JUSTIÇA
PERFEITA
– A certeza do perdão, Rm.5.1-11.
Introd.: A
doutrina da justificação pela graça “[...] mediante a fé [...]”, Rm.5.1 é o ponto
principal sobre o qual está fundamentada a fé cristã.
“[...]
A fé [...] (em) nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1 é a “artéria da graça” pela qual fluem os
demais privilégios da vida cristã.
O
fundamento da nossa justificação não é a fé, mas a justiça de Cristo, que é
imputada a nós pela fé.
O
Deus santo não pode ter comunhão com um pecador, por este motivo somos “justificados
(torna justo), pois, mediante a fé, (só então) temos paz com Deus por meio de
nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm.5.1.
O
salmista já declarava: “Se observares, SENHOR, iniquidades, quem,
Senhor, subsistirá?”, Sl.130.3.
Deus
é perfeito e sabe de todas as coisas é por este motivo que, “por
intermédio de (Jesus de) quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta
graça (da justiça perfeita) na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança
da glória de Deus”,
Rm.5.2.
Os
nossos pecados sempre são uma afronta à santidade de Deus. Eles precisam ser
expiados.
Devemos
ser como Davi que reconheceu de “que (não) há quem possa
discernir as próprias faltas [...] (então é preciso pedir perdão) absolve-me
das que me são ocultas”, Sl.19.12.
Como
pode Deus nos considerar justos sendo ele santo?
Como
pode o homem pecador se tornar justo aos olhos de Deus?
A justiça perfeita mostra que [...]
1 – Justo é o Senhor.
Deus
é essencial, absoluta e perfeitamente justo em si mesmo e em todas as suas
relações.
Deus
é o Deus que “ama a justiça e odeia a iniquidade [...]”, Sl.45.7.
Na
justiça de Deus, vemos estampada a sua glória porque “dificilmente,
alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a
morrer”,
Rm.5.7.
Jó
pergunta: “Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce de
mulher, para ser justo? Eis que Deus não confia nem nos seus santos; nem os
céus são puros aos seus olhos”, Jó 15.14, 15.
Justo
é o Senhor “porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos,
morreu a seu tempo pelos ímpios”, Rm.5.6 para nos tornar perfeitos e íntegros em Sua presença.
Após falar sobre a justificação, a
qual é mediante a fé, Paulo diz que “[...] temos paz com Deus [...]”, Rm.5.1.
A paz é o produto da nossa fé em “[...] nosso Senhor Jesus
Cristo”, Rm.5.1.
A fé mais a justificação, que é o
ato de Deus como juiz declarando o homem justo, tem como resultado a paz com
Deus.
Essa paz indica todas as variedades
de bênçãos favoráveis a nós que cria o sentimento de bem-estar.
Essa paz é oposta a anterior
inimizade criada pelo pecado, logo, o fruto da fé é o caminho da reconciliação
com Deus.
A base de toda essa paz é a obra de
Cristo na cruz do calvário.
Eis a razão de o apóstolo dizer que é “[...] por meio de nosso Senhor
Jesus [...]”, Rm.5.1.
Por meio de Cristo recebemos todas
as bênçãos espirituais, a justiça perfeita, a nossa paz pelo motivo de o Senhor
ser justo.
A justiça perfeita fala sobre [...]
2 – O justificador dos humanamente injustificáveis.
Não é somente a paz que é produzida,
mas também o livre acesso a Deus.
O acesso é a permissão ou a liberdade de chegar perto de Deus para
comunicar-se com ele através de Jesus.
Não existe
diferença de doador, ele é o mesmo, o próprio Cristo, ou seja é “por intermédio de (Jesus) [...]”,
Rm.5.2 que entramos no estado de graça.
É somente através do nosso Mestre de
“[...]
quem obtivemos igualmente acesso [...]”, Rm.5.2.
Ainda mais, é “por intermédio (dele, Jesus) [...]
(e) pela fé, (que) estamos firmes [...]”,
2.
Sabemos que a glória de Deus é o fim
para o qual ele criou o homem.
Por isso “[...] gloriamo-nos (orgulho,
louvar, alegrar) [...]”, Rm.5.2 por causa
dessa liberdade.
O nosso desejo deve ser o de estar
com Cristo neste mundo e no porvir.
Devemos saber que enquanto
estivermos neste mundo será apenas uma esperança.
O “[...] acesso (que temos) [...]
a esta graça (de ser justificado se baseia) [...] na esperança (ir para o céu) da
glória de Deus”,
Rm.5.2.
Eis o motivo da certeza do
cumprimento – Cristo é a nossa esperança.
O acesso direto a Deus, a ousadia de
conversarmos com ele, o direito à liberdade, este é o justificador dos
humanamente injustificáveis.
Mas, embora sendo justificados, não
impede de passarmos pela tribulação.
Tribulação no latim é tribulum – o
mangual – instrumento utilizado na debulha de grãos, constituído por um cabo e
um batedor de madeira unida por correias.
Tribulação nada mais é do que
aflição, tormento, contrariedade, adversidade.
Primeiro o apóstolo diz que o
cristão se alegra na graça de Deus depois fala que temos liberdade de acesso.
Agora ele diz que “[...] nos gloriamos (ter orgulho,
louvar, alegrar) nas próprias tribulações (?) [...]”, Rm.5.3.
Quando somos aprovados, aí sim,
ficamos alegres.
Quando o texto fala: “e não somente isto [...] (sobre) a
esperança da glória de Deus [...] mas também [...] nas tribulações [...] (o
texto nos revela que precisamos) saber que a tribulação (sofrimento) produz
perseverança (para viver ao lado de Cristo)”,
Rm.5.2, 3.
“E
a perseverança (ao lado de Jesus produz) [...] experiência (de vida
justificada); e a experiência, esperança (de vida eterna)”, Rm.5.4.
“Ora, (conforme o texto) a esperança não confunde (a nossa
mente porque somos de Cristo) [...]”,
Rm.5.5.
O motivo da nossa justificação Melhor
é “[...] porque o
amor de Deus (gratuito) é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo
(enviado pelo Pai e pelo Filho), que nos foi outorgado (oferecido para nos
consolar)”, Rm.5.5.
O Dr. Lucas, companheiro de Paulo e
escritor de um dos evangelhos e de Atos dos Apóstolos já dizia que é “[...] através de muitas
tribulações, (que) nos importa entrar no reino de Deus”, At.14.22.
A alegria é porque sofremos? Não.
A nossa maior alegria é porque
sabemos que somos fracos, mas Deus é forte e sempre está pronto a socorrer
aqueles que o buscam.
Paulo bem sabia em quem podia
confiar, na própria trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Assim como Paulo, injustificável, devemos
buscar o produto a justiça de Deus que pode encher os nossos corações.
A justiça perfeita fala sobre [...]
3 – A condenação que nos liberta.
A
única condenação que nos liberta é “[...] Cristo, quando nós
ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”, Rm.5.6, nós, para nos
conceder não a justificação, mas também a salvação.
A
justiça de Deus não nos condena porque Deus nos revestiu com a justiça de
Cristo.
É
por este motivo que “[...] Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm.5.8.
A
morte de Cristo na cruz prova que “dificilmente, alguém
morreria por um justo (obedece as leis); pois poderá ser que pelo bom alguém se
anime a morrer”,
Rm.5.7.
Essa missão coube a Jesus, o Filho
de Deus, “logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu
sangue, seremos por ele salvos da ira (vindoura e do poder maligno)”, Rm.5.9.
Jesus
Cristo é o único que cumpriu perfeitamente a justiça divina.
Jesus
em Jesus podemos ser, e de fato somos, declarados justos.
A
graça nos justifica na justiça de Cristo. Não é a fé que nos justifica, mas, é
Deus quem nos justifica em Cristo nos comunicando essa benção pela fé. Sem a
graça não haverá fé.
A
justiça perfeita aponta [...]
4 – Um perdão legal: um novo status.
Houve
um tempo em que “[...] nós, quando inimigos (de Cristo, aconteceu uma
ruptura, o novo nascimento através de Jesus ao sermos libertos do poder do
Diabo) [...]”,
Rm.5.10.
A
partir desse mover do Espírito Santo em nosso coração, “[...]
fomos reconciliados (voltar a obter a graça) com Deus [...]”, Rm.5.10.
A “[...]
reconciliação [...] (aconteceu) porque [...] (erámos) inimigos (afastados da
comunhão) com Deus [...]”, Rm.5.10.
Essa
“[...] reconciliação com Deus (não é porque eu sou bom, membro da
igreja, filho deste ou daquele. É) mediante a morte do seu Filho (Jesus Cristo,
o nosso Salvador) [...]”, Rm.5.10.
É
por este motivo que “[...] muito mais, estando já reconciliados
(perdoados, santificados), seremos salvos pela sua vida (de Cristo)”, Rm.5.10.
A
justiça perfeita fala sobre a [...]
Conclusão: Gloriar-se em Deus.
Quando
o texto fala: “e não apenas isto [...]”, Rm.5.11 é porque “[...]
somos salvos pela sua vida (de Cristo)”, Rm.5.10, então haverá muito mais bênçãos sobre as
nossas vidas.
É
por este motivo que “[...] também nos gloriamos (honra) em Deus (não
pela nossa bondade, capacidade ou condição de vencer todas as coisas) [...]”, Rm.5.11.
A “[...]
gloria (que temos) em Deus (é) por nosso Senhor Jesus Cristo [...]”, Rm.5.11 que nos torna
justos diante de Deus.
Então,
é “[...] por intermédio de Jesus (que) recebemos, agora, a
reconciliação”,
Rm.5.11 com aquele que é o Deus irado contra todo pecado.
Adaptado pelo Rev. Salvador P.
Santana para Estudo – Palavra viva – O
credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister
Maia Pereira da Costa.
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