sexta-feira, 10 de abril de 2020

Gn.29.13-20 - FILHO FAZ CONTRATO DE CASAMENTO.


FILHO FAZ CONTRATO DE CASAMENTO
Gn.29.13-20

Introd.:           O pedido ou o contrato de casamento é diferente em cada continente ou país.
            O casamento infantil de menores de 18 anos ainda prevalece em países como nos países africanos: NígerChadeMaliGuiné, e em Bangladesh, na Ásia.
            Na Ásia Menor, especificamente, em Israel, o contrato de noivado é celebrado para um casamento futuro, que se comprometem a criar uma família. A Bíblia apresenta José e Maria como exemplos desse tipo de casamento.
Nar.:    Nos tempos bíblicos era comum o casamento entre parentes.
            “[...] Naor [...] (irmão de) Abrão [...] (se casou com) Milca, (sua sobrinha) filha de Harã [...]”, Gn.11.29, seu irmão.
            “Abrão [...] tomou para si (como) mulher [...] Sarai [...]”, Gn.11.29, “[...] sua irmã, filha de seu pai e não de sua mãe [...]”, Gn.20.12.
            “[...] Isaque [...] tomou por esposa a Rebeca [...]”, Gn.25.20, sua prima.
            “[...] Jacó [...]”, Gn.29.13 se casou com “[...] Lia [...] e Raquel [...] filhas (de) Labão [...]”, Gn.29.16, irmão de Rebeca, mãe de Jacó.
Propos.:           Todo casamento dever ser levado à sério.
Trans.:             Filho com contrato de casamento [...]
1 – É aceito pelo futuro sogro.
            Um dos embates mais trágicos e cruéis é quando pais não aceitam futuros genros e noras. 
            “[...] Labão (não) teve [...]”, Gn.29.13 sorte, ele não escolheu a dedo o seu futuro genro, o pai de Lia e Raquel foi orientado, dirigido, abençoado por Deus.
            Deus proporcionou apenas que “[...] Labão ouvisse (com atenção) as novas (a boa notícia da fé, do compromisso, do acordo feito) de Jacó [...]”, Gn.29.13 com o Deus que opera maravilhas.
            Não podemos pensar que “[...] Labão (aceitou o futuro genro) Jacó [...] (devido ele ser) filho de sua irmã [...]”, Gn.29.13 Rebeca, pelo contrário, Deus controla a vida de todos os homens, principalmente dos seus filhos.
            “[...] Labão [...] correu ao encontro (de) Jacó, abraçou-o, beijou-o [...]”, Gn.29.13 – esses gestos falam de acolhimento, festa, família que precisa ser unida e amada.
            “[...] E o (simples desejo de) levar Jacó para casa [...]”, Gn.29.13 prova a aceitabilidade, a bênção do sogro em favor do genro.
            “[...] E (quando a família se reúne o desejo deve ser apenas) para contar Jacó (o genro) a Labão (o sogro) os acontecimentos (maus e bons) de sua viagem”, Gn.29.13, a fim de que possam chorar e sorrir juntos como família abençoada por Deus.
            Filho faz um contrato de casamento [...]
2 – Esperando um tempo para se conhecerem melhor.
            A não ser um casamento arranjado, mas todo nubente tem a oportunidade de conhecer um ao outro e um pouco da sua família.
            Aquela história: Eu não conhecia esse seu modo de agir, você me enganou, eu não tinha conhecimento da droga, não sabia que você bebia tanto – conversa para boi dormir.
            “Disse-lhe Labão [...]”, Gn.29.14; qualquer nubente ou outro da família pode tentar descobrir as artimanhas, as mentiras, as verdades que o outro está falando – gaguejou, investiga; não deu uma resposta satisfatória, procura conhecer melhor; está em dúvida quanto a malandragem, procura investigar na justiça.
            Após as confirmações, depois da investigação, “[...] Labão [...] de fato, (reconhece que Jacó) é (do) seu osso e (da) sua carne [...]”, Gn.29.14 – buscou saber algumas características da sua irmã Rebeca, conhecer a integridade e sinceridade para ser aprovado, licenciado, não ainda para o casamento.
            “[...] E Jacó [...]”, Gn.29.14 foi experimentado a respeito da sua conduta, do seu modo de viver no meio da família – se respeita, se sabe compartilhar, conversar, discutir algum assunto sem se exaltar, ficar raivoso, se faz uso de bebida alcóolica, droga.
            É por este motivo que, “[...] pelo espaço de um mês, permaneceu Jacó com Labão”, Gn.29.14 que é um tempo suficiente para revelar algum desvio, algum transtorno mental, sexual, comportamental, desobediência.
            Filho faz um contrato de casamento [...]
3 – Estipulando o salário.
            Na Bíblia, Jacó é o único que trabalha para ganhar uma esposa.
            Veja que a proposta, “depois (do mês decorrido), disse Labão a Jacó [...]”, Gn.29.15 a fim de experimentá-lo sobre o sustento que o futuro genro devia oferecer à filha do sogro – se gosta de trabalhar, de estudar, se é disponível para qualquer obra.
            A proposta do futuro sogro não era “[...] por acaso [...]”, Gn.29.15 uma coincidência, um imprevisto, algo inesperado, tudo estava de acordo com os planos de Deus.
            “[...] Labão (diferentemente de muitas famílias, reconhece que) [...] Jacó [...] por ser seu parente [...]”, Gn.29.15 merece ser recompensado por aquilo que faz.
            “[...] Labão [...] (dá excelente exemplo a respeito dos direitos trabalhistas para que) Jacó [...] indo servir Labão (que não seja) de graça [...]”, Gn.29.15 – buscar sobrinho/a no interior para servir como escravo/a doméstico/a.
            Seja exemplo de um bom patrão: “[...] dize-me, qual será o teu salário?”, Gn.29.15 – quem faz um acordo não fica caro; quem anda na lei não será punido.
            Na conjunção alternativa, “ora [...]”, Gn.29.16, o texto não é claro se é Labão, o sogro ou Jacó, o genro que menciona a segunda opção de pagamento ou recebimento.
            O texto menciona que “[...] Labão tinha duas filhas [...]”, Gn.29.16, dando a entender que elas podiam servir como moeda de troca.
            “[...] Lia, a mais velha [...]”, Gn.29.16, no hebraico – labor, cansaço, a que teve mais filhos, seis, a mãe de Judá, ancestral de Jesus, a que foi menos amada, rejeitada, mas foi privilegiada por Deus.
            “[...] E Raquel, a mais moça”, Gn.29.16, no hebraico, ovelha, dócil, carinhosa, a mais amada por Jacó, mas preterida por Deus em relação à ancestralidade de Jesus.  
            Perceba o contraste, quando patrão e empregado, sogro e genro estipulam o salário.
            “Lia tinha os olhos baços [...]”, Gn.29.17, no hebraico, suaves, delicados, bonitos ou envergonhados.
            É possível que apenas os olhos de Lia chamavam atenção e que ela fosse de personalidade apagada, sem graça, mas aprovada por Deus para ser antecedente de Jesus.
            “[...] Porém Raquel era formosa de porte (corpo) e de semblante”, Gn.29.17, de rosto, mas fora rejeitada por Deus para ser ascendente de Jesus.
            As escolhas e os propósitos de Deus são diferentes dos nossos.
            Entenda que “[...] Deus (é quem) escolhe as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são”, 1Co.1.28.
            Este é o grande motivo de Lia ter sido escolhida para ser antepassada de Jesus, ainda que “Jacó (tenha) amado (mais) a Raquel [...]”, Gn.29.18.
            Mas, devido “Jacó amar (mais) a Raquel (foi o meio usado por Deus para o filho de Rebeca e Isaque) [...] dizer: Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel”, Gn.29.18.
            Desta forma foi concretizado o salário de Jacó.
            Qual é o seu valor diante dos homens deste mundo?
            Você tem valorizado o que tem?
            Os seus amigos e parentes valorizam você?
            Filho faz um contrato de casamento [...]
Conclusão:      Por sete anos. 
            Todo homem tem um preço e a qualquer momento ele terá que quitar essa dívida.
            A “resposta (de) Labão [...]”, Gn.29.19 foi satisfatória, conveniente e bem recebida por Jacó.
            Com segundas intenções, Labão disse à Jacó: “[...] Melhor é que eu te dê [...]”, Gn.29.19 Raquel como esposa, para ser cuidada, alimentada, amada, protegida em qualquer situação.
            “[...] Labão (a partir desse acordo de venda da própria filha, não) pretendia [...] dar Raquel a outro homem [...]”, Gn.29.19 que não conhecia e não sabia das suas qualidades e defeitos.
            No acordo Jacó devia “[...] ficar, pois, com Labão”, Gn.29.19 para saber, a princípio, um tipo de experiência, o quanto custa manter uma casa com esposa e filhos.
            “Assim, por amor a Raquel [...]”, Gn.29.20; os jovens fazem promessas, enfrentam qualquer dificuldade; dizem eles que é “[...] por amor [...]”, Gn.29.20.
            “[...] Jacó (se propôs a) servir [...] sete anos [...]”, Gn.29.20.
            Sete é um número perfeito, portanto, aponta para “[...] Deus (que) terminou no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito”, Gn.2.2.
            Em “[...] sete dias, Deus fez chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminou todos os seres que fez”, Gn.7.4.
            “Ao fim de sete anos, (todo escravo devia ser) liberto [...]”, Jr.34.14.
            Então, “[...] Jacó (instruído por Deus) serviu sete anos [...] por amor a Raquel [...]”, Gn.29.20.
            Perceba que o homem apaixonado faz de tudo para “[...] servir [...] e estes lhe parecem como poucos dias, pelo muito que [...] ama”, Gn.29.20, pelo desejo de completar o contrato de casamento.
            Não é errado você se esforçar por alguém que ama, mas é mais preferível “[...] se esforçar por entrar pela porta estreita, pois [...] muitos procurarão entrar e não poderão”, Lc.13.24.
            Você é “[...] a noiva, a esposa do Cordeiro”, Ap.21.9, portanto, faça esse contrato de casamento.
           
            Rev. Salvador P. Santana

Nenhum comentário:

Postar um comentário