DÊ VALOR À SUA
SAÚDE
“Chega
uma hora em que o estresse crônico com o trabalho não passa. A sensação de
falta de energia ou de exaustão é constante. Todos os pensamentos sobre a vida
profissional são negativos, cínicos, distantes. Um sentimento de impotência
toma conta, e a produtividade vai lá para baixo. A descrição é do “Burnout” (“queima
total”, numa tradução livre), um mal de nossos tempos que, neste ano, passou a
ser classificado como síndrome pela OMS e já atinge quase 20 milhões de
brasileiros [...]” – Esgotamento total – Saúde Mental - por Elisa Martins –
Época, no 1119, pag. 30, 16.12.19.
A
descoberta científica sobre o “Burnout” é recente, mas desde muito tempo a
Bíblia relata casos em que homens ficaram desesperados, cansados, angustiados,
estressados. Nenhum dos homens sabia qual o verdadeiro nome dado a todo tipo de
exaustão. Jó, devido às calamidades e aflições que o acometeram: servos mortos a
fio de espada, fogo queimando ovelhas e servos, camelos roubados, filhos mortos
quando “[...] se levantou grande vento [...] dando nos quatro cantos da casa
[...]” (Jó 1.19). Tudo isso sem contar que “[...] Jó foi ferido de tumores
malignos [...]” (Jó 1.7), a esposa pedindo que “[...] amaldiçoasse a Deus e
morresse [...]” (Jó 2.10), e seus três amigos tentando convencê-lo de que ele havia
pecado contra Deus. Jó entrou em parafuso, “[...] e amaldiçoou o seu dia
natalício” (Jó 2.13).
O
rei Salomão não conheceu o termo “Burnout”, mas é possível que tenha entrado em
parafuso, desespero, depressão quanto às suas várias atividades quando ele “considerou
todas as obras que fizera as suas mãos, como também o trabalho que ele, com
fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e
nenhum proveito havia debaixo do sol”, (Ec 2.11).
A
Bíblia relata várias atividades que levaram Salomão ao cansaço mental. Possível
que não tenha dado valor à sua saúde física e mental. Ele próprio “resolveu no
seu coração dar-se ao vinho, regendo-se, contudo, pela sabedoria, e entregar-se
à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo
do céu, durante os poucos dias da sua vida” (Ec 2.3).
Perceba
que, não satisfeito, Salomão “empreendeu grandes obras; edificou [...] casas
[...] plantou vinhas [...] fez jardins e pomares [...] plantou árvores
frutíferas [...] fez açudes, para regar com eles o bosque [...] comprou servos
e servas [...] possuiu bois e ovelhas [...] amontoou [...] prata e ouro e
tesouros [...] proveu-se de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos
homens: mulheres e mulheres (a conclusão do rei judeu é que ele) considerou
todas as obras que fizeram as suas mãos, como também o trabalho que ele, com
fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e
nenhum proveito havia debaixo do sol.” (Ec 2.4-8, 10).
O
texto bíblico não esclarece se Salomão se recuperou ou se piorou do seu suposto
“Burnout”. Parece, nada conclusivo, que Salomão chegou à conclusão de que muito
trabalho pode adoecer, então ele fala que “nada há melhor para o homem do que comer,
beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, viu também
que isto vem da mão de Deus” (Ec 2.24) para abençoar a sua vida.
Interessante
notar que Salomão parece ter aprendido com os seus erros de ter trabalhado
muito e não descansado. A sua pergunta vale ainda para todos os homens desesperados
nestes dias: “que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se
afadiga debaixo do sol?” (Ec 1.3). Ele continua dizendo que “considerou todas
as obras que fizeram as suas mãos, como também o trabalho que ele, com fadigas,
havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum
proveito havia debaixo do sol” (Ec 2.11), então, tudo “[...] é canseira e
enfado, porque tudo passa rapidamente e (o homem) voa” (Sl 90.10).
Jó
foi recuperado na vida física, material, espiritual e familiar quando “mudou o
SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o
dobro de tudo o que antes possuirá” (Jó 42.10).
Não
foram apenas Jó e Salomão, servos de Deus que passaram por esse tipo de
depressão, estresse, ansiedade ou outro nome que alguém queira dar. O profeta
Jeremias disse que é “maldito o dia em que nasceu! [...]” (Jr 20.14). O profeta
Elias “[...] pediu para si a morte [...]” (1Rs 19.4). Sem contar Saul, Davi, Aitofel
e tantos outros que não souberam lidar com as cobranças, o muito trabalho, as
longas horas sem querer dar um tempo para o descanso.
O
conselho de Jesus: “[...] não andeis ansiosos pela vossa vida [...] (e) não vos
inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao
dia o seu próprio mal” (Mt 6.25, 34).
Se
aquiete e dê valor à sua vida neste ano de 2020!
Rev. Salvador P.
Santana
Nenhum comentário:
Postar um comentário