sexta-feira, 9 de agosto de 2019

ABANDONADOS POR DESCUIDO.

ABANDONADOS POR DESCUIDO
            Assim começa a infância de muitas crianças mesmo antes do nascimento: por descuido o futuro pai se envolve com delinquentes de sua cidade, por descuido o pai engravida a mãe, por descuido ele deixa de ir ao cartório de registro civil, por descuido deixa de dar um nome ao recém-nascido; tempos atrás, uma coisa estranha ficava escrita no registro de nascimento: “filho de pai desconhecido”, por descuido abandonou por completo o seu lar, o seu filho, a sua esposa, a sua cidade para viver ao lado de outra e repetir o mesmo processo de abandono.
            Esse tipo de história se repete todos os dias nos quatro cantos do mundo. Nenhuma nacionalidade, crença, raça está isenta dessa questão do descuido dos filhos.
            São pais que rejeitam assumir a responsabilidade, que negam a paternidade mesmo diante do juiz.
            São pais que deixam seus filhos abandonados nos becos, nas esquinas, nas praças, dentro de casa. Esse descuido é típico de pais que são negligentes no cuidado da alimentação, do vestuário, da moradia, dos estudos. É certo que o governo tem sua parcela de culpa, pois na falta de trabalho, salário e o amparo legal como educação, saúde e segurança, haverá perda para toda a família.
            A história bíblica não é diferente da secular. Assim como existem pais descuidados no meio incrédulo, também há no meio evangélico.
            Muitos pais por descuido deixaram seus filhos entregues às práticas mundanas; daí, “[...] por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1.28).
            Como a história se repete, mas em rostos diferentes, conta-se que “eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o SENHOR” (1Sm 2.12).
            O juiz e sumo sacerdote Eli, por descuido, deixou seus filhos crescerem em desobediência e rebeldia contra Deus de tal forma que “era, pois, mui grande o pecado desses moços perante o SENHOR, porquanto eles desprezavam a oferta do SENHOR” (1Sm 2.17).
            Devido a tais pecados, Deus advertiu Eli nestes termos: “[...] por que honras a teus filhos mais do que a mim, para tu e eles [...] engordarem das melhores de todas as ofertas do meu povo de Israel?” (1Sm 2.29). Essa pergunta precisa continuar em cada ouvido.
            A história ainda se repete. Muitos filhos têm pais descuidados que os deixam sem nome, sem casa, sem carinho, sem conforto, sem estudo, sem vergonha. Eli descuidou, mas Deus, não. Deus os puniu quando “[...] sobreveio a seus dois filhos, a Hofni e Finéias: ambos morreram no mesmo dia” (1Sm 2.34).
            Os jovens deste século não são menos negligentes que os dois filhos de Eli. Todos e em todos os tempos têm se rebelado contra Deus. Pais e filhos descuidados propagam o mal contra si mesmos, contra o próximo e são “[...] achados lutando contra Deus [...]” (At 5.39).
            O resultado contra filhos e pais é que “pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro; pecando, porém, contra o SENHOR, quem intercederá por ele? Entretanto, não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os queria matar” (1Sm 2.25).
            A todos os pais e filhos descuidados só existe uma solução: “lança sobre Deus toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de [...] (cada um)” (1Pe 5.7).
            Rev. Salvador P. Santana

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