FILHO PEDE AS CONTAS
Gn.30.25, 26
Introd.: Pedir as contas em alguma empresa no
Brasil ou ser mandado embora é sinal de briga judicial.
Geralmente o
empregado pode perder por falta de provas ou algum pedido esdrúxulo por culpa
do seu advogado.
Nar.: Veja que Jacó pede as contas do seu trabalho
na fazenda de Labão, seu sogro.
Jacó não cobra horas
extras, não reclama de assédio moral, falta de assinatura na carteira ou atraso
de pagamento de salários.
Jacó pede apenas o que foi contratado há 14 anos e deseja sair
com suas quatro esposas e seus onze filhos.
Propos.: Pedindo
as contas é preciso deixar as portas abertas e não jogar as chaves fora.
Trans.: Filho pede as contas [...]
1 – Após o nascimento de seu filho.
A preocupação com a
família deve ser essencial para todos os pais.
Pais que não se
preocupam com o crescimento físico, espiritual, financeiro e social de seus
filhos estão fadados ao fracasso.
No texto o gerúndio “tendo
[...]”, Gn.30.25 dá a ideia de que Jacó ao saber do nascimento de seu filho, ele
se preocupa com a sua família em detrimento do trabalho – investir na família.
Perceba que Deus
começa a traçar os caminhos do seu povo através do patriarca Jacó quando “[...]
Raquel dá à luz a José [...]”, Gn.30.25.
Quando “[...] Raquel
dá à luz a José [...]”, Gn.30.25 ela, como mãe se satisfaz e se alegra em Deus,
mas é possível que faça cobranças de uma vida mais confortável.
Quando “[...] Raquel
deu à luz a José [...]”, Gn.30.25 a família vivia apenas de alimentos doados
pelo sogro porque Jacó estava cumprindo o trato de trabalho por amor a Raquel e
Lia – 14 anos de trabalho por amor.
“[...] José [...]”,
Gn.30.25 é o filho predileto de Jacó, o mais amado que seria vendido 17 anos
depois – talvez seja uma forma de Deus mostrar a nós que ele comanda e dirige
todas as famílias.
Ao “[...] dizer Jacó
a Labão [...]”, Gn.30.25 é o meio mais prático que Deus deixou aos homens para
se comunicar não apenas entre famílias para chegarem a um acordo.
Um contrato bem
firmado não sai caro, foi por isso que “[...] Jacó a Labão [...]”, Gn.30.25
conseguiram concluir o combinado.
“[...] Jacó (pede)
permissão [...] a Labão [...]”, Gn.30.25 para ter a oportunidade de cuidar da
sua própria família – alimento, veste, moradia, educação.
O desejo de “[...]
Jacó (era tão-somente retornar para a sua família esfacelada por causa das
brigas): Permite-me que eu volte [...]”, Gn.30.25.
Quando “[...] Jacó
(pede): Permite-me que eu volte [...]”, Gn.30.25, implicitamente, ele está
querendo dizer: preciso reconciliar, preciso pedir perdão, preciso estar e
viver bem com a minha família.
“[...] Permite-me
que eu volte ao meu lugar e à minha terra”, Gn.30.25 deve ser o nosso desejo em
relação aos nossos familiares que estamos separados e brigados.
“[...] Permite-me
que eu volte ao meu lugar e à minha terra”, Gn.30.25 na dependência de Deus
para eu ser restaurado e que o outro “não seja envergonhado por minha causa (aqueles)
[...] que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos Exércitos; nem por minha causa
sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel”, Sl.69.6.
Quando Jacó fala: “Dá-me
meus filhos [...]”, Gn.30.26 ele reforça a importância de sua família.
Jacó reconhece que a
responsabilidade de cuidar dos filhos é dos pais e não dos avós.
Educar, vestir,
alimentar, proporcionar um teto para morar é responsabilidade dos pais e não do
governo.
A outra
responsabilidade e aceitação de Jacó para cuidar são “[...] as mulheres [...]”,
Gn.30.26, Raquel, Lia, Bila e Zilpa.
Filho quando casa
deve se desvincular dos pais de forma física, territorial, financeira, moral e
espiritual – viva a sua própria vida.
Jacó foi muito
responsável e cumpriu com o acordo feito com Labão em favor de suas “[...]
mulheres [...]”, Gn.30.26.
Jacó é exemplo para todos
os de homens que ele cumpriu o acordo firmado ao dizer: “[...] as mulheres,
pelas quais eu te servi [...]”, Gn.30.26 por 14 anos de trabalho braçal,
pesado, debaixo do sol.
Caso você ainda vive
debaixo das asas de seus pais, avós, tios, está na hora de “[...] partir [...]”,
Gn.30.26 para construir a sua própria vida.
Filho pede as contas
[...]
Conclusão: E somente
você e Deus sabe o que tem enfrentado para manter a sua família.
Quando Jacó fala para
Labão: “[...] pois tu sabes [...]”, Gn.30.26 está implícito o interesse de
salário, vida própria, sustento diário, vida independente sem a interferência
familiar em ditar o que come, veste e como deve dormir.
Ou seja, “[...] Labão
sabia quanto [...]”, Gn.30.26, em termos financeiros foi dispensado ao sobrinho
Jacó – nada, zero, apenas roupa, comida e tenda para morar.
Ao falar: “[...] e
de que maneira te servi”, Gn.30.26, Jacó expõe o seu esforço para servir com
fidelidade ao seu patrão e sogro Labão.
Desta forma devemos
“servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebemos, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
Dê valor àquilo que
você faz, mesmo porque, “quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e
lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu
trabalho, isto é dom de Deus”, Ec.5.19.
Rev.
Salvador P. Santana
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