A caracterização do natal, com a representação do local
do nascimento do menino Jesus, da presença de José, Maria, burros, ovelhas,
reses, palha, estrela, anjos, pastores, magos, berço no lugar do cocho, está
totalmente errada e fora do contexto bíblico.
A imagem da presença dos pastores está mais
relacionada com os anjos, palhas, ovelhas, e reses, do que, com os magos quando
são apresentados com os demais em uma única cena.
Não tem necessidade, mas como muitos gostam e dão
grande valor a essa representatividade, talvez com o intuito de adorar, outros
com o desejo de apenas apreciar, tanto um quanto o outro, biblicamente falando,
estão errados.
A Palavra de Deus declara que “[...] os verdadeiros
adoradores (devem) adorar o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que
o Pai procura para seus adoradores” (Jo 4.23).
Toda representatividade do recém-nascido, Jesus, ou
posterior a esse evento, deve ser abandonada pelo simples motivo do mesmo Jesus
declarar que, o modo correto de adoração precisa ser feito somente a “Deus (por
Ele ser) [...] espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito
e em verdade” (Jo 4.24).
A grande dúvida é: se pastores e magos se
encontraram no mesmo dia e local do nascimento de Jesus. Segundo os enfeites
desta época, sim. De acordo com a Escritura Sagrada, os locais são totalmente
diferentes do encontro dos pastores e da visita dos magos.
É preciso entender que o número dos magos que visitaram
o Menino é maior que três, devido ter “[...] vindo uns magos do Oriente a
Jerusalém” (Mt 2.1).
Em alguns presépios são colocados três magos pelo
motivo da “[...] entrega (de) suas ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.11).
Como as estradas daquela época eram muito perigosas,
devido os salteadores, havia a necessidade de grupos maiores andarem juntos
para evitar assaltos.
Os magos estiveram com o Menino Jesus após a visita
dos pastores, mas a cidade visitada fora a mesma, em “[...] Belém (da Judeia)
[...]” (Mt 2.8).
O local, onde Jesus estava deitado, não foi o mesmo.
Os estudiosos das estrelas “entraram na casa [...]” (Mt 2.11), e os “[...]
pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho [...]” (Lc 2.8) “[...]
encontraram uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura (cocho)” (Lc
2.12), bem possível que fosse um estábulo desativado, devido a manjedoura ser
usada como berço.
Aqui jaz a grande diferença. Primeiramente a estrebaria
fora visitada logo após o nascimento de Jesus, pode ser na mesma noite do
nascimento ou na manhã seguinte, pelos “[...] pastores que viviam naquela mesma
região [...] e guardavam o seu rebanho [...]” (Lc 2.8).
A aparição de “[...] um anjo do Senhor [...]” (Lc
2.9) e logo depois “[...] uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus
[...]” (Lc 2.13) acontecera ainda no campo, antes do encontro com o Menino
Salvador. Os pastores saíram do palco para dar lugar a Jesus.
Os “[...] magos vieram [...] do Oriente a Jerusalém”
(Mt 2.1). Foi para estes “[...] que a estrela aparecera (e no caminho para
Belém) [...] a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando,
parou sobre onde estava o menino” (Mt 2.7, 9).
Nesse dia, é bem possível que Jesus já tivesse
alcançado quase dois anos de idade e os pastores já tinham se ausentado. Jesus
não estava mais no curral, mas dentro de uma “[...] casa [...]” (Mt 2.11)
porque a maior parte dos recenseados já havia voltado, ficando a cidade vazia
para dar “[...] lugar para eles (ou) na hospedaria” (Lc 2.7), ou na casa de
algum morador que aprendera a “não negligenciar a hospitalidade [...] (e)
sem o saber acolheram (não) anjos” (Hb 13.2), mas o próprio “[...] Salvador,
que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Os magos “[...] regressaram por outro
caminho a sua terra” (Mt 2.12) para permanecer apenas Jesus.
Sendo assim, todos os presépios estão completamente
errados, abandone-os e aceite que “[...] Cristo deve nascer” (Mt 2.4) e ficar
exposto dentro do seu próprio coração para ser honrado, glorificado, exaltado.
Rev. Salvador P. Santana
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