Introd.: Vivemos
em um mundo marcado por valores contraditórios e ambivalentes.
O
secularismo faz com que os valores sejam limitados apenas a este mundo,
nutrindo menosprezo ou desinteresse condenatório pelo transcendente.
A
mistificação da fé leva o homem a projetar a sua “fé” de forma enganosa,
infantil e irracional, falando de “energia”, “fluídos”, “pensamento positivo”,
“energia das pirâmides”, e de outras crendices.
Tanto
para o secularismo quanto para a mistificação parece não haver o juízo final de
Deus.
Os
primeiros negam o transcendente ou não se importa; o segundo, por crer, de
alguma forma em um tipo de “purificação da alma”, ou na “bondade opcional do
ser humano”.
Assim,
todos serão de alguma forma “salvos” de uma condenação que, na prática, não
existe.
Outra
ideia caminha de mãos dadas com essas é a de que o juízo final se realiza todos
os dias (Albert Camus – filósofo francês), conforme a escolha voluntária do
homem, que é senhor de seus atos, sendo o tempo (Tribunal do Tempo, Sólon –
poeta grego), ou a história o tribunal do mundo (Friedrich Shiller –
historiador alemão).
De
fato, o juízo de Deus também acontece na história (dilúvio, Sodoma e Gomorra,
exílios assírio e babilônico).
A
Bíblia fala também do juízo final, quando haverá a consumação da história, “[...]
tendo (todos os homens) de prestar contas”, Hb.4.13 de suas palavras e pensamentos a Deus.
O
acerto de contas fala sobre [...]
1 – A necessidade e o propósito do juízo final.
O pecado trouxe consigo a
necessidade da manifestação do juízo de Deus.
“[...]
O SENHOR Deus [...] deu ordem (à Adão e Eva): [...] De toda árvore do jardim
comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, Gn.2.16, 17
espiritualmente, ficando separados de Deus.
A
morte física veio como consequência do pecado “portanto, assim
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Rm.5.12.
Deus
protelou a execução da sua sentença “pondo inimizade entre (a
serpente) e a mulher [...] e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar”, Gn.3.15.
Com
isso Deus concedeu oportunidade ao homem para se arrepender “por
amor do [...] nome (de) Deus, retardou a sua ira e por causa da [...] honra (de
Deus) Ele conteve [...] para que [...] não venha a exterminar (o homem)”, Is.48.9.
Pedro
declara que “não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a
julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo (paciente) para conosco, não
querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”, 2Pe.3.9.
O
juízo de Deus entrou em processo de concretização, tornando a vida uma
caminhada para a morte.
O
pecado sujeitou o homem ao juízo histórico e eterno, por isso, “[...]
todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento;
e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal;
e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”, Mt.5.22
Precisamos
saber que “os pecados de alguns homens são notórios e levam a
juízo (talvez mais rápido), ao passo que os de outros só mais tarde se
manifestam”,
1Tm.5.24.
A
verdade é “quem [...] crê (em) Jesus não é julgado; o que não
crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”, Jo.3.18.
Ficamos
perplexos quando o mal parece esmagar o bem, quando “[...]
dizemos: Inútil é servir a Deus [...] guardar os seus preceitos [...] pois, nós
reputamos por felizes os soberbos (arrogante); também os que cometem impiedade
prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam”, Ml.3.14, 15.
Os
propósitos do juízo final [...]
A –
Manifestar a glória de Deus.
Pelo
fato de “[...] o Filho do Homem [...] se assentar no trono da
sua glória”,
Mt.25.31 é motivo para todos os homens perceber que somente Jesus merece toda
honra e glória.
A CFW, capítulo 33, parágrafo II
declara: “O fim que Deus tem em vista,
determinando esse dia, é manifestar a sua glória - a glória da sua misericórdia
na salvação dos eleitos e a glória da sua justiça na condenação dos réprobos,
que são injustos e desobedientes [...]”.
O objetivo de Satanás, ou “[...] o deus deste século (é) cegar o
entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”, 2Co.4.4.
Para
os salvos, “[...] que [...] das trevas lhes resplandeceu a luz,
ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória
de Deus, na face de Cristo”, 2Co.4.6.
Além
de “[...] todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra [...]
se dobrar [...] ao nome de Jesus [...]”, Fp.2.10, também “[...] está escrito
(que Satanás) [...] ao Senhor [...] adorarás e só a ele darás culto”, Lc.4.8.
“[...]
O Dia do Senhor [...] (está) chegando [...]”, 2Ts.2.2 “e toda língua confessará
que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”, Fp.2.11.
O
acerto de contas serve para [...]
B –
Tornar público o seu propósito eterno.
“Quando
vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele [...]”, Mt.25.31 “[...]
todo olho o verá [...]”, Ap.1.7, homens ímpios e eleitos, anjos bons e maus.
O
propósito de Deus é [...]
C –
Consumar a história salvífica.
No
advento de Cristo, “[...] o Senhor mesmo, dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”, 1Ts.4.16.
“Depois,
nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre
nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com
o Senhor”,
1Ts.4.17.
Neste
momento Jesus “[...] se assentará no trono da sua glória”, Mt.25.31.
Como
será o julgamento final, “[...] todas as nações serão reunidas em sua
presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as
ovelhas”,
Mt.25.32.
Cada
um receberá a sentença do seu destino eterno.
Jesus
“[...] porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda”, Mt.25.33.
A
sentença se concretizará quando “então, dirá o Rei aos que
estiverem à sua direita (os salvos): Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na
posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”, Mt.25.34.
Até
mesmo para os ímpios “então, o (mesmo) Rei dirá também aos que
estiverem à sua esquerda (os perdidos): Apartai-vos de mim, malditos, para o
fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, Mt.25.41.
O
acerto de contas fala sobre [...]
2 – O dia e a duração do juízo final.
“Quando
vier o Filho do Homem na sua majestade [...]”, Mt.25.31 é mais certo afirmar que “[...]
a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
senão o Pai”,
Mt.24.36.
A ordem para todos é: “[...]
Vigiai, porque não sabemos em que dia vem o nosso Senhor”, Mt.24.42.
O
melhor para poucos e pior para muitos é que “[...] à hora em que
não cuidamos, o Filho do Homem virá”, Mt.24.44.
O
próprio Deus “[...] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo
com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o
dentre os mortos”,
At.17.31.
Quanto
a duração do juízo, não temos elementos bíblicos para precisar com exatidão.
Quando
a Bíblia fala que foi “[...] estabelecido um dia [...]”, At.17.31 do juízo, não
precisamos pensar em um dia de 24h.
O
juízo não carecerá de investigação, análise de provas, testemunhas.
O
juiz supremo é onisciente e conhece perfeitamente o nosso coração e todos os
nossos atos na história.
O acerto
de contas fala sobre [...]
3
– O juiz e a integridade do seu juízo.
O
acerto de contas apresenta [...]
A –
O juiz e os seus auxiliares.
O
juiz é “[...] o Filho do Homem [...]”, Mt.25.31.
Esse
mesmo “[...] Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”, Lc.19.10.
“Quando
vier o Filho do Homem [...] (ele) se assentará no trono da sua glória”, Mt.25.31 para julgar
todos os homens.
Note bem que “[...]
todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros,
como o pastor separa dos cabritos as ovelhas”, Mt.25.32.
“[...]
Porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda”, Mt.25.33.
Este
julgamento é o julgamento do Trino Deus onde “[...] todos
compareceremos perante o tribunal de Deus”, Rm.14.10.
“[...]
Cada um receberá segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”, 2Co.5.10.
Jesus
aponta para tudo aquilo que fizemos ou deixamos de fazer quando Ele “[...]
teve fome [...] sede [...] era forasteiro [...]”, Mt.25.35, “estava nu [...]
enfermo [...] preso [...]”, Mt.25.36, “[...] sempre que o fizemos a um [...] (dos)
[...] pequeninos irmãos, a Jesus o fizemos”, Mt.25.40 ou deixamos de fazer.
Jesus
será auxiliado por “[...] todos os anjos com ele [...]”, Mt.25.31.
“O
Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os
escândalos e os que praticam a iniquidade”, Mt.13.41.
A
missão será dos anjos de “[...] lançarem na fornalha acesa [...]”, Mt.13.42 todos os
condenados.
Esses
anjos virão “em chama de fogo, tomando vingança contra os que não
conhecem a Deus (ímpios) e contra os que não obedecem ao evangelho (estão
dentro da igreja) de nosso Senhor Jesus”, 2Ts.1.8.
Os
eleitos glorificados “[...] se levantarão, no Juízo, com esta
geração e a condenarão [...]”, Mt.12.41.
Estes
eleitos glorificados “[...] quando, na regeneração, o Filho do
Homem se assentar no trono da sua glória, também eles assentarão em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel”, Mt.19.28.
Sim,
“[...] os santos hão de julgar o mundo [...] (e) haverá de julgar
os próprios anjos [...]”, 1Co.6.2, 3.
O
tipo de participação que teremos nesse juízo é difícil de determinar.
O
acerto de contas fala sobre [...]
B –
A integridade do juízo de Cristo.
“[...]
Jesus [...] é competente para julgar vivos e mortos”, 1Pe.4.5.
Na primeira
vinda “[...] Jesus foi levado como ovelha ao matadouro; e,
como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na
sua humilhação, lhe negaram justiça (foram injustos rejeitando a mensagem de
salvação) [...]”,
At.8.32, 33.
Sendo
assim, o juízo de Jesus será:
A –
O “[...] justo juízo de Deus”, Rm.2.5;
B –
“[...] O [...] juízo (de) Jesus [...] é verdadeiro, porque não (é)
[...] Ele só, porém Jesus e aquele que (o) [...] enviou (o Pai)”, Jo.8.16;
C –
Jesus se “[...] assentará no trono [...] e julgará retamente”, Sl.9.4;
D –
Jesus “[...] julgará [...] sem acepção de pessoas [...]
segundo as obras de cada um [...]”, 1Pe.1.17;
E –
O “[...] julgamento [...] (será revelador porque) o Senhor [...]
trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os
desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de
Deus”, 1Co.4.5.
O
juízo de Cristo será íntegro devido à sua própria natureza e também devido à
sua consciência, “[...] pois nada há encoberto, que não venha a ser
revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido (e) [...] Deus, por meio de
Cristo Jesus, julgará os segredos dos homens [...]”, Mt.10.26; Rm.2.16.
O
acerto de contas fala sobre [...]
4 – A amplitude do julgamento.
Há
muitas dúvidas de quem enfrentará o juízo de Deus.
Devemos
ficar atentos porque [...]
A –
Todos os homens individualmente serão julgados.
Precisamos
saber que “[...] Deus [...] (é) o Juiz de todos (os homens)
[...]”,
Hb.12.23.
A
responsabilidade é pessoal, portanto, “[...] de toda palavra
frívola (precipitado, vão, imprudente) que proferirem os homens, dela darão
conta no Dia do Juízo; porque, pelas nossas palavras, seremos justificados e,
pelas nossas palavras, seremos condenados”, Mt.12.36, 37.
Então,
“[...] cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”, Rm.14.12 “[...]
para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do
corpo”,
2Co.5.10.
A
pergunta de Paulo continua insistente: “[...] Pensas que te
livrarás do juízo de Deus?”, Rm.2.3.
Os eleitos serão julgados não para
condenação, visto que “[...] já nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.
Mas
no que se refere ao galardão, “se permanecer a obra de alguém que sobre o
fundamento edificou, esse receberá galardão (prêmio, recompensa. Ou seja)
[...]
cada um receberá o seu louvor da parte de Deus”, 1Co.3.14, 4.5.
Esse
prêmio ou “[...] galardão (será) dado aos [...] servos (de)
Deus, os profetas, aos santos e aos que temem o [...] nome (do Senhor), tanto
aos pequenos como aos grandes [...]”, Ap.11.18.
O
acerto de contas se dará contra [...]
B –
Os anjos réprobos.
Todos
os “[...] anjos [...] que não guardaram o seu estado original, mas
abandonaram o seu próprio domicílio, ele (Deus) tem guardado sob trevas, em
algemas eternas, para o juízo do grande Dia”, Jd.6.
Por
este motivo “[...] Deus não poupou anjos quando pecaram, antes,
precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para
juízo”,
2Pe.2.4.
É
por isso que, quando Jesus expulsou demônios do Gadareno, os demônios “[...]
gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos
antes de tempo?”,
Mt.8.29.
Quando
Jesus começou o seu ministério terreno, “chegou o momento de ser
julgado este mundo, e agora (naqueles dias) o seu príncipe (estava) sendo expulso
(do coração dos homens)”, Jo.12.31.
O
acerto de contas fala sobre [...]
5 – O critério e a duração.
O
acerto de contas esclarece sobre [...]
A – O critério de julgamento.
O
critério fundamental do juízo final será a vontade revelada de Deus, tendo como
elemento decisório a aceitação ou rejeição de Cristo como Salvador pessoal.
O
evangelho de João declara: “Quem [...] rejeita Jesus e não recebe as suas
palavras tem quem o julgue; a própria palavra que Jesus tem proferido, essa o
julgará no último dia”, Jo.12.48.
Portanto,
“[...] não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não
existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos (Jesus Cristo)”, At.4.12.
“[...]
Serão julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário,
deleitaram-se com a injustiça”, 2Ts.2.12.
É
bom lembrar de que “[...] a palavra de Deus é viva, e eficaz, e
mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos
e propósitos do coração”, Hb.4.12.
Todos
serão julgados “[...] de toda palavra frívola (fala coisas vazias e
sem sentido, palavra vã sem seriedade) que proferirem os homens, dela darão
conta no Dia do Juízo”, Mt.12.36.
“[...] Vindo (o) Filho do
Homem [...] na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a
cada um conforme as suas obras”, Mt.16.27.
As
obras são “porque Jesus teve fome, e lhe deste de
comer [...] sede [...] deu de beber; era forasteiro [...] hospedou”, Mt.25.35, “estava nu [...] vestiu; enfermo [...] visitou; preso [...] foi ver”, Mt.25.36.
“Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com
fome [...] sede [...]”, Mt.25.37, “[...]
forasteiro [...] nu [...]”, Mt.25.38, “[...] enfermo
ou preso [...]?”, Mt.25.39.
“O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre
que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”, Mt.25.40.
Os
condenados serão condenados “porque Jesus teve fome, e não lhe
deste de comer; teve sede, e não lhe deu de beber”, Mt.25.42, “sendo forasteiro, não o [...] hospedou; estando nu, não (o) [...] vestiu;
achando-se enfermo e preso, não fostes ver”, Mt.25.43.
Estes
condenados também “[...] lhe perguntarão: Senhor,
quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e
não te assistimos?”, Mt.25.44.
A
“[...] resposta (de) Jesus: Em verdade vos digo que,
sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes
de fazer”, Mt.25.45.
O pior é que “[...] estes irão para o castigo eterno, porém os justos, para a
vida eterna”, Mt.25.46.
Todos
os “[...]
homens (terão) os (seus) segredos [...] julgados, de conformidade com o [...] evangelho
(de) Jesus”,
Rm.2.16.
Não
se engane, “pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e
nada se faz escondido, senão para ser revelado”, Mc.4.22.
Biblicamente
não temos como precisar se os pecados dos eleitos serão ou não publicados;
todavia, se isso acontecer, será apenas para realçar ainda mais a glória do
Salvador.
O
acerto de contas [...]
B –
Para os ímpios.
Na
promulgação do juízo daqueles que rejeitam, o juiz levará em consideração “aquele,
porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação
levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será
exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”, Lc.12.48.
Os
homens que viveram a partir da nova dispensação (os dias de Cristo), estarão
sujeitos a maior severidade no juízo, devido a possibilidade de acesso à
completa revelação de Deus (Escritura).
Aqueles
que desfrutaram de maiores estímulos externos para o conhecimento salvador de
Cristo, mas permaneceram rebeldes, serão condenados, pois “[...]
haverá menos rigor para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela
cidade (ou homem que rejeitou a salvação em Cristo Jesus)”, Mt.10.15.
Do
mesmo modo, aqueles que se “[...] tornam [...] mestres, sabe que haverá de
receber maior juízo”, Tg.3.1 caso ele tenha sido um “[...] falso profeta [...]
falso mestre, os quais introduzem, dissimuladamente (hipocrisia), heresias (opinião
contrária) destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”, 2Pe.2.1.
Por
outro lado, os que não tiveram conhecimento da Palavra de Deus escrita serão
julgados e condenados, tendo como base o grau de revelação que possuíam.
Fique
sabendo que “[...] o eterno poder de Deus [...] a sua própria
divindade, claramente se reconhecem [...] sendo percebidos por meio das coisas
que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo
conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças;
antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o
coração insensato”,
Rm.1.20, 21.
Outro
problema é sobre “[...] a blasfêmia contra o Espírito não será
perdoada”,
Mt.12.31.
É o
abandono deliberado da fé evangélica por parte daqueles que desfrutaram da sua
realidade e seus privilégios.
É o
atribuir a Satanás, de forma consciente, deliberada, arrogante e despreocupada,
o que é obra do Espírito Santo de Deus.
Para
esses a penalidade será a mais severa de todas porque “é
impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa
palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível
outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão
crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”, Hb.6.4-6.
É
certo que, “[...] se vivermos deliberadamente em pecado, depois
de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício
pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo
vingador prestes a consumir os adversários. (Daí) De quanto mais severo castigo
[...] será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e
profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado [...]”, Hb.10.26, 27, 29.
O
acerto de contas [...]
C –
Para os salvos.
A
salvação é obra da graça de Deus, isto porque, “[...] já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.
Deus
“[...] nos deu vida juntamente com Jesus, perdoando todos os
nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós [...]”, Cl.2.13, 14.
Como
vivemos aqui na terra, usando os talentos que Deus nos confiou para o seu
serviço, a nossa fidelidade integral à Palavra de Deus, redundará no
“galardão”.
“[...]
Depois de havermos feito quanto nos foi ordenado, dizemos: Somos servos
inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”, Lc.17.10.
Deus deseja que seus filhos mostrem
a fé por meio das obras “amando, porém, os seus inimigos, fazendo o
bem e emprestando, sem esperar nenhuma paga; será grande o nosso galardão [...]”, Lc.6.35.
Logo,
“[...] qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não
tiver obras? [...]”,
Tg.2.14.
Aquele
que tem fé é “[...] feitura (de) Deus, criados em Cristo Jesus
para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”, Ef.2.10.
O
acerto de contas fala sobre [...]
D –
A duração.
A
salvação e a condenação promulgadas por Cristo serão eternas; a categoria
“tempo” já não existirá.
Não
haverá oportunidade de retrocesso nem nova chance.
Tudo
estará completamente consumado quando, “então, o Rei dirá também
aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, Mt.25.41.
Neste
mesmo instante, os malditos “[...] irão [...] para o castigo eterno, porém
os justos, para a vida eterna”, Mt.25.46.
Consumado
o acerto de contas, “[...] a morte e o inferno foram lançados para
dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém
não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago
de fogo”,
Ap.20.14, 15.
O
acerto de contas fala sobre as [...]
6 – Atitudes diante da certeza do juízo final.
O
juízo final não deve causar horror em nossas vidas, mas sim, adoração e
glorificar a Deus que tem nas mãos a nossa vida.
No juízo final irá se concretizar a
salvação eterna do povo escolhido de Deus e a libertação do pecado e de
Satanás.
Com
a aproximação do juízo final, deve haver [...]
A –
Arrependimento dos pecados passados.
Precisamos
saber que “[...] Deus não leva em conta os tempos da (nossa) ignorância
[...] (precisamos) notificar aos homens (especial, eu e você) que todos, em
toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o
mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de
todos, ressuscitando-o dentre os mortos”, At.17.30, 31.
Ao
chegar o Dia final haverá [...]
B –
Expectativa confiante de nossa completa redenção.
A nossa
maior expectativa é saber que “[...] Cristo [...] (se) ofereceu uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos
que o aguardam para a salvação”, Hb.9.28.
Quando
se aproximar o fim, eu e você podemos ter [...]
C –
Confiança.
É
preciso ter em cada coração “[...] que, no Dia do Juízo, mantenhamos
confiança (em Deus) [...]”, 1Jo.4.17.
No
Dia em que Cristo voltar, será “[...] o tempo determinado [...]
para se dar o galardão aos [...] servos (de) Deus, os profetas, aos santos e
aos que temem o [...] nome (do Senhor), tanto aos pequenos como aos grandes
[...]”,
Ap.11.18.
Quando
se aproximar o fim será cobrado o [...]
D –
Uso de nossos talentos.
Deus
pedirá contas dos “[...] seus bens (que Ele) nos confiou [...] a
um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua
própria capacidade; e, então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu
imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco [...] o que recebera
dois ganhou outros dois [...] o que recebera um, saindo, abriu uma cova e
escondeu o dinheiro do seu senhor”, Mt.24.14-18.
A
certeza que podemos ter é que “depois de muito tempo, voltará o senhor [...]
e ajustará contas com (seus) servos [...]”, Mt.25.19.
Para
alguns “[...] o senhor dirá: Muito bem, servo bom e fiel;
foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
(Para outros) porém, responderá, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que
ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria [...] que entregasses
o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é
meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez”, Mt.25.21, 26-28.
No
retorno de Cristo haverá [...]
E –
Alegria, “exultação [...] (para todos os) santos [...] porque
Deus [...] julgará a nossa causa”, Ap.18.20.
No
retorno de Cristo será [...]
F –
Entregue a Deus todas as injustiças sofridas.
É
por este motivo que “não (podemos) nos vingar a nós mesmos [...] (o
nosso dever é) dar lugar à ira; porque está escrito: A mim (Deus) me pertence a
vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”, Rm.12.19.
Antes do grande Dia da volta de
Cristo, devemos [...]
G –
Proclamar o juízo.
A
proclamação do juízo não é uma tentativa de “converter” o homem pelo temor; mas
sim no testemunho real do desígnio final de Deus.
O
anúncio do evangelho engloba “[...] a justiça de Deus que se revela no
evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé (deve ser
anunciado também) [...] que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os segredos
dos homens, de conformidade com o seu evangelho”, Rm.1.17; 2.16.
Conclusão: A
história caminha de forma irreversível para o Dia do juízo, quando Cristo, o
Senhor da história, julgará todos os homens.
Jesus
Cristo julgará conforme a Sua Palavra registrada nas Escrituras.
Eu
e você estamos cientes desse Dia.
Aplicação: Você
acha que está preparado para o Dia do juízo final?
Saber
que essa Dia chegará estimula o seu trabalho evangelístico?
Adaptado pelo Rev.
Salvador P. Santana para Estudo – Palavra viva – O credo apostólico– Em vez de
fé na fé, o conteúdo da fé – CCC – Rev. Hermister Maia Pereira da Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário