FILHO TRAPACEIRO
Gn.25.27-34
Introd.: O trapaceiro é desonesto, enganador,
mentiroso, charlatão, astucioso, esperto para o mal.
O
trapaceiro rouba pai, mãe, irmão, amigos, inimigos e empresas onde trabalha.
O
trapaceiro não mede esforços para se dar bem na vida, mas o preço pago e muito
caro no futuro.
Nar.: O embate entre
Jacó e Esaú caminha para um desfecho que Deus já havia preparado ao “responder [...] (a Rebeca de que) havia
duas nações [...] no seu ventre, dois povos, nascidos de Rebeca, se dividiriam:
um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço”,
Gn.25.23.
Não engane a si mesmo, “[...] pois, cada um de nós dará
contas de si mesmo a Deus”, Rm.14.12.
Propos.: O trapaceiro, com insistência, consegue o que
deseja.
Trans.: Filho trapaceiro [...]
1 – Pertence a
mesma família.
“Cresceram os meninos [...]”, Gn.25.27 no mesmo lar, mesmo pais,
alimentação igual, mas com desejos, pensamentos contrários um do outro.
“Cresceram os
meninos [...]”, Gn.25.27, mas, antes de nascerem, “os filhos lutavam no
ventre de Rebeca [...]”, Gn.25.22.
“Cresceram os
meninos [...]”, Gn.25.27 e, ao invés de apaziguarem, tornaram-se
inimigos.
“Cresceram os
meninos [...]”, Gn.25.27; nem os pais conseguiram apartar as brigas,
resolver as discórdias, e muito menos acabar com os entraves entre eles.
“Crescem os (nossos)
meninos [...]”, Gn.25.27 e, nem eu e nem você sabe ao certo qual será
futuro deles diante de Deus.
“[...] Esaú [...]”,
Gn.25.27, do heb. Edom,
vermelho, dá a ideia de sangue, vingança que já está dentro de si para ferir a
todos quantos lhe rodeiam.
A vermelhidão de “[...] Esaú [...]”, Gn.25.27, com o passar dos anos foi aumentando
a ponto de querer matar, destruir totalmente seu irmão.
“[...] Esaú saiu
perito caçador [...]”, Gn.25.27 assim como nossos filhos se formam nas
mais diversas profissões.
“[...] Esaú saiu
perito (especializado) caçador [...]”, Gn.25.27 nas artes deste mundo,
mas “[...] o seu interior estava cheio de rapina e perversidade”, Lc.11.39
diante de Deus.
“[...] Esaú (o
sanguinário era) [...] homem do campo [...]”, Gn.25.27, o qual podia
adorar a Deus com as suas ofertas, mas preferiu seguir um caminho contrário à
adoração a Deus.
“[...] Jacó [...]”,
Gn.25.27, heb. Suplantador, transpor obstáculos, exceder, vencer, abater o
adversário.
“[...] Jacó
(abateu) Esaú [...]”, Gn.25.27 dentro da sua própria casa, diante de
seus pais – não viram ou fingiram não enxergar nada.
“[...] Jacó,
porém, homem pacato, habitava em tendas.”, Gn.25.27.
“[...] Jacó [...]”,
Gn.25.27, desde o ventre, já suplantava, menosprezava, subjugava Esaú.
“[...] Jacó,
porém, (era) homem pacato [...]”, Gn.25.27 para evitar brigas,
discórdias, mas para enganar, suplantar outrem, estava a todo vigor.
“[...] Jacó,
porém [...] habitava em tendas”, Gn.25.27, possível que sem desejo de ir
à luta, trabalhar no campo, mas para roubar, usava da esperteza.
“Cresceram os
meninos [...] Esaú [...] (e) Jacó [...]”, Gn.25.27 às vistas de seus
pais, e eles não puderam fazer nada para mudar a índole desses filhos.
Filho trapaceando [...]
2 – Surge
divisões afetivas.
A relação entre pais e filhos é
muito complicada, e nem todas as famílias são iguais.
Não são todos os filhos que agem da
mesma forma e muito menos os pais não têm um manual de receitas onde pode
acertar todos os relacionamentos.
Veja que “Isaque amava a
Esaú (preterindo seu irmão) Jacó [...]”, Gn.25.28.
A preterição é como se fora
rejeitado, reprovado, deixado de lado, sem conversa, sem o desejo de andar
junto.
Só pelo fato de “Isaque amar a Esaú [...]”, Gn.25.28 não é razão de irmão roubar,
lesar irmão.
“Isaque amava a
Esaú, (por motivos culinários) porque se saboreava de sua caça [...]”,
Gn.25.28.
Esse “[...] amar [...]
(por causa do) sabor [...]”, Gn.25.28 pode ser prejudicial para pais e
filhos.
“[...] Saboreando
[...]”, Gn.25.28 um tipo de alimento de um dos irmãos, pode levar um e
outro ao embate.
Perceba que a confusão, além da
determinada por Deus no ventre, fora aumentada pelos pais, “[...] Isaque [...] (e) Rebeca [...]”, Gn.25.28.
“Não vos enganeis: de Deus não se
zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará“, Gl.6.7 e, “Isaque [...] (e) Rebeca [...]”, Gn.25.28 colheram amargos frutos
dessa relação dita amorosa.
Pode parecer uma provocação ou uma
revanche de “[...] Rebeca [...]”, Gn.25.28 por reclamação do
filho preterido.
“[...] Rebeca
[...]”, Gn.25.28 paga com a mesma moeda pensando que
solucionará o problema – presentes, coloca no colo, paga um lanche, faz um
passeio.
Veja que a conjunção “[...] porém, (de) Rebeca [...]”, Gn.25.28 faz uma oposição diante
de seu esposo Isaque.
“Isaque ama [...]
Esaú (por que eu) [...] Rebeca (não posso) [...] amar a Jacó (?)”,
Gn.25.28.
Por pirraça, afronta, para provocar,
“[...] Rebeca, porém, ama a Jacó”, Gn.25.28.
Aprenda a “[...] amar [...]
Esaú (sanguinário, vingativo e) [...] ame (também) a Jacó”, Gn.25.28, o
ladrão.
Filho trapaceia [...]
3 – Por
prazeres fúteis.
Nenhum de nós imagina que um prato
de comida, um brinquedo, um passeio, um afago podem, causar tanta confusão.
“Tinha Jacó feito
um cozinhado [...]”, Gn.25.29 devia ser motivo de alegria, sentar-se à
mesa, saborear em família.
Pode ser que o seu “[...] cozinhado [...]”, Gn.25.29 em algum dia seja motivo de
tristeza, brigas, discórdias e que levem para a sepultura tal desavença – mãe –
pé de galinha – 18 anos.
“[...] Quando
(você), esmorecido [...]”, Gn.25.29 estiver ao lado dos seus, faça de
tudo para ganhar a confiança, o respeito, seja amoroso.
“[...] Quando
[...] vier do campo Esaú”, Gn.25.29, o vermelho que fala de sangue,
ódio, vingança, trate-o com amor.
O seu “[...] cozinhado
[...]”, Gn.25.29, apesar de ser necessário para o organismo, não pode
ditar as regras do embate, das discórdias entre você e a sua família.
“[...] Jacó (o
ladrão, enganador precisa viver em paz com) [...] Esaú”, Gn.25.29, o
vingativo – cônjuges, irmãos, parentes.
Cuidado com o que você “[...] disser [...]”, Gn.25.30 a algum dos seus familiares, pode
ser algo fútil, mas para ele é motivo de briga.
Por causa do seu “[...] pedido [...]”, Gn.25.30 a um dos seus pode azedar a sua
relação.
O “[...] pedido
(era simples) que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho (Edom) [...]”,
Gn.25.30 que se tornou o motivo da intriga e embates até nossos dias.
Interessante notar que, quando
aparece um desconhecido falando que “[...] está esmorecido [...]”,
Gn.25.30, damos atenção, apoiamos, alimentamos.
Mas quando “[...] dizemos
[...] (para os nossos que) estamos esmorecidos [...]”, Gn.25.30,
necessitados, escorraçamos, expulsamos, rejeitamos, afugentamos ele da nossa
vida – ao terminar de gritar com filhos, cônjuges, ao atender o telefone somos
gentis com outros que não fazem parte da nossa família.
“[...] Daí
chamar-se Edom [...] vermelho [...]”, Gn.25.30, aborrecido, odioso,
raivoso.
A futilidade para “[...] comer um pouco (do) [...] cozinhado [...]”, Gn.25.30 é
motivo para discussões sérias a ponto de morte na família.
Em todas as famílias encontramos um
mais esperto que o outro.
O irmão está com fome, enquanto o
outro, “Jacó (pode) dizer [...]”, Gn.25.31 algo que seja
benéfico à sua vida.
“Disse Jacó [...]”,
Gn.25.31 pensando em seu futuro, em sua vida espiritual para não perder a
oportunidade.
A astúcia de “[...] Jacó: Vende-me primeiro [...]”, Gn.25.31, impõe para chegar
a um acordo – exige do cônjuge algo em troca de presentes, dinheiro emprestado
para não ser devolvido.
O interesse maior de “[...] Jacó: [...] o teu direito de primogenitura”, Gn.25.31 –
ausência do pai, o filho fica revestido de autoridade, porção dobrada dos bens.
A “[...]
primogenitura (para) Jacó [...]”, Gn.25.31 lhe deu direito as bênçãos do
pacto Abraâmico e a ascendência de Jesus Cristo, o nosso Salvador.
Filho trapaceia
4 – Na
fraqueza do outro.
Muitos tiram proveito da nossa
fraqueza.
“Esaú (o
vingativo, o raivoso) responde [...]”, Gn.25.32 com o propósito de
satisfazer o seu apetite.
A hipérbole, “[...] estou a ponto de morrer [...]”, Gn.25.32 é um exagero para
que o outro sinta dó, pena de nós e, todos sabemos que podemos ficar algum
tempo sem se alimentar.
“[...] Estou a
ponto de morrer [...]”, Gn.25.32 é o momento em que muitos aproveitam
para tirar vantagem e Jacó não perdeu a oportunidade.
Na fraqueza de Esaú, “[...] de que me aproveitará o direito de primogenitura?”,
Gn.25.32, Jacó sabe que é a sua oportunidade de receber a bênção espiritual.
“[...] De que me
aproveitará o direito de primogenitura?”, Gn.25.32, é a rejeição, a
troca da vida eterna por prazeres efêmeros.
É por isso, “então,
(que) disse Jacó [...]”, Gn.25.33 a respeito da sua astúcia na fraqueza
do seu irmão Esaú – aprenda a ser forte porque “o Senhor está comigo; não
temerei. Que me poderá fazer o homem”, Sl.118.6.
A esperteza de “[...] Jacó (fez Esaú) jurar primeiro [...]”, Gn.25.33 para ele se
desvencilhar da bênção espiritual.
“[...] Esaú jurou
e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó”, Gn.25.33 renegando o
seu futuro de bênçãos espirituais na presença de Deus.
Não “[...] venda (e
não jogue fora) o seu direito de primogenitura [...]”, Gn.25.33 –
amigos, parentes, cônjuge.
Seja mais esperto que seu irmão.
Filho trapaceia
Conclusão:
Em troca do mais precioso bem.
Bens materiais são de menos importância
para o servo de Deus.
Não permita trocar o seu bem maior,
a vida eterna, por coisas passageiras.
O atilamento de “Jacó [...]”, Gn.25.34, meu e seu pode nos trazer angústia
ou bênção.
“Deu, pois, Jacó
a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas [...]”, Gn.25.34, o vermelho que
lembra sangue, raiva, ódio para retirar do seu coração o peso que seria para a
eternidade.
O primeiro passo para a destruição
espiritual de “[...] Esaú (foi) ele comer e beber [...] (do) cozinhado
de lentilhas [...]”, Gn.25.34.
Muitos quando não querem mais
compromisso com Deus, a atitude é se “[...] levantar e sair [...]”,
Gn.25.34 – a ordem – frequência à igreja, leitura bíblica e oração.
“[...] Assim, (o
passo seguinte é) desprezar [...] o seu direito de primogenitura”, Gn.25.34,
a sua bênção espiritual, a vida com Deus e a eternidade.
“[...] Jacó (e) Esaú
[...]”, Gn.25.34 fizeram suas próprias escolhas.
Faça a escolha certa para o seu bem
espiritual.
Pare de trapacear.
Rev.
Salvador P. Santana
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