DECEPCIONADOS
Diante
da atual situação que o mundo está enfrentando, não apenas na área
tecnológica, de serviços, agropecuária, funcionalismo público, empresarial,
agronegócios, transportes, lojas de departamentos, igrejas, fazendas, todos,
irão enfrentar grandes decepções quando todos retornarem à normalidade, isto é,
quando e se de fato poderão voltar todas as coisas à naturalidade.
A
verdade é que muitos têm sugerido, principalmente, religiosos, que tudo será
totalmente diferente e que multidões irão se aglomerar nas igrejas para adorar
a Deus. É preciso cautela! Jesus fala sobre “[...] muitos (que) são chamados,
mas poucos, escolhidos” (Mt 22.14) tanto para adoração quanto para a salvação.
Então, não fique tão animado com tais sugestões espalhadas pelo mundo
fora.
Em
todos os tempos Deus é quem comanda a história, mas nem todos aceitam. O que
está acontecendo é uma “[...] coisa estabelecida por Deus, e Deus se apressa a
fazê-la” (Gn 41.32) e pode ou não demorar conforme a contagem que o homem tem
feito de horas, dias, meses e anos e tudo isso para Deus é coisa simples para
ser feita, portanto, “o coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe
dirige os passos” (Pv 16.9) para onde Ele deseja.
Todos
precisam aceitar que “todos os moradores da terra são por ele (Deus) reputados
em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os
moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que
fazes?” (Dn 4.35). Deus é Deus em todo o tempo, e o melhor: “no céu está o
nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Sl 115.3).
Talvez
seja por este motivo a pergunta intrigante do profeta Habacuque: “Por que fazes
os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?”
(Hc 1.14). Sim, parece haver um total desconhecimento de Deus ou negação de que
“nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”
(Sl 103.19), todos e em todos os lugares.
Por
este e tantos outros motivos ficaram decepcionados os israelitas quando, “[...]
com mão forte o SENHOR (os) [...] tirou do Egito” (Ex 13.9) para logo depressa
reclamarem aos ouvidos de Moisés dizendo: “Não é isso o que te dissemos no
Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir
aos egípcios do que morrermos no deserto” (Ex 14.12).
A
decepcionalidade daqueles pode ser comparada a de muitos homens da atualidade
quando reclamam de que eles não são abençoados, não recebem bens, não são
curados das suas enfermidades e, que a vida matrimonial está a cada
dia desmoronando. Estes são imitadores do salmista que “[...] resvalam os pés
[...] que se desviam os seus passos. Pois [...] inveja os arrogantes, ao ver a
prosperidade dos perversos” (Sl 73.2, 3).
Deus,
em sua infinita bondade e direção, determinou que “[...] partissem os filhos de
Israel (da terra do Egito) [...] cerca de seiscentos mil a pé, somente de
homens, sem contar mulheres e crianças” (Ex 12.37), cerca de um milhão e meio.
É
bom lembrar que “subiu também com eles um misto de gente [...]” (Ex 12.38). É
possível que tenha sido alguns egípcios que perceberam a grandeza de Deus e
resolveram sob a permissão de Deus, acompanhar o povo escolhido. Isto porquê,
“apareceu entre os filhos de Israel o filho de uma israelita, o qual era filho
de um egípcio [...]” (Lv 24.10) e, o próprio Deus determinou antes do Êxodo que
“[...] nenhum estrangeiro (podia) comer (da) Páscoa. Porém, se algum
estrangeiro [...] quisesse celebrar a Páscoa do SENHOR [...] (devia) ser
circuncidado [...]” (Ex 12.43, 48). Ou seja, Deus decidiu quem e quantos
entrariam na terra prometida.
De
igual modo, quando, enfim, as igrejas puderem retornar à normalidade, cultuar a
Deus, puderem se reunir, Deus é quem irá decidir quem será “[...] obrigado a
[...] entrar, para que fique cheia a sua casa” (Lc 14.23).
A
decepção pode acontecer com muitos líderes ao perceberem que até hoje é
possível fazer a mesma “[...] pergunta: Senhor, são poucos os que são salvos?
(E a resposta de Jesus é categórica e pode penetrar em cada coração)
Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo
que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lc 13.23, 24). Isto se dá “porque
estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos
os que acertam com ela” (Mt 7.14), ainda que multidões venham lotar os templos.
Outro
desapontamento é que muitos líderes religiosos pensam erradamente que haverá
uma “[...] grande multidão que ninguém pode enumerar [...]” (Ap 7.9) dentro das
igrejas quando voltar ao normal. Enganação total, isto porque, a “[...]
grande multidão que ninguém pode enumerar, (é) de todas as nações, tribos,
povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de
vestiduras brancas, com palmas nas mãos” (Ap 7.9) que são glorificados diante
de Deus.
Não
fique decepcionado! Busque respostas nas Escrituras Sagradas e peça a Deus
orientação para você poder participar e estar para sempre com a multidão que
está no céu.
Rev. Salvador P. Santana
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