Objetivo:
O
grande desafio da vida cristã é “[...]
permanecer, deste modo, firmes no Senhor”, Fp.4.1 em meio às lutas
espirituais.
Vivemos
em um mundo e somos instáveis, por natureza.
Por
este motivo a Bíblia está cheia de mensagens de incentivo e encorajamento
espiritual a fim de motivar os crentes à firmeza e à estabilidade espiritual.
Em
Josué está escrito: “[...] sê forte e
mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei [...] dela não te
desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido
por onde quer que andares”, Js.1.7.
“[...] O Senhor [...] disse (a) Paulo [...]:
Não temas [...]”, At.18.9.
Paulo
escreve dizendo que o servo de Deus deve “[...]
ser firme, inabalável e sempre abundante na obra do Senhor, sabendo que, no
Senhor, o nosso trabalho não é vão”, 1Co.15.58.
Nar.: O último capítulo de Filipenses é um
incentivo aos “[...] irmãos [...]
permanecerem [...] firmes no Senhor [...]”, Fp.4.1.
Mas,
antes desse pedido aos Filipenses, Paulo declara que eles são “[...] irmãos, amados e mui saudosos, (a) sua alegria
e coroa [...]”, Fp.4.1.
A
palavra “[...] coroa [...]”,
Fp.4.1 tem dois significados no grego: uma coroa de flores que os atletas
recebiam após uma vitória nos jogos gregos, e m diadema usado por hóspedes
quando participavam de uma festa ou celebração de vitória.
Os
filhos espirituais de Paulo são para ele a “[...]
sua alegria [...]”, Fp.4.1 e recompensa do seu esforço missionário.
A
exortação de Paulo para todos nós é: “[...]
permanecer, deste modo, firmes no Senhor”, Fp.4.1.
A
palavra “[...] firmes [...]”,
Fp.4.1, gr. “stekete”, era aplicada a um soldado que enfrentava com firmeza o
ímpeto da batalha frente à um inimigo poderoso.
O
que devemos fazer para permanecermos firmes na fé?
1 – Lute para preservar a
união da igreja.
Parece
que quanto mais o crente fica velho de igreja, mais trabalho ele dá.
Os “[...] nomes (de Evódia - fragrância agradável
e Síntique – com destino) [...] se encontram no Livro da Vida”, Fp.4.2, 3.
O que se
ouve de muitos lábios é o seguinte: “Ele não era crente, o que ele fez não
demonstra ser crente, ele é filho do diabo”.
Quem pode
fazer esse julgamento? Jesus vai “[...]
reunir todas as nações [...] em sua presença, e ele separará uns dos outros,
como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, Mt.25.32.
Não
podemos “[...] julgar, para [...] não
sermos julgados”, Mt.7.1.
Não
podemos tomar partido e nem escutar a reclamação deste e levar para o outro.
Até os
melhores crentes tem problema de relacionamento; não somos perfeitos.
O que a
igreja deve fazer diante de casos como esses? Se esforçar para preservar a
união da igreja.
O
conselho de Deus é que, “se possível,
quanto depender de nós, tende paz com todos os homens”, Rm.12.18.
A ordem é
direta: “Aparta-te do mal e pratica o
que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la”, Sl.34.14.
Todo
aquele que se empenha por buscar a paz é “bem-aventurado
[...] (ele) será chamado filho de Deus”, Mt.5.9.
Antes de
ordenar, brigar, Paulo optou pelo amor.
Quando
ele diz: “Rogo [...]”, Fp.4.2
Paulo está chamando para o seu lado “[...]
Evódia (fragrância agradável) e [...] Síntique (com destino) [...]”,
Fp.4.2 para exortar (aconselhar), solicitar, instruir, pedir que as duas “[...] pensem concordemente (entendimento,
sabedoria, pensar a respeito da questão tendo o) [...] Senhor (como juiz,
mandante da sua vida)”, Fp.4.2.
Como
Paulo estava preso em Roma ele pediu a intermediação de um “[...] fiel companheiro (gr. syzygos – nome
próprio?!) de jugo (sentido figurado: obediência, trabalho) [...]”,
Fp.4.3.
A petição
era simples: “[...] As auxilies [...]”,
Fp.4.3.
Auxiliar
na desavença, na discórdia, nas fofocas, no tomar de partido, jogar mais lenha?
Não. Voltar à paz verdadeira.
“A ti (a mim e a nós) [...] Paulo também pede
[...] (para) auxiliar (homens e mulheres briguentas para que), pois juntas se
esforcem [...] (com Paulo) no evangelho (que pode conduzir à vida) [...]”,
Fp.4.3.
Precisamos
saber e contar “[...] também com
Clemente (compassivo, misericordioso) e com os demais cooperadores [...]”,
Fp.4.3 que sabem lutar pelo segredo da estabilidade espiritual.
A união
entre os irmãos colabora com a firmeza na fé, restaura a comunhão, o amor fraternal
e produz estabilidade espiritual.
Como você
tem contribuído para a unidade da sua igreja?
Para
conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]
2 – Obedeça ao mandamento da
alegria.
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo:
alegrai-vos”, Fp.4.4.
Três
lições neste versículo:
Primeiro
– A “alegria [...] (é um mandamento do)
[...] Senhor [...] alegrai-vos”, Fp.4.4.
A
alegria não é uma opção, mas uma ordem de Deus.
É
um mandamento coletivo para todos os crentes;
Segundo
– A fonte dessa “alegria [...] (é o)
Senhor [...]”, Fp.4.4 e não as circunstâncias.
O
cristão se alegra por causa da sua união com Cristo.
É
o próprio “[...] Espírito Santo que
(gera a) [...] alegria [...]”, Gl.5.22 nosso coração;
Terceiro
– O tempo desta “alegria (é para) sempre
[...]”, Fp.4.4.
A
“alegria [...] no Senhor [...]”,
Fp.4.4 é uma força sustentadora para todos os momentos, por isso, “[...] a alegria do SENHOR é a vossa força”,
Ne.8.10.
João
Calvino fala que “pode-se compreender facilmente que a alegria do crente difere
da do mundo, a qual é ilusória, frágil e apagada. Cristo chega mesmo a
reputá-la como maldita ao dizer: “Ai de
vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que
agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar”, Lc.6.25.
Para
conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]
3 – Seja uma pessoa moderada.
“Seja a vossa moderação conhecida de todos os
homens. Perto está o Senhor”, Fp.4.5.
Gr. “[...] moderação [...]”, Fp.4.5 íntegro, suave, gentil, paciência, cordialidade,
amabilidade, compreensão, carinhoso, mansidão, caridade deve ser “[...] conhecida de todos os homens (ou seja,
testemunho) [...]”, Fp.4.5.
“[...] A (pessoa) [...] moderada [...]”,
Fp.4.5, gentil, não reivindica os seus direitos pessoais, supera ofensas e
injustiças.
Paulo
fala que “o só existir entre nós
demandas já é completa derrota para nós outros. (Então) por que não sofrer,
antes, a injustiça? Por que não sofrer, antes, o dano?”, 1Co.6.7.
“[...] Moderação [...]”, Fp.4.5 indica
imparcialidade, disposição de dar e receber, ao invés de brigar ou reivindicar
os seus próprios direitos.
Para
conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]
4 – Lembre-se que o Senhor
está perto.
“[...] A nossa moderação (além de ser) conhecida
de todos os homens [...] (devemos saber que) perto está o Senhor”,
Fp.4.5 olhando todos os nossos atos.
Podemos
interpretar essa proximidade de Deus de duas maneiras:
Primeiro
– “[...] Perto está o Senhor”,
Fp.4.5 de voltar, por isso “[...]
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, Fp.3.20.
A
volta de Cristo indica proximidade quanto ao tempo, dando a entender que Ele
vai voltar logo.
A
igreja Primitiva costumava orar dizendo: “[...]
Maranata!”, 1Co.16.22. Um termo aramaico: Nosso Senhor veio ou, vem logo,
Senhor Jesus!
Segundo
– “[...] Perto está o Senhor”,
Fp.4.5 no sentido de localidade ou proximidade.
“Perto está o SENHOR de todos os que o
invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele acode à vontade dos que o
temem; atende-lhes o clamor e os salva”, Sl.145.18, 19.
“[...] Jesus (declara que) [...] se alguém o ama,
guardará a sua palavra; e seu Pai o amará, e virão para ele e fará nele morada”,
Jo.14.23.
A
certeza da proximidade de Deus transmite firmeza e estabilidade espiritual ao
crente fiel.
Para
conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]
5 – Liberte-se da ansiedade.
Paulo
recomenda a “não andarmos ansiosos de
coisa alguma [...]”, Fp.4.6.
Ao invés
de explodir com qualquer coisa, é melhor “não
andar ansioso de coisa alguma [...]”, Fp.4.6.
Ansioso
nada mais é do que ficar preocupado, inquieto com o mal cometido.
Como
deixar de conceber um mal maior?
1 –
Rotina de oração.
O homem
que ora não tira férias. Ele ora todos os dias, “[...]
ora em todo tempo no Espírito [...]”, Ef.6.18 em favor do seu inimigo.
Quando
acontecer alguma discórdia deixa “[...]
Deus conhecer [...] (através das) petições [...] orações (no lugar apropriado) e
pela súplica (feito com humildade/reconhece dependência) [...]”, Fp.4.6.
2 –
Orar por tudo.
“[...] Tudo [...] (ou todas as coisas devem) ser
conhecidas, diante de Deus [...]”, Fp.4.6.
Não esconda nada, até mesmo um olhar
atravessado de alguém que você supõe que não gosta de você.
Quando
você ora pelo suposto inimigo as barreiras são quebradas.
3 –
Orar com o coração grato.
A
sua oração “[...] em tudo (deve ser)
[...] com ações de graças”, Fp.4.6.
A
“[...] ansiedade [...]”, Fp.4.6
é inimiga da estabilidade. Ela é filha única da incredulidade e da
desconfiança.
O
“[...] andar ansioso [...]”, Fp.4.6
pode gerar preocupação excessiva por necessidades físicas (comer, beber e
vestir), por empreendimentos que precisamos realizar (comprar, vender,
negociar), por pessoas (familiares, amigos e irmãos).
O
texto é bem claro que “não (se deve) andar
ansioso de coisa alguma [...]”, Fp.4.6.
O resultado
da oração é “[...] a paz de Deus [...]”,
Fp.4.7 enchendo os nossos corações.
Essa
“[...] paz de Deus [...] (pode) exceder
todo o entendimento [...]”, Fp.4.7 que temos a respeito de todos os
assuntos que nos assola.
E
o melhor para todos nós é que “[...] a
paz [...] guardará o nosso coração e a nossa mente em Cristo Jesus”,
Fp.4.7.
Para
conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]
6 – Ocupe a sua mente com bons
pensamentos.
Quando
“finalmente [...]”, Fp.4.8
mantivermos a nossa mente ocupada com bons pensamentos, então, seremos bem mais
seguros na vida espiritual.
“[...] Irmãos, tudo o que é verdadeiro [...]”,
Fp.4.8 “[...] deixando a mentira, falando
cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”,
Ef.4.25.
A
mente deve ser ocupada com “[...] tudo
o que é respeitável [...]”, Fp.4.8 principalmente “[...] criando os filhos sob disciplina, com
todo o respeito”, 1Tm.3.4.
“[...] Tudo o que é justo [...]”,
Fp.4.8 deve acontecer com todos os “senhores,
tratando os servos com justiça e com equidade, certos de que [...] (eles e nós)
temos Senhor no céu”, Cl.4.1.
“[...] Tudo o que é puro [...]”, Fp.4.8
é quando “[...] não nos tornamos cúmplices
de pecados de outrem. Conservando a nós mesmos puros”, 1Tm.5.22.
“[...] Ocupar o pensamento (com) tudo o que é
amável [...]”, Fp.4.8 é quando nos dispomos a “[...] amar [...] os [...] tabernáculos [...] (do) SENHOR dos
Exércitos!”, Sl.84.1.
“[...] Tudo o que é de boa fama [...]”,
Fp.4.8 deve nascer dentro de cada coração a fim de que possamos agir “[...] por boa fama [...] e sendo verdadeiros”,
2Co.6.8 diante de Deus.
E,
“[...] se (porventura) alguma virtude
há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o nosso pensamento”,
Fp.4.8 como “[...] fruto do Espírito [...]”,
Gl.5.22 de Deus em nós.
O
conteúdo da nossa mente determinará a nossa atitude e a nossa prática.
O
pensar santo coopera positivamente para a nossa estabilidade espiritual.
Como
os seus pensamentos têm afetado a sua vida espiritual?
Para
conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]
7 – Pratique aquilo que você
já aprendeu.
A
firmeza espiritual fundamenta-se em praticar aquilo que já “[...] ouvimos [...] recebemos (e) aprendemos [...]”,
Fp.4.9 com a finalidade de “[...] andarmos
de acordo com o que já alcançamos”, Fp.3.16.
Jesus
fala que “todo aquele, pois, que ouve [...]
(as) suas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou
a sua casa sobre a rocha”, Mt.7.24 a qual fica firme no meio das
agressões desestabilizadoras.
Tiago
nos aconselha a nos “tornarmos [...]
praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-nos a nós mesmos”,
Tg.1.22.
Além de
praticar a Palavra de Deus, Paulo fala sobre o que fora “[...] visto (nele como exemplo) [...] isso (deve
ser praticado) [...]”, Fp.4.9.
E,
para que não haja contendas, brigas, discórdias, somente “[...] o Deus da paz será conosco”,
Fp.4.9 para nos proteger e nos levar à estabilidade espiritual.
Lute
para conseguir a sua estabilidade espiritual praticando o que está escrito na
Palavra de Deus.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Filipenses e Colossenses – Cristo:
Nossa alegria e suficiência – Z3 editora – Rev. Arival Dias Casimiro.
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