terça-feira, 25 de dezembro de 2018

1Jo.3.1-24 - OS FILHOS DE DEUS.


OS FILHOS DE DEUS, 1Jo.3.1-24.

Objetivo:         Reconhecer os verdadeiros filhos de Deus. 
Nar.:    A Bíblia ensina que a humanidade pode ser dividida em dois grupos distintos: criaturas de Deus e filhos de Deus.
            Todo ser humano é uma criatura de Deus, mas, nem toda criatura é um filho de Deus.
            Filhos são somente aqueles que acreditam e recebem a Jesus.
            O ensino bíblico sobre os filhos de Deus é chamado de doutrina da adoção.
            – CFW – XII – Adoção – “Todos os que são justificados é Deus servido, em seu único Filho Jesus Cristo e por ele, fazer participantes da graça da adoção. Por essa graça eles são recebidos no número dos filhos de Deus e gozam a liberdade e privilégios deles: têm sobre si o nome deles, recebem o Espírito de adoção, têm acesso com confiança ao trono da graça e são habilitados, a clamar ‘Abba, Pai’; são tratados com comiseração (compaixão, piedade), protegidos, providos e por ele corrigidos, como por um pai; nunca, porém, abandonados, mas selados para o dia de redenção, e herdam as promessas, como herdeiros da eterna salvação”.
            Paulo confirma dizendo que Deus “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”, Ef.1.5.
            A fim de que não haja dúvida quanto a nossa filiação, “[...] a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”, Jo.1.12. 
1 – O ser filho de Deus.
            O verdadeiro cristão é alguém que conhece a Deus e que “[...] é nascido (de) Deus”, 1Jo.2.29.
            O verdadeiro cristão é “todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”, 1Jo.3.9.
            Por este motivo, nós que somos “amados (de Deus, devemos) [...] amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.     
            Eu e você precisamos “[...] crê que Jesus é o Cristo (daí, somos) [...] nascidos de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou (o Pai) também ama ao que dele é nascido”, 1Jo.5.1, os homens escolhidos. 
            O mais importante é “saber que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca”, 1Jo.5.18.        
            O texto áureo começa dizendo: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”, 1Jo.3.1.
            Três lições importantes neste verso:
            O filho foi gerado por Deus.
            Ser filho de Deus não é apenas uma posição legal, mas de uma geração ou reprodução espiritual.
            Ser filho de Deus significa ser filho gerado, portanto é preciso “[...] a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”, Jo.1.12.
            Observe que a pessoa que recebe a Jesus torna-se um filho de Deus, por meio de um nascimento espiritual.
            Jesus explica que, “o que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”, Jo.3.6, “[...] a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.1.
            Trata-se de um novo nascimento ou um nascimento espiritual produzido pelo Espírito Santo.
            Ao nos chamar de “amados, (João fala que) agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”, 1Jo.3.2.
            O filho é uma expressão de amor.
            João fala que precisamos “ver que grande amor nos tem concedido o Pai [...]”, 1Jo.3.1.
            É a concessão do gracioso amor de Deus para conosco.
            João usa o adjetivo ‘grande’ para descrever o amor de Deus por nós tal como “[...] Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo.3.16.    
            O amor de Deus é grande em seu tamanho porque “ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”, Jo.15.13. 
            O amor de Deus é grande em sua durabilidade assim “de longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”, Jr.31.3.           
            O amor de Deus é grande em sua incondicionalidade porque “não nos teve o SENHOR afeição, nem nos escolheu porque fôssemos mais numerosos do que qualquer povo, pois éramos o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR nos amava e, para guardar o juramento que fizera a nossos pais, o SENHOR nos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão [...]”, Dt.7.7, 8.           
            O filho não é reconhecido pelo mundo.
            Pelo fato de João declarar “[...] de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”, 1Jo.3.1.
            Ser filho de Deus é uma intimidade espiritual imperceptível ao mundo.
            A nossa filiação ainda não é visível devido “a ardente expectativa da criação (ainda) aguarda a revelação dos filhos de Deus”, Rm.8.19.   
            Por este motivo, “irmãos, não nos maravilhemos (estranhar) se o mundo nos odeia”, 1Jo.3.13 porque “[...] não somos do mundo [...] (e) o mundo nos odeia”, Jo.15.19.        
Aplicação prática:       O filho de Deus nasceu espiritualmente;
            Deus gera seus filhos motivado pelo amor;
            A nossa filiação não é reconhecida pelo mundo.
2 – O perfil espiritual de um filho de Deus.
            João apresenta evidências que comprovam a identidade de um filho de Deus.
            Há muitas pessoas que se dizem crentes, mas não são. Olhamos para elas e não vemos sinais ou marcas de uma pessoa convertida por Deus.
            As marcas espirituais que identificam um filho de Deus:
            O filho de Deus está em processo de santificação.
            João fala da filiação como algo em desenvolvimento ao falar que somos “amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”, 1Jo.3.2.
            Neste verso, João apresenta três etapas ou três tempos da nossa filiação:
            1 – Passado – Antes da nossa conversão não éramos filhos de Deus, mas “[...] éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”, Ef.2.3.    
            Após a nossa escolha, “[...] somos filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.2;
            2 – Presente – “[...] agora, somos filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.2 quer o mundo reconheça ou não, mesmo porque, fomos “[...] resgatados [...] a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”, Gl.4.5;
            3 – Futuro - “[...] ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”, 1Jo.3.2.
            Não sabemos tudo sobre o nosso futuro, mas três coisas temos certeza: Jesus voltará ou aparecerá de forma visível e gloriosa; depois “[...] veremos como ele é”, 1Jo.3.2 e, finalmente, “[...] seremos semelhantes a ele [...]”, 1Jo.3.2.
            O filho de Deus não vive pecando ou na prática habitual do pecado.
            O verdadeiro filho de Deus foi liberto da escravidão do pecado.
            O filho de Deus não vive mais pecando de forma deliberada, ele “[...] a si mesmo se purifica [...]”, 1Jo.3.3.
            O pecado em sua vida passa a ser algo que não traz prazer ou satisfação.
            João usa fortes argumentos espirituais para provar que um crente não deve viver na prática constante do pecado:
            1 – Não devemos pecar porque Jesus morreu pelos nossos pecados e destruiu as obras do Diabo.
            Logo, é preciso “[...] a si mesmo se purificar todo o que nele tem esta esperança (ver Jesus), assim como ele é puro”, 1Jo.3.3.
            Precisamos entender que “todo aquele que pratica o pecado também transgride (quebra) a lei, porque o pecado é a transgressão da lei”, 1Jo.3.4.
            Então, devemos “saber também que ele (Jesus) se manifestou para tirar os (meus) pecados, e nele não existe pecado”, 1Jo.3.5.
            É preciso entender que, “aquele que pratica (continua) o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”, 1Jo.3.8.
            2 – Não devemos pecar, porque o Espírito Santo habita em nós para nos capacitar a vencer as tentações.
            João fala que “todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática (costumeiro) de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente (Espírito Santo); ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”, 1Jo.3.9.
            Pecar deliberadamente ou não pecar, “[...] são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça (integridade, pureza de vida, pensamento aceitável diante de Deus) não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”, 1Jo.3.10.
            Temos que compreender também que “[...] aquele que guarda os [...] mandamentos (de) Deus permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”, 1Jo.3.24.
            3 – Não devemos pecar, por causa da nossa condição espiritual.
            [...] O Filho de Deus [...] se manifestou [...] para destruir as obras do diabo”, 1Jo.3.8 em nós.
            E, sendo “[...] nascidos de Deus não vivemos na prática de pecado [...] porque (somos) [...] nascidos de Deus”, 1Jo.3.9.
            A nossa condição espiritual mostra que “[...] os filhos de Deus [...] pratica justiça [...] (e) ama a seu irmão”, 1Jo.3.10.
            4 – Não devemos pecar, por causa do nosso caráter.            O justo pratica a justiça, e, é por este motivo que João, tratando os servos de Deus como “filhinhos, (diz que) não (podemos) nos deixar enganar por ninguém (que se faz de servo); aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele (Jesus) é justo”, 1Jo.3.7 para nos dá o exemplo.
            [...] Deus é [...] justo [...]”, 1Jo.1.9 e “[...] Jesus Cristo [...] (é) Justo”, 1Jo.2.1 e os filhos devem viver praticando a justiça.
            O filho de Deus ama a seu irmão.
            A fim de entender esse amor, o texto fala que “todo aquele que permanece nele (Jesus) não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu”, 1Jo.3.6.
            João inicia relembrando o mandamento: “Porque a mensagem que ouvimos desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros”, 1Jo.3.11.
            Amar ao irmão é uma questão de vida ou de morte.
            O verdadeiro filho de Deus ama a seu irmão.
            Quatro níveis de relacionamento:
            1 – Homicídio: quem ama não mata.
            Quem ama não mata é “porque a mensagem que ouvimos desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros”, 1Jo.3.11.
            O exemplo é tirado do V.T. que fala que “não segundo Caim (imitando), que era do Maligno (Diabo) e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”, 1Jo.3.12 – inveja.
            2 – Ódio – quem ama não odeia.
            É preciso entender que, sendo “irmãos, não (podemos) nos maravilhar (admirar) se o mundo nos odeia”, 1Jo.3.13 e por ele nos odiar não é motivo para odiar a meu irmão.
            Ao aceitar Cristo Jesus como Senhor da nossa vida, “nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte”, 1Jo.3.14.
            A verdade é que, “todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, nós sabemos que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si”, 1Jo.3.15.
            3 – Indiferença.
            Quem ama não e indiferente à necessidade do outro porque “nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”, 1Jo.3.16.
            É por este motivo que, “[...] aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”, 1Jo.3.17.
            4 – Amor cristão.
            Quem ama faz pelo outro pelo motivo dos “Filhinhos (do Papai do céu), não amar de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”, 1Jo.3.18.
            Quando amamos e praticamos o nosso amor pelos irmãos, recebemos três benefícios espirituais:
            1 – Paz ou tranquilidade de coração.
            O amor ao próximo estando em nosso coração, “[...] conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele (Deus), tranquilizaremos o nosso coração”, 1Jo.3.19.
            Logo “pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas”, 1Jo.3.20 para apontar o erro para a nossa transformação.
            2 – Respostas às nossas orações.
            Após a análise e transformação da vida, “amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus”, 1Jo.3.21.
            E essa confiança nos dará condições sobre “[...] aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável”, 1Jo.3.22.
            3 – Permanência ou estabilidade espiritual.
            Para permanecer firme em Cristo, o texto aponta para “[...] o seu mandamento (de Deus que) é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou”, 1Jo.3.23.
            E o melhor pode acontecer com todos nós, porque “[...] aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”, 1Jo.3.24.
Aplicações práticas:    Você está crescendo em santificação?
            Você se sente incomodado em não amar ao seu irmão?

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2 e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3

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