TUBARÃO
PARA FORTALECER
Japonês
gosta muito de peixe.
Os
pescadores começaram a enfrentar grandes problemas com a falta dessa iguaria.
Aumentaram seus barcos e foram pescar em alto mar.
A
dificuldade é que os peixes chegavam mortos e sem frescor, logo, os japoneses
começaram a reclamar. A solução para esse caso foi acomodar os peixes em
grandes refrigeradores, ainda assim, os pescados chegavam sem aquele gosto
natural.
Para
resolver de uma vez por toda essa situação, foram acomodados dentro dos navios
recipientes para acomodar peixes variados e vivos e assim a viagem podia durar
muito mais tempo.
Os
asiáticos, ao fazer a sua refeição, descobriram que o gosto não era igual
àquele pescado no mesmo dia e em águas próximas. Acontecia que, por serem
muitos, os peixes se debatiam e chegavam cansados, sem energia, abatidos e
alguns mortos.
A
solução encontrada foi colocar um tubarão dentro dos tanques para agitar os
vertebrados. Alguns eram devorados, mas a maioria eram postos à mesa dos
orientais com gosto saudável devido a sua agitação e conservação em vida.
O
escritor e filósofo alemão, neto de pastor, Friedrich Wilhelm Nietzsche –
outubro 1844 – agosto 1900 declarou: “O que não provoca minha morte faz com que
eu fique mais forte” – https://pensador.uol.com.br/frase/MTA1OQ/. De
igual modo aconteceu com os peixes ao serem perseguidos pelos tubarões. .
Ninguém
em sã consciência gosta de sofrer, de receber umas boas chibatadas, de ser atacado,
repreendido, maltratado, desprezado, esquecido, perseguido com a finalidade de
ficar mais forte.
Desejar
colocar uma fera dentro de casa com o intuito de assustar, correr atrás do
proprietário para que seja fortalecido, é pura “[...] falta de senso, (por este
motivo) morrem os tolos” (Pv 10.21).
Na
verdade, todos gostam de receber pelo menos tapinha nas costas, serem
aplaudidos, cumprimentados, elogiados, requisitados, admirados; isso é nato no
ser humano, menos em “[...] Jesus [...] (que) em troca da alegria que lhe
estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia (desonra,
vergonha) [...]” (Hb 12.2).
Em todos os
momentos da vida, o homem vai tentar buscar o melhor para si, não se importando
com os demais ao seu redor. Tal como o ditado falado irrefletidamente: “um por
si e Deus por todos”.
Ao
olhar para a vida dos homens bíblicos, em especial, a vida de Jesus, nota-se
que Ele não escolheu querer sofrer, padecer, “Ele [...] foi enviado (por) Deus,
(especificamente para), anunciar o evangelho do reino [...]” (Lc 4.43), mas é
bom saber que, “embora sendo Filho (de Deus), aprendeu a obediência pelas
coisas que sofreu” (Hb 5.8).
Preste
atenção! O “[...] Filho (de Deus), aprendeu a obedecer [...]” (Hb 5.8). Veja
bem que “[...] Jesus foi tentado em todas as coisas [...] mas sem pecado” (Hb
4.15).
Não
existia razão para Jesus sofrer, no entanto, padeceu, sofreu em lugar do homem
pecador. Jesus passou por várias provações, e saiu fortalecido através da
perseguição, julgamento, acoite, cruz, morte vicária até o momento em que Ele
“[...] pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as
coisas [...]” (Ef 1.22).
Assim como
o tubarão foi colocado no tanque cheio de peixes para fortalecê-los, também o
servo de Deus passa por experiências semelhantes, porém não iguais. É por esse
motivo que Deus permite que seus filhos passem por lutas, dificuldades,
angústias, apertos, desgraças, tragédias, a fim de, “em todas estas coisas
[...] serem mais que vencedores, por meio Daquele que nos amou” (Rm 8.37),
Cristo Jesus.
Que Deus abençoe e fortaleça
você em todas as suas lutas!
Rev. Salvador P. Santana
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