quarta-feira, 22 de maio de 2019

Rm.4.16-18 - O BATISMO INFANTIL.


O BATISMO INFANTIL, Rm.4.16-18.
Introd.:           O batismo infantil é de vital e essencial importância na igreja visível, mas muitos atacam esse procedimento que é fundamentado biblicamente.
            O batismo é um sacramento instituído pelo Senhor, e deve ser ministrado por um ministro ordenado, com água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
            O batismo nos comunica e sela os benefícios contidos nas promessas graciosas de Deus para com o seu povo escolhido.
1 – O batismo infantil e a continuidade do pacto da graça.
            O batismo comunica a purificação característica da regeneração é por isso que aquele que “[...] não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”, Jo.3.5.
            Por este motivo deve haver “[...] arrependimento, e cada um de nós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos nossos pecados, e receberemos o dom do Espírito Santo”, At.2.38.
            Essa mudança deve acontecer porque “[...] alguns de nós [...] nos lavamos [...] fomos santificados [...] justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”, 1Co.6.11.
            O objetivo principal é nos comunicar e confirmar nossa união com Cristo, porque fomos “[...] sepultados com ele na morte pelo batismo [...] (daí devemos) andar [...] em novidade de vida”, Rm.6.4.
            O batismo, segundo foi instituído, deve ser administrado em nome da Trindade santa, o que aponta a realidade sublime da comunhão do crente, não somente com o Filho, mas com todas as pessoas da Trindade.
            O batismo nos torna “[...] raça eleita [...] nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus [...]”, 1Pe.2.9.
            Por meio do batismo, somos fortalecidos e sustentados na intimidade de relação espiritual com o Senhor, porque “[...] Jesus rogou ao Pai, e ele nos deu outro Consolador [...] (e) não nos deixou órfãos [...]”, Jo.14.16, 18.
            O principal fundamento que sustenta biblicamente a prática do batismo infantil está na unidade e continuidade, que caracteriza a aliança da graça realizada por Deus com Abraão.
            Deus prometeu “[...] abençoar (Abraão) e [...] multiplicarei a sua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar [...]”, Gn.22.17, bênção que até hoje acompanha nossos filhos.
            Esses benefícios se transformaram em “[...] bênção de Abraão para que chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”, Gl.3.14.
            Paulo fala que “[...] Abraão é pai de todos nós (que cremos em Cristo Jesus)”, Rm.4.16.
            Aos Gálatas, Paulo declara que devemos “saber [...] que os da fé é que são filhos de Abraão”, Gl.3.7.
            A nova aliança é o cumprimento da aliança que o Senhor fez com Abraão, e Cristo é o cumprimento cabal das promessas contidas nessa aliança da graça.
            Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós”, Rm.4.16.
            Veja que “[...] as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo (logo, todo aquele que crê em Jesus, está dentro da promessa e salvo)”, Gl.3.16.
            O batismo infantil é plenamente coerente no contexto da aliança e as promessas são destinadas à descendência, portanto, as crianças não podem ser olvidadas (esquecidas) deste sacramento.
2 – O batismo infantil e a salvação.
            O pacto da graça que o Senhor Deus firmou com o homem é a garantia de cuidado eterno e certeza de um relacionamento íntimo com o Senhor por toda a eternidade.
            Deus falou para Moisés que os “tomaria por seu povo e seria (seu) [...] Deus [...]”, Ex.6.7.
            Jeremias foi alertado de que o povo devia “[...] dar ouvidos à [...] voz (do Senhor), e (o Senhor) [...] seria o seu Deus, e eles seriam o seu povo [...]”, Jr.7.23.
            O pacto deve ser compreendido como um instrumento de redenção e como uma garantia da vida em sua plenitude conforme firmada por Deus, que é caracterizada como um relacionamento de amor com o Senhor que se expressa por meio dos sacramentos.
            Não se trata de um contrato firmado entre partes iguais, mesmo porque, “[...] todos pecaram e carecem da glória de Deus”, Rm.3.23.
            A aliança é determinada em seus termos pelo Deus criador de todas as coisas, que vem ao homem pecador “[...] propondo a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”, Dt.30.19.
            O homem é miserável, indigno e incapaz de promover sua própria salvação, isto é “porque pela graça somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós; é dom de Deus”, Ef.2.8.
            A salvação nunca foi mérito nem “[...] obras (do ser humano), para que ninguém se glorie”, Ef.2.9.
            A salvação é dádiva de Deus porque Ele “[...] nos escolheu (em Jesus) [...] antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”, Ef.1.4.
            Ao ser dada a promessa de salvação à semente, ao descendente, ela inclui as crianças, “pois para nós outros é a promessa, para nossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.39.
            O batismo infantil é um selo de salvação eterna concedida aos eleitos pelo próprio Deus.
3 – O batismo infantil como sinal do pacto da graça.
            A ordem de Deus a respeito do sinal do pacto é que “[...] Abraão (devia) [...] guardar a [...] aliança (de Deus) [...] e a descendência (de) Abraão no decurso das suas gerações [...] que todo macho entre eles seria circuncidado”, Gn.17.9, 10.
            Foi instituído que todas as crianças “[...] que tem oito dias seriam circuncidadas [...] tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro [...] o incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida seria eliminada do seu povo; quebrou a aliança (de Deus)”, Gn.17.12, 14.
            A criança era a portadora, segundo a vontade soberana de Deus da aliança da graça.
            Essa característica permanece também no batismo, “[...] depois que ouvimos a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também crido, fomos selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança [...]”, Ef.1.13, 14.
            Deus prometeu “estabelecer a sua aliança (com Abarão) [...] e a sua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o seu Deus e da sua descendência”, Gn.17.7.
            Abraão, assim como os pais, são responsáveis, devendo “[...] todo macho entre nós (para) ser circuncidado (batizado)”, Gn.17.10.
            O símbolo da aliança aplicado às crianças, comunica a necessidade de o ser humano viver em fidelidade os votos estabelecidos pela aliança da graça.
            O sinal comunica a necessidade de purificação, a santidade indispensável para ser consagrado ao Senhor e viver em um relacionamento de intimidade com ele. 
4 – O batismo infantil e a família da aliança.
            A “[...] circuncisão [...] no oitavo dia [...]”, Lv.12.3, apresentava como um testemunho de pertencimento do indivíduo à família da aliança.
            Veja que “essa é a razão por que provém da fé (dos pais para levarem seus filhos), para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós”, Rm.4.16.
            O batismo sela uma pessoa como membro da igreja.
            Para os eleitos, têm os benefícios da “[...] purificação (e do perdão) dos pecados [...]”, Hb.1.3.
            A inclusão na família da aliança é “como está escrito: Por pai (Abraão) de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem”, Rm.4.17.
            A circuncisão demonstra que o Senhor quer tratar com famílias, tal como fez com “[...] Noé [...] (ordenando que) entrasse na arca, ele e toda a sua casa, porque (o) Senhor reconheceu que Noé tem sido justo diante de Deus no meio (daquela) [...] geração”, Gn.7.1.
            Não encontramos no N.T., a abolição dos princípios da aliança.
            Evidência da continuidade é que “[...] o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente [...] (desse modo) os [...] filhos [...] serão santos”, 1Co.7.14.
            O que fundamenta a administração do batismo às crianças é sua instituição divina.
            A promessa de Deus contidas na aliança da graça são destinadas aos pais para se “[...] arrepender [...] ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos [...] pecados, e receber o dom do Espírito Santo. Pois para (os pais) [...] é a promessa, para seus filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”, At.2.38, 39.
5 – O batismo infantil e a responsabilidade dos pais.
            Devemos ter em mente que filhos são presentes de Deus.
            Na criação do mundo “[...] Deus [...] abençoou (Adão e Eva) e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra [...]”, Gn.1.28.
            Considerar a importância dos filhos porque “[...] Deus formou o nosso interior Deus nos teceu no seio de nossa mãe [...] (e) por modo assombrosamente maravilhoso nos formou; as obras (de) Deus são admiráveis, e a nossa alma o sabe muito bem”, Sl.139.13, 14.
            A criança é importante porque “criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, Gn.1.27.
            [...] Os filhos são [...] herança do SENHOR [...]”, Sl.127.3.
            A promessa de salvação foi o nascimento de Jesus quando “Maria deu à luz um filho e lhe pôs o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”, Mt.1.21.
            Deus confia os filhos aos pais para que sejam ensinados:
            A – “Amar [...] o SENHOR, nosso Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua força”, Dt.6.5;
            B – “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a nossos filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez”, Sl.78.3, 4;
            C – Os pais precisam priorizar “[...] buscar a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurar, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus”, Pv.2.4, 5;
            D – Aos pais está “[...] ordenado [...] a guardar o caminho do SENHOR e praticar a justiça e o juízo; para que o SENHOR (abençoe a seus filhos) [...]”, Gn.18.19;
            E – Os “[...] pais, não (devem) provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina (educar, ensinar, treinar) e na admoestação (correção, formação, exortação) do Senhor (treinando o filho para a vida)”, Ef.6.4.
            Não há possibilidade de transferência da responsabilidade dos pais quanto ao cuidado dos filhos, essa responsabilidade foi conferida por Deus.
            Os pais, se não cumprirem os mandamentos de Deus, serão os responsáveis por não terem ensinado seus filhos.
            Os pais são responsáveis porque eles são representantes de Deus, assim como “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência (crê em Deus)”, Rm.4.18.
            Alguns exemplos de representantes de sua família:
            Com Noé, Deus “[...] estabeleceu a sua aliança; entrando na arca, Noé e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos”, Gn.6.18;
            Deus “estabeleceu a sua aliança entre Ele e Abraão e a sua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o seu Deus e da sua descendência”, Gn.17.7;
            [...] O SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR [...] por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo”, 1Rs.11.9, 11.
            Jairo, “[...] um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum (foi abençoado). Tendo ouvido dizer que Jesus viera [...] foi ter com ele e lhe rogou que descesse para curar seu filho, que estava à morte. Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus e partiu”, Jo.4.46, 47, 50.
            O cumprimento das exigências do pacto se dá por meio do ensino constante quando observamos “[...] os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, nosso Deus, se nos ensinassem [...] para que temamos ao SENHOR, nosso Deus, e guardemos todos os seus estatutos e mandamentos que Deus nos ordena, nós, e nosso filho, e o filho de seu filho, todos os dias da tua vida; e que seus dias sejam prolongados”, Dt.6.1, 2.
            Provérbios apresenta um pai experiente e presente aconselhando; “filho meu, guarda as minhas palavras e conserva dentro de ti os meus mandamentos”, Pv.7.1.
            O pai precisa se “[...] tornar padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”, 1Tm.4.12.
            Os pais devem “[...] ser temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. (Precisam) torna-se, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência (respeito, honra)”, Tt.2.2, 7.
            Os “[...] pais, não (podem) provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina (educar, ensinar, treinar) e na admoestação (correção, formação, exortação) do Senhor (e nem abusar da autoridade, mas alimentar-se da Palavra de Deus)”, Ef.6.4.
Conclusão:      O batismo é um selo que confirma nosso pertencimento ao Senhor.
            Desde à época de Abraão as promessas são garantidas àqueles que pertencem à família da aliança da graça.
            O pacto da graça é a garantia do cuidado eteno do Senhor para com os filhos da aliança, e a certeza do relacionamento íntimo com Deus por toda a eternidade.
Aplicação:       Você já batizou seus filhos?
            Incentiva aqueles que não o fizeram.


            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – O batismo e a Ceia do Senhor – Palavra Viva – Rev. Christian Brially Tavares de Medeiros – ECC.

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