“[...]
O bambu, depois de plantada a sua semente, não se vê nada, absolutamente nada, por
quatro anos, exceto o lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo
[...] durante todo esse tempo o seu crescimento é subterrâneo. A sua raiz se
estende vertical e horizontal pela terra. Mas no quinto ano, o bambu chinês
cresce, até atingir 24 metros” – https://www.pensador.com/bambu/.
Ainda é possível encontrar muitos
homens iguais ao bambu – o seu crescimento é lento, mas com o tempo mostra-se profundo.
O servo de Deus nunca pode desistir daquilo
que o faz crescer espiritualmente – Bíblia, oração, igreja e o próprio Cristo
Jesus.
É preciso que cada um seja “[...] sempre
abundante na obra do Senhor [...]” (1Co 15.58). Mas para que isto ocorra, Paulo
aconselha que todos tenham o dever de “[...] serem firmes [...]” (1Co 15.58) nos
limites da vida.
O limite da vida fala do tempo
presente, passageiro que não volta mais, do “[...] pó (que) volta à terra, como
o era, (e não se refaz) e o espírito (que) volta a Deus, que o deu” (Ec 12.7).
Para o apóstolo Paulo, quem acredita
no Cristo ressuscitado pode cantar o triunfo da vida para progredir. Daí ele
pode dizer: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor
Jesus Cristo” (1Co 15.57).
É preciso saber que Jesus não
caminhou por uma estrada fácil e nem prometeu um caminho fácil para os seus
discípulos. O grande desejo de Deus é perceber a firmeza de seus filhos na fé.
Por este motivo, o reforço do
apóstolo é que o “[...] amado irmão seja firme, inabalável (persiste) [...]” (1Co
15.58), apesar das lutas, dificuldades, perseguições, fome, nudez que muitos
tem enfrentado neste mundo.
Paulo olha para o presente com uma
perspectiva de vida eterna com Cristo, jamais como um término horrendo aqui e
agora. Ele não se importa com o tempo de vida que lhe resta. O seu pensamento é
simplesmente nas riquezas que possuía em Cristo - enxergava a glória eterna. No
limite da vida é dever permanecer na fé.
Não basta apenas olhar para este
mundo passageiro; a firmeza deve se prolongar para além dos limites da vida. Além
dos limites da vida é passar a depender muito mais de Cristo. É não ser movido,
não ser abalado, não ser deslocado da crença da ressurreição de Cristo e na esperança
da ressurreição deste corpo cansado.
Olhar para além é o grande dever de trabalhar,
labutar, esforçar-se. Não existe fé sem vida em progresso, em testemunho, em
prática constante. Cada um deve ter a esperança definida quanto ao futuro, ter incentivo
para o serviço presente, não para ser compensado no futuro, mas para ser “[...]
uma bênção” (Gn 12.2) neste mundo.
O conselho de Jesus é que os seus
discípulos “trabalhem, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a
vida eterna, a qual o Filho do Homem nos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou
com o seu selo” (Jo 6.27).
Quando você vive além dos limites da
vida é preciso saber que “[...] não depende de quem quer ou de quem corre, mas
de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16) em seu favor.
Assim como o bambu, o escolhido por
Deus precisa criar raízes “[...] firmes, inabaláveis e sempre abundantes na
obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58).
Ainda que você passe por angústias,
provações, apertos, enfermidades ou coisas desse tipo, não importa se no limite
da vida ou além do limite, a sua segurança é a ressurreição de Cristo Jesus, logo,
é a sua garantia.
Rev.
Salvador P. Santana
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