FILHO FAZ CONTRATO DE CASAMENTO
Gn.29.13-20
Introd.: O pedido
ou o contrato de casamento é diferente em cada continente ou país.
O casamento infantil de menores de 18
anos ainda prevalece em países como nos países africanos: Níger, Chade, Mali, Guiné, e em Bangladesh, na Ásia.
Na
Ásia Menor, especificamente, em Israel, o contrato de noivado é celebrado para
um casamento futuro, que se comprometem a criar uma família. A Bíblia apresenta
José e Maria como exemplos desse tipo de casamento.
Nar.: Nos tempos
bíblicos era comum o casamento entre parentes.
“[...] Naor [...] (irmão de) Abrão [...]
(se casou com) Milca, (sua sobrinha) filha de Harã [...]”, Gn.11.29, seu irmão.
“Abrão [...] tomou para si (como) mulher
[...] Sarai [...]”, Gn.11.29, “[...] sua irmã, filha de seu pai e não de sua mãe
[...]”, Gn.20.12.
“[...] Isaque [...] tomou por esposa
a Rebeca [...]”, Gn.25.20, sua prima.
“[...] Jacó [...]”, Gn.29.13 se
casou com “[...] Lia [...] e Raquel [...] filhas (de) Labão [...]”, Gn.29.16,
irmão de Rebeca, mãe de Jacó.
Propos.: Todo casamento dever ser levado à
sério.
Trans.: Filho
com contrato de casamento [...]
1 –
É aceito pelo futuro sogro.
Um dos embates mais trágicos e
cruéis é quando pais não aceitam futuros genros e noras.
“[...] Labão (não) teve [...]”,
Gn.29.13 sorte, ele não escolheu a dedo o seu futuro genro, o pai de Lia e
Raquel foi orientado, dirigido, abençoado por Deus.
Deus proporcionou apenas que “[...]
Labão ouvisse (com atenção) as novas (a boa notícia da fé, do compromisso, do
acordo feito) de Jacó [...]”, Gn.29.13 com o Deus que opera maravilhas.
Não podemos pensar que “[...] Labão
(aceitou o futuro genro) Jacó [...] (devido ele ser) filho de sua irmã [...]”,
Gn.29.13 Rebeca, pelo contrário, Deus controla a vida de todos os homens,
principalmente dos seus filhos.
“[...] Labão [...] correu ao
encontro (de) Jacó, abraçou-o, beijou-o [...]”, Gn.29.13 – esses gestos falam
de acolhimento, festa, família que precisa ser unida e amada.
“[...] E o (simples desejo de) levar
Jacó para casa [...]”, Gn.29.13 prova a aceitabilidade, a bênção do sogro em
favor do genro.
“[...] E (quando a família se reúne
o desejo deve ser apenas) para contar Jacó (o genro) a Labão (o sogro) os
acontecimentos (maus e bons) de sua viagem”, Gn.29.13, a fim de que possam
chorar e sorrir juntos como família abençoada por Deus.
Filho faz
um contrato de casamento [...]
2 – Esperando um tempo para se conhecerem melhor.
A não ser um casamento arranjado,
mas todo nubente tem a oportunidade de conhecer um ao outro e um pouco da sua
família.
Aquela história: Eu não conhecia
esse seu modo de agir, você me enganou, eu não tinha conhecimento da droga, não
sabia que você bebia tanto – conversa para boi dormir.
“Disse-lhe Labão [...]”, Gn.29.14;
qualquer nubente ou outro da família pode tentar descobrir as artimanhas, as
mentiras, as verdades que o outro está falando – gaguejou, investiga; não deu
uma resposta satisfatória, procura conhecer melhor; está em dúvida quanto a
malandragem, procura investigar na justiça.
Após as confirmações, depois da
investigação, “[...] Labão [...] de fato, (reconhece que Jacó) é (do) seu osso
e (da) sua carne [...]”, Gn.29.14 – buscou saber algumas características da sua
irmã Rebeca, conhecer a integridade e sinceridade para ser aprovado,
licenciado, não ainda para o casamento.
“[...] E Jacó [...]”, Gn.29.14 foi
experimentado a respeito da sua conduta, do seu modo de viver no meio da
família – se respeita, se sabe compartilhar, conversar, discutir algum assunto
sem se exaltar, ficar raivoso, se faz uso de bebida alcóolica, droga.
É por este motivo que, “[...] pelo
espaço de um mês, permaneceu Jacó com Labão”, Gn.29.14 que é um tempo
suficiente para revelar algum desvio, algum transtorno mental, sexual,
comportamental, desobediência.
Filho faz
um contrato de casamento [...]
3 – Estipulando o salário.
Na Bíblia,
Jacó é o único que trabalha para ganhar uma esposa.
Veja que a proposta, “depois (do mês
decorrido), disse Labão a Jacó [...]”, Gn.29.15 a fim de experimentá-lo sobre o
sustento que o futuro genro devia oferecer à filha do sogro – se gosta de
trabalhar, de estudar, se é disponível para qualquer obra.
A proposta do futuro sogro não era “[...]
por acaso [...]”, Gn.29.15 uma coincidência, um imprevisto, algo inesperado,
tudo estava de acordo com os planos de Deus.
“[...] Labão (diferentemente de
muitas famílias, reconhece que) [...] Jacó [...] por ser seu parente [...]”,
Gn.29.15 merece ser recompensado por aquilo que faz.
“[...] Labão [...] (dá excelente
exemplo a respeito dos direitos trabalhistas para que) Jacó [...] indo servir
Labão (que não seja) de graça [...]”, Gn.29.15 – buscar sobrinho/a no interior
para servir como escravo/a doméstico/a.
Seja exemplo de um bom patrão: “[...]
dize-me, qual será o teu salário?”, Gn.29.15 – quem faz um acordo não fica
caro; quem anda na lei não será punido.
Na conjunção alternativa, “ora [...]”,
Gn.29.16, o texto não é claro se é Labão, o sogro ou Jacó, o genro que menciona
a segunda opção de pagamento ou recebimento.
O texto menciona que “[...] Labão
tinha duas filhas [...]”, Gn.29.16, dando a entender que elas podiam servir
como moeda de troca.
“[...] Lia, a mais velha [...]”,
Gn.29.16, no hebraico – labor, cansaço, a que teve mais filhos, seis, a mãe de
Judá, ancestral de Jesus, a que foi menos amada, rejeitada, mas foi
privilegiada por Deus.
“[...] E Raquel, a mais moça”,
Gn.29.16, no hebraico, ovelha, dócil, carinhosa, a mais amada por Jacó, mas
preterida por Deus em relação à ancestralidade de Jesus.
Perceba o contraste, quando patrão e
empregado, sogro e genro estipulam o salário.
“Lia tinha os olhos baços [...]”,
Gn.29.17, no hebraico, suaves, delicados, bonitos ou envergonhados.
É possível que apenas os olhos de
Lia chamavam atenção e que ela fosse de personalidade apagada, sem graça, mas
aprovada por Deus para ser antecedente de Jesus.
“[...] Porém Raquel era formosa de
porte (corpo) e de semblante”, Gn.29.17, de rosto, mas fora rejeitada por Deus
para ser ascendente de Jesus.
As escolhas e os propósitos de Deus
são diferentes dos nossos.
Entenda que “[...] Deus (é quem) escolhe
as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para
reduzir a nada as que são”, 1Co.1.28.
Este é o grande motivo de Lia ter
sido escolhida para ser antepassada de Jesus, ainda que “Jacó (tenha) amado (mais)
a Raquel [...]”, Gn.29.18.
Mas, devido “Jacó amar (mais) a
Raquel (foi o meio usado por Deus para o filho de Rebeca e Isaque) [...] dizer:
Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel”, Gn.29.18.
Desta forma foi concretizado o
salário de Jacó.
Qual é o seu valor diante dos homens
deste mundo?
Você tem valorizado o que tem?
Os seus amigos e parentes valorizam
você?
Filho faz
um contrato de casamento [...]
Conclusão: Por
sete anos.
Todo
homem tem um preço e a qualquer momento ele terá que quitar essa dívida.
A “resposta (de) Labão [...]”,
Gn.29.19 foi satisfatória, conveniente e bem recebida por Jacó.
Com segundas intenções, Labão disse
à Jacó: “[...] Melhor é que eu te dê [...]”, Gn.29.19 Raquel como esposa, para
ser cuidada, alimentada, amada, protegida em qualquer situação.
“[...] Labão (a partir desse acordo
de venda da própria filha, não) pretendia [...] dar Raquel a outro homem [...]”,
Gn.29.19 que não conhecia e não sabia das suas qualidades e defeitos.
No acordo Jacó devia “[...] ficar,
pois, com Labão”, Gn.29.19 para saber, a princípio, um tipo de experiência, o quanto
custa manter uma casa com esposa e filhos.
“Assim, por amor a Raquel [...]”,
Gn.29.20; os jovens fazem promessas, enfrentam qualquer dificuldade; dizem eles
que é “[...] por amor [...]”, Gn.29.20.
“[...] Jacó (se propôs a) servir [...]
sete anos [...]”, Gn.29.20.
Sete é um número perfeito, portanto,
aponta para “[...] Deus (que) terminou no dia sétimo a sua obra, que fizera,
descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito”, Gn.2.2.
Em “[...] sete dias, Deus fez chover
sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra
exterminou todos os seres que fez”, Gn.7.4.
“Ao fim de sete anos, (todo escravo
devia ser) liberto [...]”, Jr.34.14.
Então, “[...] Jacó (instruído por
Deus) serviu sete anos [...] por amor a Raquel [...]”, Gn.29.20.
Perceba que o homem apaixonado faz
de tudo para “[...] servir [...] e estes lhe parecem como poucos dias, pelo
muito que [...] ama”, Gn.29.20, pelo desejo de completar o contrato de
casamento.
Não
é errado você se esforçar por alguém que ama, mas é mais preferível “[...] se esforçar
por entrar pela porta estreita, pois [...] muitos procurarão entrar e não
poderão”, Lc.13.24.
Você é “[...]
a noiva, a esposa do Cordeiro”, Ap.21.9, portanto, faça esse contrato de
casamento.
Rev.
Salvador P. Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário