, que nos foi outorgado (dado)”, Rm.5.5.
O
Espírito Santo torna o mandamento do amor uma experiência real na nossa vida.
Aplicações práticas: A obediência, o comportamento e o amor devem
ser vistos na vida de um cristão;
O
mandamento do amor não é novo em termos de tempo, mas de qualidade.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2
e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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