sábado, 15 de junho de 2019

Gn.4.23 - FILHO AGRESSIVO

FILHO AGRESSIVO
Gn.4.23

Introd.: O rapaz pede ao fazendeiro a mão de sua filha em casamento.
            O pai fica preocupado e alerta o rapaz: – Você tem certeza?
            A minha filha já me enfrentou, só não me bateu porque eu a segurei.
            Ela bate na mãe, no irmão, nos primos e em qualquer vizinho que se meta a besta com ela.
            O rapaz disse não se importar, pois o seu amor vai superar tudo isso.
            Um dia após o casamento, pela manhã, o esposo montou em seu cavalo, a moça em seu pangaré.
            Distante da fazenda do pai, o pangaré tropeça em uma raiz.
            O esposo desce do seu cavalo, se põe diante do pangaré e lhe diz: – É a primeira vez.
            Mais à frente o pangaré tropica novamente.   
            Calmamente o esposo desce do seu cavalo, se posta diante do pangaré e o avisa: – É a segunda vez.
            Pouco tempo depois, o pangaré perder o passo e quase cai.
            O recém-casado pula do seu cavalo, saca da sua arma e dá dois tiros na testa do pangaré. Quase a moça é esmagada.
            A esposa se levanta limpa a poeira e começa a reclamar.
            O esposo fala em alto e bom som: – É a primeira vez.
            A esposa nunca mais reclamou.
            E viveram felizes para sempre!  
            Homens covardes têm agido dessa forma com muitas mulheres que não reclamam, não prestam queixa, não revidam, não falam para os pais.
            Aguentar o espancamento, o xingamento pode ser por amor exagerado, por medo, por depender financeiramente, por falta de coragem de viver sozinha, por causa das ameaças recebidas, por status na vida social, por causa dos filhos.
            “Cuidado! Já é violência: piadas ofensivas, chantagear, mentir/enganar, ignorar, ciúme intenso, culpar, desqualificar, ridicularizar, humilhar.
            Reaja! Não se destrua: assédio sexual, intimidar, controlar/proibir, xingar, destruir objetos pessoais, machucar.
            Peça ajuda a um profissional! Tapinhas, brincar de bater, beliscar/arranhar, empurrar/puxar, socar, chutar, trancafiar, ameaçar com objetos, com armas, de morte, estuprar, causar lesão grave, mutilar, matar.” Ligue 180. Casa Rosa, Jaú, SP.
Nar.:    Lameque foi o primeiro polígamo.
            Lameque regozija-se nas armas inventadas por seu filho, Tubalcaim - Ferreiro.
            “[...] Lameque (agindo brutalmente com) [...] um homem [...] e um rapaz [...]”, Gn.4.23, nos dá a ideia do quanto ele era arrogante, traiçoeiro, briguento, espancador dentro de casa.
Propos.:           “O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente (para destruir o próximo)”, Pv.16.27.
Trans.:             Filho agressivo [...]     
1 – Intimida.
            Biblicamente falando, intimidar é causar medo no outro.
            O dicionário de português fala sobre acovardar, aterrar, aterrorizar, assustar, apavorar, terrificar, amedrontar.
            Assim como “[...] Lameque [...]”, Gn.4.23, que resolve tudo no grito, na pancadaria, na bala; dentro de casa ele parece um capeta em forma de gente.
            “E (o que) disse Lameque [...]”, Gn.4.23, pode ser a minha e a sua fala dentro e fora do nosso lar.
            Para entender melhor o legado dos pais de “[...] Lameque [...]”, Gn.4.23, a repetição, o exemplo do mau comportamento foi transferido por seus antecessores.
            O mau temperamento foi visto na vida do seu tataravô, “[...] Caim (que matou seu irmão Abel) [...]”, Gn.4.17.
            Assim como “[...] disse Lameque [...]”, Gn.4.23, palavras que ferem o coração, são muitos da igreja que têm “[...] conversação torpe (nojenta, indecente) [...] palavras vãs (tola) ou chocarrices (sujas) [...] palavras insolentes (bruto, difícil, rígido, violento, ofensivo, intolerável) [...]”, Ef.5.4; Jd.1.15.
            Ainda bem que “[...] Lameque (casou com) às suas esposas [...]”, Gn.4.23, só assim foi possível livrar a mãe, as irmãs de palavras ofensivas e espancamentos.
            “[...] Disse Lameque às suas esposas [...]”, Gn.4.23 palavras para intimidar, fazê-las calar, obrigá-las a não responder, a não repreender o seu esposo.
            “E disse Lameque às suas esposas [...] ouvi-me (exijo que sejam obedientes às minhas ordens) [...]”, Gn.4.23    
            “E disse Lameque às suas esposas [...] vós (sois minha propriedade; assim agem os agressores) [...]”, Gn.4.23.
            As “[...] mulheres de Lameque, (assim como as 12 mil mulheres que são agredidas por dia no Brasil, por obrigação devem) escutar (atentamente o seu marido, pai, irmão, primo, tio) [...]”, Gn.4.23.
            Os “[...] Lameque (s) (da vida sempre tem razão e exigem que sejam) [...] escutados o que (eles) passam a dizer [...] às suas esposas (mães, filhas, sobrinhas, empregadas) [...]”, Gn.4.23.
            Filho agressivo [...]
2 – Burla a lei de Deus.
            “[...] Ada (heb. bela e que adornava o seu lar, mas estava ao lado de um homem briguento, cruel, malvado, sem escrúpulo e que maltratava a todos quantos estavam ao seu redor) [...]”, Gn.4.23.
            “[...] Zilá (heb. sombra, proteção, mãe de Tubalcaim que deu início a instrumentos de guerra os quais foram usados por seu pai para se vingar de homens indefesos) [...]”, Gn.4.23.
            “[...] Lameque (heb. Poderoso para denegrir a imagem das mulheres, enfrentar com valentia qualquer que se lhe opusesse no caminho) [...]”, Gn.4.23.
            “[...] Lameque [...]”, Gn.4.23 burlou a lei de Deus porque Deus havia ordenado que “[...] o homem (deve) deixar pai e mãe e se unir à sua mulher [...] (e não “[...] às suas mulheres [...]”, Gn.2.24) [...]”, Gn.4.23.
            Muitos filhos agressivos buscam desobedecer as leis de Deus, tal como “o filho insensato (que) é tristeza para o pai e amargura para quem o deu à luz”, Pv.17.25.
            Filho agressivo [...]     
Conclusão:       Imita, repete, toma como exemplo a maldade de seus pais.
            Veja como filhos são diferentes uns dos outros.
            “Lameque [...] gerou [...] Noé [...]”, Gn.5.28, 29, que foi usado por Deus para salvar a população mundial.
            “[...] Lameque (foi totalmente diferente) matou (assim como Caim matou a seu irmão Abel) [...]”, Gn.4.23.
            “[...] Lameque [...]”, Gn.4.23, buscou imitar, repetir, tomar como exemplo a maldade do seu tataravô Caim.
            Por problemas banais “[...] Lameque [...] matou um homem [...]”, Gn.4.23, assim como muitos “[...] matando estará sujeito a julgamento [...] (e) todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento [...]”, Mt.5.21, 22.
            “[...] Matar um homem porque ele o feriu [...]”, Gn.4.23, não pode ser considerado como a lei de talião/grau semelhante, não pode ser considerado em legítima defesa.
            “[...] Matar um homem porque ele o feriu [...]”, Gn.4.23, se enquadra no Art. 121 CP, § 2º, motivo fútil, inciso II, pena de 12 a 30 anos de reclusão.
            “[...] E matar [...] um rapaz porque o pisou”, Gn.4.23, se enquadra no mesmo artigo do Código Penal por motivo fútil.
            Fique sabendo que [...] Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”, Ec.12.14.
            Caso você é um filho agressivo, ainda dá tempo para você ser “[...] transformado pela renovação da sua mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, Rm.12.2.
            Lembra do rapaz que pediu a mão da filha do fazendeiro; em algum momento da vida você foi alertado de alguns perigos, portanto, “aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la”, Sl.34.14 e deixa de ser filho agressivo para tratar bem os seus.
           

            Rev. Salvador P. Santana

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