quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

A LIÇÃO DO CARVÃO VEGETAL.


A LIÇÃO DO CARVÃO VEGETAL

            Imagine que alguma pessoa o ofenda. Você fica cheio de ira, indignação, raiva, furor, ódio, rancor e amargura. Traga à memória que essa tal pessoa seja uma camisa branca estendida em um varal.

            Para se vingar do seu ofensor, você pega um punhado de carvão e começa atirar sobre a camisa branca. Ao atirar você está lançando toda a sua raiva, rancor, ódio e indignação até atingir por completo a alvura desta camisa, porém nem todos os resíduos irão atingi-la.

            Ao olhar em um espelho você verá que todo o seu corpo, da cabeça aos pés e toda a sua roupa e sapatos estão mais lambuzados que a própria camisa do seu suposto algoz.

            Veja bem! Ao invés de você atingir somente o seu provável inimigo, perceberá que a sua própria maldade e sujidade se espalhou não apenas sobre a camisa branca, mas ficou muito mais impregnada sobre você.

            É desta forma, sujo, emporcalhado, que o homem ofendido pode ficar quando ele deseja revidar lançando outras maldades sobre aquele que o agravou.

            A sabedoria de Jesus alerta para “tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12).

            Caso você aja da mesma forma que os outros agem contra você, pense em como ficará este mundo? E, em se tratando de crentes, como fica a sua situação diante do Juiz de todos, Jesus Cristo? Não será melhor perder?

            Paulo faz um alerta ao dizer que “o só existir entre nós demandas já é completa derrota para nós outros. (Então) por que não sofrer, antes, a injustiça? Por que não sofrer, antes, o dano? Mas eles mesmos fazem a injustiça e fazem o dano, e isto aos próprios irmãos!” (1Co 6.7, 8).

            Logo, então, o desejo de Deus é que o homem mude o seu modo de agir, pensar e tratar as pessoas. Paulo instrui ao povo de Deus de que ele deve “viver, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo [...] (a fim de) que estejam firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica [...] (e mais que urgente) nada fazer por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp.1.27; 2.3).

            Todos os servos de Deus precisam aprender a viver bem uns com os outros. Não importa se rico, pobre, negro ou branco, servo de Deus ou incrédulo, criança ou ancião.

            O que importa é que você trate o outro de acordo com os princípios estabelecidos no Livro que orienta e dirige a vida do homem, a Bíblia Sagrada.

            Os conselhos são diversos e entre eles são cobrados de cada um que viva “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor [...] (é preciso também) revestir-se, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. (Eis o motivo de Pedro) rogar [...]aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (Ef 4.2; Cl 3.12; 1Pe 5.5).

            Que a lição do carvão sirva para alertar a todo o povo de Deus de que, antes de atirar o carvão, pense na possibilidade que você também ficará igual ou pior em sujidade do que a camisa do seu adversário.

            Rev. Salvador P. Santana

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