segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Rm.5.1-11 - JUSTIÇA PERFEITA - A certeza do perdão.


JUSTIÇA PERFEITA – A certeza do perdão, Rm.5.1-11.



Introd.:           A doutrina da justificação pela graça “[...] mediante a fé [...]”, Rm.5.1 é o ponto principal sobre o qual está fundamentada a fé cristã.

            [...] A fé [...] (em) nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1 é a “artéria da graça” pela qual fluem os demais privilégios da vida cristã.

            O fundamento da nossa justificação não é a fé, mas a justiça de Cristo, que é imputada a nós pela fé.

            O Deus santo não pode ter comunhão com um pecador, por este motivo somos “justificados (torna justo), pois, mediante a fé, (só então) temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.

            O salmista já declarava: “Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá?”, Sl.130.3.

            Deus é perfeito e sabe de todas as coisas é por este motivo que, “por intermédio de (Jesus de) quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça (da justiça perfeita) na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus”, Rm.5.2.

            Os nossos pecados sempre são uma afronta à santidade de Deus. Eles precisam ser expiados.                            

            Devemos ser como Davi que reconheceu de “que (não) há quem possa discernir as próprias faltas [...] (então é preciso pedir perdão) absolve-me das que me são ocultas”, Sl.19.12.

            Como pode Deus nos considerar justos sendo ele santo?

            Como pode o homem pecador se tornar justo aos olhos de Deus?

            A justiça perfeita mostra que [...]

1 – Justo é o Senhor.

            Deus é essencial, absoluta e perfeitamente justo em si mesmo e em todas as suas relações.

            Deus é o Deus que “ama a justiça e odeia a iniquidade [...]”, Sl.45.7.               

            Na justiça de Deus, vemos estampada a sua glória porque “dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer”, Rm.5.7.

            Jó pergunta: “Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce de mulher, para ser justo? Eis que Deus não confia nem nos seus santos; nem os céus são puros aos seus olhos”, Jó 15.14, 15.

            Justo é o Senhor “porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”, Rm.5.6 para nos tornar perfeitos e íntegros em Sua presença.

            Após falar sobre a justificação, a qual é mediante a fé, Paulo diz que “[...] temos paz com Deus [...]”, Rm.5.1.

            A paz é o produto da nossa fé em “[...] nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.

            A fé mais a justificação, que é o ato de Deus como juiz declarando o homem justo, tem como resultado a paz com Deus.

            Essa paz indica todas as variedades de bênçãos favoráveis a nós que cria o sentimento de bem-estar.

            Essa paz é oposta a anterior inimizade criada pelo pecado, logo, o fruto da fé é o caminho da reconciliação com Deus.

            A base de toda essa paz é a obra de Cristo na cruz do calvário.

            Eis a razão de o apóstolo dizer que é “[...] por meio de nosso Senhor Jesus [...]”, Rm.5.1.

            Por meio de Cristo recebemos todas as bênçãos espirituais, a justiça perfeita, a nossa paz pelo motivo de o Senhor ser justo.

            A justiça perfeita fala sobre [...]

2 – O justificador dos humanamente injustificáveis.

            Não é somente a paz que é produzida, mas também o livre acesso a Deus.

            O acesso é a permissão ou a liberdade de chegar perto de Deus para comunicar-se com ele através de Jesus.

            Não existe diferença de doador, ele é o mesmo, o próprio Cristo, ou seja é por intermédio de (Jesus) [...]”, Rm.5.2 que entramos no estado de graça.

            É somente através do nosso Mestre de [...] quem obtivemos igualmente acesso [...]”, Rm.5.2.

            Ainda mais, é “por intermédio (dele, Jesus) [...] (e) pela fé, (que) estamos firmes [...]”, 2.

            Sabemos que a glória de Deus é o fim para o qual ele criou o homem.

            Por isso “[...] gloriamo-nos (orgulho, louvar, alegrar) [...]”, Rm.5.2 por causa dessa liberdade.

            O nosso desejo deve ser o de estar com Cristo neste mundo e no porvir.

            Devemos saber que enquanto estivermos neste mundo será apenas uma esperança.

            O [...] acesso (que temos) [...] a esta graça (de ser justificado se baseia) [...] na esperança (ir para o céu) da glória de Deus”, Rm.5.2.

            Eis o motivo da certeza do cumprimento – Cristo é a nossa esperança.

            O acesso direto a Deus, a ousadia de conversarmos com ele, o direito à liberdade, este é o justificador dos humanamente injustificáveis.

            Mas, embora sendo justificados, não impede de passarmos pela tribulação.

            Tribulação no latim é tribulum – o mangual – instrumento utilizado na debulha de grãos, constituído por um cabo e um batedor de madeira unida por correias.

            Tribulação nada mais é do que aflição, tormento, contrariedade, adversidade.

            Primeiro o apóstolo diz que o cristão se alegra na graça de Deus depois fala que temos liberdade de acesso.

            Agora ele diz que “[...] nos gloriamos (ter orgulho, louvar, alegrar) nas próprias tribulações (?) [...]”, Rm.5.3.

            Quando somos aprovados, aí sim, ficamos alegres.

            Quando o texto fala: “e não somente isto [...] (sobre) a esperança da glória de Deus [...] mas também [...] nas tribulações [...] (o texto nos revela que precisamos) saber que a tribulação (sofrimento) produz perseverança (para viver ao lado de Cristo)”, Rm.5.2, 3.

            E a perseverança (ao lado de Jesus produz) [...] experiência (de vida justificada); e a experiência, esperança (de vida eterna)”, Rm.5.4.

            Ora, (conforme o texto) a esperança não confunde (a nossa mente porque somos de Cristo) [...]”, Rm.5.5.

            O motivo da nossa justificação Melhor é “[...] porque o amor de Deus (gratuito) é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (enviado pelo Pai e pelo Filho), que nos foi outorgado (oferecido para nos consolar)”, Rm.5.5.

            O Dr. Lucas, companheiro de Paulo e escritor de um dos evangelhos e de Atos dos Apóstolos já dizia que é “[...] através de muitas tribulações, (que) nos importa entrar no reino de Deus”, At.14.22.

            A alegria é porque sofremos? Não.

            A nossa maior alegria é porque sabemos que somos fracos, mas Deus é forte e sempre está pronto a socorrer aqueles que o buscam.

            Paulo bem sabia em quem podia confiar, na própria trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

            Assim como Paulo, injustificável, devemos buscar o produto a justiça de Deus que pode encher os nossos corações.

            A justiça perfeita fala sobre [...]

3 – A condenação que nos liberta.

            A única condenação que nos liberta é “[...] Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”, Rm.5.6, nós, para nos conceder não a justificação, mas também a salvação.

            A justiça de Deus não nos condena porque Deus nos revestiu com a justiça de Cristo.

            É por este motivo que “[...] Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8.

            A morte de Cristo na cruz prova que “dificilmente, alguém morreria por um justo (obedece as leis); pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer”, Rm.5.7.

            Essa missão coube a Jesus, o Filho de Deus, “logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (vindoura e do poder maligno)”, Rm.5.9.

            Jesus Cristo é o único que cumpriu perfeitamente a justiça divina.

            Jesus em Jesus podemos ser, e de fato somos, declarados justos.

            A graça nos justifica na justiça de Cristo. Não é a fé que nos justifica, mas, é Deus quem nos justifica em Cristo nos comunicando essa benção pela fé. Sem a graça não haverá fé.

            A justiça perfeita aponta [...]

4 – Um perdão legal: um novo status.

            Houve um tempo em que “[...] nós, quando inimigos (de Cristo, aconteceu uma ruptura, o novo nascimento através de Jesus ao sermos libertos do poder do Diabo) [...]”, Rm.5.10.

            A partir desse mover do Espírito Santo em nosso coração, “[...] fomos reconciliados (voltar a obter a graça) com Deus [...]”, Rm.5.10.

            A “[...] reconciliação [...] (aconteceu) porque [...] (erámos) inimigos (afastados da comunhão) com Deus [...]”, Rm.5.10.

            Essa “[...] reconciliação com Deus (não é porque eu sou bom, membro da igreja, filho deste ou daquele. É) mediante a morte do seu Filho (Jesus Cristo, o nosso Salvador) [...]”, Rm.5.10.

            É por este motivo que “[...] muito mais, estando já reconciliados (perdoados, santificados), seremos salvos pela sua vida (de Cristo)”, Rm.5.10.

            A justiça perfeita fala sobre a [...]

Conclusão:      Gloriar-se em Deus.

            Quando o texto fala: “e não apenas isto [...]”, Rm.5.11 é porque “[...] somos salvos pela sua vida (de Cristo)”, Rm.5.10, então haverá muito mais bênçãos sobre as nossas vidas.

            É por este motivo que “[...] também nos gloriamos (honra) em Deus (não pela nossa bondade, capacidade ou condição de vencer todas as coisas) [...]”, Rm.5.11.

            A “[...] gloria (que temos) em Deus (é) por nosso Senhor Jesus Cristo [...]”, Rm.5.11 que nos torna justos diante de Deus.

            Então, é “[...] por intermédio de Jesus (que) recebemos, agora, a reconciliação”, Rm.5.11 com aquele que é o Deus irado contra todo pecado.





            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.                  

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