sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Fp.4.1-9 - O SEGREDO DA ESTABILIDADE ESPIRITUAL.

O SEGREDO DA ESTABILIDADE ESPIRITUAL, Fp.4.1-9.
         

Objetivo:

            O grande desafio da vida cristã é “[...] permanecer, deste modo, firmes no Senhor”, Fp.4.1 em meio às lutas espirituais.

            Vivemos em um mundo e somos instáveis, por natureza.

            Por este motivo a Bíblia está cheia de mensagens de incentivo e encorajamento espiritual a fim de motivar os crentes à firmeza e à estabilidade espiritual.

            Em Josué está escrito: “[...] sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei [...] dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares”, Js.1.7.

            [...] O Senhor [...] disse (a) Paulo [...]: Não temas [...]”, At.18.9.

            Paulo escreve dizendo que o servo de Deus deve “[...] ser firme, inabalável e sempre abundante na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é vão”, 1Co.15.58.

Nar.:    O último capítulo de Filipenses é um incentivo aos “[...] irmãos [...] permanecerem [...] firmes no Senhor [...]”, Fp.4.1.

            Mas, antes desse pedido aos Filipenses, Paulo declara que eles são “[...] irmãos, amados e mui saudosos, (a) sua alegria e coroa [...]”, Fp.4.1.

            A palavra “[...] coroa [...]”, Fp.4.1 tem dois significados no grego: uma coroa de flores que os atletas recebiam após uma vitória nos jogos gregos, e m diadema usado por hóspedes quando participavam de uma festa ou celebração de vitória.

            Os filhos espirituais de Paulo são para ele a “[...] sua alegria [...]”, Fp.4.1 e recompensa do seu esforço missionário.

            A exortação de Paulo para todos nós é: “[...] permanecer, deste modo, firmes no Senhor”, Fp.4.1.

            A palavra “[...] firmes [...]”, Fp.4.1, gr. “stekete”, era aplicada a um soldado que enfrentava com firmeza o ímpeto da batalha frente à um inimigo poderoso.

            O que devemos fazer para permanecermos firmes na fé?

1 – Lute para preservar a união da igreja.

            Parece que quanto mais o crente fica velho de igreja, mais trabalho ele dá.

            Os “[...] nomes (de Evódia - fragrância agradável e Síntique – com destino) [...] se encontram no Livro da Vida”, Fp.4.2, 3.

            O que se ouve de muitos lábios é o seguinte: “Ele não era crente, o que ele fez não demonstra ser crente, ele é filho do diabo”.

            Quem pode fazer esse julgamento? Jesus vai “[...] reunir todas as nações [...] em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, Mt.25.32.

            Não podemos “[...] julgar, para [...] não sermos julgados”, Mt.7.1.

            Não podemos tomar partido e nem escutar a reclamação deste e levar para o outro.

            Até os melhores crentes tem problema de relacionamento; não somos perfeitos.

            O que a igreja deve fazer diante de casos como esses? Se esforçar para preservar a união da igreja.

            O conselho de Deus é que, “se possível, quanto depender de nós, tende paz com todos os homens”, Rm.12.18.

            A ordem é direta: “Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la”, Sl.34.14.

            Todo aquele que se empenha por buscar a paz é “bem-aventurado [...] (ele) será chamado filho de Deus”, Mt.5.9.

            Antes de ordenar, brigar, Paulo optou pelo amor.

            Quando ele diz: “Rogo [...]”, Fp.4.2 Paulo está chamando para o seu lado “[...] Evódia (fragrância agradável) e [...] Síntique (com destino) [...]”, Fp.4.2 para exortar (aconselhar), solicitar, instruir, pedir que as duas “[...] pensem concordemente (entendimento, sabedoria, pensar a respeito da questão tendo o) [...] Senhor (como juiz, mandante da sua vida)”, Fp.4.2.

            Como Paulo estava preso em Roma ele pediu a intermediação de um “[...] fiel companheiro (gr. syzygos – nome próprio?!) de jugo (sentido figurado: obediência, trabalho) [...]”, Fp.4.3.

            A petição era simples: “[...] As auxilies [...]”, Fp.4.3.

            Auxiliar na desavença, na discórdia, nas fofocas, no tomar de partido, jogar mais lenha? Não. Voltar à paz verdadeira.

            A ti (a mim e a nós) [...] Paulo também pede [...] (para) auxiliar (homens e mulheres briguentas para que), pois juntas se esforcem [...] (com Paulo) no evangelho (que pode conduzir à vida) [...]”, Fp.4.3.

            Precisamos saber e contar “[...] também com Clemente (compassivo, misericordioso) e com os demais cooperadores [...]”, Fp.4.3 que sabem lutar pelo segredo da estabilidade espiritual.

            A união entre os irmãos colabora com a firmeza na fé, restaura a comunhão, o amor fraternal e produz estabilidade espiritual.

            Como você tem contribuído para a unidade da sua igreja?

            Para conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]

2 – Obedeça ao mandamento da alegria.

            Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”, Fp.4.4.

            Três lições neste versículo:

            Primeiro – A “alegria [...] (é um mandamento do) [...] Senhor [...] alegrai-vos”, Fp.4.4.

            A alegria não é uma opção, mas uma ordem de Deus.

            É um mandamento coletivo para todos os crentes;

            Segundo – A fonte dessa “alegria [...] (é o) Senhor [...]”, Fp.4.4 e não as circunstâncias.

            O cristão se alegra por causa da sua união com Cristo.

            É o próprio “[...] Espírito Santo que (gera a) [...] alegria [...]”, Gl.5.22 nosso coração;

            Terceiro – O tempo desta “alegria (é para) sempre [...]”, Fp.4.4.

            A “alegria [...] no Senhor [...]”, Fp.4.4 é uma força sustentadora para todos os momentos, por isso, “[...] a alegria do SENHOR é a vossa força”, Ne.8.10.

            João Calvino fala que “pode-se compreender facilmente que a alegria do crente difere da do mundo, a qual é ilusória, frágil e apagada. Cristo chega mesmo a reputá-la como maldita ao dizer: “Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar”, Lc.6.25.

            Para conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]

3 – Seja uma pessoa moderada.

            Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor”, Fp.4.5.

            Gr. “[...] moderação [...]”, Fp.4.5 íntegro, suave, gentil, paciência, cordialidade, amabilidade, compreensão, carinhoso, mansidão, caridade deve ser [...] conhecida de todos os homens (ou seja, testemunho) [...]”, Fp.4.5.

            [...] A (pessoa) [...] moderada [...]”, Fp.4.5, gentil, não reivindica os seus direitos pessoais, supera ofensas e injustiças.

            Paulo fala que “o só existir entre nós demandas já é completa derrota para nós outros. (Então) por que não sofrer, antes, a injustiça? Por que não sofrer, antes, o dano?”, 1Co.6.7.

            [...] Moderação [...]”, Fp.4.5 indica imparcialidade, disposição de dar e receber, ao invés de brigar ou reivindicar os seus próprios direitos.

            Para conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]

4 – Lembre-se que o Senhor está perto.

            [...] A nossa moderação (além de ser) conhecida de todos os homens [...] (devemos saber que) perto está o Senhor”, Fp.4.5 olhando todos os nossos atos.

            Podemos interpretar essa proximidade de Deus de duas maneiras:

            Primeiro – “[...] Perto está o Senhor”, Fp.4.5 de voltar, por isso “[...] aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, Fp.3.20.

            A volta de Cristo indica proximidade quanto ao tempo, dando a entender que Ele vai voltar logo.

            A igreja Primitiva costumava orar dizendo: “[...] Maranata!”, 1Co.16.22. Um termo aramaico: Nosso Senhor veio ou, vem logo, Senhor Jesus!

            Segundo – “[...] Perto está o Senhor”, Fp.4.5 no sentido de localidade ou proximidade.

            Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele acode à vontade dos que o temem; atende-lhes o clamor e os salva”, Sl.145.18, 19.

            [...] Jesus (declara que) [...] se alguém o ama, guardará a sua palavra; e seu Pai o amará, e virão para ele e fará nele morada”, Jo.14.23.

            A certeza da proximidade de Deus transmite firmeza e estabilidade espiritual ao crente fiel.

            Para conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]

5 – Liberte-se da ansiedade.

            Paulo recomenda a “não andarmos ansiosos de coisa alguma [...]”, Fp.4.6.

            Ao invés de explodir com qualquer coisa, é melhor “não andar ansioso de coisa alguma [...]”, Fp.4.6.

            Ansioso nada mais é do que ficar preocupado, inquieto com o mal cometido.

            Como deixar de conceber um mal maior?

            1 – Rotina de oração.

            O homem que ora não tira férias. Ele ora todos os dias, “[...] ora em todo tempo no Espírito [...]”, Ef.6.18 em favor do seu inimigo.

            Quando acontecer alguma discórdia deixa “[...] Deus conhecer [...] (através das) petições [...] orações (no lugar apropriado) e pela súplica (feito com humildade/reconhece dependência) [...]”, Fp.4.6.

            2 – Orar por tudo.

            [...] Tudo [...] (ou todas as coisas devem) ser conhecidas, diante de Deus [...]”, Fp.4.6.

            Não esconda nada, até mesmo um olhar atravessado de alguém que você supõe que não gosta de você.

            Quando você ora pelo suposto inimigo as barreiras são quebradas.

            3 – Orar com o coração grato.

            A sua oração “[...] em tudo (deve ser) [...] com ações de graças”, Fp.4.6.

            A “[...] ansiedade [...]”, Fp.4.6 é inimiga da estabilidade. Ela é filha única da incredulidade e da desconfiança.

            O “[...] andar ansioso [...]”, Fp.4.6 pode gerar preocupação excessiva por necessidades físicas (comer, beber e vestir), por empreendimentos que precisamos realizar (comprar, vender, negociar), por pessoas (familiares, amigos e irmãos).

            O texto é bem claro que “não (se deve) andar ansioso de coisa alguma [...]”, Fp.4.6.

            O resultado da oração é “[...] a paz de Deus [...]”, Fp.4.7 enchendo os nossos corações.

            Essa “[...] paz de Deus [...] (pode) exceder todo o entendimento [...]”, Fp.4.7 que temos a respeito de todos os assuntos que nos assola.

            E o melhor para todos nós é que “[...] a paz [...] guardará o nosso coração e a nossa mente em Cristo Jesus”, Fp.4.7.

            Para conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]

6 – Ocupe a sua mente com bons pensamentos.

            Quando “finalmente [...]”, Fp.4.8 mantivermos a nossa mente ocupada com bons pensamentos, então, seremos bem mais seguros na vida espiritual.

            [...] Irmãos, tudo o que é verdadeiro [...]”, Fp.4.8 “[...] deixando a mentira, falando cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”, Ef.4.25.

            A mente deve ser ocupada com “[...] tudo o que é respeitável [...]”, Fp.4.8 principalmente “[...] criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito”, 1Tm.3.4.

            [...] Tudo o que é justo [...]”, Fp.4.8 deve acontecer com todos os “senhores, tratando os servos com justiça e com equidade, certos de que [...] (eles e nós) temos Senhor no céu”, Cl.4.1.

            [...] Tudo o que é puro [...]”, Fp.4.8 é quando “[...] não nos tornamos cúmplices de pecados de outrem. Conservando a nós mesmos puros”, 1Tm.5.22.

            [...] Ocupar o pensamento (com) tudo o que é amável [...]”, Fp.4.8 é quando nos dispomos a “[...] amar [...] os [...] tabernáculos [...] (do) SENHOR dos Exércitos!”, Sl.84.1.

            [...] Tudo o que é de boa fama [...]”, Fp.4.8 deve nascer dentro de cada coração a fim de que possamos agir “[...] por boa fama [...] e sendo verdadeiros”, 2Co.6.8 diante de Deus.

            E, “[...] se (porventura) alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o nosso pensamento”, Fp.4.8 como “[...] fruto do Espírito [...]”, Gl.5.22 de Deus em nós.              

            O conteúdo da nossa mente determinará a nossa atitude e a nossa prática.

            O pensar santo coopera positivamente para a nossa estabilidade espiritual.           

            Como os seus pensamentos têm afetado a sua vida espiritual?       

            Para conseguir o segredo da estabilidade espiritual [...]

7 – Pratique aquilo que você já aprendeu.

            A firmeza espiritual fundamenta-se em praticar aquilo que já “[...] ouvimos [...] recebemos (e) aprendemos [...]”, Fp.4.9 com a finalidade de “[...] andarmos de acordo com o que já alcançamos”, Fp.3.16.

            Jesus fala que “todo aquele, pois, que ouve [...] (as) suas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”, Mt.7.24 a qual fica firme no meio das agressões desestabilizadoras.

            Tiago nos aconselha a nos “tornarmos [...] praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-nos a nós mesmos”, Tg.1.22.

            Além de praticar a Palavra de Deus, Paulo fala sobre o que fora “[...] visto (nele como exemplo) [...] isso (deve ser praticado) [...]”, Fp.4.9.

            E, para que não haja contendas, brigas, discórdias, somente “[...] o Deus da paz será conosco”, Fp.4.9 para nos proteger e nos levar à estabilidade espiritual.

            Lute para conseguir a sua estabilidade espiritual praticando o que está escrito na Palavra de Deus.

           

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para ED – Filipenses e Colossenses – Cristo: Nossa alegria e suficiência – Z3 editora – Rev. Arival Dias Casimiro.                              

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