UM MINISTRO DE CRISTO, Cl.1.24-2.7.
Objetivo: Identificar o verdadeiro ministro de
Cristo.
Sem
amor a Jesus não há ministro de Cristo.
Nar.: Um pastor de almas é um dos melhores
presentes que Deus concede à sua igreja.
Devemos
saber que “[...] Jesus mesmo concede
uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas
e outros para pastores e mestres”, Ef.4.11.
Neste
texto vemos cinco analogias dos ministérios na igreja com os cinco dedos da
mão.
Observe que, dadas as
características do ministério, o apóstolo pode ser visto como o dedo
polegar. O dedo polegar é o único que pode tocar todos os outros dedos (os
outros quatro presentes), o que significa que é influente para a mão inteira.
Assim, o oficio de apóstolo abarca todos os outros 4 dons. Isto significa que
um apóstolo deve, obrigatoriamente, também ser mestre, profeta, evangelista e
pastor. Ex. Paulo.
O profeta é aquele que
aponta com o dedo indicador a direção para a Igreja, as mudanças
necessárias, porém não a conduz, mas edifica, consola e conforta. É aquele
que fala aquilo que o Senhor mostrou como orientação espiritual
para o Corpo. A Bíblia diz que “na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão,
por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço (irmão de criação) de
Herodes, o tetrarca, e Saulo”, At.13.1.
Evangelistas
são pregadores itinerantes, pregando especificamente a mensagem da
salvação. Sua mensagem é impactante, gerando fé nos ouvintes. Evangelistas são
o dedo médio da mão, o dedo mais longo, com o maior alcance.
Os
pastores apascentam o rebanho. Possuem capacitação divina para
nutrir, cuidar e amadurecer espiritualmente cada ovelha; são abnegados,
generosos, hospitaleiros e moderados. Pastores podem ser vistos como o dedo
anelar, o que representa compromisso, fidelidade e relacionamento.
Os mestres
são transformadores. São mais que meros professores ou teólogos; são
capacitados divinamente para entender, explicar claramente e aplicar na prática
a Palavra de Deus, para “[...] todos
serem ensinados por Deus [...]”, Jo.6.45. O
mestre é responsável pelo ensino à Igreja. Podem ser comparados ao dedo
mínimo da mão, usado geralmente para limpar o ouvido. O mestre limpa o
ouvido dos crentes, tirando todo cerume espiritual, para que ouçam e
entendam a Palavra de Deus. http://apenas-para-argumentar.blogspot.com/2009/12/entendendo-natureza-e-o-papel-dos-cinco.html.
Deus fala que “dar-nos-á pastores segundo o [...] coração
(de) Deus, que nos apascentam com conhecimento e com inteligência”,
Jr.3.15.
Uma
igreja local é abençoada quando tem um pastor dado por Deus.
O
pastor verdadeiro enfrenta o lobo e o mercenário para proteção do rebanho.
Quais
são as qualidades de um bom ministro de Cristo? Integridade de caráter, santidade,
bom pregador, capacidade para liderar pessoas, carisma (atrair atenção)
pessoal, unção, inteligência espiritual.
Todas
são importantes, mas a fundamental é o amor que o ministro dever ter a Jesus
Cristo.
“[...] Jesus [...] perguntou [...] (a) Simão,
filho de João, tu me amas? Pedro [...] respondeu: Senhor, tu sabes todas as
coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas”,
Jo.21.17.
O
amor a Jesus se reflete num amor sacrificial pela igreja, “[...] como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela”, Ef.5.25.
Paulo
destaca a supremacia de Cristo no seu ministério abençoado.
1 – É um serviço vocacional.
“[...] Paulo [...] (se apresenta como) ministro
[...] do evangelho [...]”, Cl.1.23.
A
palavra “[...] ministro”,
Cl.1.23 tem dois significados: servo (grego – diáconos), alguém que serve às
mesas assim como “[...] o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, Mc.10.45 e auxiliar
(grego – hiperetes), um servo auxiliar que trabalha para ajudar os outros, tal
como “[...] João (Marcos) como auxiliar
[...] anunciando a palavra de Deus [...]”, At.13.5.
E
como Paulo se tornou um ministro? Ele responde dizendo que “[...] Jesus apareceu (para ele), para (o)
[...] constituir ministro e testemunha [...] (e promete) livrá-lo do povo e dos
gentios, para os quais Jesus (o) [...] enviou”, At.26.16, 17.
Paulo
escrevendo a Timóteo fala que é “[...]
grato para com aquele que (o) [...] fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que
(o) [...] considerou fiel, designando-o para o ministério”, 1Tm.1.12.
C.
H. Spurgeon – Toda pessoa chamada para o ministério deve apresentar quatro
sinais de vocação:
1
– Um desejo intenso e absorvente de realizar a obra de Deus;
2
– Aptidão para ensinar e pregar a Palavra de Deus;
3 – Um
número significativo de pessoas convertidas pelo seu trabalho;
4
– O reconhecimento da vocação por parte da igreja, principalmente quanto a
pregação da Palavra.
Paulo
fala aos Colossenses que o ministro deve “[...]
permanecer na fé, alicerçados e firmes, não (se) [...] deixando afastar da
esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo
do céu, e do qual [...] Paulo, (se) [...] tornei ministro”, Cl.1.23.
É
bom lembrar que Paulo se “[...] tornou ministro
de acordo com a dispensação (administração) da parte de Deus, que (lhe) [...] foi
confiada a [...] favor (da igreja), para dar pleno cumprimento (anunciando) à
palavra de Deus”, Cl.1.25.
Aplicações práticas.
Aprendemos
que a origem do ministério é a vocação ou o chamado de Deus.
2 – É um serviço de alegre
sofrimento.
“Agora, (Paulo) se regozija nos seus
sofrimentos (pelos Colossenses) [...]”, Cl.1.24.
Paulo,
como “[...] ministro de Cristo [...] (sofreu)
em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em
perigos de morte, muitas vezes”, 2Co.11.23 em favor dos irmãos.
O
sofrimento identifica o servo com o Senhor, por isso “[...] Jesus nos diz [...] (que) não é o servo maior do que seu
senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros [...] por esta
causa [...] Paulo, é o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor da (igreja) [...]”,
Jo.15.20; Ef.3.1.
O
sofrimento por Cristo é uma “[...]
graça concedida de padecer por Cristo e não somente de crerdes nele [...] (por
este motivo é) bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque
deles é o reino dos céus. Bem-aventurados somos quando, por [...] causa (de)
Cristo, nos injuriarem, e nos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra
nós. Regozijamos e exultamos, porque é grande o nosso galardão nos céus; pois
assim perseguiram aos profetas que viveram antes de nós”, Fp.1.29;
Mt.5.10-12.
O
sofrimento é algo inerente (inseparável) ao trabalho pastoral e é por isso que
o pastor deve ser humilde.
Em
1 Coríntios 4 temos cinco marcas da humildade do pastor Paulo:
1 – Paulo
fala que está contente “[...] como (servo) ministro (huperetes - derivado de eresso –
remador de baixa categoria que trabalha na parte inferior de uma embarcação de
guerra, criado, pregador do evangelho) de Cristo e despenseiro (encarregado
da despensa, administrador) do mistério de Deus”, 1Co.4.1;
2
– Ele se coloca sob o julgamento de Deus, “porque
de nada [...] arguiu a (sua) consciência [...] pois quem (o) [...] julga é o
Senhor”, 1Co.4.4;
3
– O pastor não “[...] se ensoberbece
(julga melhor) a favor de um em detrimento de outro”, 1Co.4.6;
4
– Pastor está disposto a sofrer se “[...]
afadigando (cansado), trabalha com as suas próprias mãos. Quando (é) [...] injuriado,
bendiz; quando perseguido, suporta; quando caluniado, procura conciliação; até
agora [...] (é) considerado lixo do mundo, escória (sobra) de todos”,
1Co.4.12, 13;
5
– Fica contente “porque [...] parece
que Deus (o) [...] pôs [...] em último lugar, como se fosse condenado à morte;
porque (se) [...] torna espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens”,
1Co.4.9 a fim de sacrificar a sua reputação.
Aplicações práticas: Precisamos saber que o sofrimento é algo
inerente (ligado de modo íntimo) ao serviço do ministério.
3 – É um serviço de mordomia
fiel.
Paulo
fala que “[...] se tornou ministro de
acordo com a dispensação (gr. Oikonomia-administração, direção) da parte de
Deus [...]”, Cl.1.25.
A
sua mordomia foi recebida do Senhor “[...]
como ministro de Cristo e despenseiro (responsável) dos mistérios de Deus”,
1Co.4.1.
Veja
que o próprio Deus “[...] foi (o) que confiou
a [...] favor (da igreja), para dar pleno cumprimento à palavra de Deus”,
Cl.1.25.
O
ministro ou o mordomo tem que cuidar zelosamente dos bens do seu Senhor.
As
ovelhas ou os crentes são vasos preciosos de Deus.
Três
coisas devem ficar claras para um ministro/mordomo:
I
– O mordomo cuida da casa, mas ele não é o dono da casa. O ministro “[...] apascenta os [...] cordeiros”,
Jo.21.15, mas não é o dono.
O
ministro age dessa forma porque foi “[...]
o Espírito Santo (que) o constituiu bispo, para pastorear a igreja de Deus
[...]”, At.20.28;
II
– O mordomo é alguém que deve prestar contas a seu patrão “porque importa que todos nós compareceremos
perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal
que tiver feito por meio do corpo”, 2Co.5.10;
III
– O atributo principal da mordomia “[...]
é que cada um (dos ministros) [...] sejam encontrados fieis”, 1Co.4.2.
Aplicação prática: O
ministério é um trabalho de mordomia que exige dedicação e fidelidade.
4 – É um serviço missionário.
Paulo
se “[...] tornou ministro de acordo com
a dispensação (administração) da parte de Deus, que [...] foi confiada (aos
ministros) a [...] favor (do povo de Deus), para dar pleno cumprimento à
palavra de Deus”, Cl.1.25.
O
texto declara que esse “[...] mistério (conselho
de Deus) que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se
manifesta aos seus santos”, Cl.1.26 quando a Palavra de Deus é pregada.
Assim
como Paulo, muitos ministros do evangelho são “[...]
para (o) Senhor um instrumento escolhido para levar o seu nome perante os
gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel”, At.9.15.
É
por este motivo que Paulo em outro evangelho falou que “[...] anunciando o evangelho, não tem de que se gloriar, pois
sobre ele pesa essa obrigação; porque ai de Paulo (ou de) mim se não pregar o
evangelho! Se o fazemos de livre vontade, temos galardão [...]”,
1Co.9.16, 17.
Paulo
se esforçou por “[...] divulgar o
evangelho de Cristo”, Rm.15.19 por onde passou, assim também devemos
fazer.
O
texto fala sobre “[...] mistério [...]”,
Cl.1.26 para conceituar o evangelho.
Aqui
significa a inclusão dos gentios com os judeus no propósito divino da salvação,
“aos quais Deus quis dar a conhecer
qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo
em vós, a esperança da glória”, Cl.1.27.
Aplicação prática: O
mistério de Deus, revelado no evangelho, é que a salvação é para todos – judeus
e gentios.
5 – É um serviço que exige
esforço.
Jesus
é este “o qual nós anunciamos (e não
pode ter outro) [...]”, Cl.1.28.
Esse
serviço é cansativo porque “[...] todo
homem (deve ser) advertido [...] e ensinando a todo homem em toda a sabedoria,
a fim de que apresentemos todo homem perfeito (levado
a seu fim, finalizado, que não carece de nada necessário para estar completo,
integridade e virtude humana consumados, adulto) em Cristo”,
Cl.1.28.
“É para isso [...] que Paulo também se afadiga
(gr. Kopiao – esforço até a exaustão), esforçando-se o mais possível, segundo a
sua eficácia (força, eficiente) que opera eficientemente em [...]”,
Cl.1.29 cada ministro do evangelho.
O
ministro usa todos os recursos que tem para ajudar os outros “[...] crescerem no pleno conhecimento de Deus
[...] digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra
[...] crescendo em ações de graças”, Cl.1.10; 2.7.
Aqui
em Colossenses, Paulo descreve de forma resumida o seu esforço:
I
– O propósito do trabalho é ajudar todo crente a ser igual a Jesus “[...] a fim de que apresentemos todo homem
perfeito em Cristo”, Cl.1.28;
II
– O plano é “[...] anunciar, advertir a todo homem e ensinando a todo homem
em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”,
Cl.1.28;
III – A estratégia é o trabalho
árduo, “[...] afadigando, esforçando-me
o mais possível [...]”, Cl.1.29;
IV
– O recurso é a capacidade ou a energia que vêm de Deus “[...] conforme o dom da graça de Deus a mim
concedida segundo a força operante do seu poder”, Ef.3.7.
Aplicação prática: O
ministério envolve trabalho duro.
6 – É um serviço de batalha
espiritual.
Paulo
diz à igreja de Colossos, que ele “gostaria,
pois, que soubessem quão grande luta vinha mantendo por eles, pelos laodicenses
e por quantos não o viram face a face”, Cl.2.1.
A
sua luta espiritual exaustiva e exigente é travada “[...] continuamente, (pelos) Colossenses [...] nas orações, para
que eles conservem perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus”,
Cl.4.12.
Por
que Paulo luta em oração?
O
verdadeiro crente possui duas características fundamentais:
I
– Ele é alguém que já “[...]
recebeu Cristo Jesus, o Senhor [...]”, Cl.2.6.
Tudo
começa com o novo nascimento, com a conversão, com o recebimento do Senhor
Jesus como Salvador de sua vida;
II
– Ele é alguém que “[...] anda (em)
Jesus”, Cl.2.6.
“[...] Andai nele”, Cl.2.6 significa
continuar a viver espiritualmente apegado a Cristo.
Por
meio de uma série de quatro particípios “[...]
radicados [...] edificados [...] confirmados [...] crescendo
em ações de graças”, Cl.2.7.
Paulo
mostra que esse viver em Cristo significa:
“[...] Radicados [...]”, Cl.2.7 é um
termo agrícola que compara o crente a uma planta;
“[...] Edificados [...]”, Cl.2.7 [e um
termo da arquitetura que compara o crente a um prédio que está sendo
construído;
“[...] Confirmados [...]”, Cl.2.7 é um
termo jurídico que compara o crente a uma compra por contato que é ratificado e
obrigatório;
“[...] Crescendo em ações de graças”,
Cl.2.7 ou transbordando é um termo da geografia física que compara o crente a
um rio que cresce e transborda.
Para
que Paulo luta em oração?
Quais
eram os pedidos de Paulo?
I
– Para que Deus “[...] confortasse
[...] o coração deles [...]”, Cl.2.2;
II
– Para que os irmãos fossem “[...]
vinculados (unir, ligar) juntamente em amor [...]”, Cl.2.2;
III
– Para que os irmãos “[...] tenham toda
a riqueza da forte convicção do entendimento (espiritual) [...]”, Cl.2.2
e descobrissem “em quem (Jesus) todos
os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”, Cl.2.3 e não
fossem “[...] enganados com raciocínios
falazes”, Cl.2.4;
IV
– Para que os irmãos continuem “[...]
ordeiros e [...] firmes [...] (na) fé em Cristo”, Cl.2.5;
V
– Para que os irmãos “[...] andassem
[...]”, Cl.2.6 “[...] e confirmados
na fé [...]”, Cl.2.7;
VI
– Para que os irmãos fossem “[...] crescendo
em ações de graças”, Cl.2.7.
Conclusão: É impressionante o esforço e a dedicação
de um pastor (Paulo), para proteger uma igreja local contra os ataques de um
inimigo esperto e poderoso.
O
ensino de Jesus sobre as diferenças entre o mercenário e o verdadeiro pastor
mostra que “[...] o bom pastor dá a
vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as
ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e
dispersa”, Jo.10.11, 12.
Aplicações práticas: O
verdadeiro crente cresce espiritualmente.
O
ministro é alguém que ora pelo bem espiritual das ovelhas.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana par E.D. – Filipenses e Colossenses – Cristo:
Nossa alegria e suficiência – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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