SE TU QUISERES
Neste
mundo é possível se encontrar com pessoas que não têm compromisso e nem
respeito pelas autoridades. O desrespeito acontece dentro de casa e fora dela.
A desmoralização está entre agentes públicos e privados, entre homens e
mulheres, e é fato que crianças e adolescentes se apresentam com mais
frequência em desacordo com pais, professores, amigos, vizinhos e autoridades
superiores.
Cada
um precisa fazer uma reflexão a respeito do que Cristo falou em sua Palavra ao
dizer para o “[...] o seu Pai [...] não seja como eu quero, e sim como tu
queres” (Mt 26.39).
Observe
que este texto declara que aquele que falou essa frase foi verdadeiramente
obediente. Jesus Cristo, quando estava passando por uma das maiores crises de
sua vida terrena: prisão, espancamento, crucificação, a morte se avizinhava a
cada segundo; parecia não haver mais solução para essa situação de tristeza e
desespero.
Essa
atitude de Jesus chama atenção por assemelhar-se com o homem, porém com algumas
diferenças. Quando o homem fala: Deus, “[...] faça-se a tua vontade [...]” (Mt
6.10), há uma incoerência e despreparo para obedecer fielmente a Deus. Pior
ainda é que, quando Deus faz a vontade dele sobre a vida deste que fez a
petição, nem sempre ele aceita ou quando aceita fica a reclamar e lamentar.
Não
foi assim com Jesus. Jesus abriu a sua boca com o propósito de que, o Pai
fazendo a sua vontade, o próprio Filho tivesse condições de abençoar outros que
estavam a seu lado. Quando o Pai celeste completou a sua vontade através do
Filho obediente, Ele disse na cruz: “[...] perdoa-lhes [...] estarás comigo no
paraíso [...] entrego o meu espírito (àquele que sabe de todas as coisas)
[...]” (Lc 23.34, 43, 46).
Perceba
que a atitude de Jesus foi de total respeito para com o seu Pai. O exemplo e
desejo de Jesus é de que tudo fosse realizado em sua vida e na morte “[...]
como (o) Pai queria” (Mt 26.39), e não segundo o querer do Filho para sobrepor
a vontade do Pai.
Jesus
satisfez a vontade do Pai quando “[...] ele morreu por todos, para que os que
vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou [...] também Cristo [...] amou e se entregou a si mesmo [...] como
oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (2Co 5.15; Ef 5.2).
Jesus
deixa claro que a sua vontade entrou em sintonia com a do Pai. A esse respeito
a Bíblia fala que “[...] Jesus foi entregue por causa das [...] transgressões
(do homem pecador) e ressuscitou por causa da [...] justificação (desse mesmo
homem). [...] Cristo [...] amou e se entregou a si mesmo [...] como oferta e
sacrifício a Deus [...] Ele se deu em resgate por todos [...] a si mesmo se deu
[...] a fim de remir (o homem) de toda iniquidade e purificar, para si mesmo,
um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Rm 4.25; Ef 5.2; 1Tm 2.6;
Tt.2.14).
“[...]
Fazer a vontade daquele (o Pai) que o enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34),
não foi nada fácil, mesmo que no começo fosse difícil, mas ele cumpriu. É este
o motivo do pedido de Jesus: “[...] prostrou-se em terra; e orava para que, se
possível, lhe fosse poupada aquela hora” (Mc 14.35). Mas, “[...] todavia, não
seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39).
Fique
sabendo que “[...] todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus
serão perseguidos” (2Tm 3.12), não apenas por pessoas contrárias à sua fé, mas
também a respeito dos prazeres que cada um tem dentro de seu coração, das
mazelas que são alimentadas dia a dia.
Querendo
viver para Deus, ser um cristão dedicado e “[...] aprovado, como obreiro que não
tem de que se envergonhar [...]” (2Tm 2.15), é preciso deixar as vontades
egoístas, os desejos malignos, as falcatruas, as mentiras, pois essas mazelas
em nada contribuem com a vontade de Deus a ser operada em sua vida.
Lembre-se
“[...] que todas as coisas (realizadas segundo a vontade de Deus) cooperam para
o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito” (Rm 8.28).
Faça
uma avaliação pessoal e coletiva a respeito de sua obediência quanto a tudo que
Deus deseja para a sua vida, as quais estão registradas na Palavra de Deus. E
que “[...] não seja como (você) quer, e sim como (o Pai celeste) quer” (Mt
26.39).
Rev. Salvador P. Santana
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