sexta-feira, 17 de abril de 2020

Gn.29.21-30 - FILHO É ENGANADO.


FILHO É ENGANADO
Gn.29.21-30

Introd.:           Pensamos que conhecemos os homens. Engano. A cada dia nos surpreendemos com as suas ações malévolas.
            É “[...] do coração (que) procedem (os) maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”, Mt.15.19.
            Desde que o pecado entrou no mundo, “disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo (enganando-o). Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou”, Gn.4.8.
            “[...] Simeão e Levi, filhos de Jacó [...] (enganaram) quando os homens (de Siquém) sentiram mais forte a dor (os) [...] irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos”, Gn.34.25.
            O engano sai do coração daqueles que não imaginamos; “[...] os principais sacerdotes e os escribas procuraram como [...] prenderiam a Jesus, à traição, e o matariam”, Mc.14.1.
Nar.:    Um parente chegado, o tio Labão, soube enganar Jacó, o sobrinho, enganador.    
Propos.:           O engano dura pouco tempo.                        
Trans.:             Filho é enganado [...]             
1 – Após vencer o prazo.
            Em qualquer negociação, “[...] vencendo o prazo [...]”, Gn.29.21, é o momento de contar os lucros, mas muitos ficam decepcionados depois da solução do problema.
            Quando “disse Jacó a Labão [...]”, Gn.29.21 a respeito do acordo estabelecido, ele ainda não sabia qual seria o resultado a respeito do seu casamento.
            O problema maior é que “[...] Labão [...]”, Gn.29.21 trabalhou na surdina, usou de astúcia, dolo, trapaça com um que enganou seu pai, Isaque e seu irmão Esaú.
            O único desejo de “[...] Jacó: [...] dá-me minha mulher [...]”, Gn.29.21, é assim com muitos que entram para o casamento sem medir as consequências – ciúme doentio, brigas constantes, gasto excessivo, morar com os pais, interferência familiar.
            “[...] O prazo [...] vencido [...]”, Gn.29.21, sete anos, número perfeito – tempo suficiente para conhecer o cônjuge, a família, hábitos honestos e práticas pecaminosas.
            “[...] Jacó (estava disposto) [...] para que (pudesse) se casar com ela (Raquel)”, Gn.29.21, mas, assim como Labão, muitos trabalham contra para minar, arrebentar, destruir um relacionamento que você deseja.
            Pensa bem antes de firmar um acordo de casamento.
            Filho é enganado [...]
2 – Diante dos convidados.
            Uma grande festa de casamento – todos reunidos – família e amigos, mas uma grande decepção.
            Muitas famílias se “reúnem [...]”, Gn.29.22 apenas para “comer, mas não se fartarão; entregar-se à sensualidade (inclinado aos prazeres), mas não se multiplicarão, porque ao SENHOR deixaram de adorar”, Os.4.10.
            Jacó, enganado, se “reuniu, pois, Labão [...]”, Gn.29.22, o sogro o incitou ao erro; um alerta do profeta: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas!”, Hc.2.15.
            “[...] Labão (não zombou sozinho, pois convidou) todos os homens do lugar [...]”, Gn.29.22; esta fala serve de exemplo para nós de que “[...] os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”, 2Tm.3.13.
            “Não (adianta querer) nos enganar: de Deus não se zomba (ou de seus filhos); pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”, Gl.6.7.
            Quando se “[...] dá um banquete”, Gn.29.22 com o desejo de enganar, muito mais Deus se “aborrece, despreza [...] (esse tipo de) festa e [...] (Ele) não tem nenhum prazer”, Am.5.21 em assistir a esse homem.
            Filho é enganado [...]
3 – Na noite de núpcias.
            Veja que a astúcia, o ardil já estava implantado no coração de Labão.
            “À noite [...]”, Gn.29.23, Labão resolveu concretizar o seu plano maligno, por isso, “[...] os que se embriagam é de noite que se embriagam”, 1Ts.5.7 para ludibriar, enganar.
            Labão, astuto, sabedor da trama, “[...] conduziu a Lia, sua filha [...]”, Gn.29.23, negando o acordo preestabelecido com Jacó – acordos de compra e venda não são respeitados, cartões de créditos caem na caducidade, compra em lojas físicas são esquecidas.
            “[...] A [...] filha (de Labão foi) [...] entregue a Jacó [...] à noite [...]”, Gn.29.23 para não levantar suspeitas, para fugir do falatório, para não deixar vestígios de crime.
            O desejo de Labão era que se concretizasse o casamento na noite de núpcias, “[...] e (então) coabitaram”, Gn.29.23 para não haver devolução diante do engano.
            Labão, o enganador, “(para [...]”, Gn.29.24 não haver devolução da falsa esposa, ele cria uma estratégia para ludibriar ainda mais.
            O entregar “(para serva de Lia [...]”, Gn.29.24 pode ter duas finalidades:
            “[...] Zilpa (como) serva de Lia [...]”, Gn.29.24 pode ter sido para aplacar a ira do genro, Jacó depois de descoberto a trapaça;
            “[...] Deu Labão Zilpa [...] para (ser) serva de Lia, sua filha [...]”, Gn.29.24 para diminuir as despesas dentro de casa ou esvaziar o guarda-roupas – aquelas estragadas, desbotadas, panelas sem cabo, amassadas, sem pressão.
            Agindo com esperteza, é melhor você ficar com a “[...] sua serva)”, Gn.29.24 ao invés de dá-la a outro para servir de esconderijo ou para fugir da ira de Deus tentando se passar por uma boa pessoa.
            “Ao amanhecer [...]”, Gn.29.25 é o momento em que o homem tem condições de ver melhor a situação em que se meteu – em Jesus podemos ver claramente os nossos erros.
            “Ao amanhecer, viu que era Lia [...]”, Gn.29.25, é o momento em que você percebe que recebeu o troco à mais, continua devendo na loja, no banco, descobre que enganou alguém – reclama, conserta a situação enquanto você tem tempo.
            Imediatamente, “[...] por isso, (que aconteceu entre sogro e genro) disse Jacó a Labão [...]”, Gn.29.25 a respeito da situação, do engodo, da armadilha colocada para apanhar a presa – muda a história, você pode fazer isso.
            “[...] Que é isso que me fizeste (enganando)? [...]”, Gn.29.25, cônjuges, parentes, amigos, inimigos e governos – estamos agindo igual a eles?
            “[...] Não te servi eu por amor a Raquel? [...]”, Gn.29.25 – Jacó tinha toda razão, mas ele não mediu esforços para enganar seus pais e seu irmão – recebeu com a mesma moeda.
            Você pode fazer a mesma pergunta em duas direções:
            “[...] Por que, pois, me enganaste?”, Gn.29.25, ou “[...] por que, pois, (eu) [...] enganei?”, Gn.29.25.
            Qual será pois a “resposta (de) Labão [...]”, Gn.29.26 ou do meu credor?
            Apenas “[...] Labão [...]”, Gn.29.26 sabia da verdade praticada em seu país e, pode ser que somente você sabe a respeito de algum segredo, algum desvio, deslize, pecado praticado diante de Deus – O irmão de Jesus aconselha: “E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida; salvai-os, arrebatando-os do fogo [...]”, Jd.22, 23.
            “[...] Não se faz assim em nossa terra [...]”, Gn.29.26 devia ser falado no dia da assinatura do contrato e não no dia de núpcias com motivos traiçoeiros.
            “[...] Labão (usou da astúcia para vergonha de toda a sua família) dar-se a mais nova antes da primogênita [...] não se faz [...]”, Gn.29.26.
            Em qualquer contrato, é preciso que “[...] que nos tornemos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandecemos como luzeiros no mundo”, Fp.2.15.
            Filho enganado [...]
4 – Faz novo acordo.
            A resposta do enganador Labão para forçar outro acordo: “Decorrida a semana desta [...]”, Gn.29.27, não foi anunciada, explicada no dia do contrato – seja específico quando fizer algum acordo, não seja mentiroso, seja sincero.
            Labão, o esperto, prometeu “[...] dar também a outra, Raquel pelo trabalho [...]”, Gn.29.27, mas não pelos sete anos já trabalhado – acordo trabalhista que favorece o patrão – não pagando hora extra, não dando folga.
            Um outro acordo foi estabelecido em que Jacó devia “[...] trabalhar [...] mais sete anos [...]”, Gn.29.27 para contrair matrimônio – é o típico acordo no Congresso Nacional para benefício próprio.
            Perceba que no texto está implícito “[...] que Jacó ainda [...] (tinha que) servir”, Gn.29.27 o seu sogro, o enganador, Labão, a troco de casa, comida e esposa – Bolivianos chegam ao Brasil devendo aluguel e alimento.
            Para muitos não existe outra solução a não ser “concordar [...]”, Gn.29.28 com o estabelecido para não haver mais perda, mais desgaste, mais embate e discórdia.
            “Jacó concordou, e se passou a semana desta [...]”, Gn.29.28 para receber o seu prêmio maior, Raquel, a sua esposa que tanto amava.
            “[...] Então, (após a falcatrua,) Labão lhe deu por mulher Raquel, sua filha”, Gn.29.28 – pode demorar o conserto, a mudança de atitude, mas deve haver transformação completa de caráter e moral; seja honesto em qualquer acordo contigo e com os demais.
            A disposição de um homem desonesto entregar “(para serva de Raquel, sua filha, deu Labão a sua serva Bila)”, Gn.29.29 pode colocar fim à questão da desonestidade, da malandragem, do jeito de enganar sem medo de mostrar a cara.
            É a partir desse momento que o jogo de enganação começa a mudar. Fica esperto com tudo quanto você faz ou deixa de fazer!
            Filho enganado [...]
Conclusão:      Consegue o que deseja.
            “E coabitaram [...] Jacó [...]”, Gn.29.30, o enganador, que fora enganado recebe o seu prêmio, a sua recompensa, mas ainda não é o fim.
            Perceba que o texto apresenta uma conjunção adversativa, “[...] mas [...]”, Gn.29.30 apontando para problemas conjugais, familiares e de ordem divina.
            “[...] Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia [...]”, Gn.29.30, esse sentimento diante de Deus não tem valor quanto vale a decisão divina.
            “[...] Raquel (teve apenas dois filhos: José e Benjamim, todos amados por Deus) [...] Lia [...]”, Gn.29.30 teve sete filhos, dos quais, Judá foi escolhido para ser descendente de Jesus que veio para salvar eu e você.
            Saiba que Deus é quem dirige o caminho de todos os homens, por isso, “[...] continuou Jacó servindo a Labão por outros sete anos”, Gn.29.30 – Faça o mesmo para conseguir o que você deseja, ainda que seja enganado.
                       
            Rev. Salvador P. Santana

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