Introd.: A pornografia tem sido avassaladora em nossos
dias, e está presente na maioria dos nossos lares.
Onde
há TV e/ou internet, costuma haver pornografia.
Não
é necessário buscá-la, pois ela, simplesmente, invade nossas casas.
Mesmo
que seja uma forma leve de pornografia, a sensualidade está estampada nos
comerciais de TV, nos anúncios de pop-ups (outra tela que pode abrir, um
comercial, um site ou mesmo um programa que chama atenção do usuário para
fisgá-lo) da interne e até em simples fotos em que as pessoas, mesmo mostrar
provocativamente o corpo, estão fazendo caras, bicos e bocas provocantes.
É possível que
muitos cristãos até mesmo entre nós, “[...] vem [...] a Jesus (como) alguns fariseus e escribas e
perguntaram (a respeito da pornografia se é certo ou errado o que o outro
pratica)”, Mt.15.1.
Pastores,
presbíteros, diáconos, membros em geral, são legalistas a ponto de insistir com
“[...] os discípulos (irmão
que frequenta a mesma igreja sobre o) por quê (eles) transgridem [...] a
tradição (ou os mandamentos bíblicos) [...]”, Mt.15.2 e se enveredam no
caminho da pornografia.
O
problema é que nós classificamos alguns poucos pecados notórios e outros
escondidos tentamos esconder de Deus e dos homens dizendo que é não pecado –
Ex.: Sexo antes do casamento, olhar impuro, mexerico.
A resposta de “Jesus (é certeira ao fazer a
mesma pergunta) [...] respondendo: Por que (vocês) transgredem [...] também o
mandamento de Deus, por causa da (desculpa de outros pecados cometidos e
encobertos diante dos homens?) [...]”, Mt.15.3.
Vamos
estudar o que é pornografia, seus efeitos, e maneiras de evitá-la.
1 –
Entendendo o problema.
Pornografia
não é somente o ato sexual retratados em fotos ou vídeos, mas a vinculação
virtual da sexualidade humana em seu ato último.
Incitar,
provocar, causar desejo com imagens, sons e mensagem libertinas, imorais, deve
ser considerado pornografia.
Definições
dos níveis de pornografia – Rev. Dr. Augustus Nicodemus.
Softcore
– É todo material pornográfico que apresenta imagens de nudez e cenas que
apenas sugerem a relação sexual.
Hardcore
– Indica que o material tem a representação explícita de órgãos genitais em
cópula e de relação sexuais de toda sorte.
Snuff
– Os adeptos do snuff assistem a vídeos em que as pessoas praticam atos sexuais
e depois são assassinadas. Não se tem notícia de que os vídeos snuffs sejam
distribuídos comercialmente.
Pornografia
infantil – É a representação, sob qualquer forma e sem recato, de crianças
em atos sexuais implícitos ou explícitos, simulados ou reais, imagens de
crianças em poses sensuais ou de suas partes genitais.
Erótica
– Algumas feministas fazem uma distinção entre pornografia, que é a sujeição e
degradação sexual da mulher através de imagens que representam o homem
dominando e humilhando a mulher sexualmente, e a erótica, que é a representação
sexual de homem e mulher em posição de igualdade e respeito mútuo.
Variadas formas de pornografia.
Há
algumas décadas, era impensável ver um beijo ‘de verdade’ em uma novela, hoje o
beijo gay não é visto como problema.
Antes, as crianças tiravam fotos
engraçadas, que enfatizavam seu mundo, mas agora, elas tiram fotos em poses ‘adultas’
e sensuais, imitando os mais velhos – Vogue Kids com fotos sensuais de
crianças, Editora Globo, publicada em setembro, foi recolhida pelo MPT – http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-09-12/vogue-kids-mostra-criancas-em-poses-sensuais-e-pode-ser-acionada-pelo-mp.html.
Houve
um tempo em que os sites com conteúdo pornográfico tinham algum tipo de
bloqueio ou avisos, atualmente são abertos a públicos de qualquer idade.
Entre
os evangélicos, a pornografia é um problema em qualquer faixa etária.
A
motivação do sexo vem de todos os lados. O acesso ao material pornográfico é
facilitado, pode ser conseguido até mesmo por um smartphone.
Não
é à toa quando Jesus fala que “este povo (o) honra com os lábios, mas o seu coração está longe de
dele”, Mt.15.8.
E
por falta de honrar a Jesus, muitos cristãos estão se entregando ao vício da
pornografia.
Disponibilidade,
privacidade, motivação de todos os lados e o fato de que o sexo é algo
extremamente prazeroso, são elementos desafiadores para o cristão.
A
falta de dedicação em nos afastar daquilo que nos tenta é o que mais nos
atrapalha.
Pesquisas
apontam uma assustadora realidade sobre a relação cristianismo e pornografia.
Adolescentes
masculinos e femininos assistem cenas de sexo pela internet.
Pesquisa
do “[...] Bepec (Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã) encontrou [...] dados surpreendentes sobre pornografia
[...] (nas) atividades sexuais [...] 32% dos entrevistados responderam ver
pornografia pela internet, 12,51% pornografia na televisão, DVD ou cinema,
2,97% pornografia em revistas” – http://portugues.christianpost.com/news/dia-dos-namorados-pastor-esclarece-sobre-sexo-traicao-e-pornografia-dos-crentes-evangelicos-1978/.
Os
efeitos da pornografia: culpa, desvalorização do corpo, imagens que não some da
mente e a difícil tarefa de abandonar a prática.
Estudos
apontam que o vício da pornografia reduz a atividade cerebral por causa da
intensa atividade das partes de prazer do cérebro.
Por
tantos e outros motivos é que Jesus fala que “[...] Deus ordenou [...] (que o filho deve) honrar a seu pai e a sua
mãe (em todas as coisas e, nestes últimos dias, a respeito da internet nas
madrugadas) [...]”, Mt.15.4.
2 – Cobiça e representações.
O
pecado não tem origem externa “porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”, Mt.15.19.
O
pecado que cometemos é resultado de um coração caído e cheio de corrupção.
Nossos
desejos estão em nosso coração.
A
esse órgão são atribuídos os sentimentos, os pensamentos, os desejos, as
cobiças e o caráter.
O
coração humano tem desejos muito fortes: aceitação, realização, identificação,
sexualidade, poder, controle, proteção, alimentação.
O
coração “sente-se em casa”.
Essa
“habitação” deveria ser sanada em Cristo, no Criador.
Contudo,
o pecado leva o homem a satisfazer-se de maneiras erradas.
O
pecado leva o homem a satisfazer-se erradamente.
É
em Jesus que devemos buscar aceitação (adoção), proteção (redenção), realização
(justiça), identificação (imagem de Deus, sexualidade (casamento), alimentação
(“nem só de pão”).
Cada
servo precisa “[...] ser conforme à
imagem de [...] Jesus [...]”, Rm.8.29.
O
coração caído busca “habitar” outros lugares. Costumamos buscar em nós mesmos
ou nos outros.
No
caso da pornografia, nossa ação é buscar “habitação” nos atores e atrizes.
No
mundo do entretenimento há enorme identificação entre público e herói.
A
identificação que o povo sente com seus heróis é alimentada pela mídia e toma
formas impressionantes em nosso tempo.
Há
algo sacerdotal nesta identificação.
O
homem foi criado para se identificar com e imitar modelos.
A
identificação está embutida na maneira pela qual Deus criou a família com um
representante federal, “[...] sendo Cristo
o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de
Cristo”, 1Co.11.3.
Na
estrutura dos arranjos pactuais, um representante jura o pacto e assume
obrigações em lugar dos outros, no governo da igreja, presbíteros representam o
povo de Deus, por este motivo, “é
necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher,
temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar”, 1Tm.3.2.
O
máximo exemplo de representação é o Senhor Jesus, “porque [...] por meio da obediência de um só, muitos se tornarão
justos”, Rm.5.19.
O
homem foi criado para funcionar com representantes em suas estruturas
relacionais, com Deus, em sociedade e na família.
O
problema é que, em vez de adotarmos Cristo como modelo, escolhemos os atores
pornográficos.
Isso
se dá pelos caminhos do nosso coração caído quando “[...] cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o
atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e
o pecado, uma vez consumado, gera a morte”, Tg.1.14, 15. O desejo sexual pecaminoso nos leva a
querer a forma de sexo apresentada pela indústria pornográfica, e acabamos
vendo os atores como se nós fossemos eles, ao fazer isso, deixamos de imitar a
Cristo e viver de acordo com o que já alcançamos para viver o que atores e
atrizes vivem.
A
mudança de foco pode ser vencida pela “re-habitação” em Cristo quando “[...] conhecemos a verdade, e a verdade nos
liberta [...] (pelo motivo de) Jesus [...] ser o caminho, e a verdade, e a vida
[...]”, Jo.8.32; 14.6.
A
instrução bíblica é que devemos buscar continuamente a Palavra do Senhor.
É
assim que se vence a luta contra a pornografia, com ação permanente, a luta
constante contra desejos e pensamentos que lutam por nosso afeto, em detrimento
de nosso afeto pelas coisas de Deus.
3 – A luta.
O
texto base fala sobre “[...]
o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem”,
Mt.15.18 porque ele foi contaminado com as imagens e seus atores.
Para
se ter uma espiritualidade vitoriosa, o salmista fala que “o homem (será) bem-aventurado [...] (quando
ele decidir) não andar no conselho (conversas) dos ímpios, não se deter (dar
atenção) no caminho dos pecadores, nem se assentar na roda dos escarnecedores
(companhia)”, Sl.1.1.
Paulo
fala que “não (devemos) nos enganar: as
más conversações (companhia, relação, comunhão) corrompem os bons costumes”,
1Co.15.33.
Precisamos
afastar daquilo que é impróprio para se aproximar da Palavra de Deus.
É
preciso ter uma relação íntima e profunda com a Palavra de Deus, a ponto de ela
nos alimentar e, assim frutificar segundo o que ela nos instrui.
Devemos
entender que “não é o que
entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca (vem do coração
corrompido e entregue a pornografia), isto, sim, contamina o homem”,
Mt.15.11.
Então,
cada um precisa se “tornar [...] praticante
da palavra e não somente ouvinte, enganando a (si) [...] mesmo”,
Tg.1.22.
Quando
nos dedicamos a Deus, é possível deixar de pensar em sexo em termos
pornográficos, daí, precisamos evitar “[...]
conversação torpe (nojenta, obscena, imoral), nem palavras vãs (tolas sujas) ou
chocarrice (piada suja) [...]”, Ef.5.4.
Para
vencer a pornografia devemos abandonar certas amizades para nos fortalecer com
as pessoas da igreja e com Cristo, “esforçando-nos
diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”,
Ef.4.3.
Ore,
tenha sempre em seu coração “[...] as
palavras da fé e da doutrina que temos seguido”, 1Tm.4.6.
Aos
pais, é preciso falar com os filhos para evitarem os estímulos sexuais e
ajudá-los a fugir do pecado.
Não
fale como se você mesmo não passasse por tentações e não tenha suas
dificuldades.
Como
Deus conhece os nossos corações, Ele pode nos chamar de “hipócritas! (Tal como) [...] profetizou
Isaías a nosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim”, Mt.15.7,
8 devido os seus pecados.
Faça
o culto doméstico, dê prioridade a Deus nos cultos, na leitura bíblica e na
devoção.
Conclusão: A
pornografia mexe com os desejos muito profundos do ser humano.
A
pornografia mexe e desafia a nossa fé e desejo pelas coisas de Deus.
Olhar
para dentro de nós e lutar contra esse pecado.
Tomar
medidas práticas e utilizar todos os meios que Deus nos deu para nosso
crescimento espiritual.
Precisamos
entender que “[...] toda
planta (semente) que (o) [...] Pai celestial não planta será arrancada”,
Mt.15.13.
Por este motivo
Jesus fala que “nem todo o que [...]
diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do
[...] Pai, que está nos céus”, Mt.7.21.
Aplicação: A
pornografia faz parte de sua vida?
Ela
tornou-se algo comum para você?
Ore
confessando o seu pecado e procure alguém para ajudá-lo.
Você
não será o primeiro e nem o último a se envolver com a pornografia.
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