quarta-feira, 12 de julho de 2017

O PROBLEMA EXISTE.

O PROBLEMA EXISTE

            Na casa onde existe gato doméstico, nem os donos, nem os visitantes ficam sem receber uma encostada na perna pela calda do bichano.

            Geralmente, eles chegam de mansinho, por baixo da mesa, encostados ao sofá ou por cima do encosto, por entre as pernas. Pronto. Já estão alisando o desavisado.

            Alguns desses bichanos são tão folgados, ou adestrados, ou mal acostumados, que os moradores e frequentadores de uma hora para outra, são surpreendidos com o pulo do felino ao colo.

            Não se sabe ao certo o motivo de tanta insistência, mas, pode ser o desejo de ser acariciado pelo homem, ser coçado, limpar o seu pelo, tirar uma soneca, ou, mais uma vez encostar novamente, enrijecer a calda para, mais uma vez, encostar e sossegar.

            Por mais que você ralhe com ele, até parece que ele entende ao contrário; não desiste, sai por alguns instantes e logo volta para encostar-se novamente.

            É preciso ressaltar que os gatos, quando vistos juntos, geralmente, quando não estão brincando, estão dormindo e se alimentando próximos uns dos outros. 

            O homem é totalmente diferente a respeito da insistência de ficar junto com o seu próximo. Quanto mais ele tiver condições de se afastar do parente, amigo, vizinho, companheiro, irmão em Cristo, ele o faz com maestria.

            Não é preciso acontecer discussão, discórdia, olhar indiferente, ou qualquer tipo de reclamação, é uma reação natural na vida do homem. Pelo menos em algum momento da vida, e, em algumas pessoas é constante, ele “[...] anda irado, e [...] descai-lhe o semblante [...]” (Gn 4.6).

            Esse afastamento começou desde o dia em que o homem e “[...] a mulher [...] (tiveram) aberto os olhos [...] (e decidiram) comer do fruto (da) árvore desejável para dar entendimento [...]” (Gn 3.5,6), desse momento em diante, ao menor sinal de “[...] ouvir a voz do SENHOR Deus [...] o homem e a mulher escondem-se da presença do SENHOR Deus [...]” (Gn 3.8).

            Após essa decisão impensada de separação da presença do SENHOR, o homem só acumula prejuízos. Desde então, uns contra os outros começam a causar grandes embaraços no meio social.

            O convívio familiar chega a ponto de “[...] Caim se levantar contra Abel, seu irmão, e o matar” (Gn 4.8). A situação se agrava e “a terra [...] (se) corrompe [...] e (fica) cheia de violência à vista de Deus” (Gn 6.11).

            Na verdade, Deus tem controle total sobre todas as coisas, em momento algum o homem é aprisionado por Deus para impedi-lo de ser agressivo, danificar um ao outro, pelo contrário, Deus opera a sua vontade permissiva quando e por quanto tempo desejar sobre todos os homens, sem jamais forçá-lo a qualquer coisa.

            Isto é tão verdade que um dos profetas menores chega a dizer que “[...] não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam derramar sangue; cada um caça a seu irmão com rede” (Mq 7.2) e mais adiante ele completa dizendo que “[...] o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa” Mq.7.6. Estranho, mas é verdade!

            Solução para todo esse problema existe. Isto não quer dizer que os homens viverão como famílias de bichinhos de estimação, criados para serem verdadeiros, dóceis e carinhosos para sempre com todos os seus. Até mesmo no convívio dos gatos existem unhas expostas e mordidas que podem levar à morte.

            Sempre haverá um respingo de brutalidade, inimizade, discórdia entre os homens. Precisa-se saber que em Jesus tudo pode ser transformado e renovado, porque “[...] se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5.17.

            É verdade que os gatos não devem ser imitados, o único que tem exemplo de vida transformada, de perdão, de companheirismo, de caminhar junto e de fazer a vontade daquele que o escolheu, deixou registrado que o servo de Deus deve “ser seus imitadores, como também (foi) [...] de Cristo”, 1Co.11.1.

Rev. Salvador P. Santana

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