sábado, 28 de julho de 2018

Cl.2.8-23 - CRISTO E OS FALSOS ENSINOS.


CRISTO E OS FALSOS ENSINOS, Cl.2.8-23.



Objetivo:         Discernir os falsos ensinos.

Nar.:    O falso ensino sempre despreza a simplicidade da fé cristã.

            Os falsos mestres reivindicam possuir um ‘conhecimento superior’, ‘uma revelação maior’, um melhor sistema de espiritualidade’.

            Cristo é tudo na epístola aos Colossenses:

            Ele nos libertou do império das trevas [...]”, Cl.1.13;

            Jesus “[...] é a imagem do Deus invisível [...]”, Cl.1.15;

            Em “[...] Jesus foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele”, Cl.1.16;

            Ele é a cabeça do corpo, da igreja [...]”, Cl.1.18;

            Jesus é a nossa “[...] redenção, a remissão dos (nossos) pecados”, Cl.1.14;

            [...] Cristo em nós, (é) a esperança da glória”, Cl.1.27;

            Em Jesus todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”, Cl.2.3;

            [...] Cristo é tudo em todos”, Cl.3.11.

            É por este motivo que “[...] não (podemos) reter a cabeça (Jesus Cristo), da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus”, Cl.2.19.

1 – A Pessoa e a Obra de Jesus.

            O alerta do texto é para ter “cuidado que ninguém nos venha a enredar (enlaçar, atrapalhar, levar como um prisioneiro ou cativo, raptar, desviar alguém da verdade e colocá-la na escravidão do erro) com sua filosofia (sabedoria humana em contraste com o conhecimento de Deus) e vãs (vazio) sutilezas (engano, falsidade), conforme a tradição (informações, costumes) dos homens, conforme os rudimentos (primeiras lições) do mundo e não segundo Cristo”, Cl.2.8 com o seu ensino.

            Muitos adicionam à fé alguns elementos estranhos: astrologia, visões espirituais, adoração aos anjos e santos.

            Em outro texto Paulo se “admira que (muitos) estejam passando tão depressa daquele que nos chamou na graça de Cristo para outro evangelho (falso)”, Gl.1.6.

            A pergunta de Paulo continua em nossos dias sobre “[...] quem nos fascinou (falou mal, caluniou, difamou) a nós [...] (que) Jesus Cristo (foi) exposto como crucificado [...]”, Gl.3.1.

            A declaração bíblica é de que “para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não nos submetais, de novo, a jugo de escravidão”, Gl.5.1.

            O objetivo dos heréticos (ensino contrário) é conquistar e escravizar aqueles que Jesus havia liberto.

            Ora, se fomos “[...] sepultados [...] com (Jesus) no batismo [...] fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus [...]”, Cl.2.12.

            Precisamos entender que todos “[...] nós [...] estávamos mortos pelas nossas transgressões [...] (Deus) nos deu vida juntamente com Jesus, perdoando todos os nossos delitos”, Cl.2.13.

            Devido esse grande amor de Deus, “temos cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.14.

            Antes de combater estes elementos estranhos, Paulo fala de Cristo:

            Em[...] Jesus habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade”, Cl.2.9.

            Jesus Cristo é Deus em toda a sua plenitude. Ele é igual ao Pai e ao Espírito Santo, em sua natureza e consubstancialidade, “porque aprouve (satisfação) a Deus que, nele, residisse toda a plenitude (presença completa)”, Cl.1.19.

            Jesus é o verdadeiro e eterno Deus, “pois ele, subsistiu em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus”, Fp.2.6.

            Por isso Jesus se “[...] tornou tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”, Hb.1.4.

            Em Jesus estamos aperfeiçoados.

            Também, nele (Jesus), estamos aperfeiçoados (tornar cheio, completo, preencher até o máximo, fazer abundar) [...]”, Cl.2.10.

            Se em “[...] Jesus habita [...] toda a plenitude da Divindade”, Cl.2.9 e estamos unidos com a Jesus, já experimentamos de sua plenitude.

            Isto acontece “porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça”, Jo.1.16.

            Jesus é a fonte que fornece todas as bênçãos para esta vida e a futura.

            Não precisamos de adendos e acréscimos espirituais.

            Em Jesus temos já temos tudo que precisamos.

            Jesus é a maior autoridade que existe porque “[...] Ele é o cabeça de todo principado (espírito bom ou mau) e potestade (espírito bom ou mau)”, Cl.2.10.

            Ele é autoridade suprema no mundo espiritual, de tal maneira que, fora dele, os anjos bons não podem prestar auxílio, e por causa dele os demônios não podem fazer mal aos crentes.   

            Isto se deve a “[...] Jesus (que tem) toda a autoridade [...] dada (pelo Pai) no céu e na terra”, Mt.28.18.

            E o melhor é que “[...] nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele”, Cl.1.16.

            Em Jesus fomos circundados espiritualmente.

            Nele, também fomos circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne (abandonar o pecado), que é a circuncisão de Cristo (em cada coração)”, Cl.2.11.

            A circuncisão que os falsos mestres queriam que os crentes fizessem era uma pequena cirurgia, externa, com o objetivo de remover o excesso de pele no membro reprodutor masculino.

            A circuncisão de Cristo é uma operação do Espírito Santo, realizada no coração do crente, removendo toda a sua natureza pecaminosa.

            Em Jesus fomos sepultados e ressuscitados.

            O texto fala: “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”, Cl.2.12.

            Deus é o autor da vida espiritual.

            E o processo de vivificação [e semelhante à morte e ressurreição de Jesus Cristo.

            Assim como Cristo morreu, ressuscitou e vive para Deus, o cristão deve se “[...] morrer para a lei, a fim de viver para Deus. Estará crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”, Gl.2.19, 20.

            O poder que ressuscitou a Cristo é o mesmo que opera eficazmente em nós.

            Em Jesus recebemos a vida.

            Precisamos saber que todos “[...] nós [...] estávamos mortos pelas nossas transgressões e pela incircuncisão (sem mudança) da nossa carne (exterior) [...]”, Cl.2.13.

            É por isso que Deus “[...] nos deu vida juntamente com Jesus, perdoando todos os nossos delitos (deslize, desvio, falta de compromisso com Deus)”, Cl.2.13.

            Na verdade, todo homem só pode “[...] ser salvo [...] pela graça [...] (através de) Cristo [...]”, Ef.2.5.

            Recebemos vida porque “[...] Deus [...] (é) rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou”, Ef.2.4.

            Em Jesus fomos perdoados.

            Tendo (verbo no passado) cancelado o escrito de dívida (exigência da lei que aponta os nossos pecados sem porém removê-los), que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.14.

            A vida espiritual vem acompanhada do perdão de pecados.

            Foi “[...] Deus quem propôs, no seu sangue, como propiciação (aplacar a ira de Deus), mediante a fé, para manifestar a sua justiça [...], Rm.3.25.

            Por isso, devemos “[...] ser uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-nos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, nos perdoou”, Ef.4.32.

            Eis o motivo de “agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.

            Em Jesus obtemos a vitória sobre Satanás.

            É maravilhoso saber que Jesus “[...] despojou (desarmar, tirar, despir) os principados (anjos bons e maus) e as potestades (anjos bons e maus), publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.

            Na cruz Jesus cumpriu a promessa de que foi “posto inimizade entre (Satanás) e a mulher (igreja), entre a [...] descendência (de Satanás) e o [...] descendente (da igreja). Este (Jesus) [...] ferirá a cabeça (de Satanás), e (Satanás) [...] ferirá o calcanhar (de Jesus tentando afastá-lo da cruz)”, Gn.3.15.

            Fique sossegado, “[...] não chore; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu [...]”, Ap.5.5 por todos nós.

Aplicações práticas:    Cuidado para não ser envolvido e desviado pelos falsos ensinos;

            Em Jesus temos todos os recursos espirituais que necessitamos para viver;

            A obra realizada por Jesus na cruz concretiza a nossa vitória sobre o pecado, sobre a morte, sobre a lei e sobre os demônios.

2 – Jesus é melhor.    

            Paulo enfrenta o falso ensino em Colossos apresentando a superioridade de Jesus sobre a filosofia, o legalismo, o misticismo e o ascetismo (abster de prazeres e conforto material).

            Os argumentos que Paulo usa são os da pessoa e obra de Jesus.

            O que Jesus é e o que Ele realizou na cruz revelam perfeição espiritual.

            E aquilo que é perfeito não preciso de acréscimos.

            Jesus é melhor que filosofia.

            Filosofia é sabedoria humana (humanismo) e envolvia qualquer sistema de pensamento, incluindo o religioso.

            As seitas do judaísmo (essênios – envolto em mistérios, fariseus e saduceus) eram consideradas filosofias.

            A filosofia “[...] guardava a tradição dos homens [...] rejeitavam o preceito de Deus para guardardes a [...] própria tradição”, Mc.7.8, 9.

            Por isso, “[...] o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1.

            Em Cristo temos “[...] todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento [...]”, Cl.2.3.

            Tanto sabedoria quanto conhecimento adquirimos através de “toda a Escritura (que) é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”, 2Tm.3.16.

            A respeito da sabedoria, Paulo fala que “ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre nós se tem por sábio neste século, faça-se estulto (tolo) para se tornar sábio”, 1Co.3.18.

            [...] Jesus (fala que o) [...] Pai, Senhor do céu e da terra [...] oculta (certas) [...] coisas aos sábios e instruídos e as revela aos pequeninos”, Mt.11.25 de mente e coração voltados para Deus.

            Jesus é melhor que o legalismo.

            Legalismo é o ensino que defende que um homem pode ser salvo obedecendo a uma lei ou praticando boas obras.

            Os falsos mestres exigiam a circuncisão como pré-requisito para a salvação.

            Mas, Paulo fala que “nele (Jesus), também fomos circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne (deixando o pecado e buscando a santificação), que é a circuncisão de Cristo”, Cl.2.11.

            Os legalistas são “todos os que querem ostentar-se na carne, esses nos constrangem a nos circuncidarmos, somente para não sermos perseguidos por causa da cruz de Cristo”, Gl.6.12.

            Paulo afirma que a lei ou observância da lei cerimonial eram “[...] sombra das coisas que haviam de vir [...] (o qual) é [...] Cristo”, Cl.2.17.

            Desse modo, a nossa “[...] salvação (é) pela graça [...] mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Ef.2.8, 9.

            Paulo alerta que Jesus Cristo é suficiente:

            [...] Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade”, Cl.2.9;

            [...] Nele, estamos aperfeiçoados [...]”, Cl.2.10.

            Nele, também fomos circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo”, Cl.2.11 para a nossa salvação;

            Em Jesus “temos sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”, Cl.2.12.

            Por causa de Deus, “[...] nós que estávamos mortos pelas nossas transgressões e pela incircuncisão da nossa carne, nos deu vida juntamente com ele (Jesus), perdoando todos os nossos delitos”, Cl.2.13.

            Foi o próprio Jesus que, “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças (lei), o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.14.

            Sendo assim, foi “[...] despojado os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl.2.15.

            Jesus é melhor que o misticismo.

            O misticismo é um termo difícil de definir.

            No contexto de Colossos, refere-se às práticas de astrologia, revelações esotéricas e cultos a anjos.

            O conselho de Paulo é que “ninguém se faça árbitro contra nós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal”, Cl.2.18.

            Os falsos mestres se gloriavam de visões, revelações especiais e acessos a novas esferas espirituais.

            Tudo não passava de soberba espiritual, pois “tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético (isolamento); todavia, não têm valor algum contra a sensualidade (paixões que levam à imoralidade)”, Cl.2.23.

            Quem tem Jesus e se relaciona pessoalmente com ele, vive a verdadeira espiritualidade.

            A base desta relação é: “[...] Se alguém [...] ama Jesus, guardará a sua palavra; e seu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”, Jo.14.23.

            Não se trata de esoterismo ou meditação interior, mas o homem tem “[...] prazer [...] na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”, Sl.1.2.

            Jesus é melhor que ascetismo.

            Ascetismo significa “exercício”, “treinamento” num sentido de autonegação.      

            O ascetismo gnóstico defendia que o corpo era o “cárcere da alma”. O corpo é mau e o espírito é bom.

            Quanto mais rápido o espírito se libertar do corpo, melhor. Logo, os abusos contra o corpo eram estimulados pela licenciosidade (se opõe à decência e ao pudor) ou pelo ascetismo.

            Em Colossos, os falsos mestres queiram estabelecer regas ascéticas “[...] por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados (então Paulo fala) ninguém, pois, nos julgue [...]”, Cl.2.16.

            A defesa de Paulo é que, “se morremos com Cristo para os rudimentos (primeiras lições) do mundo, por que, como se vivêssemos no mundo, nos sujeitamos a ordenanças [...]”, Cl.2.20.

            O desejo dos falsos mestres era que, “não (devia) manusear isto, não provar aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens [...] (Paulo declara) [...] que todas estas coisas, com o uso, se destroem”, Cl.2.21, 22.

            Para os falsos ensinos “tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade (paixões que levam à imoralidade)”, Cl.2.23.

Aplicações práticas:    Jesus Cristo é tudo para mim?

            Com Jesus não precisamos de complemento espiritual.

            Em vez de acrescentar algo a Cristo, devemos aprender mais dele.

            Precisamos aprender a “[...] crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”, 2Pe.3.18.





            Adaptado pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Filipenses e Colossenses – Cristo: Nossa alegria e suficiência – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.


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