A
PARTICIPAÇÃO NA CEIA DO SENHOR – – Privilégios
e responsabilidades – 1, Mt.26.26-30.
Introd.: A Santa Ceia foi instituída por Cristo para o
nosso benefício espiritual, visando nosso alimento e crescimento.
Paulo recrimina os crentes de
Corinto, porque eles não estavam discernindo esse ponto fundamental em suas
reuniões.
Aqueles crentes se “[...]
ajuntavam não para melhor, e sim para pior”, 1Co.11.17, quando
participavam da Santa Ceia.
Os coríntios faziam da Santa Ceia
uma ceia comum, “porque, ao comerem, cada um tomava, antecipadamente,
a sua própria ceia; e havia quem tinha fome, ao passo que havia também quem se
embriagava. (Paulo pergunta se eles) não tinham [...] casas onde comer e beber?
(Com essa atitude dos crentes, Paulo fala que eles) [...] menosprezavam a
igreja de Deus e envergonhavam os que nada tinham [...]”,
1Co.11.21, 22.
Os mais ricos ostentavam, dando
ocasião, de um lado, à glutonaria e à embriaguez e, de outro à fome dos mais
pobres.
Essa atitude era resultado do não
discernimento do significado da Ceia do Senhor.
1
– A participação na Ceia.
Todo crente que deseja fazer a
vontade de Deus, crescer espiritualmente, deseja participar da Ceia,
considerando ser essa a vontade de Deus.
A Santa Ceia foi instituída “enquanto (Jesus
e seus discípulos) comiam (a Páscoa) [...]”, Mt.26.26.
Terminada a Páscoa, “[...] tomou
Jesus um pão, e, abençoando-o (consagrando), o partiu, e o deu aos discípulos
(12) [...]”, Mt.26.26.
“[...] Jesus disse (a) seus
discípulos: Tomai, comei; isto é o meu corpo (presença espiritual para
fortalecer, fazer-nos crescer espiritualmente)”, Mt.26.26.
Perceba que no ato contínuo, Jesus, “a seguir,
tomou um cálice (vinho com 3 ou 4 dedos de água) e, tendo dado graças
(consagrando), o deu aos discípulos (12), dizendo: Bebei dele todos (Judas
Iscariotes participou, mesmo “[...] Jesus: [...] (dizendo que) um deles é diabo”,
Jo.6.70)”,
Mt.26.27.
Jesus ao dizer: “porque isto
é o meu sangue (faltava pouco tempo para Jesus ser crucificado), o sangue da
[nova] aliança (de ser o nosso Deus e sermos seus servos), derramado em favor
de muitos (não de todos), para remissão de pecados (e salvação eterna)”,
Mt.26.28.
Paulo fala que a instituição (ordem)
da Santa Ceia aconteceu “[...] na noite em que o Senhor Jesus [...] foi
traído, (Ele) tomou o pão”, 1Co.11.23 para oferecer a seus
discípulos para cada um relembrar o ocorrido naquela noite – traição,
sofrimento.
É por este motivo que Paulo fala: “[...] fazei
isto, todas as vezes [...] em memória de mim (sofrimento, morte, ressurreição e
promessa de retorno para resgatar os seus)”, 1Co.11.25.
A Ceia fazia parte da vida da
igreja, e ela deveria continuar a ser praticada.
O tempo verbal “[...] fazei
isto [...]”, 1Co.11.24, indica uma atitude contínua: “[...] fazei
isto [...]”, 1Co.11.24 e permanecei fazendo sempre.
A nossa participação na Ceia indica
a nossa obediência à ordem de Cristo.
2
– “Recordação amorosa”.
O sacrifício de Cristo, o Deus
encarnado, em favor do seu povo, é o marco decisivo de nossa salvação.
Aquele que participa da Ceia do
Senhor exercita a sua “memória amorosa”, fazendo-nos lembrar com gratidão, do
sacrifício remidor de Cristo. “[...] Fazei isto em memória de mim”,
1Co.11.24
A Ceia traz à tona o nosso pacto
feito por Deus com o seu povo, que consiste na sua restauração.
Rememoramos:
A – A aliança de Deus feita com
Israel quando “[...] tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre
o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR fez convosco a
respeito de todas estas palavras”, Ex.24.8.
B – A aliança profetizada por
Jeremias que apontava um futuro não
muito distante, ao dizer que “[...] viria dias (nascimento de Jesus), diz o
SENHOR, em que (foi) firmado nova aliança com a casa de Israel e com a casa de
Judá. Porque
esta é a aliança que (Deus) firmou com a casa de Israel [...] na mente (foi)
[...] impresso as suas leis, também no coração (foi) [...] inscrito; Deus sendo
o seu Deus, e nós sendo o seu povo”, Jr.31.31, 33.
C – O novo pacto firmado por Deus
com a sua igreja também envolve derramamento de sangue, já que “[...] sem derramamento
de sangue, não há remissão”, Hb.9.22.
Agora, o sangue derramado não é de
animais, mas o sangue precioso de Cristo, o “[...] nosso Cordeiro pascal
[...]”,
1Co.5.7 que se entregou em favor de muitos.
Jesus fala: “[...] isto
é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados”, Mt.26.28.
3
– Profissão da nossa fé.
A Ceia é para os crentes em Cristo.
Quando participamos, declaramos a
nossa fé em Cristo, naquele que se ofereceu voluntariamente em nosso lugar,
para nos redimir do pecado.
Atestamos a eficácia do seu
sacrifício em favor de sua igreja.
Essa profissão de fé deve acontecer “porque,
todas as vezes que comemos este pão e bebemos o cálice, anunciamos a morte do
Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
A Ceia tem um sentido de rememoração
pública dos benefícios conquistados por Cristo para nós.
Sempre que os crentes “[...] comem
[...] (o) pão e bebem o cálice, anunciam a morte do Senhor, até que ele venha”,
1Co.11.26, professando a sua fé em Cristo.
Na Ceia declaramos que somos filhos
de Deus.
4
– Certeza de sua presença.
Ao participar da mesa do Senhor,
temos a certeza da sua presença abençoadora, por intermédio do seu Espírito.
Nós, pela fé, “[...] comemos
[...] (o seu) pão e bebemos o (seu) cálice [...]”, 1Co.11.26,
sendo alimentados em nossa fé.
Na Ceia, Cristo está presente
espiritual e eficazmente, comunicando as bênçãos do pacto ao seu povo.
É por este motivo de “[...] Jesus
[...] dizer (a seus) discípulos: Tomai, comei; isto é o meu corpo [...] tomou
um cálice [...] o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é
o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados”, Mt.26.26-28.
Nos unimos a um só corpo “porque, onde estiverem dois
ou três reunidos em nome (de) Jesus, ali estou no meio deles”, Mt.18.20.
Participar da Ceia significa
declarar publicamente a certeza da presença de Deus em nós, por intermédio do
Espírito de seu Filho.
Ainda que Jesus não esteja conosco
fisicamente, não estamos sozinhos, porque “[...] Ele rogou ao Pai, e ele nos deu outro
Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco [...] (portanto) não nos
deixou órfãos [...]”,
Jo.14.16, 18.
5
– Testemunho de nossa esperança.
Na Ceia, a igreja declara a sua fé e
a sua esperança no regresso triunfante de Cristo.
A participação da Ceia é um ato de
testemunho e renovação da nossa esperança na promessa de Cristo, “porque,
todas as vezes que comemos este pão e bebemos o cálice, anunciamos a morte do
Senhor, até que ele venha”, 1Co.11.26.
Não é à toa que Jesus “[...] disse
que, daquela hora em diante, não beberia do fruto da videira, até aquele dia em
que [...] há de beber, novo, conosco no reino de seu Pai”,
Mt.26.29.
Na Ceia declaramos ao mundo que a
história tem sentido, porque ela caminha de maneira realizante para a volta majestosa
de Cristo, tal como Jesus “[...] beber, novo (com seus discípulos) [...] no
reino de seu Pai”, Mt.26.29.
Sem Cristo, a história permanece
como um enigma para todos nós.
Sem Cristo não há futuro para nenhum
de nós.
Conclusão: O nosso desejo de participar da Ceia,
reflete o nosso anseio de crescer espiritualmente, nos alimentando, por graça,
do próprio Cristo em companhia de nossos irmãos.
Participar da Ceia significa
reavivar em nós a confiança no Pacto de Deus conosco, que nos garante a certeza
da vida eterna.
Na Ceia, a igreja rememora a obra
vitoriosa de Cristo envolvendo a sua morte e ressurreição.
É por este motivo que, ao terminar a
Santa Ceia com seus discípulos, “[...] cantaram um hino, saíram para
o monte das Oliveiras”, Mt.26.30, dando assim por encerrado o
Ministério de Jesus neste mundo – sofrimento, morte e ressurreição.
Aplicação: Jesus voltará!
Você espera o retorno de Cristo
fortalecido espiritualmente?
Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor –
Palavra Viva – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa – ECC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário