quarta-feira, 1 de maio de 2019

EM BUSCA DE UM LAR.


EM BUSCA DE UM LAR
            A cada dia é possível encontrar jogados nos orfanatos um número cada vez maior de meninos e meninas abandonados por falta de responsabilidade de seus pais e da péssima distribuição de renda vergonhosa do Brasil.
            Mais de 47 mil crianças e adolescentes, segundo IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), estão à espera de um lar para receberem carinho, conforto e companheirismo de seus pais adotivos.
            Praticamente todos eles, esperam receber pelo menos um prato de comida diariamente, uma peça do vestuário e um teto para abrigar-se adequadamente.
            Que pena! Os escolhidos são aqueles que têm menos idade e de pele clara. Fora ficam os mais velhos de cor negra, parda, com problema de saúde, grupos de irmãos, adolescentes; estes tentam a todo custo buscar um lar para si.
            Quem se deve apontar como causador de um filho à procura de um lar? Alguns defendem que sejam os orfanatos ou os órfãos. Outros culpam a situação econômica dos pais e dizem que eles não têm condições financeira para sustentar seus filhos.
            Pode-se ainda culpar o sistema burocrático da CNJ e CNA para avaliar se este ou aquele é a pessoa adequada para ser os pais adotivos. Querendo ou não aceitar, os pais são os grandes responsáveis por seu filho buscar um lar adotivo. Os pais são os maiores vilões por terem deixado de lutar por seus filhos e deixar a responsabilidade para avós, tios, primos, irmãos, a própria sociedade e os lares de abrigo.
            O mês de maio é conhecido como o mês do lar. Pensando nisso, vendo a história de Noemi, nota-se que ela investiu em favor de sua nora Rute. Isto porque, “morreu Elimeleque, marido de Noemi [...] morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido”, Rt 1.3, 5).
            A atitude de “[...] Noemi (vendo a sua nora Rute desemparada e viúva) [...] (foi) buscar um lar, para que Rute ficasse feliz [...]” (Rt 3.1). Essa atitude é de grande valor, exemplo e incentivo para os pais biológicos buscarem um lar para seus filhos.
            A busca de um lar para os filhos não é apenas deixá-lo sair por aí a procura de um namorado(a) que seja bonito(a), rico(a), simpático(a) ou conquistador(a), é preciso mais que essas qualidades.
            Na busca de um lar para seus filhos é preciso que os pais tenham interesse por ver o bem de seus filhos. É necessário que, ao olhar para o futuro dos filhos, os pais possam contemplar um lar melhor que o seu e mais abençoado.
            O texto de Rute não foi escrito por acaso. Quando Noemi em sua fala diz: “[...] não hei de eu buscar-te um lar [...]” (Rt 3.1), o pronome na primeira pessoa indica uma interferência sábia, sadia e inteligente dos pais no namoro, novado e casamento a fim de que o seu filho “[...] seja feliz [...]” (Rt 3.1) na busca de um lar.
            É certo que ao interferir, os pais não irão ditar as regas com o propósito de desfazer o namoro, noivado e casamento de seu filho, mas poderá alertá-lo devido a experiência que esse pai tem adquirido no decorrer dos anos quanto do modo de vida daquele que seu filho está prestes a se envolver para buscar um lar.
            Faça uma análise: Se o filho(a) insiste em namorar, noivar e casar com uma pessoa que os pais desaprovam, tenha a certeza, ele poderá sofrer sérias consequências no futuro relacionamento com esse pretendente. Se o candidato(a) for aquele que é respondão, briguento, enganador, que já passou por vários relacionamentos e sempre o outro é o culpado, haverá sérios problemas no relacionamento futuro.
            A busca de um lar para os filhos tem o propósito de “[...] que (eles) sejam felizes [...]” (Rt 3.1).
            É muito triste saber que além dos pais não assumirem a responsabilidade primárias como: casa, comida, veste, estudo, eles não estão nem aí, não se importam com quem seus filhos estão se relacionando, se são pessoa de bem, de família, se tem vícios, se servem a Deus com fidelidade, se são trabalhadores, estudiosos.
            Isso demonstra a falta de zelo e cuidado com a sua posteridade, pois dentro em breve “desaparecerá a sua posteridade, e na seguinte geração se extinguirá o seu nome” (Sl 109.13), tudo porque não se preocuparam em buscar um lar apara o seu filho.
            Ao iniciar este mês do lar, é bom que cada família busque um lar para o seu filho a fim de não vê-lo abandonado nos orfanatos da vida, desprotegido do carinho dos pais e sem esperança de um lar cheio de alegria e felicidade em Jesus, isto porque, aos pais está ordenado: “[...] hei de buscar-te um lar, para que seja feliz [...]” (Rt 3.1).
            Deus, abençoe os pais, em nome de Jesus, juntamente com seus filhos na busca de um lar feliz.
Rev. Salvador P. Santana

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