terça-feira, 20 de agosto de 2019

Is.64.8 - A VONTADE DE DEUS PARA CADA UM.

A VONTADE DE DEUS PARA CADA UM, Is.64.8.

Objetivo:         A base bíblica que incentiva cada crente a descobrir e compreender sua identidade no Corpo de Cristo.
            Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”, Is.64.8.
Nar.:    A Bíblia fala sobre a vontade de Deus para o crente.
            Nos dez mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura [...] não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão [...] lembra-te do dia de sábado [...] honra teu pai e tua mãe [...] não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho [...] não cobiçarás a casa do teu próximo [...]”, Ex.20.3, 4, 7, 8, 12-17.
            Temos no N.T. o sermão do monte dizendo que “nós somos o sal da terra [...] nós somos a luz do mundo [...]”, Mt.5.13, 14.
            O ensino pessoal de Jesus e sua divulgação pelos apóstolos.
            A Bíblia está repleta de ensino sobre a vontade de Deus para aqueles que o reconhecem como Senhor.
            Nós nos incentivamos a fazer a vontade de Deus no namoro, casamento, emprego, estudo.
            Recorremos à oração, à Palavra de Deus ou conselhos para descobrir o que Deus quer de nós e para nós.
            Tudo isso é indispensável, mas não é suficiente.
            Deus talhou em cada homem a Sua vontade.
1 – Somos uma obra de artesanato de Deus.
            O texto base fala: “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”, Is.64.8.
            Cada um de nós somos uma obra única da mão do Grande Artesão, mesmo porque, “[...] nós somos o barro, e (o) SENHOR, o nosso oleiro; e todos nós, obra das suas mãos”, Is.64.8.                     
            Sendo uma peça única, nenhum “[...] homem [...] (pode) discutir com Deus [...] (porque) o objeto (não) pode perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?”, Rm.9.20, 21.                              
            Somos uma obra de artesanato de Deus porque “[...] cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus [...]”, At.15.11, então, cada filho de Deus passa por um novo nascimento, uma recriação em Cristo.
            Somos redirecionados e equipados para realizar os planos de Deus, para todos, e para cada um individualmente.
            Temos que compreender que “[...] somos feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.                         
            Redirecionados.
            Paulo e seus contemporâneos conheciam bem o sacrifício de animais e aves, como uma maneira de cultuar a Deus.
            O sacrifício era “[...] apresentado diante do sacerdote (tudo quanto) [...] se oferecia ao SENHOR, tudo quanto dele se dava ao SENHOR seria santo”, Lv.27.8, 9; não pertencia mais ao ofertante. Era imolado e dedicado totalmente a Deus.
            Paulo fala aos romanos “[...] que (devemos) apresentar o nosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional”, Rm.12.1.
            A transformação que Paulo fala só ocorre quando Cristo toma seu devido lugar porque “Jesus é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”, Cl.1.17.
            Devo ser transformado porque “[...] Cristo é tudo em todos”, Cl.3.11.
            Tudo que nos pertence passa a girar em torno de Jesus, “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”, Rm.11.36.
            O “[...] sacrifício vivo [...]”, Rm.12.1 é aquele que conhece e aceita a vontade de seu Senhor.
            Perspectiva equilibrada.
            O “[...] sacrifício vivo [...]”, Rm.12.1 reconhece que não saiu de nenhum molde de crente, e sim da mão de Deus, projetado não apenas para obedecer ao Seu Senhor em tudo, mas também para realizar os planos específicos e individuais de Deus para sua vida e através de sua vida.
            Não podemos alimentar ideias exageradas acerca de nossa importância, isto “porque [...] cada um [...] (de) nós [...] não (deve) pensar de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um”, Rm.12.3.                       O sacrifício vivo fala que precisamos “[...] crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”, Ef.4.15.
            Para não correr o risco de alimentar ideias exageradas acerca da nossa importância, é preciso reconhecer que o “[...] corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo (em) [...] Cristo [...]”, 1Co.12.12.                               
            Para desmitificar/desmascarar a nossa estimação, Paulo dá o exemplo do “[...] pé [...] dizendo): Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo”, 1Co.12.15.
            Talvez o pé com a sujeira acumulada das deformações com calos, joanetes, artrites, ele se desvaloriza diante da mão que se gaba com seus cinco dedos elegantes, úteis, que toca instrumentos, que acaricia.                         
            Precisamos compreender que “[...] em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo [...] e a todos nós foi dado beber de um só Espírito [...] (e o próprio) Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve.
O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. (Portanto) para que não haja divisão no corpo [...] cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”, 1Co.12.13, 18, 20, 25.                     Na igreja não faz sentido nós nos compararmos “[...] perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?”, Mt.18.1.
            O Corpo de Cristo.
            Veja que o próprio Deus “[...] pôs todas as coisas debaixo dos pés (de) Jesus, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo [...]”, Ef.1.22, 23.           
            Paula lança mão da figura do corpo humano para tornar inteligível e compreensível o funcionamento daquilo que ele denomina o “Corpo de Cristo”.
            O que é este Corpo?
            O corpo é todo aquele que “[...] está (em) Cristo [...]”, Rm.8.10 pela fé, nasceu de novo.
            Um corpo, para funcionar, precisa contar com a cooperação espontânea de vários membros para o bem geral, para isso, é preciso que “[...] cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros”, 1Co.12.25.
            O bem de todos pode exigir sacrifício de um ou outro membro para o bem comum.
            O corpo de Cristo consiste de pessoas dotadas por Deus de dons espirituais a ponto da “[...] manifestação do Espírito (ser) [...] concedida a cada um visando a um fim proveitoso”, 1Co.12.7.
            Todos os membros devem estar de prontidão para entrar em campo na hora apropriada.                                    
            O valor dos dons espirituais.
            Cada parte do corpo humano é única, individual e necessária. O mesmo se dá com dons espirituais no Corpo de Cristo.
            Deus não deixou ao bel-prazer do homem escolher seus dons, “mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve (quer, pretende)”, 1Co.12.18.
            Percebemos aquela vontade de Deus quando descobrimos nossos dons espirituais – O’Connor.
            O que fazer com os dons?
            Servir! Glorificar a Deus!
            Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”, 1Pe.4.10.
            A vontade do Senhor é que cada um sirva “[...] segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”, Ef.4.16.                               
            Deus nos fez, a cada um, obra de artesanato, como “[...] feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.                         
            E o Senhor coordena tudo. Coordenar, no grego, significa misturar cores.
            Cada um de nós é uma tonalidade de cor insubstituível, tal como “[...] somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem”, 2Co.2.15.
            Nós não somos um acidente; fomos planejados “assim como Deus nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”, Ef.1.4.                                
            Devemos usar aquilo que recebemos para “[...] brilhar [...] a nossa luz diante dos homens, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus”, Mt.5.16.
            Ser um canal.
            O possuidor de dons espirituais é um simples canal como “[...] um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o muro”, Gn.49.22.                           
            O membro do Corpo de Cristo não tem tempo ou interesse para se vangloriar e nem para se desvalorizar.
            O servo no Corpo de Cristo que usa os dons deve ser:
            Um “[...] homem de Deus [...] perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”, 2Tm.3.17;
            Deve ter “[...] amor [...] sem hipocrisia. Detestando o mal, apegando-se ao bem”, Rm.12.9;
            Ainda que [...] tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que [...] tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada será”, 1Co.13.2;
            Por este motivo, o servo no Corpo de Cristo tem “[...] o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade”, Gl.5.22;
            O servo de Deus se “alegra sempre no Senhor [...]”, Fp.4.4 em servir com seus dons.
            Conclusão:      Exercer seus dons espirituais, estando Cristo no centro de sua vida, é “[...] experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2 para você.
            A “[...] perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2 para cada um resulta na união dos membros do Corpo entre si, coordenados por Deus para o Seu serviço, e na realização do fim principal do homem: “Glorificar a Deus”.
Aplicação:       Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”, Is.64.8.

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Quem é você no Corpo de Cristo – Mis. Lida E. Knight – LPC.

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