A LIÇÃO DO CARVÃO VEGETAL
Imagine
que alguma pessoa o ofenda. Você fica cheio de ira, indignação, raiva, furor,
ódio, rancor e amargura. Traga à memória que essa tal pessoa seja uma camisa
branca estendida em um varal.
Para
se vingar do seu ofensor, você pega um punhado de carvão e começa atirar sobre
a camisa branca. Ao atirar você está lançando toda a sua raiva, rancor, ódio e
indignação até atingir por completo a alvura desta camisa, porém nem todos os
resíduos irão atingi-la.
Ao
olhar em um espelho você verá que todo o seu corpo, da cabeça aos pés e toda a
sua roupa e sapatos estão mais lambuzados que a própria camisa do seu suposto
algoz.
Veja
bem! Ao invés de você atingir somente o seu provável inimigo, perceberá que a
sua própria maldade e sujidade se espalhou não apenas sobre a camisa branca,
mas ficou muito mais impregnada sobre você.
É
desta forma, sujo, emporcalhado, que o homem ofendido pode ficar quando ele
deseja revidar lançando outras maldades sobre aquele que o agravou.
A
sabedoria de Jesus alerta para “tudo quanto, pois, quereis que os homens vos
façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt
7.12).
Caso
você aja da mesma forma que os outros agem contra você, pense em como ficará
este mundo? E, em se tratando de crentes, como fica a sua situação diante do
Juiz de todos, Jesus Cristo? Não será melhor perder?
Paulo
faz um alerta ao dizer que “o só existir entre nós demandas já é completa
derrota para nós outros. (Então) por que não sofrer, antes, a injustiça? Por
que não sofrer, antes, o dano? Mas eles mesmos fazem a injustiça e fazem o
dano, e isto aos próprios irmãos!” (1Co 6.7, 8).
Logo,
então, o desejo de Deus é que o homem mude o seu modo de agir, pensar e tratar
as pessoas. Paulo instrui ao povo de Deus de que ele deve “viver, acima de
tudo, por modo digno do evangelho de Cristo [...] (a fim de) que estejam firmes
em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica [...] (e
mais que urgente) nada fazer por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp.1.27; 2.3).
Todos os
servos de Deus precisam aprender a viver bem uns com os outros. Não importa se rico,
pobre, negro ou branco, servo de Deus ou incrédulo, criança ou ancião.
O que
importa é que você trate o outro de acordo com os princípios estabelecidos no
Livro que orienta e dirige a vida do homem, a Bíblia Sagrada.
Os
conselhos são diversos e entre eles são cobrados de cada um que viva “com toda
a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor [...] (é preciso também) revestir-se, pois, como eleitos de Deus, santos e
amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de
mansidão, de longanimidade. (Eis o motivo de Pedro) rogar [...]aos jovens: sede
submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros,
cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos
humildes concede a sua graça” (Ef 4.2; Cl 3.12; 1Pe 5.5).
Que a
lição do carvão sirva para alertar a todo o povo de Deus de que, antes de
atirar o carvão, pense na possibilidade que você também ficará igual ou pior em
sujidade do que a camisa do seu adversário.
Rev.
Salvador P. Santana
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