quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

MAIOR SOFRIMENTO.


MAIOR SOFRIMENTO

            Atualmente as mulheres não sofrem tanto quanto as do passado. Hoje existe o pré-natal, o enfermeiro e o ginecologista obstetra, o pediatra, as incubadoras, as ambulâncias, as macas.

            Nestes dias é possível dar à luz filhos em partos normais, cesáreas, de cócoras, sentada, de pé, de bruços, conforme relato da médica Edilsa Pinheiro do hospital-maternidade Leide Morais. Tudo ficou muito mais fácil e rápido - www.nominuto.com.br-parto-humanizado.

            Nos tempos bíblicos os partos eram totalmente diferentes. Médico especialista em assistir ao parto, praticamente não existia. As mulheres podiam contar com algumas “[...] parteiras [...] (há de convir que parteira suficiente para todas) as mulheres [...] (grávidas era impossível, por esse motivo muitas delas eram tão) vigorosas (que) [...] antes que lhes chegasse a parteira, já davam à luz a seus filhos” (Ex 1.19). Nestes dias se assemelham às parteiras as “‘doulas’ que são profissionais treinadas para assistir e auxiliar os partos” – Idem.

            Quando Maria com “José [...] (subiram) [...] para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém [...]” (Lc 2.4) nenhum médico, nenhuma parteira ou doula subiu para ajudá-la.

            O nascimento fora rápido demais não devido ao cansaço da viagem feita no lombo de algum burrico, mas pelo fato de “[...] acontecer completarem-se-lhe os dias” (Lc 2.6) porque “[...] devia vir ao mundo [...] o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 11.27), “[...] Jesus [...] (o qual) salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).

            O único ajudante no trabalho de parto, desde o mais simples preparativo de pegar uma vasilha com água, até mesmo no preparo da “[...] faixa (tipo de fralda) [...] (a limpeza da) manjedoura (cocho) [...]” (Lc 2.7), coube a “[...] José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar (espalhar má fama), resolveu [...]” (Mt 1.19) continuar ao lado de Maria para dar-lhe apoio físico, moral, sentimental, paternal e espiritual.

            Oxalá! (Tomara, queira Deus) Que todos os maridos busquem esse exemplo na vida de José como esposo, companheiro, pai e ajudante nos momentos mais difíceis da vida de uma mulher gestante.

            O conhecimento de que Jesus nasceu em local e maneiras adversas, pode levar a pensar que Maria, a mãe de Jesus Cristo, tenha sofrido extremamente. Dizer que a mulher sofre quando do nascimento do filho, alguns julgam ser verdade, para outros “quando a mulher [...] está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem” (Jo 16.21).

            Esta alegria inundou o coração de Maira antes e depois do nascimento do “[...] menino Jesus [...]” (Lc 2.43), mas algo de grande valor ficou marcado nesta história salvífica.

            Como “[...] não havia lugar para Maria (e) José na hospedaria” (Lc 2.7) para dar lugar ao nascimento do Menino Jesus, todos sabem que o local não foi nada conveniente, mas é de grande importância para a humanidade.

            A falta de um local adequado mostra a todos os homens que o luxo não pode trazer aquela “[...] alegria (que) ninguém pode tirar” (Jo 16.22), que os mais caros presentes não reatam aquele “[...] maior amor [...] de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo 15.13), de que a mesa farta não é capaz de “[...] tomar as [...] enfermidades e carregar [...] as [...] doenças (tal como) Cristo” (Mt 8.17) efetuou e continua fazendo.

            Sim, Maria não sofreu mais que Jesus, nem no momento e nem depois do Seu nascimento. Após o nascimento do “[...] Salvador do mundo” (Jo 4.42) deu início ao maior sofrimento já anunciado neste mundo.

            Antes de completar seus dois anos de idade, “[...] de noite (José) o menino e sua mãe [...] (partiram) para o Egito” (Mt 2.14). Jesus foi “[...] tentado pelo diabo” (Mt 4.1), maltratado, cuspido, surrado, “[...] condenado à morte e [...] crucificado” (Lc 24.20) para entregar o maior presente de todos os tempos, “a vida eterna para [...] todo o que crê (em) Jesus” (Jo 3.15).

            O maior sofrimento aconteceu com Jesus Cristo, o Filho de Deus que sofreu em seu lugar.
Rev. Salvador P. Santana

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