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A SUPREMACIA DE CRISTO, Cl.1.13-23.
Objetivo: Conhecer a superioridade absoluta de
Cristo.
Nar.: Jesus é o tema central de Colossenses.
Ele
é o Cristo exaltado. Ele é o criador e mantenedor de tudo.
Jesus
é tudo em todos. Ele é o único caminho para Deus, a única verdade absoluta e
universal e a única fonte de vida física e espiritual.
Jesus
é o único Salvador, mesmo porque, “[...]
não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro
nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”,
At.4.12.
O
cristianismo pode ser resumido na Pessoa de Jesus. Ser cristão é ter a Cristo,
como Senhor e Salvador.
É
por isso que as forças do inferno tentam confundir a cabeça do homem acerca da
pessoa e obra de Jesus.
A
mídia ataca cruelmente a pessoa de Cristo e o foco é sempre o mesmo: destruir a
dignidade da sua pessoa e a suficiência da sua obra de salvação.
A
carta aos Colossenses é uma defesa da supremacia de Cristo contra os ataques de
uma seita gnóstica (conhecimento liberta) que reunia elementos da filosofia, do
judaísmo, do misticismo e do ascetismo (negar a si mesmo).
Os
hereges defendiam que os cristãos precisavam de algo mais além de Cristo.
Hinduísmo
– o destino do homem não depende de nenhum dos seus deuses, mas do esforço
humano.
ICAR
– Fora do catolicismo não há salvação.
Islamismo
– A salvação é alcançada apenas adorando a Deus.
Espiritismo
– Salva-se pela elevação espiritual através do sofrimento.
Mormonismo
– A salvação é pelas obras, obediência aos preceitos e às cerimônias da igreja.
Adventista
do 7º Dia – Será salvo somente aqueles que guardarem o sábado e os nove
mandamentos.
TJ
– Somente os 144 mil irão para o céu. Os demais viverão na terra sob o domínio
de Cristo e da sua igreja no céu.
É
por este motivo que a carta aos Colossenses fala sobre [...]
1 – A supremacia de Cristo na
Salvação.
Paulo
explica a salvação como uma operação de resgate.
O
texto fala que “Ele (Deus) nos libertou
do império (forças demoníacas) das trevas [...]”, Cl.1.13 porque “[...] estávamos servilmente sujeitos aos
rudimentos do mundo [...] éramos, por natureza, filhos da ira [...] éramos
néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e
prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”,
Gl.4.3; Ef.2.3; Tt.3.3.
Devido
o grande amor de Deus, Ele resolveu “[...]
nos transportar para o reino (sob o governo) do Filho do seu amor”,
Cl.1.13, é por este motivo que Deus “[...]
nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça somos salvos”, Ef.2.5.
É
bom notar que “no qual (ou seja, em
Cristo Jesus) temos a redenção (libertação do cativeiro, sofrimento da alma,
pecado que nos assedia e da morte espiritual e eterna) [...]”, Cl.1.14.
A
supremacia de Cristo é capaz de nos oferecer “[...]
a remissão (livramento da escravidão) dos pecados (apagados da memória de Deus
como se nunca tivessem sido cometidos)”, Cl.1.14.
Perceba
que somente “Deus [...] (é quem pode) apagar
as nossas transgressões por amor de dEle e dos nossos pecados (Deus) não se
lembra”, Is.42.25.
Ora,
temos um Deus que, em Jesus Cristo é capaz “[...]
perdoar a iniquidade e se esquecer da (nossa) transgressão [...] (por isso) o
SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. (E o
melhor, Deus) tornará a ter compaixão de nós [...] e lançará todos os nossos
pecados nas profundezas do mar”, Mq.7.18, 19.
Deus
é o autor da salvação.
Deus
é o autor ou o sujeito desta ação de resgate pois “Ele nos libertou do império (domínio) das trevas [...]”,
Cl.1.13.
A
salvação é, portanto, um ato soberano e intencional do Senhor.
Paulo
declara que “[...] tudo provém de Deus,
que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação”, 2Co.5.18.
Deus
liberta, transporta, perdoa e reconcilia pessoas usando a instrumentalidade de
outras pessoas.
A
salvação é um resgate ou um traslado.
“Ele (Deus) nos libertou do império das trevas
e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”, Cl.1.13.
O
verbo “libertar” significa salvar, liberta de algum tipo de servidão ou
escravidão.
A
palavra império significa autoridade ou poder.
“Ele (Deus) nos libertou [...]”,
Cl.1.13 do poder, da autoridade e do domínio de Satanás, “[...] o deus deste século (que) cega
entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”, 2Co.4.4.
“Ele (Deus) [...] nos transportou [...]”,
Cl.1.13, isto é, removeu, transferiu e conduziu em traslado.
Este
transporte é comparado a uma remoção ou migração de um povo após uma grande
vitória.
Este
traslado tem quatro características:
1
– É um traslado do poder de Satanás para o senhorio de Jesus;
2
– É um translado do império das trevas para o reino da luz;
3
– É um traslado da escravidão para a liberdade (redenção);
4
– É um traslado da condenação para o perdão ou remissão de pecados “porque, quando éramos escravos do pecado,
estávamos isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhemos?
Somente as coisas de que, agora, nos envergonhamos; porque o fim delas é morte.
Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, temos o nosso
fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado
é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor”, Rm.6.20-23.
O
resgate fundamenta-se na obra de Jesus Cristo.
Paulo
destaca no texto áureo que “no qual (em
Jesus) temos a redenção [...]”, Cl.1.14, a nossa libertação pelo pagamento
de um resgate.
Jesus
pagou o preço pelo qual “[...] fomos
resgatados [...] pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo [...] manifestado [...] por amor de nós que, por
meio dele, temos fé em Deus [...]”, 1Pe.1.18-21.
Perceba
que a ação de resgate é do próprio Deus, “Ele
nos libertou (resgatou) do império das trevas [...] para o reino do Filho [...]”,
Cl.1.13.
E,
através do Filho Jesus, “no qual temos
a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua
graça”, Ef.1.7.
É
por este motivo que “agora, porém, nos
reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-nos
perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis”, Cl.1.22.
E
então, “o (próprio Jesus) [...] foi
entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa
justificação”, Rm.4.25.
A
obra da salvação é resumida: Deus nos libertou, Deus nos transportou, Deus nos
redimiu e Deus nos perdoou.
Após
explicar a nossa salvação, Paulo apresenta [...]
2 – A supremacia de Cristo na criação.
O
trecho de Colossenses 1.15-20 forma uma unidade, que provavelmente foi a letra
de um hino cantado pela Igreja Primitiva.
A
primeira parte, 1.15-17 trata da supremacia de Cristo na criação e a segunda parte,
1.18-20, a supremacia de Cristo na Igreja ou na nova criação.
Jesus
é a imagem do Deus invisível.
Jesus
reflete a pessoa de Deus tal qual um espelho.
Se
alguém quer saber quem é Deus deve olhar para Jesus somente, pois “este é a imagem do Deus invisível [...]”,
Cl.1.15.
“[...] A (palavra) imagem [...]”,
Cl.1.15 indica duas verdades:
1
– Jesus é o próprio Deus “porquanto,
nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade”, Cl.2.9, Ele
é “[...] o Deus bendito para todo o
sempre [...]”, Rm.9.5 e o evangelho de João declara: “Eu e o Pai somos um”, Jo.10.30;
2
– Jesus é a revelação perfeita de Deus, porque “ninguém
jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”,
Jo.1.18, portanto, “[...] quem [...] vê
a Jesus vê aquele (o Pai) que (o) [...] enviou”, Jo.12.45.
Jesus
é o primogênito de toda a criação.
“Jesus é [...] o primogênito de toda a criação”,
Cl.1.15 e a tem por “[...] direito de
primogenitura”, Gn.25.31 para exercer a mais alta posição de honra.
Paulo,
no verso 16 apresenta três aspectos desta posição:
1
– “Pois, nele (Jesus), foram criadas
todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades [...]”,
Cl.1.16;
2
– “[...] Tudo foi criado por meio dele (Jesus)
[...]”, Cl.1.16;
3
– “[...] Tudo foi criado [...] para ele
(Jesus)”, Cl.1.16.
Jesus
é pré-existente à criação.
“Ele (Jesus) é antes de todas as coisas [...]”,
Cl.1.17.
Jesus
já existia antes da criação, pois “no
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [...] (até
mesmo) antes que Abraão existisse, EU SOU (disse Jesus)”, Jo.1.1; 8.58.
É
por este motivo que “[...] nele (em
Jesus), tudo subsiste”, Cl.1.17.
Jesus
já era Deus “[...] glorioso [...] (com
o) Pai [...] antes que houvesse mundo”, Jo.17.5.
Isso
derruba todo conceito panteísta que afirma que Deus é tudo e tudo é Deus.
Jesus
é o criador e a criação não é uma extensão da sua pessoa. Ele é anterior à
criação.
Jesus
é o sustentador da criação.
A
criação, “[...] todas as coisas (é)
preservada) sustentada [...] pela palavra do seu poder [...]”, Hb.1.3, “[...] nele, tudo subsiste (perdura,
sobrevive)”, Cl.1.17.
Toda
a criação se firma e prossegue em coerência por causa de Jesus.
Jesus
Cristo é superior à criação.
Ele
exerce superioridade criando, preservando e guiando tudo para sua própria
glória.
A
supremacia de Cristo traz tranquilidade ao crente quanto ao futuro da história.
3 – A supremacia de Cristo na nova
criação.
A
igreja é a nova criação de Deus, pois “[...]
se alguém está em Cristo, é nova criatura [...]”, 2Co.5.17.
Paulo
apresenta cinco aspectos da supremacia de Cristo:
Jesus
é a cabeça ou o chefe da igreja.
Trata-se
de uma relação inseparável de Cristo com a igreja pois “Ele é a cabeça do corpo, da igreja [...]”, Cl.1.18.
Jesus
é quem comanda a igreja assim como o cérebro comanda o corpo humano;
Jesus
é o princípio da igreja.
Jesus
é a causa e razão da existência da igreja, povo de Deus. Isto porque “[...] Ele é o princípio [...]”,
Cl.1.18.
O
corpo não é uma entidade, mas um organismo vivo, “[...] o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros,
sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois,
em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo [...]”,
1Co.12.12, 13.
Jesus
é “[...] o fundamento (da igreja) [...]
sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”, Ef.2.20;
Jesus
é “[...] o primogênito de entre
os mortos, para em todas as
coisas ter a primazia”, Cl.1.18.
Jesus
é o precursor de uma nova criação porque “[...]
de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que
dormem”, 1Co.15.20.
É
por este motivo que, pela ressurreição de Cristo, “[...] Jesus vive, nós também viveremos”, Jo.14.19.
Sendo
assim, a ressurreição de Jesus garantiu a ressurreição de todos os seus
discípulos a fim de que “Ele [...] tenha
primazia [...] em todas as coisas [...]”, Cl.1.18.
Jesus
é a residência de toda a plenitude divina.
Toda
a plenitude da divindade (poder, atributos e glória divina) está em Jesus “porque aprouve (boa vontade) a Deus que, nele
(Jesus), residisse toda a plenitude (completa de Deus)”, Cl.1.19.
Paulo
quer dizer que Jesus Cristo é poderoso e suficiente para suprir todas as
necessidades espirituais da igreja.
A
plenitude da divindade é uma fonte de bênçãos para a igreja.
Jesus
é o reconciliador de todas as coisas.
Pelo
motivo de Jesus ter “[...] havido feito
a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliou consigo mesmo todas
as coisas, quer sobre a terra (homens), quer nos céus (anjos)”, Cl.1.20.
É
preciso saber que é somente “[...]
mediante a fé, (que) temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”,
Rm.5.1.
Paulo
fala do quádruplo propósito da reconciliação:
1
– Tornar a igreja uma comunidade de pessoas escolhidas, mesmo porque “[...] a nós outros (escolhidos) também que, outrora,
éramos estranhos e inimigos no entendimento pelas nossas obras malignas”,
Cl.1.21;
2
– Nos
faz amigos de Deus “agora, porém,
vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte [...]”,
Cl.1.22;
3
– Nos
“[...] apresenta perante Deus santos (separados
para servir) [...]”, Cl.1.22;
4
– Nos
“[...] apresenta [...] inculpáveis (sem
defeito, perfeito) e irrepreensíveis (não pode ser julgado, não acusado)”,
Cl.1.22.
Para
que isso aconteça, precisamos “[...]
perseverar até o fim, esse será salvo”, Mt.24.13, “[...] ser firme, inabalável e sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é
vão”, 1Co.15.58.
Por
este motivo Paulo fala que, “se é que
permanecemos na fé, alicerçados e firmes, não nos deixando afastar da esperança
do evangelho que ouvimos e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do
qual eu, Paulo, me tornei ministro”, Cl.1.23, devemos assim ficar;
firmes reconhecendo a supremacia de Cristo.
Aplicações práticas: Jesus é o dono e o chefe da sua igreja.
Jesus
e a garantia da nossa futura ressurreição.
Jesus
é o reconciliador de todas as coisas.
Adaptado
pelo Rev. Salvador P. Santana para E.D. – Filipenses e Colossenses – Cristo:
Nossa alegria e suficiência – Rev. Arival Dias Casimiro – Z3.
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