O ADVOGADO DIVINO, 1Jo.2.1.
Objetivo: Reconhecer que
precisamos da ajuda de Deus para vencermos o pecado.
Nar.: O filme Advogado do Diabo conta a história
de Kevin Lomax, um bem-sucedido advogado do interior da Flórida, que nunca
perdeu uma causa.
O
seu sucesso atraiu a atenção de um poderoso empresário de Nova York, Jon Milton
(Al Pacino) que o convidou para trabalhar em sua empresa, com um alto salário e
muitas regalias.
O
fascínio das riquezas e dos bens materiais, contudo, não produzira a felicidade
da família do advogado.
A
sua esposa Mary Ann, oprimida por forças e visões demoníacas é levada ao
suicídio.
Lomax
descobre então que Milton é seu pai. Sua mãe havia sido seduzida por ele
durante um congresso evangélico em New York.
No
fim da trama, John Milton quer que Lomax possua a sua filha, para que o
anticristo seja gerado.
Desesperado,
Lomax se mata com um tiro na cabeça.
Este
filme traz um retrato da nossa sociedade, sem Deus e sob a influência
espiritual do Diabo.
Mostra
como o Diabo usa a vaidade e a avareza para destruir pessoas e famílias.
Satanás,
com sutileza e sedução, explora o orgulho humano.
A
frase que mais se destaca no filme, usada sempre pelo Diabo, é “a vaidade é o
meu pecado preferido”.
Texto: João fala que por causa da nossa natureza
pecaminosa precisamos da ajuda de Deus para vencermos o pecado.
Precisamos
do advogado divino: Jesus Cristo.
1 – Ninguém vive sem pecar.
João
declara que, “[...] se, todavia, alguém
pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1 para
interceder por nós e fazer a nossa defesa diante de Deus “[...] que perdoa a iniquidade e a
transgressão, ainda que não inocenta o culpado [...]”, Nm.14.18.
Jesus
defende a nossa causa no tribunal celestial.
Três
destaques importantes neste versículo:
Um
Pai amoroso.
“Filhinhos (teknia) [...]”, 1Jo.2.1 é
um tratamento carinhoso do apóstolo João com os seus leitores.
Revela
a idade avançada do autor e demonstra o seu amor pelo desenvolvimento espiritual
dos seus filhos na fé.
O
termo “filhinhos [...]”, 1Jo.2.1
aparece sete vezes em 1Jo.2.1, 12, 28; 3.7, 18; 4.4; 5.21.
A
sua melhor tradução é “meus queridos
filhos [...]”, 1Jo.2.1.
João
ouviu essa expressão dos lábios de Jesus quando Ele disse aos seus discípulos: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco;
buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros:
para onde eu vou, vós não podeis ir”, Jo.13.33.
Outro
destaque importante neste versículo:
Filhos
que podem errar.
O
objetivo de João ao escrever para os seus filhos é duplo: motivá-los “[...] para que não pequem [...]”,
1Jo.2.1 e consolá-los quando, para que, “[...]
se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”,
1Jo.2.1.
O
amor de um pai não deve ser motivo para cegá-lo quanto aos erros e defeitos dos
seus filhos.
João está
ciente da nossa fragilidade e de como somos influenciáveis a pecar.
Ele
faz três abordagens sobre o pecado:
I
– Podemos tentar encobrir os pecados, mas “[...] Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que
mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a
verdade. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos,
e a verdade não está em nós”, 1Jo.1.5, 6, 8;
II
– Podemos confessar os pecados.
É
por isso que, “se, porém, andarmos na
luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (E) se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça”, 1Jo.1.7, 9.
III
– Podemos conquistar ou vencer nossos pecados.
É por este
motivo que João “[...] nos escreve
estas coisas para que não pequemos (essa é a nossa vitória). Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a
propiciação (aplacar a ira de Deus) pelos nossos pecados e não somente pelos
nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. Ora, sabemos que o temos
conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele, entretanto, que
guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de
Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse
deve também andar assim como ele andou”, 1Jo.2.1-3, 5, 6.
Outro
destaque importante no texto é que temos [...]
Um
advogado divino.
Advogado,
“[...] Consolador (paracletos) [...]”,
Jo.14.16 significa ajudador ou aquele que nos defende.
Esse
substantivo no evangelho de João aplica-se ao “[...]
Espírito Santo, o Consolador [...] a quem o Pai enviou em [...] nome (de) Jesus,
(o qual) [...] nos ensinará todas as coisas [...]”, Jo.14.26.
Ele
age dentro de nós e põe argumentos e súplicas em nosso coração e “[...] nos ensinará todas as coisas e nos fará
lembrar de tudo o que nos tem dito (Jesus)”, Jo.14.26.
“[...] O Espírito (Santo é o nosso advogado
que) [...] nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém,
mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
E aquele (Deus) que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo
a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”, Rm.8.26, 27.
A
figura do advogado ganha sentido no contexto de um júri.
A
sala do júri é sala do Trono onde “[...]
Jesus (se) sentou com seu Pai no seu trono”, Ap.3.21.
Ali
comparece o promotor injusto, Satanás, mas, será “[...] expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que (nos)
[...] acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”, Ap.12.10.
Satanás
aponta para Deus os nossos defeitos e pecados, assim como “os principais sacerdotes e os escribas [...]
acusaram (a) Jesus [...] como agitador do povo [...]”, Lc.23.10, 14.
Jesus
porém é o nosso advogado. Ele defende a nossa causa no tribunal celestial.
Assim
como Jesus defendeu os seus discípulos quando do seu ministério na terra, “[...] rogando ao Pai, e ele lhes deu outro
Consolador, a fim de que estivesse para sempre com eles”, Jo.14.16, do
mesmo modo “[...] Cristo Jesus é [...]
também [...] quem [...] intercede por nós”, Rm.8.34.
Diante
do advogado divino [...]
2 – Todos têm direito à defesa.
O
texto é claro ao afirmar que “[...]
temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, 1Jo.2.1.
Extraímos
da figura do advogado algumas características da pessoa de Jesus.
Ele
foi constituído pelo Juiz.
Todo
réu tem direito a defesa.
Caso
o réu não tenha recursos para constituir um advogado, a corte designa um
advogado gratuito para ele.
Na
condição de pecadores, já estamos condenados pela lei de Deus, sem nenhuma
condição de nos defender.
Por
isso Jesus foi constituído por Deus para ser o nosso advogado, “[...] o qual está à direita de Deus e também
intercede por nós”, Rm.8.34.
Fique
sabendo que o Diabo nunca cessa de acusar-nos e muita gente gostaria de nos
condenar.
Até
mesmo “[...] o nosso coração nos acusa,
certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas”,
1Jo.3.20.
Mas,
não fiquemos preocupados, pois “quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou [...]”,
Rm.8.33.
A
etimologia de advogado (parakletos) sugere que sempre foi empregado no sentido
passivo.
1
– O advogado nunca é convocado, “mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviou em [...] nome (de) Jesus
[...]”, Jo.14.26;
2
– Notar que “[...] o Consolador (foi)
[...] enviado (por) Jesus [...] da parte do Pai [...]”, Jo.15.26;
3
– Após “[...] Jesus rogar ao Pai [...]
ele nos deu outro Consolador (parakleto), a fim de que esteja para sempre
convosco”, Jo.14.16;
4
– A plena certeza que temos é de que “o
Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o
conhece; nós o conhecemos, porque ele habita conosco e estará em nós”,
Jo.14.17.
Ele
é o advogado perfeito.
João
revela que “[...] Jesus Cristo, o Justo
(é o nosso) Advogado [...]”, 1Jo.2.1.
O
adjetivo “[...] Justo (qualifica o
nosso) Advogado [...]”, 1Jo.2.1 de três maneiras:
I
– Ele é justo em sua natureza perfeita.
Jesus
não é pecador.
O
título de “[...] o Justo (foi aplicado
a) Jesus Cristo [...]”, 1Jo.2.1.
O
livro de Atos dos apóstolos declara que os judeus “[...] negaram o Santo e o Justo e pediram que lhes concedessem
um homicida. (Declara também que) [...] eles mataram os que anteriormente
anunciavam a vinda do Justo, do qual [...] agora (se) [...] tornassem traidores
e assassinos”, At.3.14; 7.52.
É
como advogado sem pecado que Jesus nos representa no tribunal divino.
Pedro
fala que “[...] Cristo morreu, uma
única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus;
morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito”, 1Pe.3.18.
Existem
três lições neste verso:
1
– O sacrifício de Jesus foi perfeito em sua quantidade, “pois [...] Cristo morreu, uma única vez,
pelos pecados [...]”, 1Pe.3.18.
O
sacrifício foi único e irrepetível. Os sacrifícios da lei cerimonial eram
imperfeitos e se repetiam anualmente; mas o sacrifício de Jesus “[...] não tem necessidade, como os sumos
sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios
pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si
mesmo se ofereceu”, Hb.7.27;
2
– O sacrifício de Jesus foi perfeito por causa do caráter santo de quem
realizou “pois também Cristo [...] (é)
o justo (que sofreu) pelos injustos [...]”, 1Pe.3.18, o que morreu em
lugar dos pecadores;
3
– O sacrifício de Jesus foi perfeito pelo resultado. “[...] Cristo morreu [...] para conduzir-nos (introduzir,
providenciar acesso, construir um relacionamento perfeito com) Deus [...]”,
1Pe.3.18.
Aqui
denota (significa) a apresentação de uma pessoa perante um tribunal, perante
uma corte, para ser absolvido e totalmente perdoado “[...] por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que
criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe [...]”, Ap.10.6.
II
– Ele é justo em comportamento.
“Jesus [...] não cometeu pecado, nem dolo
algum se achou em sua boca”, 1Pe.2.22.
O
Seu proceder é correto e perfeito a ponto de, ao ser julgado, a “[...] mulher (de Pilatos) mandou dizer-lhe:
Não te envolvas com esse justo [...] (e) Pilatos [...] (que Jesus é) [justo] [...]”,
Mt.27.19, 24.
No
período em que Jesus viveu neste mundo, em sua vida não houve deslize pelo qual
pudesse ser censurado.
III
– Ele é justo porque conhece a fundo a vida do cliente.
Jesus
“[...] não precisa de que alguém lhe dê
testemunho a respeito do homem (eu e você), porque ele mesmo sabe o que é a
natureza humana”, Jo.2.25.
Jesus
sabe o que se passa porque Ele “sonda
[...] e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos”,
Sl.139.23.
O
conceito de advogado está relacionado ao conceito bíblico de sacerdócio.
O
sacerdote é algum que intercede a Deus pelo pecador.
É
por este motivo que “temos [...] Jesus,
o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus [...] santo,
inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus”,
Hb.4.14; 7.26 para interceder por nós.
Sendo
assim, devemos nos “achegar, portanto,
confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”, Hb.4.16.
Aplicações práticas:
Deus
constituiu a Jesus para ser o advogado de cada crente.
Sob
a defesa de Jesus “[...] já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus”, Rm.8.1.
Todo
crente tem dois intercessores:
“[...] O Espírito, semelhantemente, nos
assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis (não
expresso em palavras)”, Rm.8.26.
Temos
também “[...] Cristo Jesus quem morreu
ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede
por nós”, Rm.8.34.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para Estudo – A verdadeira espiritualidade – 1, 2
e 3 João e Judas – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3
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