sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Gn.25.27-34 - FILHO TRAPACEIRO.


FILHO TRAPACEIRO
Gn.25.27-34

Introd.:           O trapaceiro é desonesto, enganador, mentiroso, charlatão, astucioso, esperto para o mal.
            O trapaceiro rouba pai, mãe, irmão, amigos, inimigos e empresas onde trabalha.
            O trapaceiro não mede esforços para se dar bem na vida, mas o preço pago e muito caro no futuro.            
Nar.:    O embate entre Jacó e Esaú caminha para um desfecho que Deus já havia preparado ao “responder [...] (a Rebeca de que) havia duas nações [...] no seu ventre, dois povos, nascidos de Rebeca, se dividiriam: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço”, Gn.25.23.
            Não engane a si mesmo, “[...] pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”, Rm.14.12.
Propos.: O trapaceiro, com insistência, consegue o que deseja.          
Trans.:             Filho trapaceiro [...]
1 – Pertence a mesma família.
            Cresceram os meninos [...]”, Gn.25.27 no mesmo lar, mesmo pais, alimentação igual, mas com desejos, pensamentos contrários um do outro.
            Cresceram os meninos [...]”, Gn.25.27, mas, antes de nascerem, “os filhos lutavam no ventre de Rebeca [...]”, Gn.25.22.
            Cresceram os meninos [...]”, Gn.25.27 e, ao invés de apaziguarem, tornaram-se inimigos.
            Cresceram os meninos [...]”, Gn.25.27; nem os pais conseguiram apartar as brigas, resolver as discórdias, e muito menos acabar com os entraves entre eles.
            Crescem os (nossos) meninos [...]”, Gn.25.27 e, nem eu e nem você sabe ao certo qual será futuro deles diante de Deus.
            [...] Esaú [...]”, Gn.25.27, do heb. Edom, vermelho, dá a ideia de sangue, vingança que já está dentro de si para ferir a todos quantos lhe rodeiam.
            A vermelhidão de “[...] Esaú [...]”, Gn.25.27, com o passar dos anos foi aumentando a ponto de querer matar, destruir totalmente seu irmão.
            [...] Esaú saiu perito caçador [...]”, Gn.25.27 assim como nossos filhos se formam nas mais diversas profissões.
            [...] Esaú saiu perito (especializado) caçador [...]”, Gn.25.27 nas artes deste mundo, mas “[...] o seu interior estava cheio de rapina e perversidade”, Lc.11.39 diante de Deus.
            [...] Esaú (o sanguinário era) [...] homem do campo [...]”, Gn.25.27, o qual podia adorar a Deus com as suas ofertas, mas preferiu seguir um caminho contrário à adoração a Deus.
            [...] Jacó [...]”, Gn.25.27, heb. Suplantador, transpor obstáculos, exceder, vencer, abater o adversário.
            [...] Jacó (abateu) Esaú [...]”, Gn.25.27 dentro da sua própria casa, diante de seus pais – não viram ou fingiram não enxergar nada.
            [...] Jacó, porém, homem pacato, habitava em tendas.”, Gn.25.27.
            [...] Jacó [...]”, Gn.25.27, desde o ventre, já suplantava, menosprezava, subjugava Esaú.
            [...] Jacó, porém, (era) homem pacato [...]”, Gn.25.27 para evitar brigas, discórdias, mas para enganar, suplantar outrem, estava a todo vigor.
            [...] Jacó, porém [...] habitava em tendas”, Gn.25.27, possível que sem desejo de ir à luta, trabalhar no campo, mas para roubar, usava da esperteza.
            Cresceram os meninos [...] Esaú [...] (e) Jacó [...]”, Gn.25.27 às vistas de seus pais, e eles não puderam fazer nada para mudar a índole desses filhos.
            Filho trapaceando [...]
2 – Surge divisões afetivas.
            A relação entre pais e filhos é muito complicada, e nem todas as famílias são iguais.
            Não são todos os filhos que agem da mesma forma e muito menos os pais não têm um manual de receitas onde pode acertar todos os relacionamentos.
            Veja que “Isaque amava a Esaú (preterindo seu irmão) Jacó [...]”, Gn.25.28.
            A preterição é como se fora rejeitado, reprovado, deixado de lado, sem conversa, sem o desejo de andar junto.
            Só pelo fato de “Isaque amar a Esaú [...]”, Gn.25.28 não é razão de irmão roubar, lesar irmão.
            Isaque amava a Esaú, (por motivos culinários) porque se saboreava de sua caça [...]”, Gn.25.28.
            Esse “[...] amar [...] (por causa do) sabor [...]”, Gn.25.28 pode ser prejudicial para pais e filhos.
            [...] Saboreando [...]”, Gn.25.28 um tipo de alimento de um dos irmãos, pode levar um e outro ao embate.
            Perceba que a confusão, além da determinada por Deus no ventre, fora aumentada pelos pais, “[...] Isaque [...] (e) Rebeca [...]”, Gn.25.28.
            “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará“, Gl.6.7 e, “Isaque [...] (e) Rebeca [...]”, Gn.25.28 colheram amargos frutos dessa relação dita amorosa.
            Pode parecer uma provocação ou uma revanche de “[...] Rebeca [...]”, Gn.25.28 por reclamação do filho preterido.
            [...] Rebeca [...]”, Gn.25.28 paga com a mesma moeda pensando que solucionará o problema – presentes, coloca no colo, paga um lanche, faz um passeio.
            Veja que a conjunção “[...] porém, (de) Rebeca [...]”, Gn.25.28 faz uma oposição diante de seu esposo Isaque.
            Isaque ama [...] Esaú (por que eu) [...] Rebeca (não posso) [...] amar a Jacó (?)”, Gn.25.28.
            Por pirraça, afronta, para provocar, “[...] Rebeca, porém, ama a Jacó”, Gn.25.28.
            Aprenda a “[...] amar [...] Esaú (sanguinário, vingativo e) [...] ame (também) a Jacó”, Gn.25.28, o ladrão.
            Filho trapaceia [...]
3 – Por prazeres fúteis.
            Nenhum de nós imagina que um prato de comida, um brinquedo, um passeio, um afago podem, causar tanta confusão.
            Tinha Jacó feito um cozinhado [...]”, Gn.25.29 devia ser motivo de alegria, sentar-se à mesa, saborear em família.
            Pode ser que o seu “[...] cozinhado [...]”, Gn.25.29 em algum dia seja motivo de tristeza, brigas, discórdias e que levem para a sepultura tal desavença – mãe – pé de galinha – 18 anos.
            [...] Quando (você), esmorecido [...]”, Gn.25.29 estiver ao lado dos seus, faça de tudo para ganhar a confiança, o respeito, seja amoroso.
            [...] Quando [...] vier do campo Esaú”, Gn.25.29, o vermelho que fala de sangue, ódio, vingança, trate-o com amor.
            O seu “[...] cozinhado [...]”, Gn.25.29, apesar de ser necessário para o organismo, não pode ditar as regras do embate, das discórdias entre você e a sua família.
            [...] Jacó (o ladrão, enganador precisa viver em paz com) [...] Esaú”, Gn.25.29, o vingativo – cônjuges, irmãos, parentes.
            Cuidado com o que você “[...] disser [...]”, Gn.25.30 a algum dos seus familiares, pode ser algo fútil, mas para ele é motivo de briga.
            Por causa do seu “[...] pedido [...]”, Gn.25.30 a um dos seus pode azedar a sua relação.
            O “[...] pedido (era simples) que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho (Edom) [...]”, Gn.25.30 que se tornou o motivo da intriga e embates até nossos dias.
            Interessante notar que, quando aparece um desconhecido falando que “[...] está esmorecido [...]”, Gn.25.30, damos atenção, apoiamos, alimentamos.
            Mas quando “[...] dizemos [...] (para os nossos que) estamos esmorecidos [...]”, Gn.25.30, necessitados, escorraçamos, expulsamos, rejeitamos, afugentamos ele da nossa vida – ao terminar de gritar com filhos, cônjuges, ao atender o telefone somos gentis com outros que não fazem parte da nossa família.
            [...] Daí chamar-se Edom [...] vermelho [...]”, Gn.25.30, aborrecido, odioso, raivoso.
            A futilidade para “[...] comer um pouco (do) [...] cozinhado [...]”, Gn.25.30 é motivo para discussões sérias a ponto de morte na família.
            Em todas as famílias encontramos um mais esperto que o outro.
            O irmão está com fome, enquanto o outro, “Jacó (pode) dizer [...]”, Gn.25.31 algo que seja benéfico à sua vida.
            Disse Jacó [...]”, Gn.25.31 pensando em seu futuro, em sua vida espiritual para não perder a oportunidade.
            A astúcia de “[...] Jacó: Vende-me primeiro [...]”, Gn.25.31, impõe para chegar a um acordo – exige do cônjuge algo em troca de presentes, dinheiro emprestado para não ser devolvido.
            O interesse maior de “[...] Jacó: [...] o teu direito de primogenitura”, Gn.25.31 – ausência do pai, o filho fica revestido de autoridade, porção dobrada dos bens.
            A “[...] primogenitura (para) Jacó [...]”, Gn.25.31 lhe deu direito as bênçãos do pacto Abraâmico e a ascendência de Jesus Cristo, o nosso Salvador.
            Filho trapaceia
4 – Na fraqueza do outro.
            Muitos tiram proveito da nossa fraqueza.
            Esaú (o vingativo, o raivoso) responde [...]”, Gn.25.32 com o propósito de satisfazer o seu apetite.
            A hipérbole, “[...] estou a ponto de morrer [...]”, Gn.25.32 é um exagero para que o outro sinta dó, pena de nós e, todos sabemos que podemos ficar algum tempo sem se alimentar.
            [...] Estou a ponto de morrer [...]”, Gn.25.32 é o momento em que muitos aproveitam para tirar vantagem e Jacó não perdeu a oportunidade.
            Na fraqueza de Esaú, “[...] de que me aproveitará o direito de primogenitura?”, Gn.25.32, Jacó sabe que é a sua oportunidade de receber a bênção espiritual.
            [...] De que me aproveitará o direito de primogenitura?”, Gn.25.32, é a rejeição, a troca da vida eterna por prazeres efêmeros.
            É por isso, “então, (que) disse Jacó [...]”, Gn.25.33 a respeito da sua astúcia na fraqueza do seu irmão Esaú – aprenda a ser forte porque “o Senhor está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem”, Sl.118.6.
            A esperteza de “[...] Jacó (fez Esaú) jurar primeiro [...]”, Gn.25.33 para ele se desvencilhar da bênção espiritual.
            [...] Esaú jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó”, Gn.25.33 renegando o seu futuro de bênçãos espirituais na presença de Deus.
            Não “[...] venda (e não jogue fora) o seu direito de primogenitura [...]”, Gn.25.33 – amigos, parentes, cônjuge.
            Seja mais esperto que seu irmão.
            Filho trapaceia
Conclusão:      Em troca do mais precioso bem.
            Bens materiais são de menos importância para o servo de Deus.
            Não permita trocar o seu bem maior, a vida eterna, por coisas passageiras.
            O atilamento de “Jacó [...]”, Gn.25.34, meu e seu pode nos trazer angústia ou bênção.
            Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas [...]”, Gn.25.34, o vermelho que lembra sangue, raiva, ódio para retirar do seu coração o peso que seria para a eternidade.
            O primeiro passo para a destruição espiritual de “[...] Esaú (foi) ele comer e beber [...] (do) cozinhado de lentilhas [...]”, Gn.25.34.
            Muitos quando não querem mais compromisso com Deus, a atitude é se “[...] levantar e sair [...]”, Gn.25.34 – a ordem – frequência à igreja, leitura bíblica e oração.
            [...] Assim, (o passo seguinte é) desprezar [...] o seu direito de primogenitura”, Gn.25.34, a sua bênção espiritual, a vida com Deus e a eternidade.
            [...] Jacó (e) Esaú [...]”, Gn.25.34 fizeram suas próprias escolhas.
            Faça a escolha certa para o seu bem espiritual.
            Pare de trapacear.


                        Rev. Salvador P. Santana

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