TODO CRISTÃO É UM VENCEDOR, 1Jo.5.1-21.
Objetivo: Reconhecer que a vitória, em todas as
áreas da vida, procede de Deus.
Nar.: John Sobieski, rei da Polônia no século 17 é
lembrado como o homem que salvou a Europa Central dos exércitos invasores
turcos, em 1683.
Com
os turcos nas muralhas de Viena, Áustria, Sobieski, comandou um ataque que
quebrou o cerco.
Ao
anunciar sua grande vitória, o rei parafraseou as palavras de César: “Eu vim;
eu vi; Deus venceu”.
Precisamos
descansar na certeza de “[...] Jesus está
conosco todos os dias até à consumação do século”, Mt.28.20, e Ele é
quem vence todas as nossas batalhas.
A
Bíblia usa vários termos para descrever aquele que tem um relacionamento
pessoal com Deus: justo, discípulo, santo, amado e filho de Deus.
João
usa um novo título: todo cristão é um vencedor!
João
fala “porque todo o que é nascido de
Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”,
1Jo.5.4.
Ele
usa o verbo nikaô (vencedor). Nike era a deusa grega da vitória. Para os gregos
somente os deuses conseguiam as verdadeiras vitórias.
A
derrota é humana, mas a vitória é divina.
Todo
cristão é um vencedor. Alguns detalhes desta vitória:
1 – O segredo da vitória.
A
vitória do cristão tem três aspectos fundamentais:
A
– A vitória foi conquistada por Deus.
João
usando o conceito grego de vitória, reafirma o ensino bíblico de que toda e
qualquer vitória procede de Deus. Somente Deus é o vencedor.
A
vitória obtida pelo homem é uma concessão divina, por isso devemos dar “graças a Deus, que nos dá a vitória por
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”, 1Co.15.57.
Três
lições neste verso:
1
– “[...] A vitória (sobre o pecado, a
morte, o diabo e o mundo é) por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”,
1Co.15.57;
2
– A vitória foi conquistada e nos é assegurada somente pelo “[...] nosso Senhor Jesus Cristo”,
1Co.15.57;
3
– Devemos reconhecer e dar “graças a
Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”,
1Co.15.57.
B
– A vitória é apropriada pela fé.
João
fala que “todo aquele que crê que Jesus
é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou (o Pai) também
ama ao que dele é nascido (o Filho)”, 1Jo.5.1.
Essa
pessoa se torna filho de Deus pela fé.
O
verbo “[...] nascido [...]”, 1Jo.5.1
indica que pela fé, o crente é regenerado ou nasce de novo.
Veja
o motivo “porque todo o que é nascido
de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”,
1Jo.5.4.
A
pergunta retórica de João traz a resposta certa aos nossos corações: “Quem é o que vence o mundo, senão aquele que
crê ser Jesus o Filho de Deus?”, 1Jo.5.5.
O
justo vive e sobrevive por causa de sua fé em Deus.
C
– A vitória é evidenciada pelo amor.
A
declaração de João é que “todo aquele
que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao
que o gerou (o Pai) também ama ao que dele é nascido (o Filho)”,
1Jo.5.1, por isso somos vitoriosos.
João
fala que é baseado “nisto (amor ao Pai
e ao Filho é que) conhecemos que amamos os filhos (irmãos/servos) de Deus:
quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos (para serem obedecidos)”,
1Jo.5.2.
Precisamos
lembrar “porque este é o amor de Deus
(dever, obrigação): que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos
não são penosos”, 1Jo.5.3.
Obedecer
é a oportunidade de mostrar o amor.
O
amor gera uma obediência alegre.
Não
existe nada pesado ou difícil para o amor.
2 – A certeza da vitória.
Essa
certeza nos dão as garantias da vitória.
A
– Certeza que Jesus é Deus.
João
enfrentava os hereges (contrária) que rejeitavam o ensino bíblico da Pessoa de
Jesus.
Para
provar que Jesus é Deus, João utiliza três testemunhas, como exigia a Lei de
Deus, “uma só testemunha não se
levantará contra alguém por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado [...]
pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato”,
Dt.19.15.
O
texto fala que “[...] há três que dão
testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um (a
Trindade)”, 1Jo.5.7.
Declara
também que “[...] três são os que
testificam na terra]: o Espírito (“[...] o Espírito da verdade [...] (que) dá
testemunho de Jesus – que é o Cristo”, Jo.15.26) [...]”, 1Jo.5.8.
É
o Espírito Santo quem, “[...] depois
que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele
também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor
da nossa herança [...]”, Ef.1.13, 14;
“[...] A água [...]”, 1Jo.5.8 refere-se
ao batismo de Jesus, quando “[...] uma (manifestação
da Trindade com) voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo”, Mt.3.17.
“[...] O sangue [...]”, 1Jo.5.8 fala
sobre a cruz, quando houve um testemunho cósmico acerca da divindade de Jesus quando
“[...] ouve trevas sobre toda a terra
[...] o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a
terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de
santos, que dormiam, ressuscitaram”, Mt.27.45, 51, 52.
Juntos,
“[...] o Espírito, a água e o sangue, e
os três são unânimes num só propósito”, 1Jo.5.8; marcar o batismo e a
morte de Jesus na cruz.
João
faz essa referência por causa da heresia ensinada por Cerinto que dizia que
Jesus se tornou Cristo no batismo e deixou de ser Cristo quando morreu na cruz.
A
defesa de João é que “este é aquele que
veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também
com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o
Espírito é a verdade”, 1Jo.5.6.
Jesus
é Deus. Este é o pilar da fé, a base de todas as outras certezas do cristão.
Pode
acontecer de “[...] admitimos o
testemunho dos homens, (é bom lembrar que) o testemunho de Deus é maior; ora,
este é o testemunho de Deus, que ele dá acerca do seu Filho”, 1Jo.5.9.
Por
este motivo, “aquele que crê no Filho
de Deus tem, em si, o testemunho (de que Jesus é Deus). Aquele que não dá
crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca
do seu Filho”, 1Jo.5.10.
B
– Certeza que temos a vida eterna.
Quando
João escreveu o Evangelho, o seu propósito foi declarado de que os “[...] sinais [...] escritos (naquele) neste
livro [...] foram registrados para que creiamos que Jesus é o Cristo, o Filho
de Deus, e para que, crendo, tenhamos vida em seu nome”, Jo.20.30, 31.
O
Evangelho de João conduziu seus leitores à fé em Jesus para receberem a vida
eterna.
Na
primeira Epístola, João declara que “[...]
o testemunho é este: que Deus nos deu (passado) a vida eterna; e esta vida está
no seu Filho (para todo aquele que crê)”, 1Jo.5.11.
É
por esta razão que todo “aquele que tem
o Filho tem a vida (certeza de salvação); aquele que não tem o Filho de Deus
não tem a vida (eterna)”, 1Jo.5.12.
No
Evangelho João ainda declara que o próprio “Jesus
nos dá a vida eterna; jamais pereceremos, e ninguém as arrebatará da sua mão”,
Jo.10.28.
Outra
segurança que temos é que “o próprio
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”, Rm.8.16.
O
motivo e segurança que João transmite é que “nos
escreveu estas coisas, a fim de sabermos que temos a vida eterna, a nós outros
que cremos em o nome do Filho de Deus”, 1Jo.5.13.
O
verbo “[...] saber [...]”,
1Jo.5.13 ocorre 39 vezes nesta carta e 8 vezes apenas neste capítulo.
“[...] Saber [...]”, 1Jo.5.13 significa
conhecer com certeza, ou seja, “[...] a
todos quantos receberam Jesus, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
a saber, aos que creem no seu nome”, Jo.1.12.
C
– Certeza que Deus responde às nossas orações.
É
preciso preguntar para cada um de nós se “[...]
esta é a confiança que temos para com Jesus: que, se pedirmos alguma coisa
segundo a sua vontade (e não a nossa vontade), ele nos ouve”, 1Jo.5.14.
Há
três aspectos importantes que são ensinados aqui sobre a oração:
1
– Só ora aquele que tem “[...]
confiança [...] para com ele (ou acredita em Deus) [...]”, 1Jo.5.14;
2
– O crente sabe que “[...] Deus (o)
[...] ouve (ou responde a sua oração)”, 1Jo.5.14.
3
– A certeza que temos ou “[...] a
confiança que temos para com ele (Jesus é) [...] que [...] (Deus responde) segundo
a sua vontade [...]”, 1Jo.5.14.
Interessante
notar que, “e, se sabemos que ele nos
ouve quanto ao que lhe pedimos [...]”, 1Jo.5.15, precisamos de ter fé,
acreditar unicamente em Jesus.
Através
da fé “[...] estamos certos de que
obtemos os pedidos que lhe temos feito (a respeito de qualquer assunto)”,
1Jo.5.15.
“Se alguém (pode ser eu) vir a seu irmão
cometer pecado não para morte, (temos o dever de) pedir (suplicar, orar em
favor dessa pessoa) [...]”, 1Jo.5.16.
Orando,
temos a certeza de que “[...] Deus lhe
dará vida, aos que não pecam para morte (rejeitar o Espírito Santo, pecado que
conduz à desgraça espiritual – drogas) [...]”, 1Jo.5.16.
Precisamos
saber que “[...] há pecado para morte
(blasfêmia contra o Espírito Santo, a recusa do evangelho), e por esse não digo
que rogue”, 1Jo.5.16.
Um
desses pecados pode ser “[...] a
rebelião (que) é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria
e culto a ídolos do lar (com esse tipo de pecado, muitos) [...] rejeitam a
palavra do SENHOR, Deus também (o) [...] rejeitará [...] (muitos) recusam ouvir
(Deus) [...] endurecem a sua cerviz [...]”, 1Sm.15.23; Ne.9.17.
É
preciso saber que “toda injustiça (viola
a lei) é pecado, e há pecado não para morte (é quando você reconhece, confessa
e deixa)”, 1Jo.5.17.
D
– Certeza de que não somos escravos do pecado.
É
por este motivo que devemos “saber que
todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado [...]”, 1Jo.5.18.
Melhor
ainda, “todo aquele que é nascido de
Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina
semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”,
1Jo.3.9.
Ao
nascer de Deus, o cristão deixa de ser escravo de Satanás e passa a ser filho
de Deus.
A
certeza de que Deus responde às nossas orações é que “[...] Aquele (Jesus) que nasceu de Deus [...] guarda (os seus
filhos), e o Maligno não lhe toca (na alma)”, 1Jo.5.18.
Eis
a razão e o dever de cada um “sujeitar-se,
portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de nós”, Tg.4.7.
O
“sujeitar-se [...] a Deus [...] (e) resisti
ao diabo [...]”, Tg.4.7 deve ser constante porque devemos “ser sóbrios e vigilantes. O diabo, nosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar; resisti-lhe firmes na fé [...]”, 1Pe.5.8, 9.
E
– Certeza de quem somos e onde estamos.
João
reforça a nossa origem espiritual: “[...]
somos de Deus [...]”, 1Jo.5.19 ou “[...]
filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.2.
Agora
é preciso “saber (ou ter a certeza em
cada coração individual) que somos de Deus [...]”, 1Jo.5.19.
Todos
vivem num mundo que não pertence a Satanás, pertence “ao SENHOR (porque a Ele) pertence a terra e tudo o que nela se
contém, o mundo e os que nele habitam”, 1Jo.5.19.
Devemos
“saber [...] que o mundo inteiro jaz (deitado,
colocado pela vontade de Deus) no Maligno”, 1Jo.5.19.
O
“[...] mundo (está sob o poder de
Satanás), segundo o príncipe da potestade do ar [...]”, Ef.2.2.
Jesus
chama Satanás de “[...] o príncipe (deste)
mundo (mas ele) [...] será expulso”, Jo.12.31.
Paulo
fala que Satanás é “[...] o deus deste
século (que) cega o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça
a luz do evangelho da glória de Cristo [...]”, 2Co.4.4.
Satanás
“[...] atua nos filhos da
desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”, Ef.2.2, 3.
F
– Certeza de que estamos na verdade.
Pela
última vez João usa o verbo “[...]
sabemos [...]”, 1Jo.5.20.
Eu
e você “também sabemos que o Filho de
Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro (?) [...]”,
1Jo.5.20.
Temos
a plena certeza de que “[...] estamos
no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo (?) [...]”, 1Jo.5.20.
“[...] Sabemos (com convicção que) este é o
verdadeiro Deus e a vida eterna (para eu e você?)”, 1Jo.5.20.
A
resposta sendo afirmativa, “[...] já
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.
João
conclui a sua carta com um imperativo: “Filhinhos,
guardai-vos dos ídolos”, 1Jo.5.21.
No
grego “[...] ídolo”, 1Jo.5.21 é
aquilo que é irreal ou ilusório, um deus inexistente ou qualquer coisa que
ocupa o lugar de Deus na vida dos homens.
“[...] Guardar-se dos ídolos”, 1Jo.5.21
é não se deixar enganar espiritualmente.
Aplicações práticas: A sua fé se fundamenta em certezas
espirituais, que jamais pode ser destruída?
Você
possui a certeza de salvação?
Você
vive com aquilo que é falso?
Você
é um vencedor?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2
e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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