Objetivo: A
base bíblica que incentiva cada crente a descobrir e compreender sua identidade
no Corpo de Cristo.
“Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso
oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”, Is.64.8.
Nar.: A Bíblia fala sobre a vontade de Deus para o crente.
Nos dez mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás
para ti imagem de escultura [...] não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em
vão [...] lembra-te do dia de sábado [...] honra teu pai e tua mãe [...] não
matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho [...] não
cobiçarás a casa do teu próximo [...]”, Ex.20.3, 4, 7, 8, 12-17.
Temos no N.T. o sermão do monte
dizendo que “nós somos
o sal da terra [...] nós somos a luz do mundo [...]”, Mt.5.13, 14.
O ensino pessoal de Jesus e sua
divulgação pelos apóstolos.
A Bíblia está repleta de ensino
sobre a vontade de Deus para aqueles que o reconhecem como Senhor.
Nós nos incentivamos a fazer a
vontade de Deus no namoro, casamento, emprego, estudo.
Recorremos à oração, à Palavra de
Deus ou conselhos para descobrir o que Deus quer de nós e para nós.
Tudo isso é indispensável, mas não é
suficiente.
Deus talhou em cada homem a Sua
vontade.
1 – Somos
uma obra de artesanato de Deus.
O texto base fala: “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o
barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”, Is.64.8.
Cada um de nós somos uma obra única
da mão do Grande Artesão, mesmo porque, “[...] nós somos o barro, e (o) SENHOR, o nosso oleiro; e todos nós, obra
das suas mãos”, Is.64.8.
Sendo uma peça única, nenhum “[...] homem [...] (pode) discutir com Deus [...] (porque)
o objeto (não) pode perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não
tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para
honra e outro, para desonra?”, Rm.9.20, 21.
Somos uma obra de artesanato de Deus
porque “[...] cremos
que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus [...]”, At.15.11, então, cada filho de Deus passa por um
novo nascimento, uma recriação em Cristo.
Somos redirecionados e equipados
para realizar os planos de Deus, para todos, e para cada um individualmente.
Temos que compreender que “[...] somos feitura (de) Deus, criados em Cristo
Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos
nelas”,
Ef.2.10.
Redirecionados.
Paulo e seus contemporâneos
conheciam bem o sacrifício de animais e aves, como uma maneira de cultuar a
Deus.
O sacrifício era “[...] apresentado diante do sacerdote (tudo quanto)
[...] se oferecia ao SENHOR, tudo quanto dele se dava ao SENHOR seria santo”, Lv.27.8, 9; não pertencia mais
ao ofertante. Era imolado e dedicado totalmente a Deus.
Paulo fala aos romanos “[...] que (devemos) apresentar o nosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional”, Rm.12.1.
A transformação que Paulo fala só
ocorre quando Cristo toma seu devido lugar porque “Jesus é antes de todas as coisas. Nele, tudo
subsiste”,
Cl.1.17.
Devo ser transformado porque “[...] Cristo é tudo em todos”, Cl.3.11.
Tudo que nos pertence passa a
girar em torno de Jesus, “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele,
pois, a glória eternamente. Amém!”, Rm.11.36.
O “[...] sacrifício vivo [...]”, Rm.12.1 é aquele que conhece e
aceita a vontade de seu Senhor.
Perspectiva equilibrada.
O “[...] sacrifício vivo [...]”, Rm.12.1 reconhece que não saiu
de nenhum molde de crente, e sim da mão de Deus, projetado não apenas para
obedecer ao Seu Senhor em tudo, mas também para realizar os planos específicos
e individuais de Deus para sua vida e através de sua vida.
Não podemos alimentar ideias
exageradas acerca de nossa importância, isto “porque [...] cada um [...] (de) nós [...] não (deve)
pensar de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a
medida da fé que Deus repartiu a cada um”, Rm.12.3. O sacrifício vivo fala que
precisamos “[...]
crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”, Ef.4.15.
Para não correr o risco de alimentar
ideias exageradas acerca da nossa importância, é preciso reconhecer que o “[...] corpo é um e tem muitos membros, e todos os
membros, sendo muitos, constituem um só corpo (em) [...] Cristo [...]”, 1Co.12.12.
Para desmitificar/desmascarar a
nossa estimação, Paulo dá o exemplo do “[...] pé [...] dizendo): Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso
deixa de ser do corpo”,
1Co.12.15.
Talvez o pé com a sujeira acumulada
das deformações com calos, joanetes, artrites, ele se desvaloriza diante da mão
que se gaba com seus cinco dedos elegantes, úteis, que toca instrumentos, que
acaricia.
Precisamos compreender que “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados
em um corpo [...] e a todos nós foi dado beber de um só Espírito [...] (e o
próprio) Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe
aprouve.
O certo é
que há muitos membros, mas um só corpo. (Portanto) para que não haja divisão no
corpo [...] cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”, 1Co.12.13, 18, 20, 25. Na
igreja não faz sentido nós nos compararmos “[...] perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?”, Mt.18.1.
O Corpo de Cristo.
Veja que o próprio Deus “[...] pôs todas as coisas debaixo dos pés (de)
Jesus, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o
seu corpo [...]”,
Ef.1.22, 23.
Paula lança mão da figura do corpo humano
para tornar inteligível e compreensível o funcionamento daquilo que ele
denomina o “Corpo de Cristo”.
O que é este Corpo?
O corpo é todo aquele que “[...] está (em) Cristo [...]”, Rm.8.10 pela fé, nasceu de
novo.
Um corpo, para funcionar, precisa
contar com a cooperação espontânea de vários membros para o bem geral, para
isso, é preciso que “[...]
cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”, 1Co.12.25.
O bem de todos pode exigir
sacrifício de um ou outro membro para o bem comum.
O corpo de Cristo consiste de
pessoas dotadas por Deus de dons espirituais a ponto da “[...] manifestação do Espírito (ser) [...] concedida
a cada um visando a um fim proveitoso”, 1Co.12.7.
Todos os membros devem estar de
prontidão para entrar em campo na hora apropriada.
O valor dos dons espirituais.
Cada parte do corpo humano é única,
individual e necessária. O mesmo se dá com dons espirituais no Corpo de Cristo.
Deus não deixou ao bel-prazer do
homem escolher seus dons, “mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe
aprouve (quer, pretende)”,
1Co.12.18.
Percebemos aquela vontade de Deus
quando descobrimos nossos dons espirituais – O’Connor.
O que fazer com os dons?
Servir! Glorificar a Deus!
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
A vontade do Senhor é que cada um
sirva “[...]
segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a
edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.
Deus nos fez, a cada um, obra de
artesanato, como “[...]
feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão
preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
E o Senhor coordena tudo. Coordenar,
no grego, significa misturar cores.
Cada um de nós é uma tonalidade de
cor insubstituível, tal como “[...] somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são
salvos como nos que se perdem”, 2Co.2.15.
Nós não somos um acidente; fomos
planejados “assim
como Deus nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor”, Ef.1.4.
Devemos usar aquilo que recebemos para
“[...] brilhar [...] a nossa luz
diante dos homens, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso
Pai que está nos céus”,
Mt.5.16.
Ser um canal.
O possuidor de dons espirituais é um
simples canal como “[...] um
ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o
muro”,
Gn.49.22.
O membro do Corpo de Cristo não tem
tempo ou interesse para se vangloriar e nem para se desvalorizar.
O servo no Corpo de Cristo que usa
os dons deve ser:
Um “[...] homem de Deus [...] perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra”, 2Tm.3.17;
Deve ter “[...] amor [...] sem hipocrisia. Detestando o mal,
apegando-se ao bem”, Rm.12.9;
“Ainda que [...] tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e
toda a ciência; ainda que [...] tenha tamanha fé, a ponto de transportar
montes, se não tiver amor, nada será”, 1Co.13.2;
Por este motivo, o servo no Corpo de
Cristo tem “[...] o
fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade”,
Gl.5.22;
O servo de Deus se “alegra sempre no Senhor [...]”, Fp.4.4 em servir com seus dons.
Conclusão: Exercer seus dons espirituais, estando
Cristo no centro de sua vida, é “[...] experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2 para você.
A “[...] perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2 para cada um resulta
na união dos membros do Corpo entre si, coordenados por Deus para o Seu serviço,
e na realização do fim principal do homem: “Glorificar a Deus”.
Aplicação: “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o
barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”, Is.64.8.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é
você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.
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