segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Mt.25.31-46 - O ACERTO DE CONTAS – O juízo final.

O ACERTO DE CONTAS – O juízo final, Mt.25.31-46.

 

Introd.:           Vivemos em um mundo marcado por valores contraditórios e ambivalentes.

            O secularismo faz com que os valores sejam limitados apenas a este mundo, nutrindo menosprezo ou desinteresse condenatório pelo transcendente.

            A mistificação da fé leva o homem a projetar a sua “fé” de forma enganosa, infantil e irracional, falando de “energia”, “fluídos”, “pensamento positivo”, “energia das pirâmides”, e de outras crendices.

            Tanto para o secularismo quanto para a mistificação parece não haver o juízo final de Deus.

            Os primeiros negam o transcendente ou não se importa; o segundo, por crer, de alguma forma em um tipo de “purificação da alma”, ou na “bondade opcional do ser humano”.

            Assim, todos serão de alguma forma “salvos” de uma condenação que, na prática, não existe.

            Outra ideia caminha de mãos dadas com essas é a de que o juízo final se realiza todos os dias (Albert Camus – filósofo francês), conforme a escolha voluntária do homem, que é senhor de seus atos, sendo o tempo (Tribunal do Tempo, Sólon – poeta grego), ou a história o tribunal do mundo (Friedrich Shiller – historiador alemão).

            De fato, o juízo de Deus também acontece na história (dilúvio, Sodoma e Gomorra, exílios assírio e babilônico).

            A Bíblia fala também do juízo final, quando haverá a consumação da história, “[...] tendo (todos os homens) de prestar contas”, Hb.4.13 de suas palavras e pensamentos a Deus.

            O acerto de contas fala sobre [...]

1 – A necessidade e o propósito do juízo final.

            O pecado trouxe consigo a necessidade da manifestação do juízo de Deus.

            [...] O SENHOR Deus [...] deu ordem (à Adão e Eva): [...] De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, Gn.2.16, 17 espiritualmente, ficando separados de Deus.

            A morte física veio como consequência do pecado “portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Rm.5.12.

            Deus protelou a execução da sua sentença “pondo inimizade entre (a serpente) e a mulher [...] e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”, Gn.3.15.

            Com isso Deus concedeu oportunidade ao homem para se arrepender “por amor do [...] nome (de) Deus, retardou a sua ira e por causa da [...] honra (de Deus) Ele conteve [...] para que [...] não venha a exterminar (o homem)”, Is.48.9.

            Pedro declara que “não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo (paciente) para conosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”, 2Pe.3.9.

            O juízo de Deus entrou em processo de concretização, tornando a vida uma caminhada para a morte.

            O pecado sujeitou o homem ao juízo histórico e eterno, por isso, “[...] todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”, Mt.5.22

            Precisamos saber que “os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo (talvez mais rápido), ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam”, 1Tm.5.24.

            A verdade é “quem [...] crê (em) Jesus não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”, Jo.3.18.

            Ficamos perplexos quando o mal parece esmagar o bem, quando “[...] dizemos: Inútil é servir a Deus [...] guardar os seus preceitos [...] pois, nós reputamos por felizes os soberbos (arrogante); também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam”, Ml.3.14, 15.

            Os propósitos do juízo final [...]

            A – Manifestar a glória de Deus.

            Pelo fato de “[...] o Filho do Homem [...] se assentar no trono da sua glória”, Mt.25.31 é motivo para todos os homens perceber que somente Jesus merece toda honra e glória.

            A CFW, capítulo 33, parágrafo II declara: “O fim que Deus tem em vista, determinando esse dia, é manifestar a sua glória - a glória da sua misericórdia na salvação dos eleitos e a glória da sua justiça na condenação dos réprobos, que são injustos e desobedientes [...]”.

            O objetivo de Satanás, ou “[...] o deus deste século (é) cegar o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”, 2Co.4.4.

            Para os salvos, “[...] que [...] das trevas lhes resplandeceu a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”, 2Co.4.6.

            Além de “[...] todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra [...] se dobrar [...] ao nome de Jesus [...]”, Fp.2.10, também “[...] está escrito (que Satanás) [...] ao Senhor [...] adorarás e só a ele darás culto”, Lc.4.8.

            [...] O Dia do Senhor [...] (está) chegando [...]”, 2Ts.2.2 “e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”, Fp.2.11.

            O acerto de contas serve para [...]

            B – Tornar público o seu propósito eterno.

            Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele [...]”, Mt.25.31 “[...] todo olho o verá [...]”, Ap.1.7, homens ímpios e eleitos, anjos bons e maus.

            O propósito de Deus é [...]

            C – Consumar a história salvífica.

            No advento de Cristo, “[...] o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”, 1Ts.4.16.

            Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”, 1Ts.4.17.

            Neste momento Jesus “[...] se assentará no trono da sua glória”, Mt.25.31.

            Como será o julgamento final, “[...] todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, Mt.25.32.

            Cada um receberá a sentença do seu destino eterno.

            Jesus “[...] porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda”, Mt.25.33.

            A sentença se concretizará quando “então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita (os salvos): Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”, Mt.25.34.

            Até mesmo para os ímpios “então, o (mesmo) Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda (os perdidos): Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, Mt.25.41.

            O acerto de contas fala sobre [...]

2 – O dia e a duração do juízo final.

            Quando vier o Filho do Homem na sua majestade [...]”, Mt.25.31 é mais certo afirmar que “[...] a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”, Mt.24.36.

            A ordem para todos é: “[...] Vigiai, porque não sabemos em que dia vem o nosso Senhor”, Mt.24.42.

            O melhor para poucos e pior para muitos é que “[...] à hora em que não cuidamos, o Filho do Homem virá”, Mt.24.44.

            O próprio Deus “[...] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”, At.17.31.

            Quanto a duração do juízo, não temos elementos bíblicos para precisar com exatidão.

            Quando a Bíblia fala que foi “[...] estabelecido um dia [...]”, At.17.31 do juízo, não precisamos pensar em um dia de 24h.

            O juízo não carecerá de investigação, análise de provas, testemunhas.

            O juiz supremo é onisciente e conhece perfeitamente o nosso coração e todos os nossos atos na história.

            O acerto de contas fala sobre [...]

            3 – O juiz e a integridade do seu juízo.

            O acerto de contas apresenta [...]

            A – O juiz e os seus auxiliares.

            O juiz é “[...] o Filho do Homem [...]”, Mt.25.31.

            Esse mesmo “[...] Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”, Lc.19.10.

            Quando vier o Filho do Homem [...] (ele) se assentará no trono da sua glória”, Mt.25.31 para julgar todos os homens.

            Note bem que “[...] todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, Mt.25.32.

            [...] Porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda”, Mt.25.33.

            Este julgamento é o julgamento do Trino Deus onde “[...] todos compareceremos perante o tribunal de Deus”, Rm.14.10.

            [...] Cada um receberá segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”, 2Co.5.10.

            Jesus aponta para tudo aquilo que fizemos ou deixamos de fazer quando Ele “[...] teve fome [...] sede [...] era forasteiro [...]”, Mt.25.35, “estava nu [...] enfermo [...] preso [...]”, Mt.25.36, “[...] sempre que o fizemos a um [...] (dos) [...] pequeninos irmãos, a Jesus o fizemos”, Mt.25.40 ou deixamos de fazer.

            Jesus será auxiliado por “[...] todos os anjos com ele [...]”, Mt.25.31.

            O Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade”, Mt.13.41.

            A missão será dos anjos de “[...] lançarem na fornalha acesa [...]”, Mt.13.42 todos os condenados.

            Esses anjos virão “em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus (ímpios) e contra os que não obedecem ao evangelho (estão dentro da igreja) de nosso Senhor Jesus”, 2Ts.1.8.

            Os eleitos glorificados “[...] se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão [...]”, Mt.12.41.

            Estes eleitos glorificados “[...] quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também eles assentarão em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel”, Mt.19.28.

            Sim, “[...] os santos hão de julgar o mundo [...] (e) haverá de julgar os próprios anjos [...]”, 1Co.6.2, 3.

            O tipo de participação que teremos nesse juízo é difícil de determinar.

            O acerto de contas fala sobre [...]

            B – A integridade do juízo de Cristo.

            [...] Jesus [...] é competente para julgar vivos e mortos”, 1Pe.4.5.

            Na primeira vinda “[...] Jesus foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça (foram injustos rejeitando a mensagem de salvação) [...]”, At.8.32, 33.

            Sendo assim, o juízo de Jesus será:

            A – O “[...] justo juízo de Deus”, Rm.2.5;

            B – “[...] O [...] juízo (de) Jesus [...] é verdadeiro, porque não (é) [...] Ele só, porém Jesus e aquele que (o) [...] enviou (o Pai)”, Jo.8.16;

            C – Jesus se “[...] assentará no trono [...] e julgará retamente”, Sl.9.4;

            D – Jesus “[...] julgará [...] sem acepção de pessoas [...] segundo as obras de cada um [...]”, 1Pe.1.17;

            E – O “[...] julgamento [...] (será revelador porque) o Senhor [...] trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus”, 1Co.4.5.

            O juízo de Cristo será íntegro devido à sua própria natureza e também devido à sua consciência, “[...] pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido (e) [...] Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os segredos dos homens [...]”, Mt.10.26; Rm.2.16.

            O acerto de contas fala sobre [...]                

4 – A amplitude do julgamento.

            Há muitas dúvidas de quem enfrentará o juízo de Deus.

            Devemos ficar atentos porque [...]    

            A – Todos os homens individualmente serão julgados.

            Precisamos saber que “[...] Deus [...] (é) o Juiz de todos (os homens) [...]”, Hb.12.23.

            A responsabilidade é pessoal, portanto, “[...] de toda palavra frívola (precipitado, vão, imprudente) que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas nossas palavras, seremos justificados e, pelas nossas palavras, seremos condenados”, Mt.12.36, 37.

            Então, “[...] cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”, Rm.14.12 “[...] para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”, 2Co.5.10.

            A pergunta de Paulo continua insistente: “[...] Pensas que te livrarás do juízo de Deus?”, Rm.2.3.

            Os eleitos serão julgados não para condenação, visto que “[...] já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.

            Mas no que se refere ao galardão, “se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão (prêmio, recompensa. Ou seja) [...] cada um receberá o seu louvor da parte de Deus”, 1Co.3.14, 4.5.

            Esse prêmio ou “[...] galardão (será) dado aos [...] servos (de) Deus, os profetas, aos santos e aos que temem o [...] nome (do Senhor), tanto aos pequenos como aos grandes [...]”, Ap.11.18.

            O acerto de contas se dará contra [...]

            B – Os anjos réprobos.

            Todos os “[...] anjos [...] que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele (Deus) tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia”, Jd.6.

            Por este motivo “[...] Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo”, 2Pe.2.4.

            É por isso que, quando Jesus expulsou demônios do Gadareno, os demônios “[...] gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?”, Mt.8.29.

            Quando Jesus começou o seu ministério terreno, “chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora (naqueles dias) o seu príncipe (estava) sendo expulso (do coração dos homens)”, Jo.12.31.

            O acerto de contas fala sobre [...]

5 – O critério e a duração.

            O acerto de contas esclarece sobre [...]

            A – O critério de julgamento.

            O critério fundamental do juízo final será a vontade revelada de Deus, tendo como elemento decisório a aceitação ou rejeição de Cristo como Salvador pessoal.

            O evangelho de João declara: “Quem [...] rejeita Jesus e não recebe as suas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que Jesus tem proferido, essa o julgará no último dia”, Jo.12.48.

            Portanto, “[...] não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (Jesus Cristo)”, At.4.12.

            [...] Serão julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça”, 2Ts.2.12.

            É bom lembrar de que “[...] a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”, Hb.4.12.

            Todos serão julgados “[...] de toda palavra frívola (fala coisas vazias e sem sentido, palavra vã sem seriedade) que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo”, Mt.12.36.

            [...] Vindo (o) Filho do Homem [...] na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”, Mt.16.27.

            As obras são “porque Jesus teve fome, e lhe deste de comer [...] sede [...] deu de beber; era forasteiro [...] hospedou”, Mt.25.35, “estava nu [...] vestiu; enfermo [...] visitou; preso [...] foi ver”, Mt.25.36.

            Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome [...] sede [...]”, Mt.25.37, “[...] forasteiro [...] nu [...]”, Mt.25.38, “[...] enfermo ou preso [...]?”, Mt.25.39.

            O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”, Mt.25.40.

            Os condenados serão condenados “porque Jesus teve fome, e não lhe deste de comer; teve sede, e não lhe deu de beber”, Mt.25.42, “sendo forasteiro, não o [...] hospedou; estando nu, não (o) [...] vestiu; achando-se enfermo e preso, não fostes ver”, Mt.25.43.

            Estes condenados também “[...] lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?”, Mt.25.44.

            A “[...] resposta (de) Jesus: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer”, Mt.25.45.

            O pior é que “[...] estes irão para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”, Mt.25.46.

            Todos os [...] homens (terão) os (seus) segredos [...] julgados, de conformidade com o [...] evangelho (de) Jesus”, Rm.2.16.

            Não se engane, “pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado”, Mc.4.22.

            Biblicamente não temos como precisar se os pecados dos eleitos serão ou não publicados; todavia, se isso acontecer, será apenas para realçar ainda mais a glória do Salvador.

            O acerto de contas [...]

            B – Para os ímpios.

            Na promulgação do juízo daqueles que rejeitam, o juiz levará em consideração “aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”, Lc.12.48.

            Os homens que viveram a partir da nova dispensação (os dias de Cristo), estarão sujeitos a maior severidade no juízo, devido a possibilidade de acesso à completa revelação de Deus (Escritura).

            Aqueles que desfrutaram de maiores estímulos externos para o conhecimento salvador de Cristo, mas permaneceram rebeldes, serão condenados, pois “[...] haverá menos rigor para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade (ou homem que rejeitou a salvação em Cristo Jesus)”, Mt.10.15.

            Do mesmo modo, aqueles que se “[...] tornam [...] mestres, sabe que haverá de receber maior juízo”, Tg.3.1 caso ele tenha sido um “[...] falso profeta [...] falso mestre, os quais introduzem, dissimuladamente (hipocrisia), heresias (opinião contrária) destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”, 2Pe.2.1.

            Por outro lado, os que não tiveram conhecimento da Palavra de Deus escrita serão julgados e condenados, tendo como base o grau de revelação que possuíam.

            Fique sabendo que “[...] o eterno poder de Deus [...] a sua própria divindade, claramente se reconhecem [...] sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato”, Rm.1.20, 21.

            Outro problema é sobre “[...] a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada”, Mt.12.31.

            É o abandono deliberado da fé evangélica por parte daqueles que desfrutaram da sua realidade e seus privilégios.

            É o atribuir a Satanás, de forma consciente, deliberada, arrogante e despreocupada, o que é obra do Espírito Santo de Deus.

            Para esses a penalidade será a mais severa de todas porque “é impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”, Hb.6.4-6.

            É certo que, “[...] se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. (Daí) De quanto mais severo castigo [...] será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado [...]”, Hb.10.26, 27, 29.

            O acerto de contas [...]

            C – Para os salvos.

            A salvação é obra da graça de Deus, isto porque, “[...] já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.

            Deus “[...] nos deu vida juntamente com Jesus, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós [...]”, Cl.2.13, 14.

            Como vivemos aqui na terra, usando os talentos que Deus nos confiou para o seu serviço, a nossa fidelidade integral à Palavra de Deus, redundará no “galardão”.

            [...] Depois de havermos feito quanto nos foi ordenado, dizemos: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”, Lc.17.10.

            Deus deseja que seus filhos mostrem a fé por meio das obras “amando, porém, os seus inimigos, fazendo o bem e emprestando, sem esperar nenhuma paga; será grande o nosso galardão [...]”, Lc.6.35.

            Logo, “[...] qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? [...]”, Tg.2.14.

            Aquele que tem fé é “[...] feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.

            O acerto de contas fala sobre [...]

            D – A duração.

            A salvação e a condenação promulgadas por Cristo serão eternas; a categoria “tempo” já não existirá.

            Não haverá oportunidade de retrocesso nem nova chance.

            Tudo estará completamente consumado quando, “então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, Mt.25.41.

            Neste mesmo instante, os malditos “[...] irão [...] para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”, Mt.25.46.

            Consumado o acerto de contas, “[...] a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”, Ap.20.14, 15.

            O acerto de contas fala sobre as [...]

6 – Atitudes diante da certeza do juízo final.

            O juízo final não deve causar horror em nossas vidas, mas sim, adoração e glorificar a Deus que tem nas mãos a nossa vida.

            No juízo final irá se concretizar a salvação eterna do povo escolhido de Deus e a libertação do pecado e de Satanás.

            Com a aproximação do juízo final, deve haver [...]

            A – Arrependimento dos pecados passados.

            Precisamos saber que “[...] Deus não leva em conta os tempos da (nossa) ignorância [...] (precisamos) notificar aos homens (especial, eu e você) que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”, At.17.30, 31.

            Ao chegar o Dia final haverá [...]

            B – Expectativa confiante de nossa completa redenção.

            A nossa maior expectativa é saber que “[...] Cristo [...] (se) ofereceu uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”, Hb.9.28.

            Quando se aproximar o fim, eu e você podemos ter [...]

            C – Confiança.

            É preciso ter em cada coração “[...] que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança (em Deus) [...]”, 1Jo.4.17.

            No Dia em que Cristo voltar, será “[...] o tempo determinado [...] para se dar o galardão aos [...] servos (de) Deus, os profetas, aos santos e aos que temem o [...] nome (do Senhor), tanto aos pequenos como aos grandes [...]”, Ap.11.18.

            Quando se aproximar o fim será cobrado o [...]

            D – Uso de nossos talentos.

            Deus pedirá contas dos “[...] seus bens (que Ele) nos confiou [...] a um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco [...] o que recebera dois ganhou outros dois [...] o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor”, Mt.24.14-18.

            A certeza que podemos ter é que “depois de muito tempo, voltará o senhor [...] e ajustará contas com (seus) servos [...]”, Mt.25.19.

            Para alguns “[...] o senhor dirá: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. (Para outros) porém, responderá, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria [...] que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez”, Mt.25.21, 26-28.

            No retorno de Cristo haverá [...]

            E – Alegria, “exultação [...] (para todos os) santos [...] porque Deus [...] julgará a nossa causa”, Ap.18.20.

            No retorno de Cristo será [...]

            F – Entregue a Deus todas as injustiças sofridas.

            É por este motivo que “não (podemos) nos vingar a nós mesmos [...] (o nosso dever é) dar lugar à ira; porque está escrito: A mim (Deus) me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”, Rm.12.19.

            Antes do grande Dia da volta de Cristo, devemos [...]

            G – Proclamar o juízo.

            A proclamação do juízo não é uma tentativa de “converter” o homem pelo temor; mas sim no testemunho real do desígnio final de Deus.

            O anúncio do evangelho engloba “[...] a justiça de Deus que se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé (deve ser anunciado também) [...] que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os segredos dos homens, de conformidade com o seu evangelho”, Rm.1.17; 2.16.

Conclusão:      A história caminha de forma irreversível para o Dia do juízo, quando Cristo, o Senhor da história, julgará todos os homens.

            Jesus Cristo julgará conforme a Sua Palavra registrada nas Escrituras.

            Eu e você estamos cientes desse Dia.

Aplicação:       Você acha que está preparado para o Dia do juízo final?

            Saber que essa Dia chegará estimula o seu trabalho evangelístico?

 

            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.                       

Nenhum comentário:

Postar um comentário