OS FILHOS DE DEUS, 1Jo.3.1-24.
Objetivo: Reconhecer os verdadeiros filhos de
Deus.
Nar.: A Bíblia ensina que a humanidade pode ser
dividida em dois grupos distintos: criaturas de Deus e filhos de Deus.
Todo
ser humano é uma criatura de Deus, mas, nem toda criatura é um filho de Deus.
Filhos
são somente aqueles que acreditam e recebem a Jesus.
O
ensino bíblico sobre os filhos de Deus é chamado de doutrina da adoção.
–
CFW – XII – Adoção – “Todos os que são justificados é Deus servido, em seu
único Filho Jesus Cristo e por ele, fazer participantes da graça da adoção. Por
essa graça eles são recebidos no número dos filhos de Deus e gozam a liberdade
e privilégios deles: têm sobre si o nome deles, recebem o Espírito de adoção,
têm acesso com confiança ao trono da graça e são habilitados, a clamar ‘Abba,
Pai’; são tratados com comiseração (compaixão, piedade), protegidos, providos e
por ele corrigidos, como por um pai; nunca, porém, abandonados, mas selados
para o dia de redenção, e herdam as promessas, como herdeiros da eterna
salvação”.
Paulo
confirma dizendo que Deus “nos
predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade”, Ef.1.5.
A
fim de que não haja dúvida quanto a nossa filiação, “[...] a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”, Jo.1.12.
1 – O ser filho de Deus.
O
verdadeiro cristão é alguém que conhece a Deus e que “[...] é nascido (de) Deus”, 1Jo.2.29.
O
verdadeiro cristão é “todo aquele que é
nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a
divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”,
1Jo.3.9.
Por
este motivo, nós que somos “amados (de
Deus, devemos) [...] amar uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo
aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”, 1Jo.4.7.
Eu
e você precisamos “[...] crê que Jesus
é o Cristo (daí, somos) [...] nascidos de Deus; e todo aquele que ama ao que o
gerou (o Pai) também ama ao que dele é nascido”, 1Jo.5.1, os homens
escolhidos.
O
mais importante é “saber que todo
aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de
Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca”, 1Jo.5.18.
O
texto áureo começa dizendo: “Vede que
grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus;
e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece,
porquanto não o conheceu a ele mesmo”, 1Jo.3.1.
Três
lições importantes neste verso:
O
filho foi gerado por Deus.
Ser
filho de Deus não é apenas uma posição legal, mas de uma geração ou reprodução
espiritual.
Ser
filho de Deus significa ser filho gerado, portanto é preciso “[...] a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”,
Jo.1.12.
Observe
que a pessoa que recebe a Jesus torna-se um filho de Deus, por meio de um
nascimento espiritual.
Jesus
explica que, “o que é nascido da carne
é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”, Jo.3.6, “[...] a ponto de sermos chamados filhos de
Deus; e, de fato, somos filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.1.
Trata-se
de um novo nascimento ou um nascimento espiritual produzido pelo Espírito Santo.
Ao
nos chamar de “amados, (João fala que) agora,
somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos
que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de
vê-lo como ele é”, 1Jo.3.2.
O
filho é uma expressão de amor.
João
fala que precisamos “ver que grande
amor nos tem concedido o Pai [...]”, 1Jo.3.1.
É
a concessão do gracioso amor de Deus para conosco.
João
usa o adjetivo ‘grande’ para descrever o amor de Deus por nós tal como “[...] Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna”, Jo.3.16.
O
amor de Deus é grande em seu tamanho porque “ninguém
tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus
amigos”, Jo.15.13.
O
amor de Deus é grande em sua durabilidade assim “de
longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso,
com benignidade te atraí”, Jr.31.3.
O
amor de Deus é grande em sua incondicionalidade porque “não nos teve o SENHOR afeição, nem nos escolheu porque fôssemos
mais numerosos do que qualquer povo, pois éramos o menor de todos os povos, mas
porque o SENHOR nos amava e, para guardar o juramento que fizera a nossos pais,
o SENHOR nos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão [...]”,
Dt.7.7, 8.
O
filho não é reconhecido pelo mundo.
Pelo
fato de João declarar “[...] de sermos
chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o
mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”, 1Jo.3.1.
Ser
filho de Deus é uma intimidade espiritual imperceptível ao mundo.
A
nossa filiação ainda não é visível devido “a
ardente expectativa da criação (ainda) aguarda a revelação dos filhos de Deus”,
Rm.8.19.
Por
este motivo, “irmãos, não nos maravilhemos
(estranhar) se o mundo nos odeia”, 1Jo.3.13 porque “[...] não somos do mundo [...] (e) o mundo nos
odeia”, Jo.15.19.
Aplicação prática: O filho de Deus nasceu espiritualmente;
Deus
gera seus filhos motivado pelo amor;
A
nossa filiação não é reconhecida pelo mundo.
2 – O perfil espiritual de um
filho de Deus.
João
apresenta evidências que comprovam a identidade de um filho de Deus.
Há
muitas pessoas que se dizem crentes, mas não são. Olhamos para elas e não vemos
sinais ou marcas de uma pessoa convertida por Deus.
As
marcas espirituais que identificam um filho de Deus:
O
filho de Deus está em processo de santificação.
João
fala da filiação como algo em desenvolvimento ao falar que somos “amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda
não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”,
1Jo.3.2.
Neste
verso, João apresenta três etapas ou três tempos da nossa filiação:
1
– Passado – Antes da nossa conversão não éramos filhos de Deus, mas “[...] éramos, por natureza, filhos da ira,
como também os demais”, Ef.2.3.
Após a nossa escolha, “[...] somos filhos de Deus [...]”,
1Jo.3.2;
2
– Presente – “[...] agora, somos
filhos de Deus [...]”, 1Jo.3.2 quer o mundo reconheça ou não, mesmo
porque, fomos “[...] resgatados [...] a
fim de que recebêssemos a adoção de filhos”, Gl.4.5;
3
– Futuro - “[...] ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”,
1Jo.3.2.
Não
sabemos tudo sobre o nosso futuro, mas três coisas temos certeza: Jesus voltará
ou aparecerá de forma visível e gloriosa; depois “[...] veremos como ele é”, 1Jo.3.2 e, finalmente, “[...] seremos semelhantes a ele [...]”,
1Jo.3.2.
O
filho de Deus não vive pecando ou na prática habitual do pecado.
O
verdadeiro filho de Deus foi liberto da escravidão do pecado.
O
filho de Deus não vive mais pecando de forma deliberada, ele “[...] a si mesmo se purifica [...]”,
1Jo.3.3.
O
pecado em sua vida passa a ser algo que não traz prazer ou satisfação.
João
usa fortes argumentos espirituais para provar que um crente não deve viver na
prática constante do pecado:
1
– Não devemos pecar porque Jesus morreu pelos nossos pecados e destruiu as
obras do Diabo.
Logo,
é preciso “[...] a si mesmo se purificar
todo o que nele tem esta esperança (ver Jesus), assim como ele é puro”,
1Jo.3.3.
Precisamos
entender que “todo aquele que pratica o
pecado também transgride (quebra) a lei, porque o pecado é a transgressão da
lei”, 1Jo.3.4.
Então,
devemos “saber também que ele (Jesus) se
manifestou para tirar os (meus) pecados, e nele não existe pecado”,
1Jo.3.5.
É
preciso entender que, “aquele que
pratica (continua) o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde
o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do
diabo”, 1Jo.3.8.
2
– Não devemos pecar, porque o Espírito Santo habita em nós para nos capacitar
a vencer as tentações.
João
fala que “todo aquele que é nascido de
Deus não vive na prática (costumeiro) de pecado; pois o que permanece nele é a
divina semente (Espírito Santo); ora, esse não pode viver pecando, porque é
nascido de Deus”, 1Jo.3.9.
Pecar
deliberadamente ou não pecar, “[...]
são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não
pratica justiça (integridade, pureza de vida, pensamento aceitável diante de
Deus) não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”, 1Jo.3.10.
Temos
que compreender também que “[...] aquele
que guarda os [...] mandamentos (de) Deus permanece em Deus, e Deus, nele. E
nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”,
1Jo.3.24.
3
– Não devemos pecar, por causa da nossa condição espiritual.
“[...] O Filho de Deus [...] se manifestou [...]
para destruir as obras do diabo”, 1Jo.3.8 em nós.
E,
sendo “[...] nascidos de Deus não vivemos
na prática de pecado [...] porque (somos) [...] nascidos de Deus”,
1Jo.3.9.
A
nossa condição espiritual mostra que “[...]
os filhos de Deus [...] pratica justiça [...] (e) ama a seu irmão”,
1Jo.3.10.
4
– Não devemos pecar, por causa do nosso caráter. O justo pratica a justiça, e, é por este motivo que João,
tratando os servos de Deus como “filhinhos,
(diz que) não (podemos) nos deixar enganar por ninguém (que se faz de servo);
aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele (Jesus) é justo”,
1Jo.3.7 para nos dá o exemplo.
“[...] Deus é [...] justo [...]”,
1Jo.1.9 e “[...] Jesus Cristo [...] (é)
Justo”, 1Jo.2.1 e os filhos devem viver praticando a justiça.
O
filho de Deus ama a seu irmão.
A
fim de entender esse amor, o texto fala que “todo
aquele que permanece nele (Jesus) não vive pecando; todo aquele que vive
pecando não o viu, nem o conheceu”, 1Jo.3.6.
João
inicia relembrando o mandamento: “Porque
a mensagem que ouvimos desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros”,
1Jo.3.11.
Amar
ao irmão é uma questão de vida ou de morte.
O
verdadeiro filho de Deus ama a seu irmão.
Quatro
níveis de relacionamento:
1
– Homicídio: quem ama não mata.
Quem
ama não mata é “porque a mensagem que
ouvimos desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros”,
1Jo.3.11.
O
exemplo é tirado do V.T. que fala que “não
segundo Caim (imitando), que era do Maligno (Diabo) e assassinou a seu irmão; e
por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”,
1Jo.3.12 – inveja.
2
– Ódio – quem ama não odeia.
É
preciso entender que, sendo “irmãos,
não (podemos) nos maravilhar (admirar) se o mundo nos odeia”, 1Jo.3.13 e
por ele nos odiar não é motivo para odiar a meu irmão.
Ao
aceitar Cristo Jesus como Senhor da nossa vida, “nós
sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele
que não ama permanece na morte”, 1Jo.3.14.
A
verdade é que, “todo aquele que odeia a
seu irmão é assassino; ora, nós sabemos que todo assassino não tem a vida
eterna permanente em si”, 1Jo.3.15.
3
– Indiferença.
Quem
ama não e indiferente à necessidade do outro porque “nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e
devemos dar nossa vida pelos irmãos”, 1Jo.3.16.
É
por este motivo que, “[...] aquele que
possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”,
1Jo.3.17.
4
– Amor cristão.
Quem
ama faz pelo outro pelo motivo dos “Filhinhos
(do Papai do céu), não amar de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”,
1Jo.3.18.
Quando
amamos e praticamos o nosso amor pelos irmãos, recebemos três benefícios
espirituais:
1
– Paz ou tranquilidade de coração.
O
amor ao próximo estando em nosso coração, “[...]
conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele (Deus), tranquilizaremos
o nosso coração”, 1Jo.3.19.
Logo
“pois, se o nosso coração nos acusar,
certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas”,
1Jo.3.20 para apontar o erro para a nossa transformação.
2
– Respostas às nossas orações.
Após
a análise e transformação da vida, “amados,
se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus”, 1Jo.3.21.
E
essa confiança nos dará condições sobre “[...]
aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e
fazemos diante dele o que lhe é agradável”, 1Jo.3.22.
3
– Permanência ou estabilidade espiritual.
Para
permanecer firme em Cristo, o texto aponta para “[...]
o seu mandamento (de Deus que) é este: que creiamos em o nome de seu Filho,
Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou”,
1Jo.3.23.
E
o melhor pode acontecer com todos nós, porque “[...]
aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto
conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”, 1Jo.3.24.
Aplicações práticas: Você está crescendo em santificação?
Você
se sente incomodado em não amar ao seu irmão?
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2
e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3
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