CRISTO E OS FALSOS ENSINOS, Cl.2.8-23.
Objetivo: Discernir os falsos ensinos.
Nar.: O falso ensino sempre despreza a
simplicidade da fé cristã.
Os
falsos mestres reivindicam possuir um ‘conhecimento superior’, ‘uma revelação
maior’, um melhor sistema de espiritualidade’.
Cristo
é tudo na epístola aos Colossenses:
“Ele nos libertou do império das trevas [...]”,
Cl.1.13;
Jesus
“[...] é a imagem do Deus invisível
[...]”, Cl.1.15;
Em
“[...] Jesus foram criadas todas as
coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos,
sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio
dele e para ele”, Cl.1.16;
“Ele é a cabeça do corpo, da igreja [...]”,
Cl.1.18;
Jesus
é a nossa “[...] redenção, a remissão
dos (nossos) pecados”, Cl.1.14;
“[...] Cristo em nós, (é) a esperança da
glória”, Cl.1.27;
“Em Jesus todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento estão ocultos”, Cl.2.3;
“[...] Cristo é tudo em todos”,
Cl.3.11.
É
por este motivo que “[...] não (podemos)
reter a cabeça (Jesus Cristo), da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado
por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus”,
Cl.2.19.
1 – A Pessoa e a Obra de Jesus.
O
alerta do texto é para ter “cuidado que
ninguém nos venha a enredar (enlaçar, atrapalhar, levar como um prisioneiro ou
cativo, raptar, desviar alguém da verdade e colocá-la na escravidão do erro) com
sua filosofia (sabedoria humana em contraste com o conhecimento de Deus) e vãs (vazio)
sutilezas (engano, falsidade), conforme a tradição (informações, costumes) dos
homens, conforme os rudimentos (primeiras lições) do mundo e não segundo Cristo”,
Cl.2.8 com o seu ensino.
Muitos
adicionam à fé alguns elementos estranhos: astrologia, visões espirituais,
adoração aos anjos e santos.
Em
outro texto Paulo se “admira que (muitos)
estejam passando tão depressa daquele que nos chamou na graça de Cristo para
outro evangelho (falso)”, Gl.1.6.
A
pergunta de Paulo continua em nossos dias sobre “[...]
quem nos fascinou (falou mal, caluniou, difamou) a nós [...] (que) Jesus Cristo
(foi) exposto como crucificado [...]”, Gl.3.1.
A
declaração bíblica é de que “para a
liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não nos
submetais, de novo, a jugo de escravidão”, Gl.5.1.
O
objetivo dos heréticos (ensino contrário) é conquistar e escravizar aqueles que
Jesus havia liberto.
Ora,
se fomos “[...] sepultados [...] com (Jesus)
no batismo [...] fomos ressuscitados mediante a fé no poder de Deus [...]”,
Cl.2.12.
Precisamos
entender que todos “[...] nós [...]
estávamos mortos pelas nossas transgressões [...] (Deus) nos deu vida
juntamente com Jesus, perdoando todos os nossos delitos”, Cl.2.13.
Devido
esse grande amor de Deus, “temos cancelado
o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual
nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”,
Cl.2.14.
Antes
de combater estes elementos estranhos, Paulo fala de Cristo:
Em
“[...] Jesus habita, corporalmente,
toda a plenitude da Divindade”, Cl.2.9.
Jesus
Cristo é Deus em toda a sua plenitude. Ele é igual ao Pai e ao Espírito Santo, em
sua natureza e consubstancialidade, “porque
aprouve (satisfação) a Deus que, nele, residisse toda a plenitude (presença
completa)”, Cl.1.19.
Jesus
é o verdadeiro e eterno Deus, “pois
ele, subsistiu em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus”,
Fp.2.6.
Por
isso Jesus se “[...] tornou tão
superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”, Hb.1.4.
Em
Jesus estamos aperfeiçoados.
“Também, nele (Jesus), estamos aperfeiçoados (tornar cheio, completo, preencher até o máximo, fazer
abundar) [...]”, Cl.2.10.
Se em “[...] Jesus habita [...] toda a plenitude da
Divindade”, Cl.2.9 e estamos unidos com a Jesus, já experimentamos de
sua plenitude.
Isto
acontece “porque todos nós temos
recebido da sua plenitude e graça sobre graça”, Jo.1.16.
Jesus
é a fonte que fornece todas as bênçãos para esta vida e a futura.
Não
precisamos de adendos e acréscimos espirituais.
Em
Jesus temos já temos tudo que precisamos.
Jesus
é a maior autoridade que existe porque “[...]
Ele é o cabeça de todo principado (espírito bom ou mau) e potestade (espírito
bom ou mau)”, Cl.2.10.
Ele
é autoridade suprema no mundo espiritual, de tal maneira que, fora dele, os
anjos bons não podem prestar auxílio, e por causa dele os demônios não podem
fazer mal aos crentes.
Isto
se deve a “[...] Jesus (que tem) toda a
autoridade [...] dada (pelo Pai) no céu e na terra”, Mt.28.18.
E
o melhor é que “[...] nele, foram
criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi
criado por meio dele e para ele”, Cl.1.16.
Em
Jesus fomos circundados espiritualmente.
“Nele, também fomos circuncidados, não por
intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne (abandonar o pecado),
que é a circuncisão de Cristo (em cada coração)”, Cl.2.11.
A
circuncisão que os falsos mestres queriam que os crentes fizessem era uma
pequena cirurgia, externa, com o objetivo de remover o excesso de pele no
membro reprodutor masculino.
A
circuncisão de Cristo é uma operação do Espírito Santo, realizada no coração do
crente, removendo toda a sua natureza pecaminosa.
Em
Jesus fomos sepultados e ressuscitados.
O
texto fala: “tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”,
Cl.2.12.
Deus
é o autor da vida espiritual.
E
o processo de vivificação [e semelhante à morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Assim
como Cristo morreu, ressuscitou e vive para Deus, o cristão deve se “[...] morrer para a lei, a fim de viver para
Deus. Estará crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de
Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”, Gl.2.19, 20.
O
poder que ressuscitou a Cristo é o mesmo que opera eficazmente em nós.
Em
Jesus recebemos a vida.
Precisamos
saber que todos “[...] nós [...] estávamos
mortos pelas nossas transgressões e pela incircuncisão (sem mudança) da nossa
carne (exterior) [...]”, Cl.2.13.
É por isso
que Deus “[...] nos deu vida juntamente
com Jesus, perdoando todos os nossos delitos (deslize, desvio, falta de
compromisso com Deus)”, Cl.2.13.
Na
verdade, todo homem só pode “[...] ser
salvo [...] pela graça [...] (através de) Cristo [...]”, Ef.2.5.
Recebemos
vida porque “[...] Deus [...] (é) rico
em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou”, Ef.2.4.
Em
Jesus fomos perdoados.
“Tendo (verbo no passado) cancelado o escrito
de dívida (exigência da lei que aponta os nossos pecados sem porém removê-los),
que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial,
removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”, Cl.2.14.
A
vida espiritual vem acompanhada do perdão de pecados.
Foi
“[...] Deus quem propôs, no seu sangue,
como propiciação (aplacar a ira de Deus), mediante a fé, para manifestar a sua
justiça [...], Rm.3.25.
Por
isso, devemos “[...] ser uns para com
os outros benignos, compassivos, perdoando-nos uns aos outros, como também
Deus, em Cristo, nos perdoou”, Ef.4.32.
Eis
o motivo de “agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.
Em
Jesus obtemos a vitória sobre Satanás.
É
maravilhoso saber que Jesus “[...]
despojou (desarmar, tirar, despir) os principados (anjos bons e maus) e as
potestades (anjos bons e maus), publicamente os expôs ao desprezo, triunfando
deles na cruz”, Cl.2.15.
Na
cruz Jesus cumpriu a promessa de que foi “posto
inimizade entre (Satanás) e a mulher (igreja), entre a [...] descendência (de
Satanás) e o [...] descendente (da igreja). Este (Jesus) [...] ferirá a cabeça
(de Satanás), e (Satanás) [...] ferirá o calcanhar (de Jesus tentando afastá-lo
da cruz)”, Gn.3.15.
Fique
sossegado, “[...] não chore; eis que o
Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu [...]”, Ap.5.5 por todos
nós.
Aplicações práticas: Cuidado para não ser envolvido e desviado
pelos falsos ensinos;
Em
Jesus temos todos os recursos espirituais que necessitamos para viver;
A
obra realizada por Jesus na cruz concretiza a nossa vitória sobre o pecado,
sobre a morte, sobre a lei e sobre os demônios.
2 – Jesus é melhor.
Paulo
enfrenta o falso ensino em Colossos apresentando a superioridade de Jesus sobre
a filosofia, o legalismo, o misticismo e o ascetismo (abster de prazeres e
conforto material).
Os
argumentos que Paulo usa são os da pessoa e obra de Jesus.
O
que Jesus é e o que Ele realizou na cruz revelam perfeição espiritual.
E
aquilo que é perfeito não preciso de acréscimos.
Jesus
é melhor que filosofia.
Filosofia
é sabedoria humana (humanismo) e envolvia qualquer sistema de pensamento,
incluindo o religioso.
As seitas
do judaísmo (essênios – envolto em mistérios, fariseus e saduceus) eram
consideradas filosofias.
A
filosofia “[...] guardava a tradição
dos homens [...] rejeitavam o preceito de Deus para guardardes a [...] própria
tradição”, Mc.7.8, 9.
Por
isso, “[...] o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem
a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”, 1Tm.4.1.
Em
Cristo temos “[...] todos os tesouros
da sabedoria e do conhecimento [...]”, Cl.2.3.
Tanto
sabedoria quanto conhecimento adquirimos através de “toda a Escritura (que) é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”,
2Tm.3.16.
A
respeito da sabedoria, Paulo fala que “ninguém
se engane a si mesmo: se alguém dentre nós se tem por sábio neste século,
faça-se estulto (tolo) para se tornar sábio”, 1Co.3.18.
“[...] Jesus (fala que o) [...] Pai, Senhor do
céu e da terra [...] oculta (certas) [...] coisas aos sábios e instruídos e as
revela aos pequeninos”, Mt.11.25 de mente e coração voltados para Deus.
Jesus
é melhor que o legalismo.
Legalismo
é o ensino que defende que um homem pode ser salvo obedecendo a uma lei ou
praticando boas obras.
Os
falsos mestres exigiam a circuncisão como pré-requisito para a salvação.
Mas,
Paulo fala que “nele (Jesus), também
fomos circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo
da carne (deixando o pecado e buscando a santificação), que é a circuncisão de
Cristo”, Cl.2.11.
Os
legalistas são “todos os que querem
ostentar-se na carne, esses nos constrangem a nos circuncidarmos, somente para
não sermos perseguidos por causa da cruz de Cristo”, Gl.6.12.
Paulo
afirma que a lei ou observância da lei cerimonial eram “[...] sombra das coisas que haviam de vir [...] (o qual) é [...]
Cristo”, Cl.2.17.
Desse
modo, a nossa “[...] salvação (é) pela
graça [...] mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras,
para que ninguém se glorie”, Ef.2.8, 9.
Paulo
alerta que Jesus Cristo é suficiente:
“[...] Nele, habita, corporalmente, toda a
plenitude da Divindade”, Cl.2.9;
“[...] Nele, estamos aperfeiçoados [...]”,
Cl.2.10.
“Nele, também fomos circuncidados, não por
intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão
de Cristo”, Cl.2.11 para a nossa salvação;
Em
Jesus “temos sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fomos ressuscitados mediante
a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”, Cl.2.12.
Por causa
de Deus, “[...] nós que estávamos mortos
pelas nossas transgressões e pela incircuncisão da nossa carne, nos deu vida
juntamente com ele (Jesus), perdoando todos os nossos delitos”, Cl.2.13.
Foi
o próprio Jesus que, “tendo cancelado o
escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças (lei), o
qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”,
Cl.2.14.
Sendo
assim, foi “[...] despojado os
principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando
deles na cruz”, Cl.2.15.
Jesus
é melhor que o misticismo.
O
misticismo é um termo difícil de definir.
No
contexto de Colossos, refere-se às práticas de astrologia, revelações
esotéricas e cultos a anjos.
O
conselho de Paulo é que “ninguém se
faça árbitro contra nós outros, pretextando humildade e culto dos anjos,
baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal”,
Cl.2.18.
Os
falsos mestres se gloriavam de visões, revelações especiais e acessos a novas
esferas espirituais.
Tudo
não passava de soberba espiritual, pois “tais
coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de
falsa humildade, e de rigor ascético (isolamento); todavia, não têm valor algum
contra a sensualidade (paixões que levam à imoralidade)”, Cl.2.23.
Quem
tem Jesus e se relaciona pessoalmente com ele, vive a verdadeira
espiritualidade.
A base
desta relação é: “[...] Se alguém [...]
ama Jesus, guardará a sua palavra; e seu Pai o amará, e viremos para ele e
faremos nele morada”, Jo.14.23.
Não
se trata de esoterismo ou meditação interior, mas o homem tem “[...] prazer [...] na lei do SENHOR, e na sua
lei medita de dia e de noite”, Sl.1.2.
Jesus
é melhor que ascetismo.
Ascetismo
significa “exercício”, “treinamento” num sentido de autonegação.
O
ascetismo gnóstico defendia que o corpo era o “cárcere da alma”. O corpo é mau
e o espírito é bom.
Quanto
mais rápido o espírito se libertar do corpo, melhor. Logo, os abusos contra o
corpo eram estimulados pela licenciosidade (se opõe à decência e ao pudor) ou
pelo ascetismo.
Em
Colossos, os falsos mestres queiram estabelecer regas ascéticas “[...] por causa de comida e bebida, ou dia de
festa, ou lua nova, ou sábados (então Paulo fala) ninguém, pois, nos julgue [...]”,
Cl.2.16.
A
defesa de Paulo é que, “se morremos com
Cristo para os rudimentos (primeiras lições) do mundo, por que, como se vivêssemos
no mundo, nos sujeitamos a ordenanças [...]”, Cl.2.20.
O
desejo dos falsos mestres era que, “não
(devia) manusear isto, não provar aquilo, não toques aquiloutro, segundo os
preceitos e doutrinas dos homens [...] (Paulo declara) [...] que todas estas
coisas, com o uso, se destroem”, Cl.2.21, 22.
Para
os falsos ensinos “tais coisas, com
efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa
humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a
sensualidade (paixões que levam à imoralidade)”, Cl.2.23.
Aplicações práticas: Jesus Cristo é tudo para mim?
Com
Jesus não precisamos de complemento espiritual.
Em
vez de acrescentar algo a Cristo, devemos aprender mais dele.
Precisamos
aprender a “[...] crescer na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória,
tanto agora como no dia eterno”, 2Pe.3.18.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Filipenses e Colossenses – Cristo:
Nossa alegria e suficiência – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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