Conforme
o dicionário de português, “contágio vem do latim ‘contagium’, contato”. É a
transmissão de uma doença de um indivíduo a outro, de modo direto, indireto ou
por intermédio de um vetor (o que transporta). Pode ser também a transmissão de
maus hábitos e vícios”.
É
interessante notar que o contágio não está restrito apenas a doenças
infecciosas mas, como diz o dicionário, podem ser vícios ou maus hábitos. Pode
ser também um simples pegar no sono.
Veja
bem como Deus usou de sabedoria na criação dos seres humanos. A Bíblia não diz
a respeito, mas não é à toa o que foi registrado no livro de Eclesiastes.
Ali
Deus ordenou que se escrevesse: “Também, se dois dormirem juntos, eles se
aquentarão; mas um só como se aquentará?”, (Ec 4.11). A sabedoria de Deus em
colocar dois juntos, em especial o homem e sua mulher, um ajudará o outro a
dormir mais rápido e aquecido.
De
igual modo nos carros, quando em viagem, se um dos passageiros dorme o outro é
contagiado pelo sono, a menos que um deles tenha descansado o necessário para
fazer companhia ou substituir o motorista ao volante.
Pode
ainda ser que os passageiros estejam amedrontados por causa de acidentes, por
esforço próprio ou a pedido do motorista; não dormem, aí é um contagiando o
outro a não dormir.
Na
vida espiritual, se não tomar cuidado, pode acontecer o contágio. Essa
contaminação acontece por culpa própria ou por influência de terceiros. Tanto
um quanto o outro são culpados.
É
maravilhoso saber que essa culpa fica impregnada na mente e no coração do
condenado para sempre. Foi o que aconteceu com os irmãos de José do Egito.
Aqueles
onze irmãos “então, disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados, no tocante
a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe
acudimos; por isso, nos vem esta ansiedade” (Gn 42.21).
Um
contágio comum é aquele em que uma pessoa diz algo de errado e outros o
acompanham sem nem mesmo saber o porquê. É o caso do apóstolo Pedro quando
disse a Jesus: “[...] Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum
modo te negarei [...]” (Mt 26.35).
A
princípio, pode-se dizer graças a Deus por esta bela atitude e fé que Pedro
teve diante de Jesus “[...] que [...] morreria (por e com) Jesus [...]” (Mt
26.35), mas por outro lado, percebe-se que muitas pessoas fazem e gostam de
imitar tudo quanto é errado; por isto, Pedro não ficou sozinho nessa má
decisão.
O
texto fala que “[...] todos os discípulos disseram o mesmo” (Mt 26.35), ou
seja, os demais que estavam por perto foram contagiados por aquela atitude
impensada. Que pena! Os discípulos foram contagiados negativamente.
O
meio-irmão de Jesus, Tiago, declara que “[...] a língua é fogo; é mundo de
iniquidade; a língua está situada entre os membros do [...] corpo, e contamina
o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana,
como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno” (Tg 3.6). É preciso
aprender a usar a língua para bendizer, louvar, agradecer, exaltar, e
glorificar o nome do Senhor Jesus.
Ao
invés de contagiar os outros para o mal, contagie para o bem, pois somente
assim todos serão “[...] imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1).
Faça
uma análise e pense no quanto você tem falado no sentido de defraudar,
contagiar negativamente o próximo. Analise as suas palavras e perceba as coisas
sem importância, sem valor e que muitas vezes ferem o sentimento do próximo
pois, como fala Jesus: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que
contamina o homem” (Mt 15.18).
É
imprescindível que a contaminação não seja prejudicial aos outros e até mesmo
para os inimigos. Então, busque “[...] crescer na graça e no conhecimento do
[...] Senhor e Salvador Jesus Cristo [...]” (2Pe 3.18).
Você
está sendo contagiado ou contagiando? Esse contágio é para o bem ou para o mal?
Sendo um contágio para o mal, ainda existe esperança de mudança para você
contagiar para o bem.
Faça
e verá que você obterá a vitória em Cristo Jesus.
Rev.
Salvador P. Santana
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