Uma
das mais cruas realidades da vida é que todos irão enfrentar a morte. Logo,
duas mentiras devem ser tiradas da mente: Que a morte não existe e, se a morte
existe, você estará a salvo dela.
A
morte para todos é como se fosse “o túmulo da lagarta” e a eternidade, como “o
berço da borboleta”.
Você
está preparado para ir à casa eterna? A morte é tida como a amante do pecado
porque “[...] por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens [...]” (Rm 5.12).
A
morte é conhecida como aquela que “[...] subiu pelas [...] janelas e entrou
[...] (nos) palácios; exterminou das ruas as crianças e os jovens, das praças”
(Jr 9.21). Enfim, a morte é um fenômeno universal.
Tanto
aqui como na China ou em qualquer lugar do mundo, a morte está atuante. Das
suas garras ninguém escapa, ela é um terror, tal como declara um dos amigos de
Jó: ela é o “[...] rei dos terrores” (Jó 18.14).
Salomão
olha para a vida e contempla a dor, e, fica à mercê da morte. O sábio vê uma
tempestade se formando. Enxerga a sua vida como se fosse uma casa muito antiga,
a qual começa a se desfazer em velhice, doença e onde os prazeres da vida
desaparecem.
A
casa parece que está prestes a desabar. O que fazer nesta hora? Ele mesmo
declara que “[...] os vivos sabem que hão de morrer [...]” (Ec 9.5), então, é
preciso voltar ao passado para “lembrar do seu Criador nos dias da sua
mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não
tenho neles prazer” (Ec 12.1).
Assim
como Salomão, todo homem precisa saber que depois de alcançar certa idade, deve
pensar em como seus dias irão se findar.
Os
seus dias estão chegando ao fim. Olhe para o seu corpo e perceba que aquela boa
condição física e a boa saúde estão minguando por se aproximarem as tempestades
da vida.
Aceite
que o escurecer do sol, da lua e das estrelas já se aproximam. Todos irão
experimentar a noite eterna quando a morte apagar todas as lâmpadas. Olhe a sua
volta e perceba que a natureza te apanha de surpresa. Assim também é traiçoeira
a juventude que será suplantada pela mais traiçoeira idade avançada.
Está
chegando o “[...] dia em que (irão) tremer os guardas da casa, os teus braços [...]”
(Ec 12.3), no passado eram os mais fortes. As suas “[...] pernas (começam a) se
curvar (de tanta fraqueza; ele pensa: que) [...] outrora (eram) fortes [...]”
(Ec 12.3). Mais que depressa estão “[...] cessando os teus moedores da boca,
por já serem poucos [...]” (Ec 12.3).
A pouco
tempo você tinha condições de comer qualquer coisa, agora os dentes são poucos
por terem sido arrancados no decorrer dos anos, e o alimento sólido está
difícil de ser mastigado.
Não
bastasse os poucos dentes, agora começam “[...] escurecer os [...] olhos nas
janelas” (Ec 12.3) e as pessoas parecem vultos. Não consegue ver um palmo à sua
frente. Sonhos e visões da morte lhe perturbam.
Oh
Senhor, temos medo, não da morte em si, mas de como iremos morrer – Irei
sofrer? Vou depender dos meus amigos e parentes? Serei entregue à própria
sorte? Já não temos muita ousadia para falar porque “[...] os nossos lábios
[...] (estão) se fechando. Sim, chegará um dia em que não poderemos falar em
alta voz [...]” (Ec 12.4).
Parece
que aqueles que estão ao nosso redor não nos escutam. Estamos confusos. Somos
surdos ou falamos baixo demais? Estranho! “[...] A voz das aves levantadas
[...]” (Ec 12.4) ou aquele canto suave pela manhã dos passarinhos nos despertam
e perturbam o nosso sono.
Já
não podemos mais descansar à vontade. Damos conta de que estamos ficando surdos
– isto é pura ironia “[...] todas as harmonias, filhas da música, (estão)
diminuindo” (Ec 12.4). Por muitos anos formamos um hábito de acordar de manhã,
bem cedo, e agora? Nada temos a fazer, exceto continuar ali, deitado.
Este
é apenas o início do que pode acontecer com todos os homens sobre a face da
terra. O que podemos fazer é achegar-nos a Deus o mais breve possível, através
de Jesus Cristo, para receber a salvação eterna, pois cada um vai à casa
eterna.
Rev. Salvador P. Santana
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