O
BATISMO INFANTIL, Rm.4.16-18.
Introd.: O batismo infantil é de vital e
essencial importância na igreja visível, mas muitos atacam esse procedimento
que é fundamentado biblicamente.
O batismo é um sacramento instituído
pelo Senhor, e deve ser ministrado por um ministro ordenado, com água, em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O batismo nos comunica e sela os
benefícios contidos nas promessas graciosas de Deus para com o seu povo
escolhido.
1
– O batismo infantil e a continuidade do pacto da graça.
O batismo comunica a purificação
característica da regeneração é por isso que aquele que “[...] não
nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”,
Jo.3.5.
Por este motivo deve haver “[...] arrependimento,
e cada um de nós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos nossos
pecados, e receberemos o dom do Espírito Santo”, At.2.38.
Essa mudança deve acontecer porque “[...]
alguns de nós [...] nos lavamos [...] fomos santificados [...] justificados em
o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”,
1Co.6.11.
O objetivo principal é nos comunicar
e confirmar nossa união com Cristo, porque fomos “[...]
sepultados com ele na morte pelo batismo [...] (daí devemos) andar [...] em
novidade de vida”, Rm.6.4.
O batismo, segundo foi instituído,
deve ser administrado em nome da Trindade santa, o que aponta a realidade
sublime da comunhão do crente, não somente com o Filho, mas com todas as
pessoas da Trindade.
O batismo nos torna “[...] raça
eleita [...] nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus [...]”,
1Pe.2.9.
Por meio do batismo, somos
fortalecidos e sustentados na intimidade de relação espiritual com o Senhor,
porque “[...]
Jesus rogou ao Pai, e ele nos deu outro Consolador [...] (e) não nos deixou órfãos
[...]”,
Jo.14.16, 18.
O principal fundamento que sustenta
biblicamente a prática do batismo infantil está na unidade e continuidade, que
caracteriza a aliança da graça realizada por Deus com Abraão.
Deus prometeu “[...]
abençoar (Abraão) e [...] multiplicarei a sua descendência como as estrelas dos
céus e como a areia na praia do mar [...]”, Gn.22.17, bênção que
até hoje acompanha nossos filhos.
Esses benefícios se transformaram em
“[...]
bênção de Abraão para que chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”, Gl.3.14.
Paulo fala que “[...]
Abraão é pai de todos nós (que cremos em Cristo Jesus)”,
Rm.4.16.
Aos Gálatas, Paulo declara que
devemos “saber [...] que os da fé é que são filhos de Abraão”,
Gl.3.7.
A nova aliança é o cumprimento da
aliança que o Senhor fez com Abraão, e Cristo é o cumprimento cabal das
promessas contidas nessa aliança da graça.
“Essa é a razão por que provém da
fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda
a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é
da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós”,
Rm.4.16.
Veja que “[...] as
promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos
descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu
descendente, que é Cristo (logo, todo aquele que crê em Jesus, está dentro da
promessa e salvo)”, Gl.3.16.
O batismo infantil é plenamente
coerente no contexto da aliança e as promessas são destinadas à descendência,
portanto, as crianças não podem ser olvidadas (esquecidas) deste sacramento.
2
– O batismo infantil e a salvação.
O pacto da graça que o Senhor Deus
firmou com o homem é a garantia de cuidado eterno e certeza de um
relacionamento íntimo com o Senhor por toda a eternidade.
Deus falou para Moisés que os “tomaria por
seu povo e seria (seu) [...] Deus [...]”, Ex.6.7.
Jeremias foi alertado de que o povo
devia “[...]
dar ouvidos à [...] voz (do Senhor), e (o Senhor) [...] seria o seu Deus, e eles
seriam o seu povo [...]”, Jr.7.23.
O pacto deve ser compreendido como
um instrumento de redenção e como uma garantia da vida em sua plenitude
conforme firmada por Deus, que é caracterizada como um relacionamento de amor
com o Senhor que se expressa por meio dos sacramentos.
Não se trata de um contrato firmado
entre partes iguais, mesmo porque, “[...] todos pecaram e carecem da
glória de Deus”, Rm.3.23.
A aliança é determinada em seus
termos pelo Deus criador de todas as coisas, que vem ao homem pecador “[...] propondo
a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas,
tu e a tua descendência”, Dt.30.19.
O homem é miserável, indigno e
incapaz de promover sua própria salvação, isto é “porque pela
graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”,
Ef.2.8.
A salvação nunca foi mérito nem “[...] obras
(do ser humano), para que ninguém se glorie”, Ef.2.9.
A salvação é dádiva de Deus porque
Ele “[...]
nos escolheu (em Jesus) [...] antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis
perante ele; e em amor”, Ef.1.4.
Ao ser dada a promessa de salvação à
semente, ao descendente, ela inclui as crianças, “pois para nós
outros é a promessa, para nossos filhos e para todos os que ainda estão longe,
isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.39.
O batismo infantil é um selo de
salvação eterna concedida aos eleitos pelo próprio Deus.
3
– O batismo infantil como sinal do pacto da graça.
A ordem de Deus a respeito do sinal
do pacto é que “[...] Abraão (devia) [...] guardar a [...] aliança
(de Deus) [...] e a descendência (de) Abraão no decurso das suas gerações [...]
que todo macho entre eles seria circuncidado”, Gn.17.9, 10.
Foi instituído que todas as crianças
“[...]
que tem oito dias seriam circuncidadas [...] tanto o escravo nascido em casa
como o comprado a qualquer estrangeiro [...] o incircunciso, que não for
circuncidado na carne do prepúcio, essa vida seria eliminada do seu povo;
quebrou a aliança (de Deus)”, Gn.17.12, 14.
A criança era a portadora, segundo a
vontade soberana de Deus da aliança da graça.
Essa característica permanece também
no batismo, “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa
salvação, tendo nele também crido, fomos selados com o Santo Espírito da
promessa; o qual é o penhor da nossa herança [...]”,
Ef.1.13, 14.
Deus prometeu “estabelecer
a sua aliança (com Abarão) [...] e a sua descendência no decurso das suas
gerações, aliança perpétua, para ser o seu Deus e da sua descendência”,
Gn.17.7.
Abraão, assim como os pais, são
responsáveis, devendo “[...] todo macho entre nós (para) ser circuncidado
(batizado)”, Gn.17.10.
O símbolo da aliança aplicado às
crianças, comunica a necessidade de o ser humano viver em fidelidade os votos
estabelecidos pela aliança da graça.
O sinal comunica a necessidade de
purificação, a santidade indispensável para ser consagrado ao Senhor e viver em
um relacionamento de intimidade com ele.
4
– O batismo infantil e a família da aliança.
A “[...] circuncisão [...] no
oitavo dia [...]”, Lv.12.3, apresentava como um testemunho
de pertencimento do indivíduo à família da aliança.
Veja que “essa é a
razão por que provém da fé (dos pais para levarem seus filhos), para que seja
segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência,
não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve
Abraão (porque Abraão é pai de todos nós”, Rm.4.16.
O batismo sela uma pessoa como
membro da igreja.
Para os eleitos, têm os benefícios
da “[...]
purificação (e do perdão) dos pecados [...]”, Hb.1.3.
A inclusão na família da aliança é “como está
escrito: Por pai (Abraão) de muitas nações te constituí.), perante aquele no
qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não
existem”,
Rm.4.17.
A circuncisão demonstra que o Senhor
quer tratar com famílias, tal como fez com “[...] Noé [...] (ordenando que) entrasse
na arca, ele e toda a sua casa, porque (o) Senhor reconheceu que Noé tem sido
justo diante de Deus no meio (daquela) [...] geração”,
Gn.7.1.
Não encontramos no N.T., a abolição
dos princípios da aliança.
Evidência da continuidade é que “[...] o
marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é
santificada no convívio do marido crente [...] (desse modo) os [...] filhos [...]
serão santos”, 1Co.7.14.
O que fundamenta a administração do
batismo às crianças é sua instituição divina.
A promessa de Deus contidas na
aliança da graça são destinadas aos pais para se “[...] arrepender
[...] ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos [...] pecados, e
receber o dom do Espírito Santo. Pois para (os pais) [...] é a promessa, para seus
filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor,
nosso Deus, chamar”, At.2.38, 39.
5
– O batismo infantil e a responsabilidade dos pais.
Devemos ter em mente que filhos são
presentes de Deus.
Na criação do mundo “[...] Deus [...]
abençoou (Adão e Eva) e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra [...]”, Gn.1.28.
Considerar a importância dos filhos
porque “[...]
Deus formou o nosso interior Deus nos teceu no seio de nossa mãe [...] (e) por
modo assombrosamente maravilhoso nos formou; as obras (de) Deus são admiráveis,
e a nossa alma o sabe muito bem”, Sl.139.13, 14.
A criança é importante porque “criou Deus,
pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”,
Gn.1.27.
“[...] Os filhos são [...] herança
do SENHOR [...]”, Sl.127.3.
A promessa de salvação foi o
nascimento de Jesus quando “Maria deu à luz um filho e lhe pôs o nome de
Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”,
Mt.1.21.
Deus confia os filhos aos pais para
que sejam ensinados:
A – “Amar [...] o SENHOR, nosso Deus,
de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua força”,
Dt.6.5;
B – “O que ouvimos e aprendemos,
o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a nossos filhos; contaremos
à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que
fez”,
Sl.78.3, 4;
C – Os pais precisam priorizar “[...]
buscar a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurar, então,
entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus”,
Pv.2.4, 5;
D – Aos pais está “[...] ordenado
[...] a guardar o caminho do SENHOR e praticar a justiça e o juízo; para que o
SENHOR (abençoe a seus filhos) [...]”, Gn.18.19;
E – Os “[...] pais,
não (devem) provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina (educar, ensinar,
treinar) e na admoestação (correção, formação, exortação) do Senhor (treinando
o filho para a vida)”, Ef.6.4.
Não há possibilidade de
transferência da responsabilidade dos pais quanto ao cuidado dos filhos, essa
responsabilidade foi conferida por Deus.
Os pais, se não cumprirem os
mandamentos de Deus, serão os responsáveis por não terem ensinado seus filhos.
Os pais são responsáveis porque eles
são representantes de Deus, assim como “Abraão, esperando contra a
esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito:
Assim será a tua descendência (crê em Deus)”, Rm.4.18.
Alguns exemplos de representantes de
sua família:
Com Noé, Deus “[...]
estabeleceu a sua aliança; entrando na arca, Noé e seus filhos, e sua mulher, e
as mulheres de seus filhos”, Gn.6.18;
Deus “estabeleceu a sua aliança
entre Ele e Abraão e a sua descendência no decurso das suas gerações, aliança
perpétua, para ser o seu Deus e da sua descendência”,
Gn.17.7;
“[...] O SENHOR se indignou contra
Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR [...] por isso, disse o SENHOR a
Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os
meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo”,
1Rs.11.9, 11.
Jairo, “[...] um
oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum (foi abençoado). Tendo
ouvido dizer que Jesus viera [...] foi ter com ele e lhe rogou que descesse
para curar seu filho, que estava à morte. Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive.
O homem creu na palavra de Jesus e partiu”, Jo.4.46, 47, 50.
O cumprimento das exigências do
pacto se dá por meio do ensino constante quando observamos “[...] os
mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, nosso Deus, se nos ensinassem
[...] para que temamos ao SENHOR, nosso Deus, e guardemos todos os seus
estatutos e mandamentos que Deus nos ordena, nós, e nosso filho, e o filho de seu
filho, todos os dias da tua vida; e que seus dias sejam prolongados”,
Dt.6.1, 2.
Provérbios apresenta um pai
experiente e presente aconselhando; “filho meu, guarda as minhas
palavras e conserva dentro de ti os meus mandamentos”,
Pv.7.1.
O pai precisa se “[...] tornar
padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”,
1Tm.4.12.
Os pais devem “[...] ser
temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância.
(Precisam) torna-se, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra
integridade, reverência (respeito, honra)”, Tt.2.2, 7.
Os “[...] pais, não (podem) provocar
seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina (educar, ensinar, treinar) e na
admoestação (correção, formação, exortação) do Senhor (e nem abusar da
autoridade, mas alimentar-se da Palavra de Deus)”, Ef.6.4.
Conclusão: O batismo é um selo que confirma nosso
pertencimento ao Senhor.
Desde à época de Abraão as promessas
são garantidas àqueles que pertencem à família da aliança da graça.
O pacto da graça é a garantia do
cuidado eteno do Senhor para com os filhos da aliança, e a certeza do
relacionamento íntimo com Deus por toda a eternidade.
Aplicação: Você já batizou seus filhos?
Incentiva aqueles que não o fizeram.
Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor –
Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.
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